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Opinião

Mídia deve assumir seu papel na naturalização da extrema-direita no Brasil

Mensalão e Petrolão são escândalos de corrupção fincados na cabeça dos brasileiros. São, também, diretamente associados ao PT.

Foram revelados durante administrações petistas e nós da imprensa demos a eles seus devidos tamanhos.

É inaceitável que dinheiro público seja desviado, especialmente se houver uma organização criminosa para fazê-lo.

Deixa eu falar um pouco do caso que ficou conhecido como Petrolão.

Em 1989, o jornalista Ricardo Boechat ganhou um prêmio Esso com uma reportagem sobre a corrupção na Petrobras.

Em 1993, finalmente uma CPI foi instaurada para investigar o esquema em que um cartel de empreiteiras desviava verbas do orçamento da União corrompendo políticos. Eram “os anões do orçamento”, um nome ruim se a intenção era comunicar o tamanho da roubalheira. Petrolão, por outro lado, é um nome ótimo. Pena que só pensaram nele anos depois. Mas voltemos ao fio de ideias.

A CPI deu apenas em um processo, contra o jornalista Paulo Francis. Ou seja, não deu em nada.

FHC, em 1995, nomeou Geraldo Brindeiro como procurador-geral da República e renovou por três vezes o seu mandato. Dos 626 inquéritos que chegaram às mãos de Brindeiro na PGR, apenas 60 denúncias foram encaminhadas. Por isso ele ficou conhecido como engavetador geral da República.

Diante dessa indecência promovida por FHC, em 2001 membros do Ministério Público exigiram que FHC respeitasse a lista tríplice de nomes. FHC ignorou e renomeou Brindeiro.

Aí entra o PT no governo. Lula, ao assumir, fez logo de cara uso da lista tríplice e nomeou o nome mais votado pelos membros do MP sem questionar.

Entre 2003 e 2009, com Lula portanto, o número de operações realizadas pela Polícia Civil foi de 18 para 236. A PF passou a se concentrar em crimes contra os cofres públicos.

Em 2007 foram 183 operações e 2800 pessoas presas. Não tinha Lava Jato, não tinha manchetes diárias, não tinha eco na mídia. Por que, você deve se perguntar.

A PF foi reformada durante as administrações de Lula. Autonomia, melhores salários e operações de combate à corrupção.

Outra vez: estou apenas listando fatos facilmente comprovados.

O PT atuou para que escândalos de corrupção viessem à tona. Coisa que nem Sarney, nem FHC fizeram – muito pelo contrário. A mídia não divulgou as coisas desse jeito.

Esses dados nos indicam que o PT não foi o partido que inventou a corrupção, nem mesmo o partido que a organizou no Brasil.

Não se trata de tirar sua responsabilidade, mas de colocá-la em seu devido lugar dando a ela seu real tamanho.

Jornalismo, vamos lembrar, também é contexto. Mas mesmo quem compreende que nenhum desses esquemas de desvio de verba foi montado nas administrações petistas confere ao PT a exigência do desmantelamento – que não foi feito.

Por que quem veio antes de Lula nunca foi responsabilizado pelo não desmantelamento?

Por que FHC nunca foi responsabilizado pelo acobertamento? Por que os atuais escândalos de corrupção não ganham nomes populares como Mensalão e Petrolão? Por que não estão nas manchetes diárias?

Os nomes escolhidos para nomear os esquemas de corrupção desvendados durante as administrações petistas são ótimos.

Eles comunicam a grandeza dos desvios. A imprensa pegou esses nomes e cravou no noticiário sem cessar por anos.

Uma ida ao Manchetômetro da UERJ, e tudo pode ser comprovado.

O Manchetômetro, aliás, é um site de acompanhamento da cobertura da grande mídia sobre temas de economia e política produzido pelo Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (LEMEP) que não tem filiação com partidos ou grupos econômicos.

Mas voltemos ao encadeamento de ideias.

Diante de todos os prejuízos do Mensalão, é de se imaginar que, havendo qualquer coisa parecida, o peso que nós da imprensa daríamos a isso seria o mesmo.

Vejamos o orçamento secreto, que, para Simone Tebet, pode ser o maior escândalo de corrupção do Planeta (vídeo abaixo).

Os números do orçamento secreto deixam, desde já, o Mensalão como brincadeira de criança.

Falemos do nome: orçamento secreto.

O que ele comunica? Nada.

Orçamento é uma palavra aborrecida e secreto não tem rejeição.

Mesmo com esse nome tedioso, a pergunta é: o escândalo está nas manchetes? Não. Deveria? Sim.

Com enorme destaque. Todos os dias.

