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França deve se juntar ao BRICS após mudança de liderança, diz ex-eurodeputado

A França, tradicionalmente a favor da multipolaridade na política externa, deve se juntar ao BRICS. Uma mudança de liderança em Paris tornaria teoricamente possível a entrada da França nesse bloco, disse à Sputnik o ex-deputado francês do Parlamento Europeu e analista político Aymeric Chauprade.

Em uma conversa às margens do Fórum Econômico do Oriente, ele observou que a ideia de a França se juntar ao grupo BRICS pode parecer estranha à primeira vista, mas a política externa de seu país tradicionalmente é a favor da multipolaridade.

Entretanto, após a presidência de Jacques Chirac (1995–2007), essa tradição se perdeu e Paris começou a seguir a linha americana no cenário mundial, acrescentou Chauprade.

“A adesão ao BRICS é um retorno à nossa política natural. Portanto, é absolutamente natural, não é estranho. E é realista porque a França não é apenas um país europeu. Territorialmente, é uma potência global. Temos territórios no Pacífico, no Caribe, em muitos lugares. Temos a segunda maior zona marítima do mundo. Participamos do Fórum do Oceano Índico [associação de cooperação regional dos países do Oceano Índico], em muitos fóruns regionais, portanto é lógico pertencer a esse Sul Global, como dizemos, ao BRICS”, disse Chauprade.

Em sua opinião, para ingressar no BRICS, a França precisa primeiro mudar sua liderança política e depois enviar o respectivo pedido à associação.
O especialista apontou que cabe ao BRICS aceitar o país ou não, mas a França é um Estado importante no cenário mundial, pois “poderia mudar completamente o cenário mundial e aumentar a possibilidade de um mundo realmente multipolar”.

A Rússia assumiu a presidência do BRICS em 1º de janeiro deste ano. Nessa data, além da Rússia, Brasil, Índia, China e África do Sul, entraram no bloco os novos países-membros: o Egito, a Etiópia, o Irã, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita.
Em junho, o primeiro-ministro da Malásia Anwar bin Ibrahim confirmou a Lula da Silva a intenção da Malásia de participar do BRICS.

No dia 20 de agosto, o Azerbaijão solicitou oficialmente sua adesão ao BRICS.

Recentemente, o assessor presidencial russo Yuri Ushakov confirmou que a Turquia havia se candidatado a membro pleno do BRICS e que o pedido está sendo analisado.

*Sputnik

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Mundo

A Nova Frente Popular (Centro-Esquerda) é a vencedora na França

Macron agora terá que conter os radicais do seu grupo e se unir à Nova Frente Popular, não há outro caminho.

Uma Nova Frente Popular surge para enfrentar o Fascismo na França,

Era óbvio que a Extrema-direita teria maior percentual no primeiro turno, mas a tática da Nova Frente Popular (A France Insoumise (França Insubmissa), o Parti Socialiste (Partido Socialista), o Parti Communiste (Partido Comunista) e Les Écologistes (Os Ecologistas), se ajustou muito bem para o momento e se constituiu o verdadeiro polo de resistência ao fascismo, os números nacionais confirmam o excelente desempenho.

A tática suicida de Macron o levou à derrota, sem nenhuma necessidade, após as eleições para o Parlamento Europeu, ele convocou eleições nacionais, para o parlamento em que ele tinha maioria, poderia ficar até as próximas eleições e aguentar a extrema-direita, preferiu o tudo ou nada, perdeu feio, mas abriu um leque à esquerda muito interessante.

Percebo que estamos olhando apenas para um lado, a “vitória”(mais do esperada) da extrema-direita, sem entender, primeiro que quem foi derrotado foi o Macron, seu conservadorismo não se sustenta na direita. É o caso do PSDB, que foi engolido pelo bolsonarismo.

Macron não é o interlocutor da defesa da Democracia, como parecia e dependendo dos resultados do segundo turno, será o responsável por entregar à extrema-direita o comando do país, agora terá que conter os radicais do seu grupo e se unir à Nova Frente Popular, não há outro caminho.

