Senador mantinha cofre com o irmão Carlos Bolsonaro desde 2004 e foi ao local antes e depois de comprar e vender apartamentos.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) acessou um cofre que mantinha com o irmão Carlos Bolsonaro (PL-RJ) em uma agência bancária do Banco do Brasil (BB), no Rio de Janeiro, um dia antes de pagar R$ 638 mil em dinheiro vivo na aquisição de dois apartamentos em 2012. Os dados foram descobertos pela coluna a partir de um cruzamento de informações das investigações que apuram peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa dentro do gabinete do vereador e também de todas as informações levantadas no procedimento que apurou os mesmos crimes no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).
Os registros de acesso ao cofre constam em um relatório elaborado pelo Laboratório de Combate à Lavagem de Dinheiro e Corrupção do MP-RJ, obtido pela coluna com exclusividade, no âmbito da investigação do esquema de rachadinha no gabinete de Carlos. Nos documentos, o MP relata que outra pessoa alugou o cofre junto com o vereador, em 2004, mas tarja todos os dados para não identificar o outro titular. Pelas decisões recentes no Judiciário, Flávio não pode ser investigado na primeira instância como Carlos.
Contudo, a coluna investigou os dados na última semana e confirmou que o sócio de Carlos no cofre era seu irmão Flávio Bolsonaro, deputado estadual à época. Procurado pela coluna, o senador respondeu, por nota, que foi titular do cofre e disse que guardava “ítens pessoais” sem detalhar que objetos seriam esses. Negou relação de suas idas ao cofre com o dinheiro vivo usado para pagamentos. (Veja a nota completa no final)
A existência de um cofre em nome de Flávio Bolsonaro não havia sido descoberta nem mesmo pelos promotores que conduziram a investigação sobre seu esquema de rachadinha no MP-RJ. Até então, acreditava-se que a tarefa de fazer o fluxo de dinheiro vivo oriundo do esquema ficava a cargo exclusivamente do ex-assessor Fabrício Queiroz, pivô do escândalo no gabinete de Flávio. O senador, porém, admitiu que guardaria dinheiro casa, cerca de R$ 30 mil.
Os registros dos acessos ao cofre tarjam também a maioria das datas de acesso de Flávio ao espaço, localizado em uma agência do Banco do Brasil. No entanto, algumas não estavam tarjadas no documento e permitiram descobrir os acessos do agora senador em datas próximas a suas aquisições de apartamentos em 2012.
Na quarta-feira (3), a coluna revelou que Carlos Bolsonaro também esteve no cofre horas antes de adquirir um apartamento em Copacabana por R$70 mil.
Foram 4 anos de apoio irrestrito que Paulo Guedes teve de toda mídia brasileira para devolver 31 milhões de brasileiros para a miséria absoluta e o país voltar ao mapa da fome. A mídia assinou embaixo em apoio a Bolsonaro via Paulo Guedes.
Nessa nova fase de apoio ao bolsonarismo por osmose, a Globo já cerra fileiras sem restrição o governo Tarcísio Freitas, em São Paulo, de olho tático na disputa presidencial contra Lula.
Os holofotes e microfones da GloboNews dados para Flavio Bolsonaro se “explicar” sobre a PEC da privatização das praias” como sempre sonhou o papai, é apenas parte da receita das inúmeras operações “passa pano” que a Globo prepara para apoiar o bolsonarismo.
Nem tudo são flores nesse novo acordo entre Bolsonaro e os Marinho. Bolsonaro não confia em Tarcísio e já mandou Malafaia seu escudeiro interesseiro berrar traição.
Bolsonaro sonha em disputar a eleição de 2026, se muito aceitar nova derrota no TSE e um filho seu, adestrado, substituí-lo.
Possivelmente, Flavio ou Eduardo, um deles vorá como candidato à presidência se o chefe do clã ficar mesmo fora do pleito. Há ainda a possibilidade de Carluxo tentar uma cadeira no Senado junto com o irmão. Flavio nega essa possibilidade, mas sem convicção expressa na sua fala.