A família Bolsonaro comprou 51 imóveis com dinheiro vivo. Está nas manchetes? Esteve por menos de uma semana. E aí sumiu.

E se fosse o Lula? O que teria acontecido?

Dá pra gente imaginar dado que a visita a um apartamento em obra levou Lula para a cadeia.

O apartamento em questão, aliás, foi chamado de triplex o tempo inteiro pela mídia. Vocês podem tentar adivinhar por que foi assim nomeado?

O escândalo do orçamento secreto deveria estar em destaque nas manchetes na mesma medida do que foi feito com o Mensalão.

Ou talvez até mais porque estamos diante de uma eleição que pode acabar com o que resta de democracia.

E esse aspecto também deveria ser ressaltado diariamente pela imprensa: Bolsonaro fala em golpe, ameaça o golpe, acha que adversário político deve ser exterminado e é risco real e imediato às nossas vidas.

Mas vamos deixar pra lá a desumanidade em Bolsonaro e falar de corrupção, esse assunto tão importante para definir votos segundo muitos.

Há pelo menos 26 casos de corrupção associados ao governo Bolsonaro: funcionários fantasmas no gabinete do presidente e dos filhos, apoio aberto a milícias no Rio, os repasses para a conta de Michelle, o advogado de Bolsonaro escondendo Queiroz em sua casa, obras feitas pelo ministério da saúde sem licitação, esquema de contrabando de madeira ilegal no Ministério do Meio Ambiente, vacina sendo negociada pelo Ministério da Saúde pelo triplo do preço, pedido de propina de um dólar por cada dose comprada da vacina AstraZeneca.

Seguir usando nomenclatura tediosa para comunicar cada um deles não faz a informação chegar à população com a força que deveria chegar.

Para o orçamento secreto, por exemplo, nomes como “O Mensalão de Bolsonaro” seriam mais honestos.

É o que é: o Mensalão de Bolsonaro. Por que não estamos comunicando dessa forma?

E as rachadinhas? O que são as rachadinhas?

São o crime organizado institucionalizado. Há três décadas.

A escolha do nome, no diminutivo e usando um verbo que comunica solidariedade (o que é rachar?) não ajuda na divulgação e compreensão do tamanho da roubalheira.

Esquema de corrupção, crime organizado, extorsão? Um pouco de criatividade nos faria encontrar um nome que pudesse comunicar todo o horror do que é esse esquema institucionalizado por Bolsonaro e seus filhos (leiam o livro de Juliana Del Piva, “O negócio do Jair”).

Ninguém mais pode questionar o fato de que Lula e sua frente ampla são os únicos atores capazes de nos livrar da ameaça de um segundo mandato de Jair Bolsonaro – um mandato que como ensina o livro “Como as democracias morrem” sacramentaria o golpe, o fim da Amazônia, das instituições, dos direitos humanos etc.

Por que o noticiário ainda se refere a essa frente como “Lula” ou “O PT” apenas? Por que não chamar de Frente Ampla Democrática?

Comunicar é repetir. Temos a obrigação de repetir, de nomear as coisas corretamente, de não nos omitir.

Esse é o papel da imprensa em tempos de paz, mas é ainda mais em tempos de guerra.

Existe apenas uma força mobilizando o campo fascista nessas eleições, e ela se chama antipetismo. O antipetismo é uma paranoia delirante que foi incansavelmente promovida pela imprensa.

O já igualmente histórico e infame editorial do Estadão do “Uma escolha muito difícil” fez coisa demais pela naturalização da extrema direita nesse país.

A cada absurdo não confrontado dito diante das câmeras por Bolsonaro estamos naturalizando a extrema direita.

A cada mentira não verificada dita em debate, idem. Não são mentiras sobre o número de escolas abertas em seu mandato. São mentiras que visam instalar paranoia, medo, bloqueio da imaginação e depressão. Não combatê-las é, proposital ou acidentalmente, naturalizar o fascismo que pulsa em Bolsonaro e em seus métodos.

Não bastaram 13 anos de governos democráticos para que o PT fosse aceito. A esquerda segue sendo demonizada, enquanto a extrema direita é naturalizada pela mídia.

Nós da imprensa precisamos assumir nosso papel na legitimidade da extrema direita no Brasil.

Aceitar sem questionar que nomes como Paulo Guedes (colunista de O Globo por dez anos), Kim Kataguiri, Helio Beltrão, Merval Pereira, Augusto Nunes, Alexandre Garcia etc sejam vozes normalizadas e centrais nos maiores veículos e que não encontram contra-argumentação nos trouxe até aqui.

Quando Guilherme Boulos foi contratado como colunista da Folha, os mesmos que sempre aceitaram os nomes acima – que hoje vão sendo desmascarados como sendo de extrema direita – berraram em revolta e indignação.

