Até Zema, o jeca mais inexpressivo da história, foi a El Salvador em busca de marketing contra a violência, para tentar se cacifar como candidato da direita à Presidência da República em 2026.
O cenário que já estava nublado no mundo dos reacionários e fascistas nativos, ficou ainda mais lascado. Até porque um é cria do outro. Ou seja, Zema é filhote do bolsonarismo.
Um Jacu querendo arriscar voo próprio, sem a benção do inelegível a poucos passos de ser encarcerado, certamente está sendo desconjurado por Bolsonaro.
Na verdade, Zema fez questão de tornar pública sua ida a El Salvador para lançar a pedra fundamental na campanha de 2026, junto com seu partido pigmeu.
Tudo em nome da honorabilidade mineira. Não resta mais dúvidas, a direita está esbaforida e puída com Bolsonaro fora de campo.
Um virou concorrente do outro. Isso ficou claro quando Eduardo anunciou o escanteamento de Tarcísio e Michelle, Caiado, não tem graça. Nem ele se leva a sério.
Todos, sem exceção, dependem do apadrinhamento de Bolsonaro que apontou o dedo para o filho 03 como herdeiro legítimo de suas práticas criminosas no governo federal.
Bolsonaro não confia nem na sombra. Usando o próprio caráter como régua sabe que a traição é a principal tradição política da direita tropical.
Enfim, o projeto dos escultores da direita é de, cada um a seu modo e talento, esculpir um candidato de merda nesse monte de bosta.
Nada mais coerente que a carcumida revistona lançar um derrotado deslumbrado com a Disney, Eduardo Bolsonaro, à Presidência da República do seu país bananeiro, onde o próprio é classificado como Bananinha. Ou seja, alguém de baixa patente até para o baixo clero tão afeito ao papai.
A plataforma estrondosa do foiceiro mata-virgem, armado de provincianismo caipira, disse que está trabalhando junto à “Casa Branca”, pelo impedimento da entrada de Moraes nos EUA, o berço de Alice.
Para piorar, adicionou em sua rapadura, gesticulando de mãos livres que, se Moraes seguir nessa pegada de condenar Jair Bolsonaro, sofrerá a fantástica negativa de visitar o pateta na Disney.
Eduardo, que se encontra na linha do trem nesse momento nos EUA, tem isso para oferecer ao Brasil e aos brasileiros como plataforma política para se cacifar a candidato a presidente como o grandiloquente lascador de pedra silex na foiçada.
Armado de arco, flecha e machado de pedra nas mãos, Dudu Bananinha meteu essa como a grande arma para o desenvolvimento do Brasil fazendão.
Não se sabe dizer o que nessa epifania de bosta seca de vaca, é mais jeca, se a Veja, que coloca na capa uma galinha caipira cocoricando deslumbramentos cômicos aos EUA onde, no passado, aprendeu a ser profissional como chapeiro de hambúrguer, ou o próprio entrevistado que não economizou gaiatices funestas da idade do ferro.
Eduardo Bolsonaro não dá um pio, um passo, sem ordem do pai que é o mentor do golpe e das denúncias no EUA contra o STF.
Bolsonaro, no Uol, disse que banca Eduardo nos EUA.
Mas quem conhece a hierarquia do clã, sabe que os filhos em 100% de suas ações apenas cumprem ordens do Bolsonaro
Todas as decisões de ações quem dá a direção e a última palavra é Bolsonaro, o líder do bando.
Foi assim com Flávio, que herdou Queiroz do pai e, junto, Adriano da Nóbrega que, além do esquema de peculato “rachadinha”, a mando do pai, foi à cadeia colocar a medalha de Tiradentes, a maior honraria do estado do Rio, no pescoço do líder do escritório do crime.
Adriano, todos sabem, foi morto na Bahia em condições até hoje nebulosas. O que pouco ou nada se fala ou se cobra é a viagem de Eduardo pra Bahia justamente um dia antes de Adriano ser executado e voltar para o Rio um dia após o arquivo vivo se transformar em morto.