Delegado acusado pela PF de atrapalhar investigação do caso Marielle revelou suposto namoro de filho de Bolsonaro com filha de Ronnie Lessa.
Um dos alvos da Polícia Federal na recente operação do caso Marielle Franco (PSol), o delegado Giniton Lajes foi o responsável por trazer à tona, em 2019, um suposto namoro de um dos filhos de Jair Bolsonaro com a filha de Ronnie Lessa, acusado de ter executado a vereadora.
Giniton é apontado, no relatório da PF que embasou a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, como nome indicado pelo então chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, para “dirigir” as investigações “de forma a não revelar os mandantes do crime”.
Em 2019, Giniton disse à imprensa que um dos filhos de Bolsonaro teria namorado a filha de Ronnie Lessa. Na entrevista, entretanto, o delegado afirmou que o fato “não tinha importância” no momento e que “seria enfrentado num momento oportuno”, diz Igor Gadelha, Metrópoles.
“Isso tem (o suposto relacionamento entre o filho de Bolsonaro e a filha de Lessa), mas isso, para nós, hoje, não importou na motivação delitiva. Isso vai ser enfrentado num momento oportuno. Não é importante para esse momento”, disse Lages, em entrevista no dia 12 de março de 2019.
Posteriormente, foi revelado que Jair Renan, filho 04 do ex-presidente, foi quem namorou a filha de Lessa. Jair Renan, porém, não foi citado em nenhum momento nas investigações pela PF. O único filho de Bolsonaro citado no relatório foi o senador Flávio Bolsonaro, como noticiou a coluna.
Tudo indica que as labaredas de fogo, que saíram da boca de Mauro Cid, na delação, têm um poder incendiário de ferocidade canibalesca contra Bolsonaro.
Vincado até aqui à imagem de Bolsonaro, o que se diz é que, um sorriso de canto de boca de Cid, depois da frase proferida por Bolsonaro em entrevista, “cada um siga a sua vida”, fez Mauro Cid tirar da sacola sua trombeta e, numa delação preliminar, estampar com cores vivas, crimes capazes de azedar o fígado de qualquer civilização.
Bolsonaro, todos sabem, tem como especialidade jogar nos ombros dos outros os escombros de suas armações. Mudam-se os moldes, mas não o padrão que Bolsonaro usou em suas ações, de forma interminável, durante toda a sua vida política. Fez isso, inclusive, com os filhos em seu mercado de rachadinhas, formação de quadrilha e peculato.
Com o primogênito Flávio, só para dar um exemplo, assumiu para si a paternidade de Queiroz e de todo o esquema montado por Bolsonaro.
Flávio age o tempo todo como um político figurativo, uma espécie de espelho do próprio pai, e não se sente ofendido quando alguém aponta isso.
Na verdade, todos os filhos de Bolsonaro usaram essa etiqueta panfletária para se elegerem com grande margem de votos. Ou seja, é uma prática absolutamente amadurecida que Bolsonaro opera com seus pares.
Mas parece que, com Mauro Cid a coisa fedeu e a mentira, que é outro produto de Bolsonaro, enfrentará um coeficiente pessoal do ex-ajudante de ordens, que se chocou frontalmente com Bolsonaro, ao estilo do velho patrão.
Trocando em miúdos, os próprios, Cid e Bolsonaro se transformaram em adversários.
Enquanto Mauro Cid sai da cadeia, Bolsonaro entra.
Alexandre Santini, ex-sócio de Flávio em uma franquia da Kopenhagen, diz que algum Bolsonaro será preso por “crimes na política”.
O empresário Alexandre Santini, ex-sócio do senador Flávio Bolsonaro na franquia da Kopenhagen que foi investigada no caso das rachadinhas, publicou uma mensagem no Instagram sugerindo que um integrante da família Bolsonaro cometeu crimes e poderá ser preso no futuro, diz o Metrópoles.
Santini não cita o nome de nenhum Bolsonaro em específico, mas diz não se referir ao ex-presidente. O empresário menciona um pedido de cidadania italiana e a “força política” no Rio de Janeiro. Ele e Flávio estão rompidos.
“Conexão RJ – BSB… A questão é ser ‘HONESTO’, e não ‘Direita ou Esquerda’… Não estou falando de ‘J.B’… Vieram te buscar, mas conseguiu correr… Não adianta tentar escapar, tudo é questão de tempo, pois provas não faltam para seus inúmeros ‘crimes na política’ que vão te levar para a PRISÃO”, diz um trecho da postagem, ilustrada com a foto de um agente da Polícia Federal dentro de um avião.
“Acredite e aceite, no RJ e MP sua ‘força política’ já não é a mesma… Cidadanias italianas ainda não concedidas… Aonde será [sic] suas próximas longas férias, a sua sonhada cidadania não será necessária, tão pouco [sic] seu ‘foro privilegiado’, e terá tempo para refletir sobre seus inúmeros erros. Um conselho: ‘Brasília não é para Amadores’, finaliza Santini.
A publicação foi postada no perfil de Santini no Instagram. A página é restrita para amigos.
Santini foi apontado como o “sócio laranja” de Flávio Bolsonaro na franquia da Kopenhagen que o senador mantinha em um shopping na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O Ministério Público afirmava que a loja era usada por Flávio para lavar dinheiro no esquema da rachadinha.
A denúncia contra Flávio foi rejeitada pela Justiça do Rio de Janeiro, em maio do ano passado. O Ministério Público apresentou um recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em fevereiro, para tentar retomar as investigações contra o senador.
O empresário não foi localizado para comentar a postagem. As investigações contra Santini também foram encerradas a mando da Justiça.
Apoie o Antropofagista com qualquer valor
Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.
Flávio Bolsonaro tem interesse de concorrer à prefeitura do Rio de Janeiro em 2024; candidatura é alvo de certo temor da família.
Jair, Eduardo e Carlos Bolsonaro têm certo receio com a possível candidatura de Flávio Bolsonaro à Prefeitura do Rio de Janeiro em 2024. Há o temor de que, se Flávio não for eleito, a família acumule mais uma derrota, diz Guilherme Amado, Metrópoles.
Ainda existe no grupo a esperança de que Jair Bolsonaro não será declarado inelegível e poderá concorrer à Presidência novamente em 2026. Uma possível derrota de Flávio, dois anos depois do pai ter perdido a reeleição para Lula, seria, na visão deles, ruim para esse plano, à medida que ela seria vista como uma nova vitória de Lula — o maior adversário de Flávio será o atual prefeito carioca, Eduardo Paes, que deverá ser apoiado pelo PT.
Flávio ainda não bateu o martelo sobre a candidatura, mas tem o apoio de Valdemar da Costa Neto. Bolsonaro ainda não falou publicamente sobre o tema.
Outros três nomes do PL também querem a prefeitura carioca: o ex-ministro da Saúde e deputado federal Eduardo Pazuello, o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto e o senador Carlos Portinho. A prioridade no partido, contudo, é de Flávio.
Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00
Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.
Questionado sobre quando Bolsonaro voltaria ao Brasil, Flávio deixou em aberto: “Pode ser amanhã, pode ser em seis meses, pode ser nunca”.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, neste sábado (28/1), que o pai, Jair Bolsonaro (PL), não tem previsão de voltar ao Brasil. O ex-presidente viajou aos Estados Unidos no fim de dezembro, dois dias antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na quinta-feira (26/1), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro desembarcou em Brasília após um período sabático ao lado do marido, em Orlando. Bolsonaro, no entanto, ficou nos Estados Unidos. Questionado sobre quando o ex-presidente voltaria, Flávio deixou em aberto: “Pode ser amanhã, pode ser em seis meses, pode ser nunca”.
A declaração do filho do ex-presidente foi dada após a reunião que formalizou a aliança entre PL, PP e Republicanos no apoio à candidatura de Rogério Marinho para a presidência do Senado Federal.
Sem nomear diretamente o adversário de Marinho, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Flávio ainda atribuiu ao atual presidente do Senado parte da culpa sobre o clima de instabilidade no país e os atos golpistas do dia 8 de janeiro.
“Se nós vimos tudo aconteceu nos últimos meses é porque, talvez, quem estava sentado na cadeira da presidência do Senado não teve a capacidade ou a visão para buscar essa pacificação, para promover o diálogo. Porque é assim que a gente busca unidade no parlamento”, disse. Visto prestes a vencer
Na ocasião, o senador também foi perguntado sobre a situação do visto de Bolsonaro. Ele viajou aos Estados Unidos com o visto diplomático oficial de presidente da República. O documento perderá validade no fim deste mês. Flávio afirmou que a autorização precisa ser revista, mas não confirmou se isso já ocorreu ou se está em trâmite.
Em relação ao risco de extradição, que chegou a ser pedida por parlamentares democratas nos EUA, o filho do ex-presidente afirmou acreditar que o país “não fará nada fora da lei”.
“É a extrema-esquerda que faz, nos EUA, o papel da extrema-esquerda daqui. Eles pressionam por questão política. Mas acredito que o EUA seja um país sério, que não fará nada fora da lei. Sei que ele foi com visto de presidente e, obviamente, se já não foi convertido, será convertido num visto de turista, que ele tem direito. Ele está descansando”, declarou.
“Não sei dizer se já aconteceu a conversão. Ele está muito tranquilo, está acompanhando a distância o que está acontecendo no Brasil, com consciência tranquila de que fez o melhor para o país.”
“Se nós vimos tudo aconteceu nos últimos meses é porque, talvez, quem estava sentado na cadeira da presidência do Senado não teve a capacidade ou a visão para buscar essa pacificação, para promover o diálogo. Porque é assim que a gente busca unidade no parlamento”, disse.
Visto prestes a vencer
Na ocasião, o senador também foi perguntado sobre a situação do visto de Bolsonaro. Ele viajou aos Estados Unidos com o visto diplomático oficial de presidente da República. O documento perderá validade no fim deste mês. Flávio afirmou que a autorização precisa ser revista, mas não confirmou se isso já ocorreu ou se está em trâmite.
Em relação ao risco de extradição, que chegou a ser pedida por parlamentares democratas nos EUA, o filho do ex-presidente afirmou acreditar que o país “não fará nada fora da lei”.
*Com Metrópoles
Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00
Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.
Se os aliados do fascista estão dizendo que o gênio, que tentou censurar a matéria do UOL, merece um “‘troféu burrice”, que ele seja entregue a Jair e não a Flávio, porque o 01 nunca mandou em nada. Este foi fabricado e adestrado assim como o resto do clã para obedecer o comando de seu pai.
Ninguém dessa família dá um passo sem seu comando com mãos de ferro.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, derrubou a decisão da Justiça do Distrito Federal e liberou a reportagem do Uol sobre imóveis avaliados em R$ 26 milhões e comprados em dinheiro vivo pela família Bolsonaro. A medida vale até que a reclamação do portal Uol seja julgada pelo Supremo, de acordo com informações publicadas nesta sexta-feira (23) pelo portal G1.
Ou seja, Mendonça, o “‘terrivelmente evangélico” se opôs a Bolsonaro e não a Flávio, o que não deixa de ser outra péssima notícia, porque mostra que Mendonça tem como certa a derrota eleitoral de Bolsonaro. Seja no 1º , seja no 2º turno.
Apoie o Antropofagista
Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.
Para tentar se blindar, o presidente avisa que, nos debates, não aceitará questionamentos sobre enrascadas da família.
Depois de fugir de debates na campanha pelo Planalto em 2018, o presidente Jair Bolsonaro assegurou que não fará o mesmo nas próximas eleições, porém já avisou que não quer ser questionado a respeito de familiares e aliados. “É para falar do meu mandato. Até a minha vida particular, fique à vontade. Mas que não entrem em coisas de família, de amigos, porque vai ser algo que não vai levar a lugar nenhum”, enfatizou. O temor do chefe do Executivo tem motivos, na verdade, quatro grandes motivos: os filhos Flávio, Carlos, Eduardo e Jair Renan são alvo de investigações.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cometidos ao desviar salários de funcionários do gabinete no período em que foi deputado estadual. As acusações vieram à tona no final de 2018, com a revelação de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), apontando movimentações vultosas de recursos por Fabrício Queiroz, assessor do parlamentar na assembleia legislativa. Segundo a denúncia apresentada pelo MP à Justiça fluminense, o desviou foi superior a R$ 6 milhões.
A defesa de Flávio conseguiu, no Tribunal de Justiça do Rio, garantir o foro especial do parlamentar e a transferência da investigação para segunda instância. O MP recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra essa decisão. Em 30 de novembro, a Segunda Turma da Corte manteve o foro privilegiado. Por três votos a um, os ministros também anularam as provas colhidas na investigação. Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski consideraram ilegais quatro dos cinco relatórios do Coaf, o que, na prática enfraquece a acusação. Edson Fachin foi o voto divergente nos dois casos.
Flávio ainda provoca constrangimento ao pai por causa da compra de uma mansão, avaliada em R$ 6 milhões, num dos bairros mais caros de Brasília.
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) também é investigado pelo Ministério Público, desde julho de 2019, por prática semelhante e pela contratação de funcionários fantasmas em seu gabinete na Câmara Municipal. A apuração corre em segredo de Justiça.
Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) está na mira de inquérito que apura organização criminosa digital no âmbito das fake news, em andamento no STF. Em novembro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) arquivou uma apuração preliminar aberta sobre o uso de R$ 150 mil em espécie na compra de imóveis pelo deputado. Em fevereiro de 2011, época em que ainda não tinha mandato, ele adquiriu um apartamento em Copacabana por R$ 160 mil — pagou R$ 110 mil com um cheque administrativo e o restante em espécie. Em dezembro de 2016, já como parlamentar, comprou um apartamento em Botafogo por R$ 1 milhão: deu um sinal de R$ 81 mil e pagou R$ 100 mil em espécie. O restante seria quitado por meio de financiamento imobiliário.
Por sua vez, Jair Renan Bolsonaro é alvo de um inquérito da Polícia Federal que apura tráfico de influência e lavagem de dinheiro. A investigação é sobre o suposto pagamento de propina por empresários com interesses na administração pública. O inquérito aponta que o filho 04 do presidente é associado com outras pessoas “no recebimento de vantagens de empresários com interesses, vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade”. “O núcleo empresarial apresenta cerne em conglomerado minerário/agropecuário, empresa de publicidade e outros empresários”, destaca o documento.
As suspeitas envolvem o uso da empresa de eventos de Jair Renan, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, para promover articulações entre a Gramazini Granitos e a Mármores Thomazini, grupo que atua nos setores de mineração e construção, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
Segundo a PF, o grupo empresarial tem interesses junto ao governo e presenteou, em setembro de 2020, Jair Renan e o empresário Allan Lucena, um dos parceiros comerciais do filho do presidente, com um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil. Um mês depois, representantes das empresas se reuniram com Rogério Marinho.
O depoimento de Jair Renan estava marcado para 17 de dezembro, mas ele não compareceu. Uma nova data deve ser agendada. Todos os filhos de Bolsonaro negam as acusações.
Em uma demonstração do que pode vir a ocorrer na campanha, o presidente se irritou e abandonou uma entrevista ao programa Pânico, da TV Jovem Pan News, quando foi questionado pelo humorista André Marinho se “rachador teria de ir para cadeia”.
Especialistas veem impacto na campanha à reeleição
Para André César, cientista político da Hold Assessoria, a situação dos filhos do presidente Jair Bolsonaro é uma controvérsia permanente para o governo e terá impacto nas eleições deste ano. “Isso vai ser muito frisado ao longo da campanha. Bolsonaro, em 2018, se apresentou como uma novidade, agora, não é mais. Ele vai ser cobrado, e uma das mais fortes cobranças será nessas relações, no mínimo, polêmicas entre o Planalto e os filhos do presidente”, destaca.
Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção
Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.
Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00
Ontem foi um festival de manobras e interesses não confessáveis nesse país. Enquanto Flávio Bolsonaro gargalhava comemorando a impunidade do clã, de frente para as câmeras, afrontando as instituições da República, Dallagnol comemorava a derrota da PEC 5 que tinha como objetivo não permitir que procuradores como ele tivessem papel decisivo na eleição de toda a família Bolsonaro.
Tudo isso aconteceu de forma simultânea, cada um gargalhava sua vitória contra o próprio país.
Mas eles não estavam sós, as redações da Globo tanto gargalharam junto com Flávio quanto com Dallagnol, numa triangulação daquilo que se chama de déjà vu.
Essa trinca esteve junto para eleger o monstro que acabou com a vida de mais de 600 mil brasileiros por covid e que está na lista dos piores crápulas da humanidade nos jornais, revistas e telejornais de todo o planeta, menos no Brasil.
Em última análise, o que se viu ontem foi esse rearranjo que provocou gargalhadas efusivas nesses três sócios que levaram o Brasil a esse estado de coisas. Isso é o flagrante e concreto resultado de um sistema que organiza a mídia e as instituições do Estado em formato de canaleta para que todas as instituições concentrem seus esforços para escoar serviços e recursos para a classe economicamente dominante.
Não existe acaso no fato de o país ser o maior produtor de proteína animal do mundo e um dos maiores produtores de alimentos ter mais de 20 milhões de miseráveis sobrevivendo até então de uma fome absolutamente desumana.
Soma-se a isso a insegurança alimentar que atinge 55% da população brasileira.
Isso não é obra de um pensamento liberal que é, por natureza, perverso e que tem como mantra uma sociedade que vive sob a batuta de um capitalismo concorrencial.
Um sistema como esse leva tempo para ser construído. Para se criar um paraíso para poucos e um inferno para muitos, tem que haver uma diversidade de planos e uma perfeita unidade entre os que vão construir seus paraísos em paralelo à construção do inferno do povo.
Somente assim entenderemos o que representa o momento porque passa o Brasil. Não se pode imaginar que deputados, que se declaram de esquerda ou progressistas, banquem os ingênuos e somem vozes com essa trinca que constrói essa canaleta.
O bom-mocismo de gente da esquerda, muitas vezes desemboca num nonsense como este, o de abrigar os piores bandidos desse país no coração de seus parlamentares.
Enquanto isso, o Brasil vai se consolidando no mundo como um velho e arcaico fazendão em que as indústrias vão se transformando em ferro retorcido e os novos coronéis do campo e do asfalto vão dando as cartas, não se importando com o país e, muito menos com o povo.
Por isso, podem fazer a equação que fizerem, utilizar a retórica com todos os palavrórios possíveis que, ao fim e ao cabo, as águas correrão sempre para o lado da horta dos endinheirados, dos milionários, dos doutores do grande capital.
Sem o menor medo de errar, afirmamos que, em última análise, a derrota da PEC 5 foi a derrota do povo e a vitória da corrupção institucionalizada.
Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção
Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.
Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00