Boulos não!

Por que Boulos não? Kataguiri pode, Beltrão pode, Nunes pode, mas Boulos não?

Merval pode, mas Boulos não?

Essa semana, o governador Romeu Zema foi entrevistado na GloboNews e disse que Bolsonaro não representa ameaça à democracia. Não foi questionado. Sua palavra ficou como a palavra final.

Silenciar diante de uma declaração mentirosa como essa é compactuar. Não estamos aqui falando de achismos ou de desejos. Estamos falando de fatos.

Em dois minutos podemos listar vinte motivos para contra-argumentar Zema. Não foi feito.

Todo mundo pode não gostar de Lula, do PT, do petismo, da esquerda.

Democracia comporta conflitos e disputas.

Direita e esquerda são campos válidos. Mas seria preciso começar a dizer em alto e bom som que a esquerda que o PT representa nunca pregou o extermínio do campo adversário.

E a extrema direita que Bolsonaro representa prega isso todos os dias há quatro anos. Não estamos falando de simetrias. É hora de a imprensa assumir um lado nessa história.

Agora mais do que nunca precisamos nos agarrar aos fatos e não a crendices e preconceitos porque a ameaça de colocarmos os dois pés num regime fascista está no horizonte.

Derrotar Jair Bolsonaro e seus métodos milicianos de gestão e de institucionalização de assédios é a missão de qualquer pessoa que acredite em democracia. E é a da imprensa.

Não é preciso muita coisa. Basta as palavras certas, manchetar os escândalos de corrupção, confrontar as mentiras ao vivo e repetir, repetir, repetir.

No dia 2 de janeiro de 2023 poderemos voltar a fazer oposição justa, coerente e honesta ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva com a certeza de que nossas vidas não serão submetidas a nenhum tipo de assédio ou de extermínio institucional.

Preciso ressaltar que se por um lado a imprensa tem papel decisivo na naturalização da extrema direita, ela também tem papel decisivo em abrir as frestas para que os escândalos de corrupção sejam trazidos à luz do dia.

Foi assim no Mensalão, no Petrolão, no esquema de distribuição de fake news de Bolsonaro em 2018 por Patricia Campos Melo e agora, com Juliana Dal Piva, com sua investigação de quatro anos sobre quem é Jair Bolsonaro e sobre seus métodos de atuação.

Reforço a recomendação para que leiam o livro ” O Negócio do Jair” enquanto é tempo.

*Milly Lacombe/Uol

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Política

Facebook: Funcionários dizem que rede social fortaleceu extrema direita

Denúncias publicadas por consórcio formado por 17 organizações jornalísticas norte-americanas indicam que empresa foi alertada durante anos sobre disseminação de fake news e discurso de ódio.

Veículos internacionais como “The News York Times”, “CNN” e “Washington Post” publicaram neste sábado (23) denúncias envolvendo o Facebook. O consórcio, chamado de “The Facebook Papers” e formado por 17 organizações jornalísticas norte-americanas, traz reportagens sobre documentos vazados da empresa de Mark Zuckerberg.

As acusações afirmam, em sua maioria, que a rede social contribuiu para a disseminação de fake news, e inclusive para a mobilização de grupos de extrema direita, o que culminou na invasão ao Capitólio em 6 de janeiro, que deixou cinco mortos.

Os documentos provam as revelações feitas no mês passado por Frances Haugen, uma ex-gerente de produtos do Facebook. Segundo ela, a rede de Zuckerberg mentiu sobre o combate ao discurso de ódio, violência e fake news na plataforma. Frances disse que o Facebook desmontou sua equipe de “integridade cívica” logo após a eleição de 2020, assim que Joe Biden foi declarado vencedor.

Funcionários alertaram sobre fake news

A reportagem do “The New York Times” mostra que funcionários do Facebook alertaram durante anos sobre a desinformação e potencial risco de radicalizar os usuários da plataforma e solicitaram uma ação – mas a empresa falhou para resolver os problemas.

Embora a rede social tenha culpado Trump pela disseminação de notícias falsas, vários funcionários acreditam que poderia ter sido feito mais para evitar a proliferação de fake news. O alerta veio, inclusive, através de um estudo interno, intitulado “Jornada de Carol para QAnon”, feito por uma pesquisadora do Facebook.

Em julho de 2019, ela criou uma conta teste se passando por uma “mãe conservadora” da Carolina do Norte e, uma semana depois, começou a receber recomendações de conteúdo de teorias da conspiração.

Ela seguiu, então, as páginas da Fox News e da Sinclair Broadcasting e, em poucos dias, vieram sugestões para seguir páginas e grupos relacionados ao QAnon, incluindo uma fake news de que Trump estaria enfrentando uma conspiração obscura feita por pedófilos democratas.

