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Petroleiros alertam para possíveis ataques a refinarias e golpistas fazem bloqueios; veja situação nos estados

Bolsonaristas anunciaram interdições em locais como Duque de Caxias (RJ) e Araucária (PR).

De acordo com a Folha, a FUP (Federação Única dos Petroleiros) emitiu nota alertando para possíveis ataques de manifestantes extremistas a refinarias da Petrobras, o que representaria uma nova escalada dos atos golpistas que resultaram neste domingo (8) na depredação do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF (Supremo Tribunal Federal).

Possíveis ataques a refinarias haviam sido anunciados por bolsonaristas nos últimos dias em redes sociais e teriam como objetivo interromper o fornecimento de combustíveis no país. A movimentação dos terroristas se intensificou em alguns estados na noite de domingo e madrugada de segunda-feira (9).

Por volta das 23h de domingo, em uma rede social, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, cuja base política é o Paraná, alertava para o risco de interdição na Repar (Refinaria Presidente Getulio Vargas), em Araucária.

“Os bandidos agora estão tentando impedir as refinarias de distribuir combustíveis”, afirmou ela, destacando imagens do local. “Esse vídeo é de delinquentes lá no Paraná, que estão à frente da Repar, em Araucária. O governo do estado vai deixar? Vai ser conivente com o crime e vandalismo? Cadê a PM do Estado?”, afirmou Gleisi.

O vídeo mostra caminhões despejando terra em duas vias de acesso, nas laterais de uma guarita. Segundo a FUP, o local dá acesso a uma distribuidora próxima à refinaria, e o bloqueio foi possível porque não havia policiamento público para deter a ação.

Diante das ameaças de ataques, ao longo do domingo, a FUP acionou órgãos federais de segurança, o serviço de inteligência e segurança corporativa da Petrobras e o senador Jean Paul Prates, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a presidência da Petrobras.

Em uma rede social, Prates disse que a grande quantidade de postagens convocando para mobilizações junto às refinarias merece atenção.

“Entrei em contato com o atual presidente interino em exercício, diretor de Desenvolvimento da Produção, João Henrique Rittershaussen”, escreveu Prates. “O presidente em exercício da Petrobras informou que as equipes de segurança foram acionadas, bem como a segurança pública, e que as equipes da empresa estão reavaliando a situação a cada momento.”

Segundo Prates, inspira preocupação um conjunto de refinarias que são citadas nas postagens.

Reduc (Refinaria Duque de Caxias, no Rio), Replan (Refinaria de Paulínia, em São Paulo), Revap (Refinaria Henrique Lage ou Refinaria do Vale do Paraíba, também em São Paulo) e Refap (Refinaria Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul).

Prates destacou ainda que está em contato com representantes da área de segurança.

“Também estou conversando com Flávio Dino [ministro da Justiça e Segurança Pública] e com os governadores de alguns dos estados que poderiam ser afetados por movimentações indevidas em refinarias e terminais, por parte de terroristas e vândalos na sequência dos eventos de Brasília”, afirmou Prates na postagem.

Veja a situação em refinarias, segundo informações da FUP 0h30

Amazonas

Cerca de 25 manifestantes nas vias de acesso em direção à Reman (Refinaria Isaac Sabbá). Há intenção de impedir entrada de caminhões de abastecimento e há presença de forças de segurança.

Pará
Manifestantes bloqueiam a BR-163 em Novo Progresso e Altamira. PRF presente nos dois locais, monitorando e negociando com manifestantes.

Paraná
Golpistas fizeram bloqueio com terra em duas vias na região metropolitana de Curitiba. Segundo a FUP, o local dá acesso a uma distribuidora próxima à refinaria em Araucária. A Tropa de Choque negocia a retirada do bloqueio na madrugada desta segunda, segundo a FUP.

Rio Grande do Sul
Em Canoas/RS, cerca 30 terroristas estão entre a refinaria e a base da Vibra. Funcionários acessam o local normalmente. Há forças de segurança.

Refinaria Duque de Caxias
A Polícia Militar do Rio de Janeiro informou, na noite deste domingo, que a Tropa de Choque está em frente ao local. Federação destaca que há diversas mensagens circulando nas redes sociais convidando a presença de manifestantes na Reduc e Distribuidoras de combustíveis em Caxias. Chegada de oito manifestantes às 23h45.

Betim/MG
Cerca de 40 bolsonaristas no local, sem bloqueio. Polícia Militar no local. Há informações de que dois ônibus estariam se dirigindo para o local durante a madrugada, segundo a FUP.

São José dos Campos/SP : Todos os caminhões carregaram na Base do vale do Paraíba, Empresa Vibra (antiga BR-Distribuidora). No início da manhã a Polícia Militar precisou negociar com os manifestantes. Permanecem acampados aproximadamente 50 deles. Polícia Militar no local.

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Bolsonaro reforça ataques ao TSE na reta final e pavimenta ‘3º turno’ em caso de derrota

Presidente usa relatório frágil e fala em recorrer até o fim após Moraes negar ação e citar tentativa de tumultuar eleição.

De acordo com a Folha, a campanha de Jair Bolsonaro (PL) pretende usar um relatório com diversas fragilidades sobre suposta supressão de inserções do presidente em rádios de Norte e Nordeste como uma forma de estender um debate jurídico sobre a legitimidade das eleições em caso de derrota no próximo domingo (30).

Em segundo lugar nas principais pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro reforçou a ofensiva de ataques ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e insistiu na acusação de boicote de algumas emissoras de rádio na veiculação da propaganda eleitoral.

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, rejeitou nesta quarta-feira (26) a ação apresentada pela campanha, destacou a ausência de provas e disse que ela se baseava em levantamento de empresa “não especializada em auditoria”.