Em rápidas palavras, a derrota de Macron se ao agravamento da crise econômica, o fracasso da guerra da Ucrânia e a incapacidade de lidar com a imigração, o que levou a extrema-direita a “comer” a direita do Macron, por um lado e a centro-esquerda, pelo outro.

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Lula convida Reino Unido, França e Suíça para se juntarem ao Fundo Amazônia

Reuters – Assessores do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, estão conversando com Reino Unido, Suíça e França, em busca de doações para o Fundo Amazônia, que visa obter recursos internacionais para proteger a floresta, algo fundamental na luta contra a mudança climática, disse um assessor de Lula.

A embaixada britânica disse que seu governo estuda o convite para ingressar no Fundo Amazônia, que já conta com cerca de 3 bilhões de reais.

O fundo, lançado durante o primeiro governo de Lula, de 2003 a 2010, financiou projetos de conservação e conta com a Noruega e a Alemanha como seus maiores doadores.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) congelou o fundo, citando irregularidades de gastos não especificadas entre projetos apoiados e executados por organizações não-governamentais, sem fornecer evidências.

Proteger a Amazônia, que absorve grandes quantidades de gases de efeito estufa que aquecem o planeta, faz parte do plano amplo de Lula para que o Brasil recupere a liderança na luta contra a mudança climática.

Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente de Lula e atual conselheira do presidente eleito sobre mudança climática, disse à Reuters que se reuniu com autoridades norueguesas e alemãs na segunda-feira para discutir o reinício do fundo.

O ministro do Meio Ambiente da Noruega, Espen Barth Eide, disse em uma cúpula climática da Organização das Nações Unidas no Egito neste mês que espera que o fundo seja reiniciado “logo após 1º de janeiro”, quando Lula toma posse.

Teixeira confirmou que Reino Unido, França e Suíça manifestaram interesse no fundo, o que foi noticiado pela primeira vez pela Folha de S.Paulo.

A ex-ministra disse que almoçou com o embaixador britânico no Brasil e com o chefe do Departamento de Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais do Reino Unido (Defra) para tratar de uma nova cooperação bilateral, inclusive sobre o Fundo Amazônia.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, deve visitar o Brasil no primeiro semestre de 2023 para discutir uma possível cooperação antes que seu país tome uma decisão final sobre ingressar no fundo, disse ela.

A embaixada britânica disse que seus ministros do Clima e Meio Ambiente foram abordados pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e pelo governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), na cúpula do clima COP27 no Egito para discutir possíveis doações para o fundo.

As embaixadas suíça e francesa não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

O desmatamento da Amazônia atingiu o maior nível em 15 anos sob o governo Bolsonaro, que reverteu as proteções ambientais e defendeu mais agricultura e mineração na região amazônica.

Lula prometeu eliminar o desmatamento usando todas as ferramentas à sua disposição, prometendo mais dinheiro e funcionários para fazer cumprir as leis ambientais.

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Imprensa internacional destaca orçamento secreto, ataque às urnas e fake news bolsonaristas na reta final da eleição

As práticas bolsonaristas na campanha ganharam espaço em jornais dos Estados Unidos, Argentina, Espanha e França.

Nesta reta final de segundo turno da eleição presidencial no Brasil, a imprensa internacional tem destacado temas já amplamente debatidos internamente, como o orçamento secreto, os ataques às urnas eletrônicas e as fake news bolsonaristas.

A maioria das manchetes estrangeiras abordam as ameaças de Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral. O ex-presidente Lula (PT) é o favorito para vencer o pleito, segundo pesquisas eleitorais.

“The Guardian”, Reino Unido

O periódico britânico afirmou que o orçamento secreto de Jair Bolsonaro (PL) para cooptar apoio no Congresso Nacional pode favorecê-lo no domingo (30), data em que os brasileiros comparecerão às urnas para votar no segundo turno.