Algum tempo depois, a mesma pesquisadora criou uma conta teste com um perfil esquerdista e descobriu que os algoritmos do Facebook a alimentavam com memes de “baixa qualidade” e desinformação política. Ela deixou a empresa em agosto de 2020, mesmo mês em que o Facebook reprimiu as páginas e grupos do QAnon.

Em seu pedido de demissão, divulgado pelo “BuzzFeed News”, ela disse que o Facebook estava “conscientemente expondo os usuários a riscos de danos à integridade” e citou a lentidão da empresa em agir contra o QAnon como um dos motivos para sua saída.

“Já sabemos há mais de um ano que nossos sistemas de recomendação podem levar os usuários rapidamente ao caminho de grupos e teorias de conspiração”, escreveu. “Nesse meio tempo, o grupo extremista QAnon ganhou proeminência nacional, com candidatos ao Congresso.”

*Com informações da Forum

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Uncategorized

Brasil faz diplomacia paralela com extrema-direita, Opus Dei e negacionistas

A queda de Ernesto Araújo do comando do Itamaraty não desmontou a estratégia de política externa do governo de Jair Bolsonaro de ampliar alianças com grupos ultraconservadores, principalmente na Europa.

No início de setembro, coube à Secretária Nacional da Família do ministério comandado por Damares Alves realizar uma turnê por vários países, participando de debates e reuniões com grupos religiosos. Ângela Gandra passou por países como Ucrânia, Portugal e Espanha.

Oficialmente, o Ministério da Família, Mulheres e Direitos Humanos informou à reportagem que Angela Gandra tirou férias entre os dias 2 e 12 de setembro. «Portanto, ela estava afastada das funções públicas», disse. Mas o governo não respondeu ao ser questionado sobre quem teria pago pela viagem da secretária. A pasta tampouco explicou o que foi tratado em cada uma das paradas da secretária.

O movimento ganhou notoriedade ainda quando um documentário na Netflix, The Family, revelou a dimensão do poder de seus membros e como atuam para manobrar o destino de leis e governos. Um de seus lemas é manter “uma diplomacia cristã invisível”.

Angela Gandra, em suas redes sociais, indicou que defendeu valores conservadores em suas intervenções e indicou como ouviu “de várias pessoas que encontram inspiração no Brasil”.

Nas redes sociais, a deputada ucraniana Anna Purtova agradeceu as visitas estrangeiras ao evento e qualificou o Brasil como um “parceiro estratégico” para o “sucesso da Ucrânia”.

Apesar de estar oficialmente de férias, no dia 7 de setembro, a secretária esteve na festa na embaixada do Brasil em Kiev pelo dia da Independência. Ela ainda publicou fotos com parlamentares ucranianos.

Na capital ucraniana, o evento é liderado por pessoas como Pavlo Unguryan que, quando deputado, apresentou vários projetos de lei para “banir a propaganda homossexual”. Unguryan atua em parceria com a Aliança Ucrânia pela Família e tem vínculos com a direita religiosa norte-americana, mantendo relações com Mike Pence, vice-presidente dos EUA sob o governo de Donald Trump.

Ele também mantém estreita relação com Sam Brownback, embaixador geral da iniciativa para Liberdade Religiosa Internacional, coalizão da qual o governo brasileiro faz parte desde sua criação em janeiro de 2020.

Na Espanha, encontro com magistrado da Opus Dei

Na Espanha, a secretária participou de um encontro com políticos católicos, além de discussões sobre “estado de direito”. Mas um dos encontros da brasileira foi com o membro do Tribunal Constitucional da Espanha, Andrés Ollero. Antiaborto e apontado por diferentes jornais espanhóis como um representante da Opus Dei, o magistrado votou por recursos para educação segregada.

Há dez anos, quando seu nome foi apresentado para ocupar o cargo, um vasto debate foi iniciado sobre suas declarações sobre temas sensíveis. Num deles, Ollero faz um duro ataque contra mães que abortam.

Extrema-direita alemã e teorias da conspiração

Enquanto sua secretária visitava os movimentos ultraconservadores na Europa, Damares Alves concedeu uma longa entrevista para a jornalista alemã Vicky Richter , A repórter é ligada ao Querdenken, movimento negacionista e antivacina que está inclusive na mira de inteligência alemã por ter laços com neonazistas. Ela é ainda cofundadora, com Markus Haintz, do dieBasis, um partido antivacina e negacionista da pandemia que espalha pelas redes idéias conspiratórias.

Entre os dias 6 e 9 de setembro, a jornalista foi recebida por Damares, Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Bia Kicis.