Ninguém sabe até hoje o que Eduardo foi fazer nesse fim de semana na Bahia.
Mas quem deu declarações sobre sua morte foi Bolsonaro, que já tinha feito discurso a favor do miliciano parceiro de Queiroz, inclusive em um crime de um flanelinha.
Na verdade, é até meio boboca o que escrevo aqui sobre o domínio absoluto que Bolsonaro tem sobre os filhos e, praticamente, toda a família, diante da trama que montou para deslegitimar as urnas eletrônicas, assim como no caso das vacinas em seu jogo no comando máximo da nação pela melhor propina por dose, conforme a CPI do genocídio denunciou que seria a Covaxin e melou a armação de Bolsonaro.
O intuito aqui é só afirmar, sem medo de errar, que Eduardo, nos EUA, agiu e age como sempre, como pau mandado do pai, assim como os demais filhos, ex-esposas e parentes em seus esquemas de enriquecimento ilícito, sobretudo na compra de centenas de imóveis, muitas mansões, como a que Flávio mora em Brasília.
Na verdade, Bolsonaro está colocando o filho para pagar o pato, como age um grande covarde que sempre foi que nunca assumiu seus inúmeros crimes comuns e políticos. Seja como militar, seja como civil.
Integrante do governo Trump responsável por sanções internacionais, David Gamble chega ao Brasil segunda-feira para discutir punições.
Integrante do governo Trump à frente da área de sanções internacionais, David Gamble virá ao Brasil discutir punições ao ministro Alexandre de Moraes (STF). O desembarque do norte-americano, coordenador de sanções do Departamento de Estado dos Estados Unidos, está previsto para a próxima segunda-feira 5/5.
A visita de membros do governo Trump a solo brasileiro foi costurada por Eduardo Bolsonaro (PL), que se licenciou de suas funções na Câmara para permanecer nos EUA. Em Brasília, David Gamble se reunirá com o senador Flávio Bolsonaro (PL), que deverá levá-lo também para se encontrar com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Como mostrou a coluna, a Casa Branca estuda aplicar sanções não apenas a Alexandre de Moraes, mas também a outras autoridades brasileiras, como juízes auxiliares do ministro e ao procurador-geral da República, Paulo Gonet. Além das punições, também estarão na pauta questões voltadas à Segurança Pública.
David Gamble está à frente da chamada Office of Sanctions Coordination e lidera estratégias para os Estados Unidos no âmbito de questões diplomáticas. Ele é servidor de carreira do Senior Foreign Service, segundo Paulo Cappelli, Metrópoles.
Donald Trump avalia que Alexandre de Moraes promove censura ao ordenar o bloqueio de perfis de redes sociais e persegue opositores políticos do campo conservador.
Entre as punições previstas, está a proibição de ingresso nos Estados Unidos. Também é discutido o bloqueio financeiro a Moraes, que não poderia negociar com cidadãos e empresas nos EUA nem com instituições financeiras que tenham negócios com os EUA. Por ora, não são discutidas sanções ao governo Lula.
A live de Bolsonaro nesta terça, foi um fracasso e ainda resultou em uma intimação judicial de Moraes ao ex-mito no hospital.
O hospital em que Bolsonaro se internou virou um circo com Padre Kelmon fazendo “oração”.
O sujeito é mais fajuto que a cirurgia comédia de Bolsonaro, para não ser intimado como réu no STF
Na live meia bomba, Bolsonaro virou garoto propaganda de venda de capacete.
Piquet, Carluxo, Flávio e Eduardo também estavam na fracassada live.
Ou seja, Bolsonaro nessa, soprou um recado para Moraes mandar um oficial de justiça intimar o facínora que comandou a tentativa de golpe no 8 de janeiro. Só isso.
Os democratas tupiniquins de ocasião têm em Trump a imagem de um Deus supremo.