O jornal afirma que Bolsonaro ainda é competitivo por causa da verba que utiliza para ‘comprar pessoas’. “Quando os historiadores escreverem livros a respeito de por que tantos brasileiros votaram para a extrema direita, eles vão, justificadamente, focar em temas ideológicos, políticos e sociais. Mas há outra razão importante pela qual o presidente Jair Bolsonaro ainda é competitivo à medida que o segundo turno se aproxima: ele está distribuindo bilhões de um fundo para ‘comprar’ pessoas. O fundo é conhecido como ‘orçamento secreto’ porque não há supervisão da aplicação do dinheiro depois que é entregue aos legisladores”.

“The New York Times”, EUA

O jornal estadunidense focou nos ataques que Bolsonaro – sem provas – tem feito ao sistema eleitoral brasileiro desde antes do início da campanha eleitoral.

A reportagem lista acusações de Bolsonaro em seguida esclarece: “essas alegações são falsas, de acordo com autoridades eleitorais do Brasil, agências de verificação de fatos e especialistas independentes em segurança eleitoral que estudaram o sistema de votação eletrônica do país”.

Segundo o NYT, a campanha de Bolsonaro contra as urnas “torpedeou a fé de milhões de brasileiros nas eleições que sustentam uma das maiores democracias do mundo”.

“El País”, Espanha

O jornal espanhol publicou reportagem também falando sobre os ataques de Bolsonaro à Justiça Eleitoral e destacando o crescimento de denúncias de assédio eleitoral, inclusive por parte de empregadores. “As denúncias registradas, 1.633 até agora na campanha, cresceram 670% em relação às eleições de 2018, segundo dados do Ministério Público até o meio-dia desta quarta-feira. O número de empresas processadas também é doze vezes maior do que há quatro anos”.

“Libération”, França

O periódico francês foi mais um a tratar das acusações de Bolsonaro contra a Justiça Eleitoral, pontuando o trabalho do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para combater as fake news espalhadas nas redes. “Antes do segundo turno, em 30 de outubro, o tribunal eleitoral busca limitar a disseminação de notícias falsas e difamação nas redes sociais. Um exercício praticado mais por apoiadores de Bolsonaro do que por apoiadores de Lula”

“Clarín”, Argentina

No jornal argentino ganhou destaque a possibilidade de Bolsonaro, junto de seus apoiadores, tentar um golpe em caso de derrota para Lula. Segundo o jornal, os brasileiros temem que o chefe do governo federal tente aplicar no país “experiências tumultuosas” como as que ocorreram nos Estados Unidos na última eleição presidencial, quando Donald Trump foi derrotado por Joe Biden.

“La Nación”, Argentina

O La Nación também abordou a possibilidade de um golpe bolsonarista, além das fake news a respeito de países latino-americanos.

*Com 247

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Neste sábado, São Paulo recebe Lula, Alckmin, Haddad e França em ‘Ato pela Democracia’

Ex-presidente volta ao grande palco da luta pelas “Diretas Já”, que em 1984 levou milhares ao centro de São Paulo para pedir o fim da ditadura. Comício marca também lançamento de candidaturas progressistas.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realiza em São Paulo o segundo grande comício da coligação Vamos Juntos Pelo Brasil, após o lançamento oficial de sua campanha ao Palácio do Planalto. Acompanhado do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice-presidente na chapa, o petista estará no Ato pela Democracia neste sábado (20), a partir das 11h, no Vale do Anhangabaú, no centro da capital. No evento estarão também o candidato a governador, Fernando Haddad (PT), e Márcio França (PSB), candidato da chapa paulista ao Senado.

O local foi escolhido pela campanha de Lula pelo componente simbólico. Em abril de 1984, mais de 1 milhão de pessoas, incluindo o ex-presidente, ocuparam o Vale do Anhangabaú para o comício do movimento Diretas Já, que cobrava o fim da ditadura civil-militar e a volta das eleições diretas para presidente. De acordo com a equipe do petista, o objetivo é formar uma espécie de “Novas Diretas” em ato também em defesa da democracia brasileira.