Na conversa, a ministra denuncia a “erotização das crianças por meio de música, da arte, do cinema, das festas populares”.

A deputada, neta de um ministro de Adolf Hitler, também argumentou que sua viagem ao Brasil tinha ocorrido durante seu período de férias.

*Jamil Chade/Uol

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Política

Bolsonaro recorre às táticas da extrema-direita mundial para atacar máscara

Ao elevar o uso ou não da máscara a um debate político, o presidente Jair Bolsonaro repete uma narrativa e recorre às mesmas estratégias adotadas pela extrema-direita pelo mundo.

A questão não tem relação com liberdade e nem com saúde. Mas com ideologia.

Estudos em diferentes partes do mundo já revelaram que a máscara é um instrumento eficiente para impedir a transmissão do vírus e, em locais onde o distanciamento social não consegue ser realizado, ela é fundamental no arsenal da luta contra a covid-19.

Na OMS, a lógica é clara: a vacina impede a morte. Mas serão as medidas sociais, entre elas o uso da máscara, que permitirão a queda na transmissão do vírus.

Mas, nos últimos meses, grupos de extrema-direita nos EUA, Europa e em várias partes do mundo passaram a recorrer ao debate das máscaras como uma bandeira de uma suposta liberdade individual.

Nada disso é novo e a tensão entre saúde e liberdades individuais se mistura com a própria história de políticas públicas. Durante a Gripe Espanhola, uma Liga Antimáscara foi criada em São Francisco em 1919, diante da decisão das autoridades de exigir que a proteção fosse usada em locais públicos. Entre os argumentos usados, um deles dialoga com o debate atual: a máscara viola as liberdades civis.

Na Europa, décadas antes, os avanços obtidos por Louis Pasteur e Robert Koch promoveram uma verdade revolução da ciência e deram bases para o que conhecemos hoje como saúde pública. Mas suas descobertas sobre bactérias infecciosas levaram diferentes grupos a questionar se a imposição de quarentenas não significa o fim das liberdades individuais.

No começo do século 20, em Massachusetts (EUA), uma decisão judicial foi considerada como histórica, abrindo caminho para que governos pudessem agir inclusive com o uso de forças de ordem para controlar uma epidemia. O tribunal estabelecia o direito do povo, via seus representantes eleitos, para adotar leis sanitárias que “protejam o bem público”.

Mais de um século depois, o movimento de questionamento às medidas sanitárias ganha uma conotação claramente ideológica. Nos EUA, pesquisas já revelaram que grande parte dos integrantes de movimentos antimáscaras são homens brancos e republicanos. Esses são os mesmos que difundem ou são vítimas da difusão de teorias conspiratórias de que a máscara o símbolo do ataque à liberdade de expressão, que a pandemia é um exagero da imprensa e que todo o cenário é uma grande manipulação de governos para dominar suas populações.

A mesma pesquisa revela que pessoas que se identificavam como Democratas afirmaram em 70% dos casos que sempre usavam máscaras ao sair de casa. Entre os republicanos, a taxa era de apenas 37%.

Na Alemanha, o partido de extrema-direita AFD também passou a usar em sua campanha eleitoral apelos para o fim de lockdowns e a recusa de usar máscaras em certos locais. Em regiões do que era a Alemanha Oriental, a mensagem tem atraído apoio, principalmente das populações mais frustradas com a situação econômica.

Na França, um levantamento da Fundação Jean Jaures concluiu que, dentro de movimentos antimáscara, 94% dos participantes também dizem que não vão se vacinar e apenas 2% do grupo diz confiar em Emmanuel Macron.

No final de maio, um movimento antimáscara fechou um shopping center em Londres para protestar contra o uso da proteção. Em seus cartazes, os integrantes do movimento diziam: “isso é tirania”.

Ao propor não usar a máscara, o que esses partidos e movimentos fazem é exatamente perpetuar uma sociedade sem liberdades.

Milhões de trabalhadores, a cada dia, se arriscam no transporte público e não tem opção se quiserem sobreviver. A máscara, para muitos, é o escudo último numa pandemia que revelou a dimensão de injustiça social.

Autoritária, portanto, a bandeira antimáscara amplia a desigualdade, retira a única proteção para milhões de pessoas e simplesmente mata.

*Jamil Chade/Uol

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Política

Wadih Damous: O momento é para aplaudir a prisão de Crivella?

Adversários e inimigos políticos devem ser derrotados é na política. No confronto de programas e de ideias. Além disso, se queremos que a lei seja aplicada corretamente para nós e nossos amigos e aliados, não podemos aceitar ilegalidades e abusos quando se tratar de adversário.

É o caso da prisão de Crivella.

