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Opinião

Em ataque canalha a Boulos, Folha dá aula de fascismo

Uma das piores formas de instrumentalizar a sociedade é aquela que executa sumariamente quem a mídia trata como inimigo pessoal. Assim, impõe sua influência especificamente as classes médias.

Ou seja, escrevem textos quase à capela através de um pensamento rigorosamente tirado do estatuto do fascismo.

Num primeiro momento, tratam todos como iguais para dar uma falsa ideia de isonomia, mas tudo não passa de técnica de persuasão orquestrada, já que, lentamente, vão se modificando, censurando, atacando com pequenas elevações de tom todos os dias.

O que a Folha fez com Boulos hoje foi mais do que partidarizar a história, tratando-o como um bandido repleto de crimes quando, na verdade, o objetivo é a criminalização do MTST, através de Boulos, sem apresentar qualquer comparação entre as duas realidades que gritam em São Paulo, a primeira, todos costumam dizer que é a locomotiva do capitalismo brasileiro e, por isso, a cidade mais rica e potente da América Latina.

No entanto, numa brutal contradição, faz de conta que não sabe que é também a cidade com a maior quantidade de moradores de rua e miseráveis, dividindo espaço, muitas vezes através das formas mais vis, no sentido desumano, na mesma metrópole que se encontra a fina flor da reacionária elite brasileira, a chamada Faria Lima.

Mas canalha e fascista como é, mostrando que quer Boulos longe da prefeitura de São Paulo, por ter liderado o movimento e suas ações, a Folha faz seu jogo baixo, o que já pratica há décadas a fio, que é o fomento ao ódio contra os mais pobres, tratando uma liderança séria como Boulos, como se fosse um bandido, só por ter lutado junto com os degradados, os segregados e os desvalidos.

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Política

Folha mente para defender privatização da Petrobrás, Caixa e BB em editorial de capa

Jornal da família Frias, que vem se alinhando a Bolsonaro e municiando novos atos golpistas, repete a ladainha neoliberal e mente descaradamente sobre a própria pesquisa Datafolha para pregar entrega do “trio de gigantes”

Escancarando seu alinhamento ao neofascismo ultraliberal, que no Brasil tem como representante Jair Bolsonaro e sua horda extremista, a Folha mentiu descaradamente sobre a própria pesquisa Datafolha para defender a privatização da Petrobrás, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal (CEF) em editorial publicado na capa da edição deste domingo (25) do jornal.

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Segundo a Forum, ao defender que o “trio de gigantes deve ser o próximo tabu a ser derrubado no bem-sucedido programa brasileiro de desestatização”, o jornal da família Frias diz que “o Datafolha mostrou, no ano passado, que as opiniões favoráveis a privatizações já realizadas ou em curso —da telefonia ao saneamento, de rodovias e aeroportos à energia— superam as contrárias”.

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Opinião

Globo, Folha e Estadão, ignoram o pior ataque terrorista de Israel contra o povo palestino. Fosse o contrário, isso estaria em gigantescas garrafais.

Globo, Folha e Estadão, ignoram o pior ataque terrorista de Israel contra o povo palestino. Fosse o contrário, isso estaria em gigantescas garrafais.

Qualquer um pode ver qual o nível de imparcialidade de nossa mídia industrial. É só ver a ausência de manchetes do massacre Gaza.

O extermínio promovido pelos sionistas em Gaza, simplesmente não é notícia na nossa mídia corporativa. Há um claro pacto de silêncio. Pior, ninguém liga porque sabe a mídia industrial brasileira.

O assunto sobre Gaza se limita a lateralidade e a superficialidade. Vidas humanas sendo destroçadas por atacado em bombardeios sistemáticos, sobretudo a de crianças e mulheres e nossa gloriosa mídia faz cara de paisagem. Não está acontecendo nada em Gaza.

O lobby sionista na mídia ocidental, gritante.
É praticamente uma reserva de mercado dos terroristas de Israel. Por isso, não se assustem em ver nas primeiras paginas desses jornalões, receitas de bolos e tortas, para não noticiarem Holocausto dos sionistas contra os palestinos

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Política

Veja os documentos que detalham os pagamentos milionários de Ricardo Nunes à Folha

Intercept Brasil – O ombudsman disse que nossa reportagem sobre as publis difarçadas de Ricardo Nunes na Folha não apresentava nada de concreto. Resolvemos mostrar para ele.