A concentração para o comício da frente Vamos Juntos pelo Brasil começa às 8h. Lideranças e candidatos de outros partidos que apoiam a chapa Lula/Alckmin também estarão presentes. Entre eles, o pré-candidato a deputado federal Guilherme Boulos (Psol) que anunciou ainda na semana passada que participaria do comício. O ex-senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) também marcará presença no evento político. Embora ex-ministro de Relações Exteriores no governo de Michel Temer (MDB), ele disse apoiar o terceiro mandato do petista como presidente.

Convocação de Lula

“Acho importante a vitória do Lula, não apenas para derrotar (Jair) Bolsonaro, cujo governo eu considero um desastre de todos os pontos de vista, mas também porque precisamos de um presidente mais sensível ao grande drama da desigualdade do país”, afirmou o tucano à coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.

A expectativa da campanha do PT é que o ato amanhã seja ainda maior do que o comício realizado ontem (18) na Praça da Estação, em Belo Horizonte. A capital mineira é o segundo maior colégio eleitoral do país – são 16,3 milhões aptos a votar. De acordo com a pesquisa Datafolha, divulgada também ontem, o ex-presidente lidera a disputa em Minas, com 20 pontos percentuais à frente de Bolsonaro (49%, contra 29% do atual presidente).

“Vivemos um ato extraordinário ontem em Belo Horizonte na Praça da Estação. Há muito tempo que eu não via um ato com tanta gente, com tanta emoção, alegria e vontade de participar. Amanhã é o lançamento oficial da candidatura de Haddad em São Paulo, candidatura de Márcio França para o Senado e da minha candidatura para a Presidência com Alckmin como vice. Então é muito importante a gente ir no Vale do Anhangabaú”, destacou Lula em suas redes, no início da tarde desta sexta, acompanhado de sua companheira, a socióloga Rosângela Silva, a Janja.

*Com Rede Brasil Atual

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Pesquisa

Pesquisa Quaest: Haddad tem 30%, 3 vezes mais que Tarcísio, candidato de Bolsonaro

Mais um sinal de que a derrota de Bolsonaro está estabelecida, são os problemas que ele enfrenta para catapultar homens do seu espectro político. Ou seja, espetacularização não ganha jogo.

Parece importante observar os números da pesquisa para o governo de São Paulo, que tem 33 milhões eleitores, sendo, portando o maior colégio eleitoral do Brasil.

Enquanto Haddad ostenta 30% de intenção de votos, Tarcísio de Freitas, a quem Bolsonaro reservou um tratamento especial para lhe representar em São Paulo para polarizar com Haddad, tem três vezes menos votos.

E esse comedimento não é de agora, na verdade, reflete a atrofia que Bolsonaro vem sofrendo no estado, já que pesquisa recente mostra que Lula está 10 pontos à frente de Bolsonaro, arrastando com eles o resultado de seus desempenhos.

Segue abaixo a pesquisa:

O estudo mostra ainda que 39% disseram que votariam em Haddad apoiado por Lula. Sem França, o petista vai a 37%.

Pesquisa Quaest/Genial divulgada na madrugada desta quinta-feira (12) mostra que Fernando Haddad (PT) segue liderando a disputa para o governo de São Paulo com 30% das intenções de votos. Em seguida vem Márcio França (PSB) com 17%. Os dois ainda negociam uma “improvável, mas possível” – segundo o petista – aliança para o primeiro turno da disputa.

Candidato de Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) está em terceiro com 10%, seguido do atual governador Rodrigo Garcia (PSDB), que tem 5%.

Os demais pré-candidatos – Felício Ramuth (PSD), Gabriel Colombo (PCB), Vinicius Poit (Novo), Altino Junior (PSTU), Elvis Cezar (PDT) e Abraham Weintraub (PMB) – registraram 1% cada um e os indecisos somam 14% na pesquisa estimulada.