Foi ilegal e abusiva. Foi julgado no mérito sem que haja ainda processo. A prisão preventiva contra ele foi mero pretexto. Não há fato novo que a justificasse.

Por que não a decretaram antes da eleição? Por isso, não me associo às personalidades de esquerda que se juntaram com gente de extrema direita na comemoração da prisão de Marcelo Crivella.

Esses aplausos legitimam o processo penal do espetáculo, até que os hoje aplaudem se transformem na próxima vítima do sistema de justiça, cujo objetivo é tão somente emparedar a política.

Crivella é detestável, foi o pior prefeito da história do Rio de Janeiro. Ao final do processo, possivelmente se provará a sua culpa. Mas até lá, milita a favor dele a presunção de inocência. Vale pra nós, vale pro Lula e vale também pra ele.

 

*Com informações do DCM

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Matéria Opinião

Ou Bannon entrega suas sujeiras ou ficará preso para sempre, diz Brian Mier

O jornalista norte-americano Brian Mier comentou nesta quinta-feira (20), em análise na TV 247, a prisão do guru da extrema direita mundial Steve Bannon por crimes envolvendo desvio de dinheiro destinado para a construção de um muro dividindo a fronteira entre México e Estados Unidos. Mier avaliou que agora “ou Bannon cagueta pessoas da máfia dele, ou irá apodrecer na cadeia”. O conselheiro de Trump pode pegar até 20 anos de prisão.

Brian Mier ressaltou que Bannon é “chefe da ultra-direita e da supremacia branca estadunidense, também vinculado a extremistas na Europa”. O jornalista também relembrou que “ele foi coordenador de campanha do Trump e prestou assessoria ao clã Bolsonaro”.

“Bannon é envolvido no esquema do Cambridge Analytica, empresa que usa várias táticas para dar golpes em países de terceiro mundo, manipulando as redes sociais”. “Todas essas estratégias de amostragem de perfis e disparo em massa de fakes no Whatsapp, usada pelo bolsonarismo nas eleições presidenciais, vêm do Bannon”, resgatou.

Na visão do jornalista, a prisão de Bannon terá implicações importantes nas eleições presidenciais e faz com que Trump perca forças na campanha. “As chances de vitória de Trump diminuem com esse novo fato”.

 

*Com informações do 247

 

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Mundo

O homem que arruinou a extrema direita nos EUA

Com sua conta no Twitter, Sleeping Giants, Matt Rivitz deixou quase sem publicidade a mídia ultraconservadora americana. Seus métodos já chegaram à Europa.

O site de extrema direita Breitbart News perdeu mais de oito milhões de euros (50,7 milhões de reais) em publicidade por culpa de uma conta no Twitter. O próprio ex-diretor do site Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump, revela o valor em um documentário da Netflix (The Brink), no qual ataca duramente esse perfil da rede social. O perfil se chama Sleeping Giants, tem 250.000 seguidores e sua descrição diz: “Um movimento para tornar o fanatismo e o sexismo menos lucrativos”. Em seguida, uma citação de Steve Bannon sobre o Sleeping Giants: “Eles são o pior que há”.

A conta no Twitter foi criada em novembro de 2016 com uma única missão: informar e alertar as empresas de que a publicidade de seus produtos aparecia em sites de extrema direita. O administrador anexava capturas de tela e as compartilhava nas redes das marcas afetadas. Em poucos meses, 4.500 anunciantes removeram sua publicidade do Breitbart News. O apresentador conservador Bill O’Reilly, da Fox, perdeu praticamente todos os seus anunciantes. O investidor de ultradireita Robert Mercer se viu obrigado a deixar seu cargo de CEO na Renaissance Tecnhologies depois que vários clientes ameaçaram abandonar a empresa ao saber de sua relação com supremacistas brancos. Além disso, várias dezenas de ativistas filonazistas perderam a capacidade de monetizar suas operações através de plataformas de pagamento.

Essa fuga tão selvagem de capitais que golpeou o coração das fontes de financiamento da extrema direita não podia ficar impune, por isso o lobby do Breitbart começou a investigar na deep web, a parte da Internet não indexada pelos mecanismos de busca, até descobrir a pessoa por trás do Sleeping Giants. O site conservador The Daily Caller publicou seu nome: Matt Rivitz. “Foi a única vez que tive medo. Meu endereço apareceu em todas as seções de comentários do Breitbart, o Daily Stormer [principal site neonazista da Internet] escreveu um artigo violento e antissemita sobre mim, e meu filho de 14 anos recebeu ameaças sérias de morte, assim como a direção da nossa sinagoga”, diz Rivitz.