O ministro ainda apontou possível “cometimento de crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito em sua última semana” e mandou o caso para ser avaliado dentro do inquérito das milícias digitais, que é relatado por ele mesmo no STF (Supremo Tribunal Federal).

À noite, Bolsonaro prometeu recorrer até o fim e disse que seu partido deve contratar uma terceira empresa de consultoria para analisar os casos.

“Com toda a certeza, nosso jurídico deve entrar com recurso, já que foi para o Supremo Tribunal Federal. Da nossa parte, iremos às últimas consequências, dentro das quatro linhas da Constituição, para fazer valer aquilo que as nossas auditorias constataram, que há realmente um enorme desequilíbrio no tocante às inserções. Isso obviamente interfere na quantidade de votos no final da linha”, afirmou Bolsonaro.

Ele mudou sua agenda ao longo do dia e convocou ministros e os três comandantes das Forças Armadas para uma reunião no Palácio da Alvorada antes de se pronunciar. Saiu sem responder a perguntas de jornalistas.

O presidente criticou Moraes dizendo que ele “matou no peito” ao tomar a decisão contrária à ação e afirmou que uma equipe de sua campanha havia virado a noite (incluindo ele, que afirmou ter dado umas “cochiladas”) para levantar os elementos pedidos pelo presidente do TSE.

À noite, Bolsonaro recebeu o chefe da missão de observação da OEA (Organização dos Estados Americanos) junto ao TSE, que também se reunirá com Lula.

A ideia da campanha do presidente é, nos próximos dias, explorar o episódio das inserções em rádios para reforçar a tese de que o presidente foi prejudicado e não enfrentou um pleito equilibrado contra o petista.

A contestação sobre a propaganda eleitoral foi apresentada pela equipe do presidente no começo da noite de segunda-feira (24), 25 horas depois da prisão do aliado Roberto Jefferson, que resistiu, jogou granadas e deu mais de 50 tiros em policiais federais, num episódio de violência que gerou desgaste na campanha de Bolsonaro.

O levantamento feito pela coligação de Bolsonaro sobre as inserções não comprova a alegação de boicote das rádios e tem fragilidades.

As emissoras já começaram a contestar os dados da auditoria. Uma das rádios afirma que o PL deixou de entregar as inserções durante um período —e por isso elas não foram veiculadas.

A campanha de Bolsonaro avalia que o episódio permite que o presidente volte a se apresentar como candidato anti-sistema e perseguido pelo Judiciário.

Moraes encaminhou a decisão de rejeitar a ação da campanha à Procuradoria-Geral Eleitoral e ao corregedor-geral do TSE.

“Para instauração de procedimento administrativo e apuração de responsabilidade, em eventual desvio de finalidade na utilização de recursos do fundo partidário dos autores”, disse.

Em comícios em Minas Gerais nesta quarta, Bolsonaro falou em “manipulação dos resultados” com “o dedo” do PT e voltou a insinuar que poderá não aceitar o resultado do próximo domingo.

“Mais uma do TSE. Vocês estão acompanhando. As inserções do nosso partido que não foram passadas em dezenas de milhares de rádios pelo Brasil. Sou vítima, mais uma vez. Onde poderiam chegar as nossas propostas nada chegou”, afirmou durante discurso em Teófilo Otoni, no interior de Minas.

A campanha de Bolsonaro ainda deve apresentar ao TSE uma Aije (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) sobre o caso das rádios. Esse tipo de procedimento pede para a corte abrir uma apuração sobre suposto abuso de poder e tem poder de cassar a chapa adversária.

A tramitação de uma ação desse tipo, porém, é lenta. Para punir a chapa de Lula seria preciso provar que houve uma ação orquestrada da campanha petista para promover a suposta fraude nas rádios.

Ainda assim, apresentar a Aije seria a forma de a campanha de Bolsonaro manter vivo o questionamento sobre o equilíbrio das eleições mesmo depois do segundo turno.

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Povo Pataxó denuncia ao CNDH: Pistoleiros ignoram decisões judiciais, atacam aldeias e matam indígenas na Bahia

Apesar de decisões judiciais favoráveis, povo Pataxó segue sofrendo ataques armados na Bahia

Presente em Brasília, delegação indígena tem se reunido com órgãos públicos e cobrado providências para proteção das comunidades e investigação dos agressores.

Ao menos duas decisões judiciais recentes garantiram ao povo Pataxó o direito de permanecer em áreas retomadas dentro do perímetro já identificado e delimitado como parte da Terra Indígena (TI) Barra Velha do Monte Pascoal, no município de Porto Seguro, no extremo sul da Bahia.

Apesar disso, os ataques de pistoleiros e grupos armados que os indígenas identificam como “milicianos” contra as comunidades Pataxó das TIs Barra Velha e Comexatibá, no município de Prado, têm sido recorrentes.

O mais recente dos ataques armados contra o povo Pataxó ocorreu na aldeia Nova, na TI Barra Velha, no dia 12 de setembro, sem deixar feridos. No dia 6 de setembro, um ataque armado já havia aterrorizado a mesma aldeia, também sem registro de feridos.

No dia 3 de setembro, um ataque contra uma retomada da TI Comexatibá resultou no assassinato de Gustavo Silva da Conceição, Pataxó de apenas 14 anos, e deixou outro indígena, de 16 anos, ferido no braço. As duas terras indígenas são contíguas, separadas apenas por um “corredor” que é ocupado por fazendas.

Em razão dos contínuos ataques e ameaças, uma delegação de lideranças do povo Pataxó está em Brasília, realizando uma série de incidências e cobrando providências de órgãos públicos.

Nessa terça-feira (13/09), lideranças dos Pataxó e de povos indígenas do Maranhão, Minas Gerais e Roraima participaram de uma audiência com o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e levaram suas denúncias à Sexta Câmara do Ministério Público Federal (MPF).

