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Investigação

Abin usou drones para monitorar casa de Camilo Santana, diz PF

Alguém sabe explicar por que Bolsonaro ainda não foi preso?

PF deflagrou operação, nesta quinta (25/1), contra o monitoramento ilegal de opositores e autoridades na Abin.

A estrutura paralela da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), usada para monitorar ilegalmente opositores e autoridades, teve como um dos alvos o ministro da Educação Camilo Santana (PT), ex-governador do Ceará. A residência do petista foi espionada com uso de drones, aponta a Polícia Federal (PF).

A corporação deflagrou, nesta quinta-feira (25/1), a operação Vigilância Aproximada, que investiga a organização criminosa que funcionava na Abin para monitorar alvos sem autorização, por meio do software espião FirstMile.

Paulo Magno, que segundo a investigação seria responsável por gerir o uso da plataforma FirstMile, “teria sido flagrado pilotando um drone nas proximidades da residência do então governador do Ceará Camilo Santana, comprovando a total ilicitude das condutas”, mostra a PF.

A corporação deflagrou, nesta quinta-feira (25/1), a operação Vigilância Aproximada, que investiga a organização criminosa que funcionava na Abin para monitorar alvos sem autorização, por meio do software espião FirstMile, diz o Metrópoles.

Paulo Magno, que segundo a investigação seria responsável por gerir o uso da plataforma FirstMile, “teria sido flagrado pilotando um drone nas proximidades da residência do então governador do Ceará Camilo Santana, comprovando a total ilicitude das condutas”, mostra a PF.

De acordo com os investigadores, o monitoramento da casa do ministro da Educação não seria uma operação de inteligência da Abin, “dada a ausência dos artefatos, mas uma ‘simples ação de inteligência de acompanhamento’”.

Na decisão que autorizou a operação, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirma que a Abin, durante a gestão Bolsonaro, “teria instrumentalizado a mais alta agência de inteligência brasileira para fins ilícitos de monitoramento de alvos de interesse político, bem como de autoridades públicas, sem a necessária autorização judicial.” Moraes autorizou a quebra do sigilo de dados sobre a operação nesta quinta.

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Política

Deputado bolsonarista questiona Camilo Santana sobre a politização do ENEM e leva uma sapecada

Às vezes, um pequeno vídeo nos traz tanta alegria.

Ver Camilo Santana dando uma escovada no deputado bolsonarista, Luciano Zucco, não tem preço.

https://twitter.com/lazarorosa25/status/1727420253246996654

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Política

Lula cobra ações contra alunos de medicina que fizeram punhetaço em jogo de vôlei feminino

O ministro da Educação, Camilo Santana, declarou nesta terça-feira (19/9) que é “inaceitável” o episódio em que alunos de medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa) se despiram e performaram atos obscenos durante um evento esportivo, em São Carlos, estado de São Paulo, diz o Correio Braziliense.

Segundo Camilo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ligou para ele de Nova York, onde participa da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), para cobrar providências.

“O presidente me ligou ontem (18) de Nova York, preocupado com esse episódio. Eu relatei para ele as medidas que nós tomamos em relação a isso. Estamos aguardando a notificação oficial por parte da faculdade. Não só é importante a expulsão dos alunos, mas também que eles possam responder legalmente aos fatos ocorridos. É lamentável. Um jovem com esse tipo de atitude, principalmente um jovem que pretende ser médico nesse país”, declarou o ministro ao participar do 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação, em São Paulo.

 

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Política

Mais Médicos reabre com 15 mil vagas e prioridade para formados pelo Fies: veja regras

Novo programa Mais Médicos terá 15 mil vagas e bolsa de R$ 13 mil para suprir necessidades de profissionais, principalmente, no interior.

O programa Mais Médicos para o Brasil, lançado oficialmente nesta segunda-feira (20/3) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é uma releitura do antigo Mais Médicos. O objetivo, porém, continua o mesmo: suprir a carência de profissionais de saúde em regiões remotas do país (municípios do interior e periferias das grandes cidades).