Matt Rivitz é um publicitário que observava como a publicidade programática estava causando estragos na reputação das marcas sem que as empresas soubessem onde seu logotipo era inserido, e decidiu intervir. O Sleeping Giants era um experimento de duas semanas que se transformou em uma ferramenta muito poderosa para lutar contra esse tipo de prática, que desvirtuou o mercado publicitário online. “As agências de mídia contratam espaços sem nenhum rigor, independentemente do tipo de conteúdo dos sites, e é um verdadeiro desastre. Essas empresas deveriam apoiar conteúdo de qualidade e não se reger apenar pelo número de visualizações”, afirma Rivitz. Ele alerta que essas compras programáticas já causaram danos irreparáveis a veículos de comunicação locais e regionais. A prática é 100% quantitativa e não valoriza mais parâmetros.

“Esse tipo de publicidade é uma farsa. Os anunciantes precisam de ferramentas que forneçam transparência para encontrar conteúdos de qualidade”, destaca Rivitz. O publicitário critica o Facebook e o Google porque, apesar de terem grande capacidade de bloquear e eliminar esses conteúdos, priorizam, segundo ele, as visualizações e os ganhos, em vez da qualidade e do compromisso de fazer com que a Internet seja um espaço mais seguro. “Essas duas empresas, que têm o duopólio e são mais poderosas do que muitos Governos, causam enormes danos controlando e manipulando algoritmos. Parece que ninguém as obriga a prestar contas.”

O Sleeping Giants já atua em onze países por meio de células anônimas e independentes. Rivitz explica que, em certo sentido, a estrutura é comparável à mostrada no filme Cães de Aluguel: as células não se conhecem entre si, mantêm o anonimato e lutam contra um inimigo comum. A organização não tem financiamento privado e só arrecadou dinheiro de forma pontual através de plataformas como GoFundMe para ações concretas. Por exemplo, quando instalaram um cartaz em um carro para dar voltas em torno da sede da Amazon pedindo que a empresa parasse de vender merchandising do Breitbart.

Além de causar um prejuízo financeiro significativo para a mídia ultraconservadora nos EUA, a conquista mais importante de Rivitz até agora ocorreu na França, onde conseguiu que fosse aprovada uma regulamentação governamental −a Emenda Sleeping Giants− para evitar que anunciantes financiem o ódio e o extremismo online. “Mas ainda não conseguimos uma mudança sistêmica na publicidade. Estou bastante cansado depois de quatro anos lutando contra a corrente, mas acredito que vale a pena e seguiremos na primeira linha de ação quando a pandemia passar para segundo plano”.

 

 

*Rebeca Queimaliños/El País

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Vídeo: Um hospício chamado Brasil: Gado racha, uns gritam ‘Moro’ e outros gritam ‘Mito’

Gado se divide em Curitiba em conflito de gritos de ‘Mito’ contra ‘Moro’.

Não é todo dia que se tem oportunidade de ver ex-aecistas, que marcharam juntos pelo golpe em Dilma, rachados. Esses mesmos que sofreram mutação e viraram bolsonaristas. Entre esses dois estados, Moro virou herói. Agora, que Aécio novamente foi pego em grossa corrupção, o gado não quer nem lembrar que, depois da derrota de Aécio, foi para as ruas de verde e amarelo, para derrubar Dilma. Em nome de quê? Do combate à corrupção.

Mas esse bonde sem freios lotado de imbecis, que já gritou nas ruas “somos todos Cunha”, hoje, chega ao auge com o racha de dois vigaristas que eles têm como a xepa da extrema direita e cada um dos dois grupos se agarra desesperadamente à sua divindade, porque sabem que, depois disso, não tem mais nada.

A extrema direita que, na verdade, é a extrema picaretagem, não deixou de pé a direita picareta tradicional, a do tucanistão, dos corruptos, FHC, Aécio, Alckmin e Serra, só ficou essa figura patética chamada Dória, que hoje é odiado por moristas e bolsonaristas que também votaram nele.

Naquela máxima de que todos sabem como começa um golpe, mas não sabem como termina, ninguém jamais imaginou que o Brasil terminaria em um hospício com golpistas loucos se digladiando no meio da rua.

 

*Da redação

 

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Bolsonaro posta foto dando banana, avisa que não tem o coronavírus e que seu problema é mental

Uma banana para os brasileiros.

Foi assim que o psicopata Bolsonaro deu a notícia no twitter.

Diante de uma pandemia que atingirá milhares de brasileiros, o idiota trata do caso pessoal com o mesmo ódio que marca sua vida.

Seu gesto é um desrespeito ao povo que enfrentará um surto e ainda tem que ver um presidente irresponsável que usa a pandemia para se promover politicamente, jogando para seu gado premiado.

Bolsonaro é uma miséria humana.