Agora, diante da chuva de críticas estampadas nos jornais sobre a censura à liberdade de expressão nos EUA, o espetáculo de Eduardo e Jair Bolsonaro cai ainda mais no ridículo.
O peso pesado da extrema direita mundial dando exemplo de tirania, cala a boca dos bocas abertas do clã Bolsonaro.
Em outras palavras, nada está tão ruim para Bolsonaro que não possa piorar.
O STF deve estar inteiro gargalhando dos extremistas gaiatos brasileiros, os lambe-botas de um governo norte-americano que já nasceu morto.
É um complexo de inferioridade que envergonha o Brasil.
Filho e esposa faziam parte de grupo que instigava Jair Bolsonaro a ‘dar um golpe de Estado’, de acordo com depoimento.
Chefe da Ajudância de Ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou no primeiro depoimento de sua colaboração premiada que a ala “mais radical” do grupo que defendia um golpe de Estado no Brasil no final de 2022 incluía a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
A íntegra do depoimento de Cid, datada de 28 de agosto de 2023, foi obtida pelo colunista Elio Gaspari. Em novembro daquele ano, o UOL revelou que a delação de Cid apontava Michelle e Eduardo como incitadores do golpe.
“Tais pessoas conversavam constantemente com o ex-presidente, instigando-o para dar um golpe de Estado, afirmavam que o ex-presidente tinha o apoio do povo e dos CACs [Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores] para dar o golpe”, diz a transcrição do depoimento de Cid, que agora vem a público.
O relatório final da investigação da Polícia Federal sobre a trama golpista, concluído em 21 de novembro de 2024 — ou seja, um ano e três meses após o depoimento inicial de Cid –, não traz Michelle nem Eduardo entre os 40 indiciados.
O nome da ex-primeira-dama nem é mencionado no documento. Eduardo é citado apenas de forma lateral, no contexto de que seu nome aparecia como contato no telefone celular de um dos investigados. À época em que vazaram esses pontos da delação de Cid, Eduardo e Michelle negaram ao UOL envolvimento em ações pró-golpe.
As afirmações são “absurdas e sem qualquer amparo na verdade”, disse a defesa de Michelle à época, acrescentando que Bolsonaro ou seus familiares “jamais estiveram conectados a movimentos que projetassem a ruptura institucional do país”. Eduardo disse que a delação de Cid não passava de “devaneio” e “fantasia”.
O relatório da PF está sob análise da Procuradoria-Geral da República, a quem cabe oferecer denúncia ao STF contra os 40 suspeitos ou arquivar os indiciamentos.
Michelle e Eduardo são atualmente cotados para disputar a Presidência em 2026, no lugar de Jair Bolsonaro, que está inelegível até 2030.
Cid: ala mais radical era a favor de ‘braço armado’ No depoimento dado em agosto de 2023, Cid disse que havia três grupos distintos em torno de Bolsonaro no final de 2022, momento em que o país vivia com acampamentos de bolsonaristas em frente a quartéis do Exército pedindo um golpe de Estado.
De acordo com o tenente-coronel, o primeiro trabalhava para convencê-lo a admitir a derrota e se tornar “o grande líder da oposição”. Entre eles estariam o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o comandante da Aeronáutica, Baptista Júnior, entre outros.
O segundo grupo, segundo Cid, não concordava com os rumos que o país estava tomando, mas também se colocava contra medidas de ruptura. Fariam parte dele, entre outros, o comandante do Exército, Freire Gomes.
Já o terceiro grupo, favorável a medidas golpistas, era formado por duas alas nas palavras de Cid. Uma “menos radical”, que buscava encontrar indícios de fraudes nas urnas para justificar uma virada de mesa.
Outra, mais radical, “a favor de um braço armado”. Esse grupo mais belicoso defendia assinatura de decretos de exceção, de acordo com ele.