Decisões judiciais

No dia 9 de junho, a juíza federal da subseção judiciária de Teixeira de Freitas (BA), Celia Regina Ody Bernardes, negou pedido liminar de reintegração de posse contra a aldeia Quero Vê, retomada estabelecida pelos Pataxó na TI Barra Velha, em janeiro de 2022.

A TI Barra Velha possui uma área demarcada na década de 1980 com apenas 8,6 mil hectares, que deixou de fora a maior parte do território Pataxó. Por esta razão, em 2008, a Fundação Nacional do Índio (Funai) realizou o reestudo da área e, em 2014, como fruto dessa revisão, identificou e delimitou a TI Barra Velha do Monte Pascoal com 52,7 mil hectares.

Desde então, contudo, o processo demarcatório encontra-se paralisado. A falta de espaço para sobrevivência e reprodução de seu modo de vida tradicional, assim como o avanço de fazendeiros, posseiros e empreendimentos imobiliários sobre o território, motivaram uma série de retomadas do povo Pataxó, dentro do perímetro já identificado como parte de sua terra tradicionalmente ocupada.

A decisão de junho garantiu aos Pataxó a permanência na área retomada em janeiro, explica Lethicia Reis, assessora jurídica do Conselho Indigenista Missionário – Cimi Regional Leste e advogada da comunidade indígena no processo.

“Essa decisão determina a manutenção da comunidade na aldeia Quero Vê, uma vez que ela faz parte, e isso está mais do que comprovado, da TI Barra Velha. Vai na linha de garantir os Pataxó na área, por entender que eles não podem ser responsabilizados pela demora na demarcação”, analisa a assessora.

Violência disseminada

As garantias obtidas por meio das decisões judiciais não têm sido suficientes para barrar os ataques contra as comunidades Pataxó do extremo sul da Bahia. As lideranças presentes em Brasília denunciaram a situação à Sexta Câmara do Ministério Público Federal (MPF) e ao CNDH, pedindo proteção às comunidades e lideranças ameaçadas.

“Nós estamos realmente acuados”, relata Mandy Pataxó, liderança da TI Comexatibá. “Não estamos tendo ninguém por nós lá, só nosso Deus e a esperança de nosso povo, que enviou a gente para cá para voltar com algo que estanque a violência. Nós não temos fuzil, nem metralhadora, nem colete à prova de balas e nem dinheiro, como o que estão colocando contra nós. Somos formiguinhas”.

As lideranças relataram às autoridades que os ataques têm sido articulados e até antecipados em grupos de whatsapp locais, com atuação de políticos, policiais e fazendeiros. Foi o que ocorreu no dia do ataque na TI Comexatibá que resultou no assassinato de Gustavo da Silva Pataxó.

Os dois ataques mais recentes na TI Barra Velha foram contra a comunidade denominada “aldeia Nova” – que, apesar do nome, é uma aldeia já estabelecida há anos na área já identificada da terra indígena e que ainda aguarda o fim do processo de regularização.

*Com Viomundo

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Brizolistas do PDT estão revoltados com ataques de Ciro a Lula

A ala brizolista do PDT está indignada com os ataques que o candidato do partido à presidência, Ciro Gomes, tem realizado contra o ex-presidente Lula (PT), segundo coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, que trouxe o exemplo do advogado Carlos Roberto Siqueira Castro.

Siqueira Castro é um dos fundadoes do PDT, uma figura histórica no partido, e chefiou a Casa Civil no segundo governo de Leonel Brizola (1991 -1994) no Rio de Janeiro. Ele disse estar “muito incomodado” com os ataques de Ciro. Segundo ele, a legenda está “numa encruzilhada”, e defende apoio à candidatura do opositor petista.

“Acho muito injusto o que Ciro Gomes está fazendo com o Lula. São críticas muito despropositadas e injustas, que divergem do atual momento de polarização eleitoral que estamos vivendo”, destacou Siqueira Castro.

“Se Ciro Gomes tem apreço à sua trajetória política, que ele proclama ser de centro esquerda, ele tem que atacar o candidato Jair Bolsonaro”, afirmou o advogado, que descreveu o atual presidente como “um fascistoide completo, desqualificado e ignorante, que está dividindo o país e levando o Brasil para uma ruptura física com discurso de ódio e golpista”.

De acordo com o fundador do PDT, o seu incômodo com os ataques de Ciro a Lula se estende para a ala brizolista do partido. “Tem muita gente insatisfeita e indignada”, disse, cobrando ainda uma autocrítica da direção do partido. O advogado declarou ter “muito respeito” pelo presidente da sigla, Carlos Lupi, mas defendeu que a direção nacional do partido “tem que fazer uma reflexão muito aguda” sobre as eleições.

“O PDT está numa encruzilhada histórica e tem um compromisso de apoiar o presidente Lula neste momento. Nós temos que trabalhar com voto útil”, finalizou.

Vale destacar que, diante da tomada do PDT por Ciro Gomes, um setor importante do brizolismo saiu do partido para ingressar no PT, como Vivaldo Barbosa, por exemplo.

Os ataques de Ciro contra Lula têm feito com que o candidato pedetista fosse considerado “linha auxiliar” do bolsonarismo. Segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, 9, o número de eleitores de Ciro que têm Bolsonaro como segunda opção de voto disparou: eram 24% no Datafolha de 1º de setembro e, agora, são 30%.

*Com 247

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Política

Com o retumbante fracasso da terceira via, mídia tenta fabricar escândalo contra noiva de Lula

A mais acentuada característica de um derrotado é forjar fatos alheios para tirar o foco de sua incapacidade. Isso não é de hoje e nem terminará agora. É o modus operandi daqueles que reivindicam mais do que podem produzir. Se não podem produzir a luz, exaltam a escuridão com ações.

Ou seja, o cão não ladra por valentia, mas por medo.

A origem do ataque à Janja é da Veja. É aquela revista que sempre teve nas mãos um cheiro de podre de todos os ataques que produziu contra o PT, Lula e Dilma todos esses anos.

É uma revista velhaca que persiste em tentar realizar o impossível, derrubar Lula.

O trabalho da Veja esses anos todos foi de tecer uma rede de intrigas para ver se conseguia pescar alguns caraminguás. No entanto, como se sabe, a revistona dos Frias jamais venceu o seu destino de revista falida pelas próprias práticas espúrias que escolheu, já que passou 20 anos gastando o dobro do que recebeu, afiando seu machado contra qualquer coisa vinda do PT.

Essa é a lógica dos medíocres, discutir as pessoas e não o país, a vida do conjunto da sociedade como os sábios que discutem ideias.

Suas campanhas difamatórias fizeram com que seus editores se acostumassem com o próprio mau cheiro, terminando por parir um fascista como Bolsonaro.

Sem ao menos ter a capacidade de aperfeiçoar suas provocações, as ações da Veja contra quem ela considera inimigo, transformaram-se, na prática, num pesadelo dela própria.

Mas parece que a fracassada revista recusa-se a se levantar, mostrando que ela está mais acostumada a encontrar seu destino do lixo.

Por isso, em total desespero pelo fracasso da terceira via, sobretudo, Moro e Dória, a Veja, em meio às sombras da aflição, desperdiça suas linhas para usar Janja em seus ataques a Lula, porque não consegue deixar de sentir ódio e sede de vingança pela incompetência em trazer à luz ao menos um mínimo de esforço para produzir sementes de um debate à altura do país.

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Defesa russa: até 180 mercenários estrangeiros mortos em ataque a centros de treinamento ucranianos

As forças russas usaram armas de longo alcance para atingir centros de treinamento na Ucrânia e infligir significantes perdas ao adversário, anunciou o Ministério da Defesa da Rússia.

O Exército russo atacou na manhã deste domingo (13) centros de treinamento em duas localidades na Ucrânia, matando até 180 mercenários estrangeiros, disse Igor Konashenkov, representante oficial do Ministério da Defesa da Rússia.

“Na manhã de 13 de março foi desferido com armas de alta precisão e de longo alcance um ataque a centros de treinamento das Forças Armadas da Ucrânia na localidade de Starichi e no polígono militar Yavorovsky”, de acordo com Konashenkov.

O major-general indicou que as autoridades ucranianas implantaram nesses locais “uma instalação de treinamento e de preparação para combate de mercenários estrangeiros, antes de serem enviados para as áreas de hostilidades contra militares russos, e também uma base de armazenamento de armas e equipamento militar vindos de países estrangeiros”.

“Em resultado do ataque foram eliminados até 180 mercenários estrangeiros e um grande lote de armamento estrangeiro”, detalhou o funcionário do Ministério da Defesa russo.

“A eliminação de mercenários estrangeiros que chegaram ao território da Ucrânia continuará”, prometeu ele.

Durante o domingo (13) as forças russas derrubaram um avião Su-24, perto de Novy Bykov, e 11 drones, incluindo dois Bayraktar TB-2, revelou Konashenkov, acrescentando que no mesmo dia foram alvejados 46 objetivos da infraestrutura militar da Ucrânia, incluindo três postos de comando, um sistema de defesa antiaérea, dois depósitos de munições e 33 áreas de concentração de equipamento militar.

Além disso, Igor Konashenkov observou que foram libertadas as localidades de Pavlovka, Nikolskoe, Blagodatnoe, Vodyanovka e Vladimirovka, com o avanço totalizando nove quilômetros ao longo do dia. Já as forças da República Popular de Lugansk capturaram aos nacionalistas a cidade de Popasnaya, afirmou.

“No total, durante a realização da operação [especial], foram eliminados 3.736 alvos da infraestrutura militar da Ucrânia. Foram destruídos 100 aviões, 139 veículos aéreos não tripulados, 1.234 tanques e outros veículos de combate blindados, 122 lançadores múltiplos de foguetes, 452 peças de artilharia de campanha e morteiros e 1.013 unidades de veículos militares especiais”, resumiu o representante oficial do Ministério da Defesa da Rússia.

Em 21 de fevereiro, Vladimir Putin, presidente da Rússia, reconheceu a independência das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk. Três dias depois, em 24 de fevereiro, anunciou uma operação militar especial na Ucrânia, com o objetivo de desmilitarizar e desnazificar o país em meio ao que chamou de “genocídio” de russófonos ocorrendo em Donbass.

Em resposta, os países do Ocidente, liderados pelos EUA e a OTAN, sem se envolver diretamente no conflito, têm enviado apoio militar e financeiro à Ucrânia e facilitado a chegada de mercenários estrangeiros que se candidatam para combater contra o Exército russo.

*Com Sputnik

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Política

Lula & Alckmin estrelam o novo melodrama que a imprensa criou da política

The Intercept – Por Fabiana Moraes: “Divergências”, “ataques”, “rivais”, “inimizade”, “ofensas”: quando os primeiros boatos sobre a possível chapa Lula-Alckmin começaram a circular, diversos termos que indicavam animosidade entre os dois políticos pulularam no noticiário. Era hora de lembrar de antigos debates, acusações, ofensas; de um venenozinho aqui, outro venenozinho acolá. Refrescaram ativamente a nossa memória: cês tão lembrados que um já chamou o outro de “leviano”, que por sua devolveu com um “mentiroso”? Ai que delícia, é briga!

Esta recente produção jornalística sobre a provável dupla exemplifica como jornais e jornalistas agem muitas vezes tal qual um veículo voltado para a vida afetiva das celebridades, narrando dramas, separações e uniões de personagens que não parecem, por exemplo, legislar sobre nossas vidas, mas sim estrelar um novelão meio ruim. Ok, sabemos que há tempos política e entretenimento são também uma coisa só – não esqueçamos que Trump e Doria, por exemplo, saíram de reality shows –, mas estamos falando de uma cobertura diária que insiste em tratar como anormais questões absolutamente comuns e pertinentes ao campo da política, como acordos, disputas, coligações, uniões estratégicas etc. Além disso, essa cobertura ainda confere papéis bastante marcados a todos: há sempre um vilão (Bolsonaro? Lula? Xi Jinping?), um mocinho (Moro? Dallagnol? Biden?), um monstro (a corrupção) e uma vítima (nós, a sociedade).

Isso tem um custo social – e ele é alto: ao preferir “vender” ao público a ideia de que aquele espaço é povoado apenas por pessoas de caráter duvidoso que se juntam e se repelem sem maiores justificativas e ao contribuir com o senso comum do “político é tudo igual”, a imprensa acaba destruindo a própria política. E vocês sabem: esse desprezo por esse lugar central da nossa vida nos levou até um anti-sistema de araque que usa a faixa presidencial, manda mensagens no WhatsApp às quatro da manhã e corre atrás de militares e emas enquanto o país é depenado.

Dizer isso não é fechar os olhos para conluios realizados com o único objetivo de se apropriar do dinheiro público e garantir benesses pessoais – sim, espaços como o Congresso estão repletos deles, taí o orçamento secreto para nos mostrar (o jornalista Breno Pires vem traduzindo bem o esquema há tempos). Mas uma cobertura baseada tanto em fla-flus quanto na espetacularização de operações – te invoco, Lava Jato – não trouxe efetivamente nenhuma melhoria para que este Congresso honrasse os votos recebidos, pelo contrário.

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em uma análise da imprensa que inclui outros espaços midiáticos levando em consideração capas de revistas, manchetes, memes e redes sociais, a pesquisadora Yvana Fechine, da pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco, a UFPE, percebe que, no Brasil, a abordagem melodramática é a marca por excelência da cobertura noticiosa da política. “Ela é marcada pela redução da realidade a dramas morais e à fixação de atores políticos em certas identidades, em papéis temáticos, como o vilão e o ladrão, e na qual o tema da corrupção é bem vocacionado para esse tipo de narrativa”.

Nesse sentido, a famosa “polarização”, palavrinha doce entre jornalistas que pesam na mesma balança carroça e avião, extrema direita e centro-esquerda, é o espaço perfeito para a fixação destes personagens onde não cabe qualquer complexidade: o caçador é sempre caçador, a bruxa é sempre má, a mocinha está sempre à espera da salvação. “O melodrama é essa cristalização de certos papéis nos quais os personagens não têm nenhuma subjetividade, nenhum psicologismo. Isso dialoga muito com a importância do melodrama nos países latino-americanos, em especial as telenovelas. É um sistema de personagens sem profundidade, do tipo dominador e dominado, o bem versus mal, os decentes versus os indecentes. Dentro desse jogo de papéis, o povo é sempre a vítima”, continua Yvana.

De fato, o personagem da corrupção é aquele mais evocado para garantir audiências e dar emoção à novela. Ele é difuso, generalizado, tem muitos dentes e está sempre ali, pronto para atacar. Lembro bem como ele era repetido continuamente no Jornal Nacional, nos anos 90, assombrando a hora do jantar da minha família. Ao mesmo tempo, nos apresentavam em rede nacional justamente um herói que iria salvar o Brasil da peste: Fernando Collor de Mello. Como no caso do presidente anti-sistema de araque, vocês também sabem onde essa história foi parar.

Mais recentemente, a receita foi novamente oferecida, com a imprensa elegendo Moro e Deltan como o Batman e o Robin que iriam nos livrar da corrupção então personificada pelo Charada, o ex-presidente Lula. Pode soar como brincadeira, mas o fato é que a operação causou um impacto enorme no setor social e econômico do país, como observou uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o Dieese: R$ 172,2 bilhões deixaram de ser investidos no país de 2014 a 2017. Além disso, 4,4 milhões de empregos teriam sido extintos. O assunto foi discutido pelo advogado Walfrido Warde no livro “O Espetáculo da Corrupção”, no qual ele analisa os maiores erros da força-tarefa empreendida pelo MPF de Curitiba.

O autor compara a corrupção a um câncer sistêmico que, sem dúvida, precisa ser combatido, mas percebe os muitos efeitos colaterais do modus operandi comum, também, a setores da imprensa. A demonização da política, a desmoralização das instituições e a espetacularização das ações estão entre as práticas mais danosas. Ele argumenta que a concepção de uma política nacional de combate à corrupção precisa, por exemplo, de uma ação articulada entre órgãos e agentes públicos que trabalhem buscando parceria, e não protagonismos e estrelato – é impossível não lembrar aqui dos citados juiz e procurador de Curitiba que, após tornarem-se celebridades, vão em busca de cargos políticos. Para Walfrido, é preciso “uma política que se afaste do moralismo barato e alienado, que seja capaz de distinguir e de separar o que tem utilidade daquilo que não presta, e que prefira o pleno ressarcimento dos cofres públicos à vingança”.

Pois é.

Criador do canal e podcast Fora da Política Não Há Salvação, o cientista político Cláudio Couto, da Fundação Getúlio Vargas, pensou o programa justamente para discutir e popularizar a conjuntura política nacional sem simplificações que mais embotam do que iluminam a temática. Cláudio há muito percebe a criminalização da política e dos atos costumeiros à mesma, como acordos e coalizões.