DESDE A ÚLTIMA SEXTA-FEIRA, dia 25, os publieditoriais da prefeitura de São Paulo na Folha de S.Paulo estão diferentes. As propagandas disfarçadas agora vêm com um aviso no final, alertando o leitor que elas “não têm relação com o conteúdo jornalístico” do veículo.

A mudança veio dois dias depois de o Intercept publicar uma reportagem que abriu a caixa-preta dos pagamentos da prefeitura de Ricardo Nunes ao jornal – o maior do Brasil e o principal a cobrir o estado e a cidade de São Paulo. Mostramos que, desde o ano passado, foram quase R$ 3 milhões despejados pela prefeitura de Ricardo Nunes na Folha por meio de um contrato com a agência de publicidade Propeg. Como resultado, só nos últimos dois meses, 61 artigos elogiosos à prefeitura foram publicados no jornal, inclusive com tuítes patrocinados.

O ombudsman do veículo, José Henrique Mariante, reconheceu o conflito em sua coluna de sábado. Ele afirmou que, um mês atrás, um leitor já havia avisado que não era possível distinguir o conteúdo pago pela prefeitura das demais reportagens do jornal. “Alertei a Redação de que não havia indicação clara sobre ser um produto patrocinado”, afirmou Mariante. A reportagem do Intercept fez a discussão voltar à tona.

Mas, segundo o ombudsman, a nossa matéria “faz inferências, mas não apresenta nada de concreto além, é claro, da falta de um marcador mais explícito de conteúdo não editorial”.

Só que não existe inferência nenhuma no nosso texto. Nossa afirmação foi baseada em documentos públicos – que, aliás, deveriam estar públicos há muito mais tempo, e só vieram à tona por causa da insistência do repórter Paulo Motoryn diante de sucessivas recusas da administração municipal em divulgá-los. Já que o ombudsman escreveu que “não há nada concreto”, nós publicamos os documentos na íntegra. Assim, qualquer um, inclusive ele, pode checar os detalhes dos pagamentos da prefeitura de Ricardo Nunes ao jornal.

Gastos-da-prefeitura-de-Ricardo-Nunes-com-a-Folha-de-S.Paulo_ (1)

Como se vê, foram 13 pagamentos à empresa Folha da Manhã S/A. Seis deles realizados no ano passado, totalizando R$ 448.064,44, e o restante neste ano, pré-eleitoral, com uma soma de R$ 2.275.858,21. Eles dizem respeito a serviços como “produção de conteúdo”, “inserção de projeto especial”, “matérias diárias no digital” e “página no impresso”.

Difícil ser mais concreto do que isso. É um jornal sendo pago por uma administração municipal para produzir textos elogiosos, disfarçados, em um ano pré-eleitoral. Não tem inferência.

Pagamentos-MWorks

E tem mais. Nesta terça-feira, o repórter Paulo Motoryn recebeu outro documento com detalhes sobre os pagamentos feitos por outra agência, a MWorks. Lá constam mais pagamentos à Folha: R$ 146.722,22 em “projeto especial”, “inserção de banners”, “branded pages” e “mídias de divulgação” em 2022. Neste ano, a MWorks ainda intermediou o pagamento de um anúncio relacionado à Virada Cultural no valor de R$ 213.750,00.

Como se vê, foram 13 pagamentos à empresa Folha da Manhã S/A. Seis deles realizados no ano passado, totalizando R$ 448.064,44, e o restante neste ano, pré-eleitoral, com uma soma de R$ 2.275.858,21. Eles dizem respeito a serviços como “produção de conteúdo”, “inserção de projeto especial”, “matérias diárias no digital” e “página no impresso”.

Difícil ser mais concreto do que isso. É um jornal sendo pago por uma administração municipal para produzir textos elogiosos, disfarçados, em um ano pré-eleitoral. Não tem inferência.

E tem mais. Nesta terça-feira, o repórter Paulo Motoryn recebeu outro documento com detalhes sobre os pagamentos feitos por outra agência, a MWorks. Lá constam mais pagamentos à Folha: R$ 146.722,22 em “projeto especial”, “inserção de banners”, “branded pages” e “mídias de divulgação” em 2022. Neste ano, a MWorks ainda intermediou o pagamento de um anúncio relacionado à Virada Cultural no valor de R$ 213.750,00.