“Os médicos brasileiros formados no Brasil continuam a ter preferência na seleção dos editais do Mais Médicos”, diz o Ministério da Saúde em comunicado. Nísia Trindade, chefe da pasta, e Camilo Santana, do Ministério da Educação, estiveram presentes no lançamento do programa.

Confira regras e novidades

  • Oportunidades: 15 mil vagas em 2023, das quais 5 mil serão abertas por meio de edital ainda neste mês de março. As outras 10 mil vagas serão oferecidas em um formato que prevê a contrapartida dos municípios.
  • Valor mensal da bolsa: R$ 13 mil.
  • Estrangeiros: os brasileiros formados no exterior e os estrangeiros terão desconto de 50% na prova de revalidação.
  • Licença-maternidade: receberá a bolsa para completar o valor do auxílio do INSS durante o período de até seis meses.
  • Licença-paternidade receberá a bolsa durante o período de até 20 dias.
  • Incentivo de fixação (ao permanecer pelo menos 36 meses): poderá receber adicional de 10% a 20% da soma total das bolsas de todo o período que esteve no programa, a depender da vulnerabilidade do município. E receberá o incentivo completo ao final de 48 meses ou poderá antecipar 30% desse valor ao final de 36 meses.
  • Incentivo de fixação para médico do Fies (ao permanecer pelo menos 12 meses): poderá receber adicional de 40% a 80% da soma total das bolsas de todo o período que esteve no programa, a depender da vulnerabilidade do município.
  • E será pago em quatro parcelas: 10% por ano durante os três primeiros anos, e os 70% restantes ao completar 48 meses.
  • Incentivo para o médico do Fies residente de Medicina de Família e Comunidade: serão ofertadas vagas para os médicos-residentes de Medicina de
  • Família e Comunidade que foram beneficiados pelo FIES, auxiliando no pagamento total do valor da dívida.
  • Tempo de participação no programa: ciclo de quatro anos, prorrogável por igual período.
  • Oferta educacional: especialização, mestrado ou aperfeiçoamento.
  • Pontuação adicional de 10% na seleção de programas de residência: será concedida para os médicos que concluírem a Residência de Medicina de Família e Comunidade.

Discursos

Apesar do destaque dado aos profissionais formados no Brasil para o programa, o presidente Lula afirmou que, “somente quem mora na periferia das grandes cidades, nas cidades pequenas do interior, sabe o que é a ausência de um médico”. E deu o recado: “Não importa para nós a nacionalidade do médico, mas do paciente, que é o brasileiro”.

Camilo Santana, por sua vez, explicou que “o papel do MEC é supervisionar todos os bolsistas e discutir qualificação, autorização de novos cursos de medicina no país. E também discutir a revalidação de diplomas de medicina. Nada o MEC vai fazer sem estratégia afinada com o Ministério da Saúde”.

Enquanto isso, a ministra Nísia Trindade destacou que o “Mais Médicos voltou para responder a garantia da presença de médicos aos brasileiros dos municípios mais distantes dos grandes centros e das periferias que sofrem com a falta de acesso.”

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Política

Lira chama governadores para diálogo sobre pandemia após ataques de Bolsonaro a medidas restritivas

Presidente da Câmara quer sugestões para formulação de Orçamento e para definição de projetos emergenciais para votação.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chamou governadores neste sábado (27) para uma conversa virtual na próxima semana para discutir questões relacionadas à pandemia diante do recrudescimento de casos e mortes por Covid-19.

O aceno ocorre um dia depois de os chefes de Executivo dos estados serem atacados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por causa da adoção de medidas restritivas quando o Brasil enfrenta o seu pior momento na pandemia.

A data da conversa entre Lira e os governadores ainda não foi divulgada, mas a intenção do deputado é discutir alocação de recursos no Orçamento e definir projetos emergenciais para pautá-los na Câmara.

Na publicação que fez em uma rede social para expor sua intenção, o presidente da Câmara disse que as propostas a serem votadas terão que respeitar o teto de gastos.

O encontro contará com a participação da presidente da CMO (Comissão Mista de Orçamento), deputada Flávia Arruda (PL-DF), e o relator do Orçamento, senador Marcio Bittar (MDB-AC).

“Com o recrudescimento e nova onda da pandemia, quero chamar todos os governadores para contribuírem com sugestões na formulação do Orçamento Geral da União”, escreveu Lira.

“Também ouvirei os governadores sobre sugestões legislativas emergenciais para tramitarem em caráter de urgência que possam ser adotadas, respeitando o teto fiscal, com o objetivo de enfrentar os efeitos da Covid 19”, afirmou o deputado.

Lira encerrou o comunicado mencionando medidas restritivas que estão sendo adotadas por governadores por causa do aumento de casos. O Brasil registrou na sexta-feira (26) 53,7 mil casos e 1.148 mortes, totalizando 10,5 milhões de casos e 253 mil óbitos. Diante deste cenário, dez estados e o DF endureceram as restrições.

“Neste momento em que inúmeros governadores estão tendo que tomar a difícil decisão do lockdown, é hora de contribuir, buscando novas alternativas e novas vias legais para, juntos, mitigarmos essa crise”, escreveu Arthur Lira.

Pouco antes, Bolsonaro foi às redes sociais divulgar vídeo com trecho de seu discurso, no dia anterior, em um dos eventos com aglomeração e com pessoas sem máscara que ele promoveu no Ceará.

“Os que me criticam, façam como eu: venham para o meio do povo. O que mais ouvi no meio deles foi: EU QUERO TRABALHAR”, escreveu o presidente da República, destacando em letras maiúsculas trecho de sua fala.

“A satisfação de estar no meio de vocês não tem preço. Aos políticos que me criticam, sugiro que façam o que eu faço, tenho um prazer muito grande de estar no meio de vocês e dizer a esses políticos do Executivo, o que eu mais ouvi por aqui é: presidente eu quero trabalhar. O povo não consegue mais ficar dentro de casa, o povo quer trabalhar”, disse Bolsonaro em Tianguá.

No mesmo discurso, o presidente da República disse que “esses que fecham tudo e destroem empregos estão na contramão daquilo que seu povo quer”.

“Não me critiquem, vá para o meio do povo mesmo depois das eleições porque durante as eleições é muito fácil. Eu quero ver é depois.”

Horas depois, ainda na sexta-feira, Bolsonaro voltou ao assunto em novo discurso em Fortaleza, transferindo para os governadores que adotam medidas restritivas o pagamento de auxílio emergencial.

Em sua live de quinta-feira (25), o presidente disse que o governo deve pagar, a partir de março, uma nova rodada do benefício. Agora, seriam R$ 250, durante quatro meses.

O governo considera fundamental a aprovação da PEC Emergencial antes de encaminhar ao Congresso a proposta para uma nova rodada de auxílio emergencial. Esta proposta de emenda à Constituição prevê o acionamento de medidas em caso de crise nas contas públicas.

“O auxílio emergencial vem por mais alguns meses e, daqui para frente, o governador que fechar seu estado, o governador que destrói o emprego, ele é que deve bancar o auxílio emergencial. Não pode continuar fazendo política e jogar para o colo do presidente da República essa responsabilidade”, disse Bolsonaro.

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT-CE), não foi a eventos com o presidente. Em uma rede social, Camilo disse, antes da visita, que não queria participar de aglomerações.

“Sobre a vinda do Presidente da República, ao Ceará, amanhã, para a assinatura de ordens de serviço e visitas a obras, conforme a imprensa tem noticiado, não estarei presente a qualquer desses eventos, diante da real possibilidade de muitas aglomerações, algo frontalmente contrário à gravíssima crise sanitária que vivemos neste momento, com o aumento preocupante de casos e óbitos”, escreveu o governador.

“Tenho todo respeito à autoridade, mas não posso compactuar com aquilo que considero um grave equívoco”, concluiu Camilo Santana.

O Ceará registra um total de 11.227 mortes e 421.763 casos. Em fevereiro, Fortaleza registrou a maior média diária preliminar de casos confirmados de coronavírus, segundo informe semanal epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde —até o dia 20, a média diária preliminar atingiu 664 casos, um aumento de cerca de 40%.

O estado adotou restrições mais severas a partir deste fim de semana. Entre as medidas, foi imposto um toque de recolher entre 20h e 5h, de segunda a sexta-feira, e entre 19h e 5h aos sábados e domingos. A circulação está permitida somente em situação de comprovada necessidade.

*Daniel Carvalho/Folha

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Vídeo PT dando exemplo: Governador do Ceará Camilo Santana zera taxa de água para os pobres

Camilo Santana ainda anunciou edital de programação cultural que será publicada nas redes sociais. O objetivo é remunerar artistas que estão impedidos de realizar eventos no estado.

O governador do Ceará, Camilo Santana, anunciou neste domingo (22) um pacote de benefícios para pessoas atingidas pela quarentena no estado devido ao coronavírus. Na semana passada, um decreto do governo proibiu as atividades comerciais não essenciais e eventos culturais, o que prejudicou a renda de trabalhadores autônomos, artistas e outras categorias.

Para amenizar os impactos do decreto, o pacote de medidas anunciado neste domingo garante os seguintes benefícios:

Suspensão por 90 dias (abril, maio e junho) da cobrança de água para consumidores de baixa renda;

Suspensão por 90 dias da cobrança da tarifa de contingência na conta de luz;

Lançamento de edital para artistas, que divulgarão apresentações on-line.

Conforme Camilo Santana, a suspensão da cobrança de luz vai atingir 338 mil famílias em Fortaleza e Região Metropolitana.

“Para todos os clientes padrão básico, estou isentando da conta de água por 90 dias: abril, maio e junho. Serão 338 mil residências, quase 1,5 milhão de pessoas beneficiadas. Isso é para clientes de padrão básico, que consomem até 10 metros cúbicos de água por mês”, explicou o governador, em transmissão em rede social.

Já a suspensão da tarifa de contingência vai beneficiar 221 famílias da Grande Fortaleza, conforme Camilo Santana. A tarifa de contingência estabelece um limite de consumo de energia; caso o cliente ultrapasse essa meta, ela paga uma porcentagem sobre o excedente.

Programação cultural on-line

Camilo Santana afirmou ainda que vai divulgar nesta segunda-feira (23) um edital para artistas, que estão impedidos de realizar eventos devido à quarentena. Os vencedores do edital, conforme Camilo, vão apresentar shows e eventos culturais nas redes sociais do Governo do Estado.

“Estamos lançando o edital Cultura Dentro de Casa, são dois objetivos: ter uma programação cultural e ter uma renda pros artistas cearenses que vencerem esse edital.” O valor disponível não foi divulgado.

Avanço da doença no Ceará

O número de casos confirmados de pacientes com coronavírus no Ceará subiu para 125 de acordo com novo boletim epidemiológico divulgado neste domingo pela Secretaria da Saúde. Foram 41 casos a mais em relação ao último boletim divulgado no sábado (21). A quantidade de suspeitos e os casos descartados não são mais divulgados.

Somente em Fortaleza são mais de 70 casos casos. Outras cidades que registram casos confirmados da doença são: Aquiraz, Fortim, Juazeiro do Norte e Sobral. Um paciente natural de São Paulo foi diagnosticado com a Covid-19 no Ceará.

De sexta-feira (20) para sábado (21), o número de pessoas que testaram positivo no Ceará saltou de 68 para 84, conforme último balanço da Secretaria da Saúde (Sesa), um acréscimo de 23,5%.

 

 

*Com informações G1

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Justiça contra-ataca: Convocação de Bolsonaro contra o STF pode lhe custar caro, inclusive a cabeça

De ontem pra hoje, vários sinais dão conta de que o aparelho judiciário do Estado e uma parcela da grande mídia, resolveram dar um fim ou pelo menos botar um freio na boca do Cavalão, apelido de Bolsonaro antes de ser expulso do exército.

O gabinete do ódio, comandado por Eduardo Bolsonaro, denunciado por Joice Hasselmann na CPMI das fake news, sofre um cerco, na origem e na fonte, da indústria de difamação da qual o clã Bolsonaro se lambuza desde a eleição sem ser importunado.

O que parece agora é que, utilizando informações que jorram da CPMI contra a organização criminosa montada para atacar reputações, produzir mentiras das mais cínicas, inaugurada na eleição de 2018, uma contraofensiva ganhou musculatura capaz de nocautear essa quadrilha, cassar mandatos de uma meia-dúzia de deputados do PSL ligados a Eduardo Bolsonaro, inclusive ou sobretudo, do próprio.

A justiça do Rio, com o bloqueio de bens e contas de Ronnie Lessa, o mais famoso vizinho de Bolsonaro na Barra da Tijuca, por ter assassinado Marielle, por traficar a maior quantidade de armas da história do Rio de Janeiro e estar associado a crimes de encomenda dentro do universo da milícia, é outro sinal de que o judiciário está atacando por todos os flancos o ninho do clã, que hoje se acha o próprio império no Brasil.

Soma-se a isso a exemplar resposta do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), que está punindo todos os envolvidos no motim miliciano, como bem disse Saul Leblon, do Carta Maior:

“Barba, cabelo, bigode e unha: governador Camilo Santana (PT-CE) demite amotinados, denuncia que o líder dos policiais é um foragido da Justiça, desativa quartel do motim, anexa as instalações à escola vizinha também ocupada pelo movimento e dá reajuste de 13% ao professorado estadual.”

Ou seja, Camilo Santana usa estratégia romana (Derrotar e salgar a terra).

Inclui-se aí o enterro da estratégia de Moro, Bolsonaro e do coronel da Força Nacional, Antonio Aginaldo, marido da deputada Carla Zambelli. Foi de fato uma resposta à altura para que sirva de lição para todos os batalhões de PM do país que viram na irresponsabilidade de Bolsonaro, Moro e o líder do motim, Sargento Ailton, que se encontra fugitivo depois da justiça decretar sua prisão.

O nível de irresponsabilidade de Moro e Bolsonaro no episódio do motim do Ceará acendeu uma luz amarela sobre o projeto de domínio do Estado paralelo dentro do Estado brasileiro.

Bolsonaro, na convocação da manifestação contra o Congresso e o STF para o dia 15 de março, quer colocar toda a justiça brasileira de joelhos para a milícia e seu plano de impor ao país uma ditadura paramilitar, associando Polícia Militar e milícia com sua constituição e leis próprias. Tudo, como se viu, com o incentivo do Ministro da Justiça e Segurança Pública, mais conhecido como capanga da milícia, Sergio Moro.

Em outras palavras, parece que agora sim, as instituições começam a funcionar com o apoio de parte da mídia contra o projeto autoritário que Bolsonaro escancarou no apoio explícito aos milicianos do Ceará e na convocação do seu gado, através do escritório do ódio, contra a justiça e, consequentemente, contra a Constituição.

A pergunta que se faz é, isso é somente um sossega leão ou um projeto degola em que o Cavalão vai virar mortadela?

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Moro enrubesce a falta de vergonha com declarações sobre greve de PMs no CE

Sergio Moro, ministro da Justiça: seu autoritarismo se torna a cada dia mais evidentemente balofo. E, tudo indica, ele acha que já nem mais precisa disfarçar. Busca o eleitorado do seu chefe.

A greve dos policiais militares revelou, sem chance para leitura alternativa, a natureza politicamente pusilânime de Sergio Moro. Ele faz corar até a falta de vergonha. O ministro recorreu ao Twitter para publicar esta pérola:

“Recebo com satisfação a notícia sobre o fim da greve dos policiais no Ceará. O Gov Federal esteve presente, desde o início, e fez tudo o que era possível dentro dos limites legais e do respeito à autonomia do Estado. Prevaleceu o bom senso, sem radicalismos. Parabéns a todos.”

Como? Quase 200 homicídios no período do motim, dois tiros disparados contra um senador, fardados armados e amotinados, e o ministro dá “parabéns a todos”, incluindo os grevistas?

Prevaleceu a firmeza do governador Camilo Santana. O ministro só se manifestou sobre o caráter da greve neste sábado. Afirmou que ela era ilegal, mas que “o policial não pode ser tratado de maneira nenhuma como um criminoso”.

Segundo a Constituição e a lei, que o ministro deveria respeitar, o grevista é criminoso, sim! Quando se amotina, aterroriza a população e depreda patrimônio, pior.

Sabem como é… Estamos diante de um valente que fala firme com roqueiros e mole com fardados amotinados.

Só para lembrar: a greve já estava em declínio quando Moro foi ao Ceará. Ao chegar com a sua conversa mole em favor do entendimento — COM BANDIDOS AMOTINADOS, REITERO —, o movimento recrudesceu.

O doutor manda um recado a outras PMs que eventualmente queiram botar fogo no parquinho: podem seguir adiante. Moro, o extremista de direita, o Mussolini de Maringá, não expressará um só muxoxo de reprovação, pregará o entendimento e depois dará parabéns a todos.

Já os roqueiros, desenhistas e chargistas que se cuidem.

Com essa turma, ele é de uma coragem fabulosa.

 

*Reinaldo Azevedo/Uol

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Major Olímpio critica líderes “visando urnas” e atitude “terrorista” de PMs no Ceará

Major Olimpio (PSL-SP) fez parte de uma comitiva de senadores que foi negociar o fim do motim no Ceará.

O senador Major Olimpio (PSL-SP) voltou do Ceará assustado com o quadro de “quebra de hierarquia absoluta” que encontrou nos quartéis tomados por policiais militares amotinados em greve.

O motim em quartéis de Fortaleza, capital cearense, e cidades do interior, foi iniciado na última terça-feira (18), horas depois do anúncio de um acordo de reajuste costurado entre representantes da PM, do governo do estado e deputados estaduais. Nos principais quarteis rebelados, políticos oriundos da PM cearense assumem um papel de liderança.

Segundo Olimpio, há interesses políticos evidentes por trás da greve. “Alguns [líderes] estão visando o 4 de outubro nas urnas”, afirma, fazendo referência à data da eleição deste ano.

O líder do PSL no Senado cita ainda o ex-deputado federal Cabo Sabino (Avante-CE) como uma dessas lideranças. “Sabino é meu amigo. Ele ficou quatro anos comigo como deputado. Eles estão irredutíveis, dizem que ou dão anistia, ou o movimento vai continuar”, lamenta o senador, lembrando de um encontro com os grevistas, do qual também participaram os senadores Eduardo Girão (PROS-CE), e Elmano Férrer (PODE-PI), além do deputado federal Capitão Wagner (PROS-CE).

“Só faltamos ficar de joelhos e implorar para eles. A maioria dos policiais acha que vai ter anistia”, explica.

Além de Sabino, Major Olimpio cita outros políticos cearenses que estão atuando na caserna, mobilizando os PMs amotinados.

Um deles seria vereador de Sobral, Sargento Ailton (Solidariedade), que comandava o piquete onde o senador Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado. Olimpio aponta também do deputado estadual Soldado Noelio (PROS-CE) e o vereador de Fortaleza Sargento Reginauro (Sem partido).

Todos têm em comum a forte oposição à família Ferreira Gomes —liderada pelo ex-governador Ciro Gomes (PDT), que apoia o governador Camilo Santana (PT).

Olimpio defendeu o petista no que diz respeito à negociação de aumento com a categoria.

“O governador me disse que não tem mais condição de esticar a corda. Já botou R$ 600 milhões para dar o reajuste e eles vieram com um pleito que custa R$ 2 bilhões. Eles merecem mais do que estão pedindo, mas o governo do Ceará está dando R$ 4.500 para um soldado. São Paulo, que tem R$ 239 bilhões de orçamento, paga R$ 3.180”.

Além dos políticos locais, Olimpio cita também o deputado estadual da Bahia Soldado Prisco (PSC), presidente da Aspra (Associação Nacional dos Praças). Segundo o senador, Prisco tenta fomentar movimentos como o do Ceará em outros estados.

“O Prisco foi expulso da PM da Bahia [conseguiu ser reintegrado pela Justiça em 2017] e se tornou um mobilizador de greves profissional”, critica.

Para Olimpio, os homens encapuzados e armados na rua “pareciam o Hezbollah [partido e grupo paramilitar libanês]”. Já ataques contra bens públicos e privados —um PM chegou a ser preso em flagrante em Crato, interior cearense, por incendiar o carro de uma moradora contrária à greve— são “coisa de terrorista e de criminoso”, como definiu em um vídeo publicado nas redes sociais.

O senador teme que o exemplo cearense seja seguido por policiais de outros estados. “Eu me preocupo demais com isso nesse momento. Porque por salários miseráveis, piores que os que têm no Ceará, você tem no Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul. Na Paraíba tem um movimento semelhante”.

Olimpio, porém, garante que uma anistia aos grevistas do Ceará não passa no Congresso. Nem mesmo a bancada da bala apoiaria uma medida desse tipo.

“A bancada de profissionais de segurança aumentou pela credibilidade dos policiais e da atividade policial. Não vamos criar lideranças criminosas em uma atividade fundamental do Estado. Por isso que está escrito na Constituição que é vedada sindicalização e greve”.

 

 

*Igor Mello/Uol

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Camilo Santana afasta 168 policiais amotinados e suspende porte de arma

O governador do Ceará também afirmou que não vai negociar qualquer anistia aos agentes.

O governador do Ceará Camilo Santana (PT) determinou nesta sexta-feira (21) o afastamento de 168 policiais militares por participação no motim, que já dura cinco dias no estado. O afastamento vai durar 120 dias e policiais deverão entregar a identificação funcional, distintivo, arma, algema e qualquer outro instrumento que identifique suas unidades.

A decisão também inclui a suspensão de salário a partir deste mês de fevereiro. Os PMs amotinados também devem passar por dois processos disciplinares: o primeiro deles envolve os inquéritos militares, cujo julgamento acontecerá na Justiça Militar. O segundo consiste no procedimento administrativo disciplinar realizado pela Controladoria Geral de Disciplina (CGD). A informação é do jornal O Globo.

O secretário de Segurança Pública do Ceará, André Costa, afirmou que 261 PMs respondem a inquéritos militares e procedimentos administrativos por envolvimento nos atos e que os agentes não vão receber salário.

Por conta do motim, o estado já acumula 51 assassinatos em 48 horas, o que equivale a uma morte por hora. A principal exigência dos policiais militares é o aumento salarial.

Camilo Santana tem afirmado, no entanto, que não negociará qualquer anistia administrativa aos PMs, algo que é exigido pelos líderes do motim para evitar punições previstas em lei.

 

 

*Com informações da Forum