No depoimento, Cid diz que essas pessoas “gostariam de alguma forma incentivar um golpe de Estado”, queriam que Bolsonaro assinasse um decreto de exceção e “acreditavam que quando o presidente desse a ordem ele teria apoio do povo e dos CACs”.
“Quanto a parte mais radical”, prossegue o relato do depoimento de Cid feito pela PF, “não era um grupo organizado, eram pessoas que se encontravam com presidente, esporadicamente, com a intenção de exigir uma atuação mais contundente do então presidente”.
Nessa ala, Cid cita nominalmente Felipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, que ocupou quatro ministérios na gestão Bolsonaro, Gilson Machado, ex-ministro do Turismo, o general Mario Fernandes, secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, e os senadores Jorge Seif (PL-SC) e Magno Malta (PL-ES), além de Eduardo e Michelle.
Desse grupo, apenas Felipe Martins e Mario Fernandes acabaram sendo indiciados pela PF no relatório final da trama golpista.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, é citado por Cid nessa ocasião como integrante da ala “menos radical” que buscava o golpe, a que buscaria indicativos de fraude eleitoral que justificassem a virada de mesa. Valdemar está entre os indiciados pela PF.
De acordo com a investigação, ele é suspeito de ter ingressado com questionamento do resultado eleitoral em que Bolsonaro foi derrotado por Lula mesmo ciente de que eram falsos os argumentos que usava para sugerir fraude nas urnas eletrônicas.
Ex-presidente comprou imóveis no Vivendas da Barra por valores abaixo da avaliação oficial da prefeitura.
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) acessou um cofre que mantinha com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu irmão mais velho, nos dias em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), pai do “02”, registrou as compras de duas casas no condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca.
Os dados foram descobertos pela coluna a partir de um cruzamento de informações entre os documentos dos cartórios onde foram registradas as aquisições com as informações dos registros de acesso ao cofre que foram entregues pelo Banco do Brasil ao MP-RJ (Ministério Público do Rio) e obtidas pela coluna com exclusividade.
Carlos também esteve no cofre no dia em que seu irmão Eduardo Bolsonaro (PL-SP), hoje deputado federal, comprou um apartamento em Copacabana. Neste caso, Eduardo declarou em cartório ter pago R$ 160 mil no imóvel, dos quais R$ 50 mil em dinheiro vivo.
Procurados, Jair, Carlos e Eduardo Bolsonaro não responderam os questionamentos enviados pela reportagem.
Desde o dia 3 de julho, a coluna vem revelando em uma série de reportagens como Carlos e Flávio Bolsonaro acessaram um cofre alugado pelos dois dentro de uma agência do BB, no centro do Rio, antes de comprar imóveis que estão sob investigação devido às suspeitas de lavagem de dinheiro. A coluna já identificou outros dois casos semelhantes envolvendo compras realizadas por Carlos e Flávio Bolsonaro.
Desde a última quinta-feira (11), a coluna procura assessores e advogados da família Bolsonaro para obter um posicionamento sobre as informações contidas nesta reportagem. Nem Jair Bolsonaro, nem Eduardo quiseram se manifestar.
Vivendas da Barra A primeira casa no Vivendas da Barra foi comprada por Bolsonaro em 21 de janeiro de 2009. Nesta data, foi registrado um acesso de Carlos ao cofre em uma agên
Casa onde mora Carlos Bolsonaro A segunda casa no Vivendas da Barra foi comprada por Bolsonaro em 13 de dezembro de 2012. O valor declarado foi de R$ 500 mil. No mesmo dia, Carlos Bolsonaro esteve no cofre entre 10h17 e 10h30. Até hoje, o imóvel é a residência do vereador, embora esteja no nome de seu pai.
Assim como ocorreu na compra da primeira casa, o valor registrado em cartório ficou muito abaixo da avaliação da prefeitura do Rio. Neste caso, o valor de referência para o pagamento de ITBI foi estipulado em R$ 2,23 milhões.
cia do Banco do Brasil no Centro do Rio às 11h36 — ele deixou o banco ao meio-dia. Carlos Bolsonaro já tinha ido ao cofre dois dias antes, em 19 de janeiro, quando passou quase duas horas no local.