Além disso, falácias como atribuir uma maior qualidade a uma pessoa porque ela tem mais perfil “técnico”, e não político ou ideológico (como vimos extensamente na cobertura da pandemia), também contribuem para que o olhar público sobre espaços como assembleias legislativas e poder judiciário seja sempre enviesado. “É preciso lidar com a política como um dado da realidade, e isso implica em defender a democracia”, diz ele, um crítico do termo “polarização” como sinônimo de “extremo”. “É uma posição preguiçosa, que considera atores do campo democrático antigos como PT e PSDB no mesmo espaço de um radical extremista como Bolsonaro. Ao mesmo tempo, essa imprensa é incoerente, pois se referia a Viktor Orbán como sendo da extrema direita”, continua ele se referindo ao ultradireitista primeiro-ministro húngaro, uma referência para o (infelizmente) presidente brasileiro.

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Com o melodrama correndo solto – e a desinformação idem –, o grande desafio de quem procura traduzir o cotidiano da política no debate público é ainda maior. Assim como Cláudio Couto, Yvana Fechine também tem, ao lado de professoras/es e alunas/os da UFPE, realizado debates políticos em um programa de rádio/podcast, o Fora da Curva. Ela assume que a tarefa não é simples. “Quando a imprensa reduz tudo isso a papéis e a narrativas simplificadas, esvazia a própria complexidade da política, um desserviço para população. A dificuldade é encontrar um discurso que não seja redutor e simplista, que seja compreensível para uma população que muitas vezes não tem formação política”.

Um exemplo, diz Yvana, são as diversas matérias sobre o preço da gasolina, que trazem números vários, mas não evidenciam que o valor alto do combustível está diretamente associado a uma decisão comemorada pelo mercado e parte da imprensa em 2016, quando a Petrobras passou a acompanhar o preço de commodities praticado no mercado internacional. “A busca é por uma abordagem crítica, um pensamento feito com profundidade e ao mesmo tempo que traduza a realidade. Não é entendendo que a audiência é formada por Homers Simpsons, mas superando os clichês redutores”.

Um dos casos recentes mais interessantes da popularização do debate político se deu através de uma iniciativa entre a cantora Anitta e a advogada e professora Gabriela Prioli, que se uniram ano passado para realizar uma série de lives sobre política. As perguntas são super básicas – e por isso mesmo importantes para quem tem pouco conhecimento sobre a política brasileira e quer se iniciar. “O que são os três poderes?”, pergunta a cantora, que escuta da também apresentadora quem são os atores de cada âmbito em nível federal, estadual e municipal, assim como suas responsabilidades.

Na época, várias pessoas criticaram a ação – ou melhor, o desconhecimento de Anitta sobre o que membros das assembleias legislativas, por exemplo, fazem a partir do momento em que são eleitos (mas e um presidente da República, que não conhecia uma autarquia que está sob a responsabilidade dele, o Iphan?). “É pedantismo puro, foi uma ação superlegal, que produz efeitos importantes, que abre espaço. O caminho é muito por aí”, diz Cláudio. Concordo: é somente, por exemplo, compreendendo de saída quem é quem nos espaços de poder que apitam na vida pública, quais são suas funções, limites e responsabilidades, que podemos localizar melhor os diversos atores (eleitos ou não) que frequentam as manchetes dos jornais. A partir daí, tenho fé, vamos achar mais absurdas ou no mínimo risíveis matérias como esta, publicada na revista Veja, na qual tanto o título quanto o texto se perguntam se Lula e Alckmin são, agora, “novos amigos”.

Não, isso é política – e, no caso do Brasil, sobrevivência –, estúpido.

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PGR é contra ação que impede que Bolsonaro estimule ataques à imprensa

O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu hoje a rejeição de uma ação do partido Rede Sustentabilidade, que tem como objetivo impedir o presidente Jair Bolsonaro (PL) de promover (ou incentivar) ataques aos profissionais da imprensa, informa o Uol.

A manifestação de Aras ocorreu um dia depois que equipes da TV Bahia, afiliada da Globo, e da TV Aratu, afiliada do SBT, foram agredidas em Itamaraju (BA) por seguranças e apoiadores do presidente durante a visita dele à região, atingida pelas chuvas no sul da Bahia. Segundo o relato dos profissionais e vídeos divulgados nas redes sociais, os repórteres das duas emissoras tentaram se aproximar para entrevistar Bolsonaro, mas a equipe de segurança, formando uma espécie de “paredão”, agiu para impedir a aproximação das duas equipes. Esse é o segundo relato de agressão a jornalistas enquanto fazem a cobertura de Bolsonaro em cerca de um mês.

A arguição de descumprimento de preceito fundamental não se presta à obtenção de ordem judicial para impedir o Presidente da República de atacar – verbal ou fisicamente – os profissionais da imprensa. Isso porque o ordenamento jurídico já contempla tal proibição. Além do que a análise da ocorrência concreta de eventual violação das normas jurídicas há de se dar pela via processual adequada, e não mediante o controle abstrato de normas. Augusto Aras

A ação foi movida pela Rede Sustentabilidade logo depois que outros jornalistas já haviam sido agredidos por seguranças do presidente Jair Bolsonaro, em Roma, na Itália, no começo de novembro.

Na ocasião, colunista do UOL, Jamil Chade, que cobria o evento, relatou que um segurança o empurrou, arrancou seu celular e o jogou na rua. Ele e a repórter da Folha, Ana Estela Pinto, registraram queixa das agressões na polícia. Profissionais da TV Globo, jornal O Globo e BBC Brasil também foram agredidos.

A ação do partido pedia, liminarmente, que o presidente fosse impedido de realizar ou de incentivar a realização de ataques verbais ou físicos à imprensa e aos seus profissionais, sob pena de responsabilização pessoal de R$ 100 mil.

Nesta segunda-feira (13), a Rede enviou nova petição ao STF (Supremo Tribunal Federal) na qual reforça a necessidade de a presidência da República garantir o trabalho da imprensa e a integridade dos profissionais que cobrem atos do presidente da República.

O partido informou o novo caso de agressão e ressaltou a urgência da liminar anteriormente pleiteada, visto que “os profissionais de imprensa no Brasil seguem sendo aviltados pelo Presidente da República quase todos os dias”. O texto também voltou a pedir que o presidente seja impedido de realizar ou de incentivar ataques verbais ou físicos aos seus profissionais, sob pena de responsabilização pessoal e pagamento de multa pessoal de R$ 100 mil por ocorrência.

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‘não pega fogo’ e ‘ataques não são justos’, disse Bolsonaro sobre a Amazônia em Dubai

Durante evento para captação de negócios, presidente convidou árabes a conhecer ‘o Brasil de fato’. Dados oficiais mostram que floresta enfrenta recordes de queimadas e desmatamento.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, durante evento com investidores em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, que “os ataques que o Brasil sofre em relação à Amazônia não são justos.”

Bolsonaro convidou os investidores árabes a conhecer a floresta – que, segundo ele, “por ser uma floresta úmida, não pega fogo”.

“Nós queremos que os senhores conheçam o Brasil de fato. Uma viagem e um passeio pela Amazônia é algo fantástico, até para que os senhores vejam que a nossa Amazônia, por ser uma floresta úmida, não pega fogo. Que os senhores vejam realmente o que ela tem. Com toda certeza, uma viagem inesquecível”, afirmou Bolsonaro durante a abertura do evento Invest in Brasil Forum, em Dubai. As informações são do site G1.

“Além de turismo, conhecer aquilo que seria um paraíso aqui na Terra. A Amazônia é um patrimônio, a Amazônia é brasileira. E vocês lá comprovarão isso e trarão realmente uma imagem que condiz com a realidade. Os ataques que o Brasil sofre quando se fala em Amazônia não são justos. Lá, mais de 90% daquela área está preservada, está exatamente igual quando foi descoberto no ano de 1500. A Amazônia é fantástica”, declarou.

Os dados reunidos por órgãos oficiais desmentem a fala de Bolsonaro. Em agosto deste ano, por exemplo, o número de focos de queimadas na Floresta Amazônica superou a média histórica para o período. Em junho, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou o maior número de focos para o mês em 14 anos.

Entre agosto de 2019 e setembro de 2020, o mesmo Inpe, vinculado ao governo federal, mostrou que mais de um terço dos quase 150 mil focos de queimadas ocorridos na Amazônia no período aconteceram em terras públicas sem destinação.

Bolsonaro ainda afirmou que os países árabes “são um dos parceiros preferidos” pelo Brasil. O presidente disse estar de “portas abertas” para negócios em diferentes áreas, em especial na agricultura.

No sábado, primeiro dia da viagem oficial ao Oriente Médio, Bolsonaro reclamou que o Brasil teria sido “atacado” na COP 26, a Conferência do Clima organizada pela ONU, em Glasgow.

Bolsonaro não foi à COP, mas integrantes do governo representaram o país. A gestão de Bolsonaro vem sendo criticada pela comunidade internacional desde 2019, quando começou o governo, em razão da postura do presidente em relação ao meio ambiente.

“Desde 2019, o governo do Brasil, com o apoio das Forças Armadas e de segurança pública, tem incrementado políticas contra crimes ambientais. Os desafios de cuidar do meio ambiente em um país continental são imensos, mas o governo brasileiro tem envidados esforços bem-sucedidos nesse sentido”, disse.

Em 2020, Bolsonaro recriou o Conselho Nacional da Amazônia Legal, chefiado pelo vice-presidente Hamilton Mourão. O presidente autorizou três operações para que as Forças Armadas combatessem crimes ambientais, contudo, os registros de desmatamento seguiram altos na Amazônia.

França também citou no discurso as metas do Brasil para redução de emissões e de desmatamento, anunciadas durante a conferência sobre o clima da ONU, a COP26, recém-encerrada em Glasgow.

O governo brasileiro faz uma ofensiva para tentar vender a imagem de um país que protege suas florestas. Isso ocorreu na COP26 e prossegue em Dubai. Na Expo 2020, por exemplo, o pavilhão brasileiro fica no distrito da sustentabilidade da exposição universal.

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Sabatina de Mendonça engavetada pelo Senado em função dos ataques de Bolsonaro ao STF

Ataques do presidente a ministros reforçam disposição de Alcolumbre de postergar sabatina; recondução de Aras na PGR é mais bem aceita.

Ao anunciar que pedirá o impeachment de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente Jair Bolsonaro reforçou a disposição do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) de manter na gaveta a indicação de André Mendonça à corte.

A única chance de o clima melhorar para destravar a sabatina de Mendonça, segundo pessoas próximas de Alcolumbre, é se Bolsonaro baixar o tom do discurso, cessar os ataques a parlamentares e ao Supremo e dar sinais claros de que não provocará mais fissuras entre os Poderes.

Desde que o presidente oficializou o nome do ex-advogado-geral da União para ocupar a vaga deixada por Marco Aurélio Mello, em julho, Alcolumbre trabalha para que Mendonça não seja aprovado —Alcolumbre é presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), onde ocorre a sabatina do indicado.

Segundo aliados, a estratégia do senador é postergar a sabatina pela qual o ex-ministro do governo deverá passar na CCJ e tentar emplacar no seu lugar o procurador-geral Augusto Aras.

Aras, por sua vez, aguarda a sua própria sabatina no Senado após ter sido indicado por Bolsonaro para mais dois anos na chefia da PGR (Procuradoria-Geral da República).

Entre as razões para que Alcolumbre segure a inquirição de Mendonça está a preferência por outro nome e o discurso bélico de Bolsonaro.

Alcolumbre relatou a aliados ter ficado chateado com a pressão que bolsonaristas fizeram nas redes sociais para que ele colocasse em votação na CCJ do Senado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que estabelecia o voto impresso no Brasil, após o assunto ter sido rejeitado pela Câmara.

Há também um fator de cunho pessoal. Segundo pessoas próximas, Alcolumbre culpa Bolsonaro por não ter se empenhado o suficiente para resolver o problema do apagão que acometeu o Amapá no ano passado, contribuindo para a derrota de Josiel Alcolumbre (DEM), seu irmão, que disputava a Prefeitura de Macapá.

Depois de Bolsonaro ter afirmado que enviará ao Senado o pedido de impeachment dos ministros do STF Alexandre de Moraes e de Luís Roberto Barroso, o senador afirmou a pessoas próximas que não pretende pautar a sabatina de Mendonça antes dos próximos três meses.

A demora em colocar em análise o nome de Mendonça, segundo o UOL, já supera o tempo de espera de todos os dez ministros que ocupam cadeiras hoje no Supremo. Nenhum esperou mais de oito dias entre a indicação presidencial e o início da tramitação no Senado.

Para o governo, Alcolumbre tem dado sinais trocados a respeito da sabatina de Mendonça. Na semana passada, antes de o presidente pedir o afastamento de ministros do STF, o senador havia indicado que, apesar de continuar contrariado com o governo, não impediria a sabatina.

Com o acirramento da crise provocada por Bolsonaro, aliados de Mendonça no Senado avaliam que Alcolumbre encontrou um álibi para conseguir fazer uma espécie de leilão.

A expectativa agora, entre aliados do indicado ao STF, é que a sabatina ocorra em outubro. A CPI da Covid acaba em 16 de setembro, e, com isso, Alcolumbre consegue retomar os holofotes no Senado.

Aliados do senador, no entanto, avaliam que dificilmente a sabatina ocorrerá antes de novembro. Isso só seria possível se houvesse uma mudança nos rumos do discurso e sinalizações de Bolsonaro.

Existe entre senadores forte receio de que Mendonça encampe a retórica de Bolsonaro no STF e, por isso, uma vez que sente na cadeira na corte, ajude a intensificar o clima de disputa entre os Poderes.

Alcolumbre e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), se falam todos os dias. Eles estão alinhados na estratégia de adiar a sabatina.

Um interlocutor de Pacheco chegou a dizer que, por maior que seja o apoio de Mendonça na Casa, se seu nome fosse analisado pelos senadores neste momento, o ex-AGU correria o risco de ser rejeitado.

Pacheco participou na noite desta segunda-feira (16) de um encontro com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

Com estilo discreto, Pacheco disse, segundo relatos, que o país está passando por um momento de crise, o que não é bom para ninguém. Nem para o governo, que tem projetos, indicações e sabatinas para passar no Senado.

O presidente da Casa sinalizou ainda que vai dar prioridade para pautas econômicas e de saúde. Impeachment de ministros do Supremo, portanto, está longe de ser uma prioridade.

Mendonça já pediu reiteradas vezes reuniões com Alcolumbre e até hoje não foi recebido. Da mesma forma, Aras também solicitou um encontro, o que também não ocorreu.

Correligionários de Alcolumbre avaliam que ele pode jogar a sabatina de Aras para depois da de Mendonça. A estratégia seria conseguir derrotar o indicado de Bolsonaro para o STF e forçar o presidente a indicar o procurador-geral da República no seu lugar.

Nesta terça-feira (17), Aras se reuniu com a cúpula da CPI da Covid e aproveitou para pedir apoio à sua recondução à chefia da PGR. Já a comissão o sondou sobre o que ele pretende fazer com o relatório que será produzido pelo colegiado a respeito de erros e omissões do governo na pandemia.

Se o Senado não analisar a indicação de Aras para ser reconduzido à chefia da PGR até 26 de setembro, assume interinamente o vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal.

Hoje, o cargo é ocupado por José Bonifácio de Andrada, irmão do deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), que tem bom trânsito no Congresso.

O mandato do Bonifácio, porém, também se encerra no início de setembro, e o Conselho Superior do MPF tem eleição marcada para as próximas semanas. Ou seja, poderá ser outro procurador a ocupar o posto.

A primeira etapa da avaliação do nome de Mendonça e de Aras será a sabatina na CCJ do Senado. No colegiado, com 27 membros, eles serão submetidos à votação secreta.

Para aprovação, é necessária maioria simples. Mesmo se for rejeitada, a indicação é submetida ao plenário do Senado, onde necessitará de maioria absoluta (41 dos 81 senadores). A votação também será secreta.

Kassio Nunes Marques, o último indicado ao STF, teve o nome aprovado por 22 votos a 5, na CCJ. No plenário, o placar ficou em 57 a 10.

Já Aras, em sua primeira indicação ao comando da PGR, em 2019, teve o nome aprovado por 23 votos a 3 na CCJ, e 68 a 10 no plenário.

Entenda tramitação das indicações no Senado

MINISTRO DO SUPREMO

  • A avaliação sobre a nomeação é feita pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Para iniciar o processo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), deve ler o comunicado da indicação em plenário
  • A principal etapa na comissão é a realização de uma sabatina do candidato pelos congressistas. Concluída a sabatina, a CCJ prepara um parecer sobre a nomeação e envia a análise ao plenário
  • A decisão sobre a indicação é feita em uma sessão plenária da Casa. A aprovação do nome só ocorre se for obtida maioria absoluta, ou seja, ao menos 41 dos 81 senadores
  • Depois da aprovação pelo Senado, o presidente pode publicar a nomeação e o escolhido pode tomar posse no tribunal

PROCURADOR-GERAL

  • O indicado para o posto também precisa passar por sabatina na CCJ
  • O nome precisa ser aprovado pela comissão e depois pelo plenário da Casa por maioria absoluta –no caso do plenário, ao menos 41 senadores
  • Em caso de vacância do PGR, quem assume interinamente é o vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal que ficaria no comando da Procuradoria-Geral até que o indicado do presidente fosse aprovado no Senado

*Julia Chaib e Marianna Holanda/Folha

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