Na espontânea tanto Haddad quanto França são citados por 5% dos entrevistados. A pesquisa mostra ainda que 39% disseram que votariam em Haddad apoiado por Lula, enquanto 28% fariam o mesmo em Tarcísio apoiado por Bolsonaro.

Sem França, Haddad sobe 7 pontos

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Mundo

Após ameaça nuclear, países da Europa fecham espaço aéreo para Rússia

Canadá, Espanha, Itália, França e Portugal fecham tráfego aéreo para voos da Rússia. Putin mandou colocar forças nucleares em “alerta”.

O mundo ficou em alerta após o presidente russo, Vladimir Putin, acionar forças nucleares contra a Ucrânia. Uma das primeiras reações foi o fechamento do espaço aéreo para voos da Rússia em países da Europa e da América.

Putin reuniu-se, neste domingo (27/2), com o ministro da Defesa, Serguei Choigu, e do Estado Maior, Dmitry Yuryevich Grigorenko, no Kremlin. No encontro, o mandatário ordenou que os ministros colocassem as forças nucleares em “regime especial de alerta”, conforme informado pela agência de notícias russa Tass.

Poucas horas depois, Canadá, Espanha, Itália, França e Portugal fecham tráfego aéreo às empresas de aviação da Rússia.

A União Europeia tomou a mesma medida. Aviões oficiais, comerciais e jatos particulares foram banidos nos 27 países-membros do grupo, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em pronunciamento ao vivo transmitido de Bruxelas.

Os países se juntam ao Reino Unido, Bulgária, Polônia, República Tcheca e Romênia que já haviam tomado essa decisão ao longo dos últimos dias.

Os Estados Unidos também têm restrições. A recomendação é que os pilotos evitem “todo o país da Ucrânia, todo o país de Belarus e uma parte ocidental da Rússia”.

A Estônia, a Letônia e a Lituânia decidiram fechar seu espaço aéreo para os aviões russos, mas o anúncio oficial ainda não foi feito.

*Com Metrópoles

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Cotidiano

Vídeo: Cidades de São Paulo são engolidas por tempestade de poeira

Os moradores da cidade de Franca, na região nordeste do estado de São Paulo, presenciaram um fenômeno sinistro e assustador por volta das 17h deste domingo (26). Uma gigantesca e espessa nuvem de poeira avermelhada surgiu no horizonte e ‘engoliu’ o município, deixando tudo escuro por alguns momentos. Foi como se anoitecesse repentinamente.

Semelhante a uma tempestade de areia comum em regiões desérticas, ainda não foi possível confirmar com meteorologistas e autoridades científicas o que exatamente ocorreu na cidade de quase 360 mil habitantes. O fato é que a imensa nuvem de poeira antecedeu a chegada de uma chuva forte.

De acordo com moradores que presenciaram o surgimento do imenso bloco de poeira que tomou tudo na região, por volta das 17h foi possível notar uma estranha formação no horizonte. Minutos depois, com fortes ventos, a poeira vermelha invadiu a cidade, cobrindo tudo e provocando desespero em algumas pessoas.

O mesmo aconteceu com a cidade de Ribeirão Preto, como mostra o vídeo abaixo;

Veja o vídeo e as fotos impressionantes do fenômeno:

*Com informações da Forum

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Política

Vídeo: França explode em protestos contra policiais racistas

FRANÇA explode em protestos contra a #LoiSecuriteGlobale de @EmmanuelMacron e em resposta à brutal agressão da polícia sobre o produtor musical negro Michel Zecler.

Organizações que convocaram os protestos afirmam que ‘projeto de lei pretende restringir a liberdade de imprensa, a liberdade de informar e de ser informado, a liberdade de expressão, as liberdades públicas fundamentais de nossa República.

Milhares de franceses protestam neste sábado (28) nas ruas do país contra um projeto de lei sobre segurança, considerado uma mordaça por seus críticos, em um país impactado por um novo caso de violência policial que deixou o governo em uma situação difícil.