Bolsonaro não declarou o uso de dinheiro em espécie na compra, mas a negociação do imóvel tem uma série de pontos controversos. Em cartório, Bolsonaro declarou ter pago R$ 409 mil pelo imóvel à empresa Comunicativa-2003 Eventos, Promoções e Participações.
O valor ficou abaixo do valor avaliado para o imóvel para fins de cobrança de impostos. A prefeitura do Rio avaliou a casa em R$ 1,06 milhão para a cobrança de ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis), muito acima da transação registrada oficialmente.
Localizada em um condomínio de alto padrão em frente à praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste, um dos endereços mais valorizados do Rio, a negociação entre Bolsonaro e o vendedor fez com que os antigos proprietários ficassem com um prejuízo de mais de R$ 170 mil com a casa. Quatro meses antes da compra feita por Bolsonaro, o mesmo imóvel foi comprado pela Comunicativa por R$ 580 mil em setembro de 2008.
Pelos critérios do Coaf, o que ficou registrado em cartório para o negócio aponta indícios de lavagem de dinheiro. Os detalhes sobre a compra foram revelados pelo jornal Folha de S. Paulo, em 2018. Antes disso, em 2015, a PGR (Procuradoria-Geral da República) chegou a receber uma denúncia sobre a aquisição de Bolsonaro, mas arquivou a apuração preliminar após ouvir a defesa apresentada pelo agora ex-presidente sem maiores investigações como quebras de sigilo, por exemplo.
Até hoje a casa é o endereço de Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro. Após vencer a eleição presidencial, em 2018, ele usou o endereço para receber altas autoridades, como o então assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton. O então juiz federal Sérgio Moro, hoje senador, também foi até o local para acertar sua entrada no governo como ministro da Justiça.
O tenente-coronel Mauro Cid narrou em sua delação premiada que a ex-primeira dama Michelle e um dos filhos do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), faziam parte de um grupo de conselheiros radicais que incitava o então presidente da República Jair Bolsonaro a dar um golpe de Estado e não aceitar a derrota nas eleições do ano passado. As informações são do jornalista Aguirre Talento, colunista do portal UOL.
De acordo com o relato de Cid, esse grupo costumava dizer que Bolsonaro tinha apoio da população e dos atiradores esportivos, conhecidos como CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), para uma tentativa de golpe.
O tenente-coronel ainda afirmou aos investigadores que Jair Bolsonaro não queria desmobilizar os manifestantes golpistas acampados em unidades militares pelo país porque acreditava que seria encontrado algum indício de fraude nas urnas, o que serviria para anular o resultado da eleição. Cid diz à PF que nunca foi encontrada nenhuma prova de fraudes.
Ex-ajudante de ordens da Presidência da República, Cid era testemunha direta de conversas de Bolsonaro com aliados e relatou à PF a atuação de cada um deles após a derrota na eleição. Ele havia sido preso em maio, mas foi solto em setembro após assinar o acordo de delação com a Polícia Federal.
As informações do depoimento de Cid foram confirmadas ao UOL por três fontes que acompanham o assunto. O material da delação premiada atualmente está sob análise da equipe do subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, na PGR (Procuradoria-Geral da República).
Em entrevistas recentes, Carlos Frederico afirmou que Cid não apresentou provas de corroboração dos seus relatos. No depoimento sobre as tratativas golpistas, Cid cita nomes dos personagens envolvidos, locais e circunstâncias das reuniões mantidas para debater o assunto. Questionado pelo UOL sobre os caminhos para corroborar o relato, Carlos Frederico afirmou: “Estamos buscando provas de acordo com o contexto narrado”.
O plano de golpe só não foi adiante, de acordo com o tenente-coronel, porque não houve concordância dos comandantes militares. O UOL revelou em setembro que Bolsonaro chegou a discutir uma minuta golpista apresentada pelo seu assessor Filipe Martins com os chefes das três Forças Armadas, mas apenas o comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, manifestou apoio. Os chefes do Exército e da Aeronáutica se posicionaram contra a iniciativa golpista.
Grupo radical
O tenente-coronel Mauro Cid traçou aos investigadores um panorama sobre as articulações realizadas por Jair Bolsonaro após a derrota nas eleições.
Cid relatou que um grupo moderado composto pela ala política do governo tentava convencer Bolsonaro a se pronunciar publicamente sobre o resultado da eleição para pedir que os manifestantes golpistas deixassem as ruas e voltassem para suas casas. Um dos integrantes desse grupo era o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do presidente.
Bolsonaro resistiu a adotar esse posicionamento porque esperava obter provas de supostas fraudes nas urnas eletrônicas ou convencer os comandantes militares a embarcar em uma tentativa golpista.
O então presidente da República escalou auxiliares para se dedicar a descobrir vulnerabilidades no processo eleitoral. De acordo com Mauro Cid, Bolsonaro também pressionou os militares a fazer um relatório apontando essas suspeitas de fraudes.
Esse relatório foi divulgado no início de novembro pelo Ministério da Defesa, mas não apontava nenhum indício concreto de irregularidades nas urnas.
Em seu depoimento, Mauro Cid também contou que um grupo radical incitava o então presidente da República a não aceitar o resultado das eleições e tentar dar um golpe. O tenente-coronel citou que a então primeira-dama Michelle e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) faziam parte desse grupo, além de outros aliados.
Outro lado
Em nota, a defesa de Jair e Michelle Bolsonaro classificou as acusações de “absurdas” e disse que não são amparadas em elementos de prova.
“As afirmações feitas por supostas fontes são absurdas e sem qualquer amparo na verdade e, via de efeito, em elementos de prova. Causa, a um só tempo, espécie e preocupação à defesa do ex-presidente Bolsonaro que tais falas surjam nestes termos e contrariem frontalmente as recentíssimas — ditas e reditas —, declarações do subprocurador da República, dr. Carlos Frederico, indicando que as declarações prestadas pelo tenente-coronel Mauro Cid, a título de colaboração premiada, não apontavam qualquer elemento que pudesse implicar o ex-presidente nos fatos em apuração”, afirmou o advogado Paulo Cunha Bueno.
Eduardo, o filho de Bolsonaro que mais viajou às Arábias, pode ser investigado.
Policiais destacados para investigar em que circunstâncias a Arábia Saudita deu joias de presente à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não descartam a possibilidade de o deputado Eduardo Bolsonaro ser averiguado. Ele foi o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro que mais viajou para os países árabes.
Não há nada, de antemão, que ligue o deputado às joias de diamantes retidas pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos e avaliadas em R$ 16,5 milhões. Contudo, devem ser mapeadas todas as viagens, bastante frequentes, de Eduardo aos países árabes. Intriga os policiais o forte interesse do parlamentar por aquela região.
A família Bolsonaro está muito preocupada com a dimensão dada à descoberta das joias retidas pela Receita e que Bolsonaro tentou pegar dois dias de viajar para os Estados Unidos, em 28 de dezembro. A imagem do ex-presidente foi muito arranhada e vem tomando uma sova nas redes sociais.
O quadro se complicou porque a Receita busca, agora, uma segunda caixa de joias, também presente do governo árabe, que entrou no Brasil — ou seja, burlou o Fisco —, mas que ninguém sabe onde foi parar. O crime de contrabando está ficando cada vez mais claro.
Bolsonaro tem acompanhado o noticiário no Brasil muito de perto. Ele tem, conversado com aliados e cobrado que todos saiam em sua defesa publicamente, de forma a se contraporem ao que vem sendo dito pela oposição, que colocou, de vez, a pecha de corrupção na família.
*Com Correio Braziliense
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