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Opinião

Vídeo: Em nome da exploração do povo brasileiro, Folha e Estadão atacam Lula e são ridicularizados

Quando se pensa que já leu todos os absurdos vindos das tintas dos jornalões, Folha e Estadão mostram que, no quesito, passando vergonha alheia, o buraco não tem fundo.

Eles atacam Lula e afirmam que o povo brasileiro quer pagar os juros mais altos do mundo, os combustíveis dolarizados e a privatização de tudo.

Assista:

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Folha e seu antilulismo de plantão faz matéria com Zambelli, Mourão e Flávio Bolsonaro para tentar esconder a volta do Mais Médicos e o pagamento do Bolsa Família

A conta da grande mídia é simples, qualquer acontecimento positivo que beneficie o povo, as publicações são gerenciadas para determinado filtro. Em contrapartida, para defender os interesses dos amigos, sobretudo os da Faria Lima, a mesma mídia adiciona falsos destaques para manter um regime de cão de guarda dos interesses da elite, pois, sabendo que Lula, mais fortalecido na base da sociedade, ganha musculatura política para derrubar os juros do BC e desdolarizar o preço dos combustíveis.

Tudo o que os ricaços desse país não querem ouvir falar.

Quem está interessado em saber o que Flávio Bolsonaro acha disso ou daquilo? O que a sociedade brasileira quer é que todos do clã enfrentem um paredão judicial e sejam detonados rapidamente, tirados da vida pública e colocados na cadeia pelo incontável número de crimes de todas as formas.

E Carla Zambelli, quem se permite ler uma linha do que essa racista declarada fala, que atacou um homem negro, por ser negro, com uma arma em punho?

E Mourão, quanto valem as reflexões do general viagra, que passou quatro anos dentro da máquina bolsonarista literalmente vagabundeando?

Nenhum desses três vale centavo furado, seja do ponto de vista humano, ético, seja social. Mas dane-se! são todos produtos do genocida, responsável pela morte de 700 mil brasileiros por covid e quase dizimou o povo Yanomami.

A intenção dessa estratégia da direita nas redações é impedir que o governo Lula amplie a democracia social no Brasil e, consequentemente, ganhe impulso político que lhe permita combater a pilhagem diária dos acionistas da Petrobras e dos bancos a partir dos juros do Banco Central.

Por isso o destaque da folha hoje não é a possibilidade concreta do brasileiro ter uma vida mais digna com os R$ 670 em média, que o Bolsa Família pagará e a volta do Mais Médicos que assiste justamente as camadas mais pobres da população. O destaque do jornalão é Flávio Bolsonaro, isso mesmo, ninguém menos do que o primogênito do clã mais bandido da história política brasileira.

Tudo isso para tentar frear a popularidade de Lula com os programas sociais que não estão em lugar nenhum da página digital da Folha de São Paulo.

É preciso entender como a grande mídia trabalha pelo mercado em detrimento da população. E saber que nenhuma país chega a 33 milhões de miseráveis sem que a mídia ajude a vender ficção econômica que dá origem à tragédia humana que Bolsonaro produziu, com fome e miséria.

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O próximo da fila

Vendo a justiça punir Bretas, Moro pede colo para a mídia e a Folha dá.

Não há um sujeito mais desmoralizado nesse país do que Sergio Moro, para dizer o mínimo. Sua desmoralização foi carimbada na testa pelo próprio judiciário, ao dizer em sentença que Moro não só pode, como deve ser chamado de corrupto. Mas poderia ser carimbado em qualquer lugar até mais apropriado como o traseiro do ex-juiz herói da mídia brasileira.

Como Moro gosta de um vexame, mas também sabe que está a dois passos de ter o mesmo destino de Bretas, com risco, inclusive, de perder o mandato, por comandar, segundo o New York Times, o maior escândalo da história.

Moro, vendo que a chapa esquentou para Bretas, automaticamente morrerá afogado na mesma lagoa, ou seja, recorrer à imprensa e nada conseguir, virou o tatibitati de quem hoje é mais decadente do que Roger do “A gente somos inútil”.

Quem lê a entrevista de Moro na mídia, da primeira à última linha, não vê o menor sentido a não ser para afirmar que é o único lugar que ainda mantém um ritual de tratá-lo como herói, e não como o corrupto que a justiça diz ser.

Todas as sabotagens armadas por Moro contra o país, usando a justiça para agir politicamente, até hoje não foram claramente sentenciadas pela mídia, por motivos óbvios.

Então, quando Moro procura a Folha para cavar uma entrevista sem pé nem cabeça, o faz num ato de confissão de culpa, porque, vendo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) promover um saneamento no poder judiciário, sentenciando o juiz Marcelo Bretas, também conhecido como Moro Carioca, por sua atuação política parcial e manipuladora, sobretudo para beneficiar o seu afilhado político, Wilson Witzel, Moro sabe que é o próximo da fila a ser punido.

Espero eu que seja com cadeia.

Sim, porque, como disse Leonardo Boff, Moro precisa de uma punição severa da justiça pelas iniquidades que praticou como juiz corrupto.

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Opinião

Folha lança bola de cristal às vésperas do 3º mandato do presidente eleito

Ninguém esperava nada diferente do editorial hiperbólico da Folha. O que espanta é a linha de procedimento, utilizando a celeste mediunidade premonitória.

Ou seja, o Brasil voltou, mas a antilulista Folha de São Paulo, também e, junto, uma gigantesca bola de cristal num apelo desrespeitoso com o próprio leitor, porque não trata de fatos concretos, mas de uma toada viciada e banal a partir de uma literatura do deixa que eu chuto, com pensamentos embolados, com um catálogo cheio de clichês e refrãos pra lá de puídos.

O importante é fuzilar o governo Lula ainda na pista para que não alce voo. O leitor, que se dane com a solução que a Folha encontrou para defender os interesses do mercado, do qual ela é parte e, portanto, panfleto do próprio.

Por isso o ataque da Folha a Lula não surpreende ninguém, já a metodologia, não tem graça comentar.

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Editorial da Folha contra Lula é claro, entre banqueiros e miseráveis, a Folha fica com a agiotagem

Para a Folha, o morticínio de quase 700 mil brasileiros, promovido pelo governo Bolsonaro durante a pandemia do Covid, não significa nada, contanto que o rentismo, ou seja, a própria mídia de banco, da qual a Folha é parte, veja seus rendimentos serem hidratados com o suor do povo.

Lógico que o editorial deste domingo é contra os pobres e a favor dos ricos, como sempre foi a posição da mídia industrial no Brasil, que opera na base do, é perdendo que se ganha, é passando fome que se vence, é sendo explorado que se prospera.

O problema é que é muito mais fácil atacar um político como Lula do que atacar o alvo, que são os pobres.

O editorial da Folha de S. Paulo poderia ser menos patético para não parecer mais ridículo do que é. Na verdade, deveria ser “farinha pouca, meu porão primeiro”, para escancarar logo esse câncer editorialista que a mídia de banco opera nesse país. Abraçar logo o genocida e pendurar no prédio de quem apoiou a ditadura armamento pesado a imbecis fascistas que pensam no mundo a partir dos olhos da própria Folha.

Não sei como alguém, que está numa das maiores metrópoles do mundo, com milhares de pessoas vivendo em condição de rua, pode querer ainda utilizar de manipulação barata para impor goela abaixo a reeleição de Bolsonaro para garantir a tranquilidade dos seus donos.

O rentismo é a base dos lucros líquidos que os proprietários da Folha contam para acumular, mas poderiam ter uma atitude mais digna na hora de defender suas preferências políticas, assinando um manifesto em favor de um genocida que jogou 33 milhões de brasileiros na miséria, devolvendo país no mapa da fome, um número recorde de milhões de brasileiros vivendo de bicos e recebendo menos que um salário mínimo para que os banqueiros, rentistas e grandes empresários possam extrair o sangue dos trabalhadores brasileiros, incluindo os precarizados, para inchar cada vez mais os cofres dessa classe dominante para a qual, há cem anos, o grande paulista, Mário de Andrade, dedicou o poema Ode ao Burguês na primeira Semana de Arte moderna, permitindo que os brasileiros vissem com olhos bem atentos o que é a oligarquia desse país, da qual os donos da Folha de São Paulo são parte, assim como toda a mídia industrial engajada na reeleição de Bolsonaro.

Ode ao burguês

Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! O homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!

Eu insulto as aristocracias cautelosas!
Os barões lampiões! os condes Joões! os duques zurros!
que vivem dentro de muros sem pulos;
e gemem sangues de alguns mil-réis fracos
para dizerem que as filhas da senhora falam o francês
e tocam os Printemps com as unhas!

Eu insulto o burguês-funesto!
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!
Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!
Fará Sol? Choverá? Arlequinal!
Mas à chuva dos rosais
o èxtase fará sempre Sol!

Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais!
Morte ao burguês-mensal!
ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi!
Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano!
“– Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
– Um colar… – Conto e quinhentos!!!
Mas nós morremos de fome!”

Come! Come-te a ti mesmo, oh gelatina pasma!
Oh! purée de batatas morais!
Oh! cabelos nas ventas! oh! carecas!
Ódio aos temperamentos regulares!
Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia!
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados!
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,
sempiternamente as mesmices convencionais!
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!
Dois a dois! Primeira posição! Marcha!
Todos para a Central do meu rancor inebriante
Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!

Fora! Fu! Fora o bom burguês!…

De Paulicéia desvairada (1922)
Mário de Andrade

*Desenho em destaque: Latuff

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Manchete canalha da Folha, comparando Dilma a Bolsonaro, é que fez emergir o monstro da lagoa

Quem produziu o ódio que alimentou a serpente do fascismo no Brasil, foi a mídia. Acho que muitos brasileiros estão ligados a esse grau de consciência.

A mídia brasileira, absolutamente capturada pelos interesses do grande capital vadio, nacional e internacional, até porque hoje ela é parte dele, não consegue ter o mínimo de imaginação que ao menos tire a carga pesada que carrega pelo apoio ao golpe militar e pelo apoio ao golpe em Dilma, além da prisão sem provas de crime de Lula, para nos devolver ao governo militarizado de um capitão expulso das Forças Armadas por ameaça de ato de terrorista contra os próprios quartéis.

Se pelo menos as críticas da mídia brasileira não se baseassem apenas em preconceitos, mas em algo palpável em que as pessoas tratariam de debater pensamentos, sistemas e filosofias econômicas, na busca por aperfeiçoar a nossa própria civilização, teríamos algo salutar ou a garantia de um debate franco e não isso que vemos, que busca garantir privilégios para uma classe dominante useira e vezeira da mídia nacional para servir como porta-voz mal disfarçado dos seus interesses.

Dar peso e medida a Bolsonaro de igual monta à Dilma, é aplaudir, junto com Bolsonaro, o torturador e assassino, Brilhante Ustra, a quem Bolsonaro homenageou no dia em que votou pelo golpe em Dilma que assombrou o planeta.

Mas parece que a mediocridade provinciana da Folha de São Paulo, que constantemente se choca com a realidade do mundo, apesar de arrotar modernidade global, respalda-se na ideia de que a abstração é o melhor caminho de quem não pode de fato debater certos discursos, porque são louças quebráveis em que determinados assuntos se transformam em algo absolutamente proibitivo.

A solução, nesse caso, é jogar baixo, pior, chamando seus leitores de inferiores, do ponto de vista intelectual, quando quer construir uma situação em que a política econômica de Bolsonaro corresponde à de Dilma, sem querer discutir o todo da questão, apenas uma suposta insegurança das forças econômicas que acham que estão acima da sociedade, pior, se acham a parte da sociedade que manda.

O resultado não poderia ser mais desastroso e, na tentativa de se escamotear da culpa de ter ajudado a fazer o monstro da ditadura emergir da lagoa, em pleno século XXI, a Folha busca uma comparação canalha para defender o que ela sempre defende, uma democracia de mercado, em que o que é central é o mercado e não os brasileiros pobres, que eram protegidos pelo governo Dilma e que, agora, são massacrados por Bolsonaro.

Não, a mídia não vai começar um debate pelos feitos de um e de outro, ela precisa balizar por baixo, de forma rasteira tal debate, aonde o povo é literalmente residual, para colocar tintas fortes nos interesses de banqueiros e rentistas dos quais, como dissemos, ela é parte.

*Arte em destaque: Latuf 2012

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