Enquanto especialistas estão alarmados dizendo que o coronavírus pode causar estresse brutal sobre sistema de saúde e que o estado Minas já decretou situação de emergência, Bolsonaro exibe seu rancor e individualismo, mostrando que está pouco se lixando para o povo, sobretudo para os idosos que têm mais risco de morrer com a doença.

Bolsonaro faz pior que antes, quando tripudiou da pandemia que já matou milhares de pessoas no mundo. Ele faz de conta que desconhece o fato e se comporta como um irresponsável num momento extremamente grave que o Brasil atravessa, sem falar na economia que produzirá um efeito cascata, atingindo frontalmente os mais pobres, que serão as primeiras vítimas.

Bolsonaro não decepciona. Um sujeito que vive oficialmente de mentiras sistemáticas, produz dia após dia uma montanha de fel para se sustentar no poder, sem ninguém para tapar sua boca com cimento.

Certamente, ele usa essa imagem como sua extensão, pois imagina que muitos, assim como ele, são sádicos e adoradores de torturadores como Brilhante Ustra e de milicianos assassinos como Adriano da Nóbrega e querem ver seu sofrimento e morte.

Infelizmente, esse idiota, que não consegue ter um mínimo de postura, passa numa canoa se exibindo com a premissa doutrinária da milícia que uns chamam de extrema direita, mas é banditismo em estado puro, para tripudiar dos que têm ou terão o Covid-19, negando a fatalidade do próprio país presidido por um demente por culpa de uma escória tão ou mais sórdida que ele.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Por Olavo de Carvalho, Bolsonaro trai Regina Duarte

Seis aspones Bolsonaristas indicados por Olavo de Carvalho foram demitidos da Secretaria de Cultura na véspera da posse de Regina Duarte.

Agora, os bolsominions, sob o comando de Eduardo Bolsonaro com aval do pai e aplauso de Olavão, foram para o twitter chamar Regina Duarte de comunista, socialista e esquerdista.

Toda essa violência vem das centrais ligadas a Eduardo Bolsonaro, como mostrou nesta quarta-feira, reportagem do Uol, que a quebra de sigilo revelou conexão direta entre o gabinete de Eduardo com uma das centrais da fake news.

Essa mudança de Bolsonaro em relação à Regina Duarte é somente mais uma de suas inúmeras conhecidas traições, mostrando que há um núcleo fechado no poder restrito a cinco personagens, Bolsonaro e os três delinquentes do clã e Olavo de Carvalho.

Trocando em miúdos, Olavo é o Queiroz de Bolsonaro na fase presidencial, é dele a ordem de contratar aspones, geralmente panfleteiros da campanha, com a cômica desculpa de que fazem parte do tal núcleo ideológico. Isso mesmo, aspone no Brasil agora se transformou em ideólogo de extrema direita.

Essa é a maior vigarice do charlatão que não nem astrólogo, nem filósofo, é um punguista muquirana do tipo que bate a carteira e sai gritando, pega ladrão! Mas espertamente ganhou a máscara de ala ideológica do governo.

Pergunta-se: e lá miliciano tem ideologia? Porque o foco central dessa turma da cúpula restrita de Bolsonaro é a contravenção, tanto que Adriano, o miliciano de Rio das Pedras, chefe do escritório do crime e medalhado por Flávio a mando de Bolsonaro, foi capanga de Maninho, o bicheiro e, depois, do irmão que foi assassinado dias atrás na Barra da Tijuca, morte esta investigada pela polícia com suposta ligação com a morte do miliciano Adriano da Nóbrega.

Temos que dar razão a FHC, que disse que Regina Duarte não tinha ideia de onde está se enfiando e que não precisava passar por isso a essa altura da vida.

Bolsonaro quis usar a popularidade de Regina depois da repercussão negativa do discurso nazista de Roberto Alvim. Prometeu a ela liberdade de escolha e ela acreditou.

Olavo de Carvalho, enfurecido com a demissão de seus aspones “ideológicos”, não economizou bala para metralhar Regina.

Bolsonaro posou ao lado de Sergio Nascimento, novo presidente da Fundação Palmares e aproveitou para mandar um recado para Regina, de que estava contra ela e do lado de Olavo de Carvalho. Sergio Nascimento é desafeto de Regina por ela dizer que quer conversar com o movimento negro que ele odeia, assim como o Dia da Consciência Negra. ele mandou um recado para Regina Duarte.

Por isso, hoje, na posse de Regina Duarte, que não teve presença de praticamente de artistas convidados por ela, Bolsonaro sapecou que pode exercer “poder de veto” a alguns nomes na Cultura.

Emendou de prima: “Você não está vendo um brucutu na sua frente, não”.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas