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Brasil

Mais de 18 milhões de mulheres sofreram violência no Brasil em 2022

Em média, vítimas relataram ter sofrido quatro agressões no ano.

Agência Brasil – Mais um ano em que a violência contra as brasileiras têm sido crescente no país. É o que mostra a quarta edição da pesquisa Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil. Realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o levantamento permite estimar que cerca de 18,6 milhões de mulheres brasileiras foram vitimizadas em 2022, o equivale a um estádio de futebol com capacidade para 50 mil pessoas lotado todos os dias. Em média, as mulheres que foram vítimas de violência relataram ter sofrido quatro agressões ao longo do ano, mas entre as divorciadas a média foi de nove vezes.

A pesquisa traz dados inéditos sobre diferentes formas de violência física, sexual e psicológica sofridas pelas brasileiras no ano passado. Em comparação com as edições anteriores, todas as formas de violência contra a mulher apresentaram crescimento acentuado no ano passado. Segundo o levantamento, 28,9% das brasileiras sofreram algum tipo de violência de gênero em 2022, a maior prevalência já verificada na série histórica, 4,5 pontos percentuais acima do resultado da pesquisa anterior.

“Todos os dados da pesquisa são realmente bem tristes, mas, quando olhamos para as violências sofridas pelas mulheres no Brasil, comparado com as pesquisas que a gente fez anteriormente, todas as modalidades de violência foram acentuadas nesse último ano. Então as mulheres estão sofrendo cada vez mais violência. Há aumento de 4 pontos percentuais sobre as mulheres que sofreram algum tipo de violência ou agressão no último ano, comparado com a pesquisa anterior. Esse é um dado que choca bastante”, lamenta a a pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública Amanda Lagreca.

A pesquisa ouviu 2.017 pessoas, entre homens e mulheres, em 126 municípios brasileiros, no período de 9 a 13 de janeiro de 2023, e foi realizada Instituto Datafolha e com apoio da Uber.

Os dados de feminicídios e homicídios dolosos de mulheres do ano de 2022 ainda não estão disponíveis, mas o crescimento agudo de formas graves de violência física, que podem resultar em morte a qualquer momento, é um sinal, diz a diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno. “Não será surpresa se nos depararmos com o crescimento de ambas as modalidades de violência letal contra as mulheres. Infelizmente, o Brasil ficou mais inseguro para todas nós.”

Os resultados da pesquisa mostraram que 11,6% das mulheres entrevistadas foram vítimas de violência física no ano passado, o que representa um universo de cerca de 7,4 milhões de brasileiras. Isso significa que 14 mulheres foram agredidas com tapas, socos e pontapés por minuto.

Entre as outras formas de violência citadas, as mais frequentes foram as ofensas verbais (23,1%), perseguição (13,5%), ameaças de violências físicas (12,4%), ofensas sexuais (9%), espancamento ou tentativa de estrangulamento (5,4%), ameaça com faca ou arma de fogo (5,1%), lesão provocada por algum objeto que foi atirado nelas (4,2%) e esfaqueamento ou tiro (1,6%).

A pesquisa apresentou um dado inédito: uma em cada três brasileiras com mais de 16 anos sofreu violência física e sexual provocada por parceiro íntimo ao longo da vida. São mais de 21,5 milhões de mulheres vítimas de violência física ou sexual por parte de parceiros íntimos ou ex-companheiros, representando 33,4% da população feminina do país.

Se considerado os casos de violência psicológica, 43% das mulheres brasileiras já foram vítimas do parceiro íntimo. Mulheres negras, de baixa escolaridade, com filhos e divorciadas são as principais vítimas, revelou a pesquisa.

“Quando a gente olha esse dado de 33,4%, comparado com média global da Organização Mundial da Saúde, de 27%, o que estamos vendo é que no Brasil esse número é mais elevado do que o número um estimado pela OMS”, lamenta Amanda Lagreca.

Para a pesquisadora, outro dado chocante é com relação ao autor da violência. Pela primeira vez, o estudo apontou o ex-companheiro como o principal autor da violência (31,3%), seguido pelo atual parceiro íntimo (26,7%).

O autor da violência é conhecido da vítima na maior parte dos casos (73,7%). O que mostra que o lugar menos seguro para as mulheres é a própria casa – 53,8% relataram que o episódio mais grave de agressão dos últimos 12 meses aconteceu dentro de casa. Esse número é maior do que o registrado na edição de 2021 da pesquisa (48,8%), que abrangeu o auge do isolamento social durante a pandemia de covid-19.

Outros lugares onde houve episódio de violência foram a rua (17,6%), o ambiente de trabalho (4,7%) e os bares ou baladas (3,7%). Sobre a reação à violência, a maioria (45%) das mulheres disse que não fez nada. Em pesquisas anteriores, em 2017 e 2019, esse número foi de 52%.

O número de vítimas que foi até uma Delegacia da Mulher aumentou em relação a 2021, passando de 11,8% para 14% em 2022. Outras formas de denúncia foram: ligar para a Polícia Militar (4,8%), fazer um registro eletrônico (1,7%) ou entrar em contato com a Central de Atendimento à Mulher pelo Disque 180 (1,6%).

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Política

Governo Bolsonaro boicotou tentativa da ONU de examinar genocídio no Brasil

Jamil Chade*

O governo de Jair Bolsonaro boicotou uma tentativa das Nações Unidas de examinar a situação de genocídio no Brasil. O UOL apurou que, em 2022, a representante especial do secretário-geral da ONU para a Prevenção de Genocídio, subsecretária geral Alice Wairimu Nderitu, tinha uma viagem planejada para o país. Mas pessoas que lidaram na época com os trâmites da organização apontam agora que nunca houve uma resposta por parte do governo diante de seu pedido para um visto.

A visita ocorreria no âmbito de um debate sobre “crimes atrozes” no país e que foi realizado em abril do ano passado, entre as cidades de Belém (PA) e Rio de Janeiro. Assistentes da representante chegaram a fazer a viagem. Mas sem o status oficial de uma missão da ONU.

Poucos meses antes, pela primeira vez, ela havia citado o Brasil num de seus informes enviados a todos os governos do mundo. Numa reunião do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em meados de 2021, a situação dos indígenas foi apontada como alarmante.

Wairimu Nderitu afirmou estar preocupada com povos indígenas nas Américas e mencionou o Brasil como um dos exemplos. “Na questão indígena, não podemos enfatizar mais”, disse. “Na região das Américas, estou particularmente preocupada com os povos indígenas. No Brasil, Equador e outros países, eu peço aos governos para proteger comunidades em risco e garantir justiça para crimes cometidos”, insistiu.

A referência ao Brasil pela representante da ONU que lida com a prevenção de genocídio foi tratada como uma ameaça dentro do governo Bolsonaro. No Tribunal Penal Internacional, o ex-presidente havia sido denunciado por entidades como a Comissão Arns e líderes como Raoní sobre a situação dos povos indígenas.

Entre diplomatas brasileiros, a referência ao Brasil por parte de uma assessora da ONU era “preocupante” e revelava que a situação do país estava no foco internacional. O governo brasileiro rejeitava a tese de um genocídio e passou a participar de debates com uma postura dura sempre que o assunto era levantado. Mas a citação inédita levou o assunto a um novo patamar e acendeu o sinal de alerta dentro do governo.

Necropolítica de Bolsonaro

A partir das reuniões realizadas sem a presença da representante da ONU, um informe foi preparado por entidades como a ACT Aliiance. O documento chegou a algumas conclusões sobre o cenário sob o governo de Jair Bolsonaro:

  • Há ataques sistemáticos contra a população civil que defende os direitos humanos, a maior distribuição das riquezas, a demarcação de territórios quilombolas e indígenas; entre outros.
  • Há grupos sistematicamente atacados e um exemplo é o povo mundurucu.
    Percebe-se um projeto necropolítico voltado contra a população negra e
  • indígena.
  • Nestes últimos anos o Estado Brasileiro forçou e forjou fortemente um Estado Miliciano (ex. RJ) – a ida do atual governo para o poder “levou a milícia para o Planalto”; Grupos se estruturaram para a “realização de crimes atrozes” (grupo Dom Bosco); o braço armado do agronegócio e do garimpo gera muitos crimes atrozes – o Estado que deveria proteger é o agente da violência por inação e por ação também.
  • Temos uma debilidade muito grande por parte do Estado, seja pelo aparelhamento, pelo esvaziamento, pela não fiscalização.
  • Limitação muito grande do sistema ONU – governo se põe contra a ONU e isto não tem gerado efetivamente impacto algum no atual governo – política externa totalmente alinhada com países ditatoriais e autocratas em nível global e o Brasil ainda paira para o sistema como uma democracia saudável.
  • No atual contexto há um avanço da criminalização sobre sociedade civil organizada. Esta criminalização passa por vários fatores, como inviabilização da atuação, fragilização, pressão permanente.

Guterres fala com Lula

A situação, porém, mudou com a derrota nas eleições de Jair Bolsonaro. Numa das primeiras conversas com líderes estrangeiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ouviu do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, sua preocupação em relação aos povos indígenas, inclusive sobre a contaminação de pessoas e terras pelo mercúrio.

A atitude do novo governo de lidar com a crise, denunciar a situação do povo yanomami e aceitar missões internacionais foi aplaudida por Guterres.

Agora, a ONU mandará ao Brasil sua representante para a prevenção do genocídio. Num documento obtido pelo UOL com exclusividade, a entidade comunica o governo de Luiz Inácio Lula da Silva que pretende visitar o país no final de abril.

Diante da situação do povo yanomami e da crise com as instituições de estado deixado por Jair Bolsonaro, o novo governo passou a dialogar com agências internacionais para avaliar a possibilidade de um respaldo estrangeiro.

Se no governo anterior existia uma resistência a qualquer inspeção internacional sobre a situação do país, o governo Lula passou a buscar as agências estrangeiras para ampliar até mesmo as denúncias de possíveis atos de genocídio por parte de seu antecessor.

“Enquanto estiver no país, Nderitu também gostaria de aproveitar a oportunidade e fazer uma visita de cortesia ao chefe de Estado, Luiz Inácio Lula da Silva”, solicita a carta oficial da ONU.

Ela ainda pediu para se reunir com os ministros das Relações Exteriores, dos Povos Indígenas, da Justiça, da Educação, dos Direitos Humanos e Cidadania, da Igualdade Racial, da Mulher e da Saúde, o procurador-geral da República e o Chefe da Comissão Nacional de Direitos Humanos.

Missão para territórios indígenas

No esboço de sua agenda no Brasil, a representante da ONU viajará para Roraima, nos territórios do povo yanomami. Entre os dias 5 e 7 de maio, ela vai se encontrar com “líderes que relataram suposto genocídio”.

Mas ela promete não limitar sua missão ao caso mais recente da crise humanitária no Norte do país. Parte da missão será organizada para visitar o povo guarani kaiowá, em Mato Grosso do Sul. Também haverá uma parada no Rio Grande do Sul, uma vez mais para se reunir com comunidades tradicionais.

Jacarezinho e morte de jovens negros

Outra dimensão de sua viagem será o exame da situação da população afrobrasileira nas periferias das grandes capitais do país. No esboço da agenda preparada para a representante da ONU, está incluída uma visita para a região da favela de Jacarezinho (RJ).

Em maio de 2021, a comunidade na região do Rio de Janeiro registrou 28 mortos numa ação da polícia na zona norte da capital.

Em 31 de maio de 2021, o relator da ONU para o combate contra a tortura, Nils Melzer, e o relator sobre execuções sumárias, Morris Tidball-Binz, se aliaram a outros três especialistas da entidade para apontar ao governo brasileiro como o caso envolvendo a ação policial no Rio de Janeiro poderia constituir violações ao direito à vida e violações da proibição de tortura.

Na queixa, os relatores apontaram para uma série de potenciais crimes. “De acordo com relatos, a polícia atirou de forma indiscriminada em pelo menos dez localidades densamente habitadas desse bairro, sem levar em conta vidas e a segurança de quem vive ali”, diz a carta dos relatores da ONU. O documento também cita testemunhas que apontam que algumas das vítimas foram mortas depois de se entregar,

O governo Bolsonaro respondeu aos relatores apenas dois meses depois que os questionamentos foram enviados. No dia 21 de julho de 2021, lamentaram as mortes e indicaram que há um esforço por uma “cultura da paz”.

Mas, segundo o documento da agenda da representante da ONU, a visita no Rio de Janeiro faz parte de um “mapeamento das atrocidades na comunidade”. Ali, ela vai “entender o contexto de discriminação contra afrodescendentes e violência policial”.

*Uol

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Opinião

Marcelo Zero, sobre o voto na ONU: ‘Brasil não mudou de posição e não abandonou neutralidade’

Muita bobagem se escreveu hoje por causa do voto do Brasil de apoio à uma Resolução da Assembleia Geral da Geral da ONU que, em síntese, pede que a Rússia “retire imediatamente, completa e incondicionalmente todas as suas forças militares do território da Ucrânia dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas e cesse as hostilidades”.

O Brasil não “mudou de posição” e não “abandonou a neutralidade”.

Desde o início, o Brasil condenou a invasão, o que não se confunde com o apoiamento direto ou indireto à guerra.

Em 25 de fevereiro de 2022, logo após a invasão, o Brasil também votou favoravelmente a Resolução do Conselho de Segurança da ONU, vetada pela Rússia, a qual demandava que a Rússia “retirasse imediata, completa e incondicionalmente” suas forças militares da Ucrânia e “revertesse” a decisão de reconhecer a independência das províncias do leste ucraniano de Donetsk e Luhansk, em guerra, uma vez que “viola a integridade territorial”.

China e Índia se abstiveram.

Note-se que o texto dessa proposta de Resolução do Conselho era praticamente idêntico ao texto aprovado pela Assembleia-Geral hoje (23/02/2023). Seria uma incongruência, portanto, que o Brasil votasse de forma diferente.

Na primeira resolução votada na Assembleia-Geral da ONU, em 2 de março de 2022, a invasão russa foi considerada uma agressão à soberania de Kiev.

Com 141 votos favoráveis, incluindo o do Brasil, cinco contrários e 35 abstenções, o órgão determinou a retirada das tropas russas da Ucrânia.

Em 12 de outubro de 2022, a Assembleia Geral adotou uma resolução condenando a anexação dos territórios ucranianos por parte da Rússia. O texto foi aprovado com 143 votos favoráveis, incluindo do Brasil, cinco contrários e 35 abstenções.

Em todas essas votações, portanto, o Brasil votou da mesma forma.

O Brasil, entretanto, votou pela abstenção em outras resoluções, que dificultavam a negociação.

Assim, o Brasil não mudou de posição e não abandonou sua postura de não participação no conflito e de busca da paz.

*Marcelo Zero é sociólogo e especialista em Relações Internacionais.

*Viomundo

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Brasil

Moscou analisa propostas do Brasil para o fim da guerra

Lula entende que não tem que tomar lado no conflito e se negou a enviar munição para tanques do exército ucraniano.

De acordo com Lourdes Nassif, GGN, Moscou analisa as iniciativas de paz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs para a guerra na Ucrânia, disse Mikhail Galuzin, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia.

Lula tem trabalhado para construir as bases de um acordo para o fim da guerra na Ucrânia.

Foi sugerido à Organização das Nações Unidas (ONU) a inclusão de um artigo com a iniciativa brasileira na resolução votada e aprovada na Assembleia Geral.

“Nós tomamos nota das declarações do presidente do Brasil em relação a uma possível mediação para encontrar caminhos políticos para prevenir uma escalada de violência na Ucrânia, corrigindo erros de cálculo no campo da segurança internacional nas bases do multilateralismo e considerando os interesses de todos”, disse o vice-ministro russo à agência de notícias Tass. “Estamos examinando as iniciativas, principalmente do ponto de vista da política equilibrada do Brasil e, é claro, levando em consideração a situação ‘em campo’”, completou.

Lula entende que não tem que tomar lado no conflito e se negou a enviar munição para tanques do exército ucraniano. A postura do governo brasileiro chamou a atenção da Rússia, que passou a ver o país como um mediador possível.

O vice-ministro russo pontuou que Rússia tem boa relação com o Brasil, enfatizando os laços estreitos no G20 e Brics. Elogiou ainda a postura firme de Lula a não ceder aos apelos dos Estados Unidos para enviar munição aos ucranianos. “Estamos vendo como Washington está colocando pressão no Brasil. Tamanha postura de soberania merece respeito”, disse ele.

O presidente brasileiro, no Twitter, enfatizou a necessidade de mediadores para o fim do conflito.

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Brasil

Como a nova ordem geopolítica consolida as parcerias estratégicas entre Brasil e Rússia?

Sputnik – Em entrevista à Sputnik Brasil, o presidente da Câmara Brasil–Rússia de Comércio explicou como os fertilizantes russos se tornaram a porta de entrada para a consolidação de parcerias estratégicas entre Brasília e Moscou, apesar do conflito na Ucrânia e da tentativa de isolamento da Rússia comandada pelos EUA e seus aliados na Europa.

O temor levantado em recente estudo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA), que indica que as entregas de fertilizantes ao mercado brasileiro, no acumulado de janeiro a novembro de 2022, sofreram uma redução de 11,3%, “não é razão para se preocupar”.

Quem garante é Gilberto Ramos, presidente da Câmara Brasil–Rússia de Comércio, Indústria e Turismo. Em conversa com a Sputnik Brasil, ele apontou que o mercado global de fertilizantes sofre alterações naturais em razão das muitas variantes logísticas externas, embora, no caso do Brasil, o abastecimento esteja devidamente garantido.

Isso foi possível, segundo ele, graças aos esforços de governos e empresários para expandir o comércio e as relações bilaterais entre os dois países, um deles feito em 16 de fevereiro de 2022 (há cerca de um ano) pelo então presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, em visita à Rússia. Na ocasião, dezenas de documentos sigilosos foram assinados.

Além disso, a confirmação da nomeação da ex-presidente Dilma Rousseff para o banco do BRICS é um bom indicativo de que o fortalecimento desses laços continuará. Afinal, como apontou Gilberto Ramos, “Dilma tem uma visão desse bloco muito mais profunda” que o atual presidente da instituição financeira.

De acordo com ele, ao se analisar o comércio entre Brasília e Moscou, estimativas feitas no âmbito do Ministério da Economia apontam que “o potencial para […] investimentos entre os dois países poderá chegar a mais de US$ 100 bilhões (aproximadamente R$ 519 bilhões) dentro dos próximos cinco a sete anos”.

‘O céu é o limite’

Embora as relações entre Moscou e Brasília tenham começado há muito tempo, a visita de Bolsonaro à Rússia em meio à escalada de tensões com a Ucrânia abriu uma nova etapa dessa aproximação, e daí em diante, apontou Gilberto Ramos, “o céu é o limite”.

O presidente da Câmara Brasil–Rússia de Comércio relembrou que na época o Brasil conseguiu acordos para importar “fertilizantes, como ureia e cloreto de potássio, em função de tratativas feitas no mais alto nível”.

“De lá para cá, chegaram dezenas de navios com produtos russos e belarussos. Esse movimento […] [fez com] que 71% das importações brasileiras da Rússia [em 2022] fossem de fertilizantes, com uma corrente comercial que bateu recordes, chegando a cerca de US$ 7 bilhões [aproximadamente R$ 36 bilhões]”, disse ele.

Grãos de arroz da Chisty Ris, cultivados na região de Krasnodar, Rússia, foto publicada em 6 de outubro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 21.01.2023

Como se sabe, a Rússia é o principal fornecedor dos fertilizantes usados na agricultura brasileira, que por sua vez é o motor da economia brasileira. Com o conflito na Ucrânia, a rota comercial que ligava a Rússia ao Brasil precisou ser reinventada, em meio à disparada do custo do frete e dificuldades de logística.

No entanto, após a visita de Bolsonaro e os acordos que foram assinados, os portos brasileiros nunca viram “tantos navios com as cores da Rússia atracarem à nossa costa, a maior parte carregada de fertilizantes”, disse Gilberto Ramos.

Traduzindo esses tratados que nunca vieram à público em números, Moscou passou do 12º para o 5º lugar no ranking de parceiros comerciais do Brasil, apenas atrás de Alemanha, Argentina, Estados Unidos e China.

Conforme explicou Gilberto Ramos, “tudo isso foi facilitado a partir de operações logísticas que foram criadas, especialmente para embarques do porto de Murmansk [cidade russa]. Além disso, existem empresas russas trabalhando em outros lugares do mundo que buscam alternativas para essas questões logísticas”.

Trator joga fertilizantes em plantação de soja em de Campo Mourão, na região Centro-Oeste do Paraná, 27 de novembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 23.11.2022

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Política

‘The Economist’ afirma que, com Lula, perspectivas econômicas do Brasil estão melhorando

Publicação inglesa também descreve os principais desafios do novo governo na área econômica.

A revista inglesa ‘The Economist’ publicou um texto, na quinta-feira (26), em que revela confiança no novo governo Lula (PT) a respeito da economia. Segundo a publicação, com a posse do petista agora em janeiro, “as perspectivas econômicas do Brasil estão melhorando”.

A matéria cita uma série de fatores internacionais, que combinados os anúncios feitos pelo novo governo, podem facilitar o fluxo econômico do país nos próximos anos.

No texto, a revista fez uma espécie de comparativo entre os dois momentos em que Lula governou o Brasil e aponta que o cenário econômico do início dos anos 2000 não se repetirá ao longo do terceiro mandato do petista.

Para a ‘The Economist’, o sucesso econômico dos mandatos anteriores foi resultado de uma combinação de fatores, “como demanda crescente pelas exportações de commodities do Brasil, baixas taxas de juros globais e dólar em queda”.

O diagnóstico inicial sobre o terceiro mandato, segundo a revista, era trágico, constituído por elementos globais e domésticos. No plano internacional, as projeções eram de “fraco crescimento global, queda dos preços das commodities e aumento das taxas de juros”; Internamente, Lula começaria o novo governo herdando uma crise política com os ataques à democracia, os impactos da pandemia na economia e os problemas econômicos herdados ainda do governo Dilma Rousseff.

A provável conclusão diante deste quadro, segundo a revista, era de é “um mau momento para Lula retornar à presidência”.

Quase um mês após a posse, a realidade é diferente dos que as previsões desenhavam e a revista conclui que o momento de Lula “não parece tão infeliz”. O que fundamenta esta interpretação é a expectativa com a redução da taxa da inflação no mundo, a resistência da América e da Europa diante de uma provável recessão e o relaxamento da política de “covid zero” na China animam os mercados globais, favorecendo o Brasil.

Além disso, a ‘The Economist’ acredita que o preço das commodities e a retomada das negociações do acordo entre Mercosul e União Europeia reacendem novos horizontes para o país. Este panorama leva a revista a concluir que as perspectivas econômicas são mais positivas, embora com o cenário desafiador.

Ao analisar a experiência de Lula no comando do Brasil, a revista conclui que “também está ficando mais fácil ver como ele pode polir ainda mais sua reputação de timing excepcionalmente bom”

*Com Brasil de Fato

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Bolsonarismo

Bolsonaro diz que vai antecipar volta ao Brasil este mês

(Reuters) – O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira à CNN Brasil que pretendia ficar nos Estados Unidos até o fim de janeiro, mas que antecipará o retorno ao Brasil após ter sido internado devido a um novo caso de obstrução intestinal.

“Eu vim para ficar até o final do mês, mas pretendo antecipar minha volta. Porque, no Brasil, os médicos já sabem do meu problema de obstrução intestinal por causa da facada. Aqui, os médicos não me acompanharam”, disse Bolsonaro, de acordo com reportagem no site da CNN Brasil.

Bolsonaro, de 67 anos, foi internado nesta segunda-feira em um hospital nos arredores de Orlando, na Flórida, com um novo quadro de obstrução parcial do intestino, mas não deve precisar ser submetido a mais uma cirurgia, segundo o médico-cirurgião dele, Antônio Luiz Macedo.

O ex-presidente tem um histórico de hospitalizações por problemas intestinais desde que levou uma facada no abdome durante a campanha eleitoral de 2018. Ele já passou por seis cirurgias desde então, quatro delas diretamente ligadas à facada. Em janeiro do ano passado, ele também teve uma obstrução intestinal que o levou a ser internado em São Paulo.

A internação aconteceu um dia após apoiadores radicais de Bolsonaro invadirem e depredarem o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) em atos antidemocráticos que pedem um golpe contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Bolsonaro jamais reconheceu cabalmente a vitória do petista e fez gestos de estímulo ao movimento pró-golpe que surgiu desde a derrota nas eleições. Ele viajou para a Flórida dois dias antes da posse de Lula, de forma a não participar da cerimônia de transferência de poder.

“Vim passar um tempo fora com a família. Mas não tive dias calmos. Primeiro, houve esse lamentável episódio ontem (domingo) no Brasil e depois essa minha internação no hospital”, afirmou à CNN Brasil.

O futuro de Bolsonaro nos EUA, para onde ele viajou com visto emitido para chefes de Estado, diplomatas e outros governantes, era em questão em aberta. O deputado Joaquin Castro, parlamentar democrata no Congresso dos EUA, disse à CNN que os Estados Unidos não deveriam dar refúgio a um “autoritário que inspirou terrorismo doméstico” e deveriam enviar Bolsonaro de volta ao Brasil.

O governo dos EUA se recusou a comentar sobre o visto de Bolsonaro. O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA Ned Price disse nesta segunda-feira que uma pessoa que entrou com um visto para autoridades estrangeiras deve deixar o país dentro de 30 dias ou solicitar uma mudança de status de imigração se não estiver mais envolvida em atividades oficiais.

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Opinião

Ao mercado o que é do mercado, ao Brasil o que é do Brasil

Não se chega a 33 milhões de miseráveis por acidente. Somente uma plutocracia pode chegar a um feito desse. Pior, isso revela o quanto uma classe de abastados pode sequestrar uma nação, ou seja, a riqueza produzida pelo povo, sem que se perceba que um mecanismo nefasto com capacidade de pressionar governos fracos, frouxos e vis, como foi o de Bolsonaro e Temer, opera para beneficiar uma minoria em detrimento da imensa maioria .

Ora, qualquer sujeito, e não precisa ser economista, entende que isso não é economia, mas sim rapinagem, pilhagem, roubo descarado, utilizando a força do dinheiro para impor políticas que anabolizem ainda mais essa força, sugando o hormônio que poderia fazer crescer o país.

É essa maromba financeira que faz o dinheiro crescer sozinho, assim como os músculos de um marombeiro anabolizado.

É isso que está em questão no chilique dos homens do dinheiro grosso, a quem a mídia chama de mercado, como se isso não fosse o exercício de poder e, muitas vezes, de governo das classes abastadas, como é a tradução do governo Bolsonaro. Um governo que promoveu uma profunda desigualdade de renda e uma tragédia social inimaginável.

Tudo isso acontece porque os ploutos se acham os próprios deuses do poder, ou seja, essa gente de sangue azul é quem controla a grande riqueza nacional.

Na verdade, a plutocracia, que é irmanada com a corporocracia, nesses tempos bicudos do Brasil, brindou-nos com o mais duro, o mais extremista pensamento neoliberal que é o esteio do fascismo nacional.

Trocando em miúdos, o que essa gente quer é a destruição, a demolição e o desmanche do Estado para que as oligarquias tenham o controle de cada grão de arroz, de cada gota de água e de cada gota de combustível, com o domínio total de poder e a predominância absoluta dos ricos em todo o país.

Daí esse faniquito dos muito ricos do mercado contra o financiamento público do desenvolvimento nacional, através do BNDES e a não privatização da Petrobras.

Em resumo e definição, é isso.

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Covid-19

Mortes por covid-19 no Brasil aumentam e chegam a 363 em 24 h, segundo ministério

Em boletim divulgado hoje (28), o Ministério da Saúde informou que o Brasil contabilizou 363 novas mortes provocadas pela covid-19. A doença causou 693.562 óbitos em todo o país desde o começo da pandemia.

Pelos números do ministério, houve 38.434 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje. O total de infectados chegou a 36.264.721 desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, houve 34.891.300 casos recuperados da doença até aqui, com outros 679.859 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

*Com Uol

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Brasil está sob grave ameaça de terroristas, Exército os protege e mídia repercute como banalidade; veja capas

A continuidade dos acampamentos terroristas em frente aos quartéis – mesmo depois da tentativa de explosão de bomba nas imediações do aeroporto [24/12] e dos atentados terroristas em Brasília no dia da diplomação do presidente e vice-presidente eleitos [12/12] – indica que, no mínimo, o Exército Brasileiro pode ser considerado cúmplice do terrorismo.

Se o Comando do Exército não dissolver imediatamente as células de terroristas amotinados nas áreas sob administração militar, estará confirmando a desconfiança de envolvimento com o terrorismo e, além disso, estará afiançando a conversão do Forte Apache [Quartel General do Exército, em Brasília] em centro de comando do terrorismo fascista.

Tudo o que acontece nos acampamentos em frente aos quartéis é do pleno conhecimento do setor de inteligência do Exército e, também, do GSI – Gabinete de Segurança Institucional, comandado pelo general Augusto Heleno.

Nestas áreas estão amotinados militares da ativa e da reserva, integrantes da “família militar”, mercenários, empresários e outros tipos de bolsonaristas que atentam contra a democracia e o Estado de Direito.

Esses criminosos, que dispõem de um arsenal bélico formidável e estão fortemente armados, contam com a camaradagem dos comandos militares, que asseguram a eles infraestrutura, logística, parceria e, claro, segurança e proteção.

Além de oficiais da ativa que insuflam abertamente os baderneiros, como o sargento da Marinha lotado no GSI e o comandante da 10ª Região Militar, de Fortaleza, a esposa do general Villas Bôas já circulou alegremente pela célula terrorista na área do QG do Exército.

Lá, a senhora Maria Aparecida Villas Bôas foi festejada e homenageada como uma verdadeira celebridade.

Neste ambiente de familiaridade e camaradagem com os amotinados na frente dos quartéis, é difícil não se suspeitar do envolvimento dos militares com os atentados terroristas. Caso contrário, a outra hipótese é de que a inteligência do Exército e o GSI, que controla a ABIN, sejam totalmente incompetentes.

Reportagem da Revista Fórum [13/12] publicou denúncia de servidor da Polícia Federal lotado na Presidência da República que acusou o GSI de estar por trás dos bárbaros atos de terror perpetrados por fascistas em Brasília no dia 12 de dezembro.

De acordo com a fonte da matéria, “O GSI está na cabeça disso, e o uso da área do QG, que é militar, é do Exército, não é à toa”.

O servidor da PF sustenta, ainda, que a PM do DF, hiper bolsonarizada, é conivente com os terroristas. Prova disso é que até o presente momento, apenas três criminosos foram identificados, mas nenhum deles foi preso.

Já o executor da tentativa de explosão da bomba próximo ao aeroporto da capital federal, um modesto gerente de posto de combustível no Pará, cuja esposa recebeu auxílio emergencial, teria investido R$ 170 mil para a aquisição do arsenal de armas.

Quem financiou o armamento deste criminoso que confessou que o atentado foi decidido e planejado no acampamento na área do QG do Exército?

Bolsonaro é responsável, sim, pelo caos e clima de terror bolsonarista no país.

Mas Bolsonaro é instrumento de uma estratégia superior, concebida e bancada pelas cúpulas partidarizadas das Forças Armadas, que não desistem da guerra fascista contra a democracia, na perspectiva de um projeto de poder militar.

Assim como nos estertores da ditadura, os militares linha GSI/SNI podem estar produzindo novos “Riocentros” para incendiar o país, tumultuar a democracia, causar pânico e terror para, com isso, terem pretexto para fecharem o regime.

Truque manjado.

Sobram razões para o governo Lula extinguir o GSI, que é um enclave das cúpulas militares no coração do poder civil, e transferir para a reserva a maior parte do atual oficialato.

*Do blog de Jeferson Miola

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