Assista:

https://twitter.com/NiEstatNiRey/status/1332702265409409024?s=20

*Da redação

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Matéria Opinião

Por que é necessário questionar a versão dominante de “acidente” sobre a explosão no Líbano?

A tragédia em Beirute no Líbano marcou esta primeira semana de Agosto em um ano já marcado por uma série de fatos insólitos de enorme gravidade como a pandemia do novo Coronavírus, a crise financeira global e o acirramento do conflito EUA x China.

Entretanto, em que pese o fato do problema no Líbano ser um fato lamentável por si só, um fato crucial precisa ser problematizado e pegou até mesmo analistas de renome de “calças curtas”. É comum na pressa analisar determinados fatos sem levar em consideração categorias de análise fundamentais como as questões do poder de difusão de informações e de apropriação dos fatos.

No mesmo dia do incidente, em vários círculos de análise política (tanto a da grande Imprensa monopolista quanto na chamada “Blogosfera” independente) houve uma pressa curiosa em concluir que a explosão em Beirute se tratava de um “desígnio divino”, ou seja, um azar muito grande que se abatia sobre os libaneses.

Esta postura chamou a atenção porque em que pese o fato de não haver uma investigação ainda minuciosa dos acontecimentos, as imagens da explosão não se encaixam no perfil de uma explosão convencional. Por mais que um acidente com nitrato de amônia seja um risco verificado em outras partes do Mundo – inclusive no Brasil – a explosão no porto de Beirute teve características muito próprias que suscitam no mínimo questionamentos diversos. Além do mais, o fato da explosão ter ocorrido no Líbano cria certamente um ar de suspense porque afinal de contas estamos nos referindo a uma região em disputa no coração do mar Mediterrâneo em um país vizinho da Síria e imbricado diretamente no conflito de interesses de superpotências globais. Se a explosão tivesse ocorrido na Samoa Americana ou na Polinésia francesa, sem querer desmerecer os habitantes destas ilhas do Pacífico, a linha de investigação poderia não suscitar tanta polêmica assim. Mas não é exatamente isso que quero retratar aqui e sim o problema da apropriação do fato e sua difusão.

Duvidar das versões dominantes é papel constante dos núcleos progressistas. O motivo de se valorizar a criticidade é simples: quem controla os instrumentos de comunicação de massas consegue subordinar todo o hall das coberturas posteriores em uma voz unificada, ou seja, o fenômeno do monopólio da informação. Cerca de 1 hora e meia após a explosão, já circulava nas principais redes de notícias do Mundo a tese de “acidente” ou “obra do destino”, um “azar” muito grande recaiu sobre Beirute, “rezemos todos pelos libaneses”, ou seja, a coisa já ganhava até tons místico-religiosos. Entretanto, para bons analistas, a leitura sentimental de natureza religiosa não costuma satisfazer – em especial se temos em mente os fatos históricos na mão. Como historiador, sei a importância desta Ciência para a leitura do presente. Em suma, o discurso preponderante sobre a explosão em Beirute foi tomado de um frenesi pouco contextualizado, em especial se tratarmos dos fatos que ocorrem no Mundo de 2008 pra cá (para usarmos uma prazo analítico menor). Eu me pergunto quem consegue tirar um diagnóstico de “azar do destino” menos de duas horas após o evento sem que uma investigação ocorra? Entenda que todo o conjunto de informações que se seguiram caminharam nesta direção como principal vetor de investigação. Por que devemos ser obrigados a acreditar? Até mesmo o Lejeune Mirhan, conhecidíssimo professor e analista dos temas árabes no Brasil e que se coloca no campo dos analistas críticos aderiu com extrema facilidade o discurso de acidente no mesmo dia do evento (na mesma noite). Sua alegação partia da observação da própria imprensa do Hezbollah que não se manifestou em torno de questionar a natureza da explosão nas primeiras horas.

Ora, nada surpreendente! O próprio Lejeune faz questão de mencionar que o Hezbollah não costuma provocar ninguém, apenas reage e se protege em casos necessários, ou seja, mesmo um grupo considerado pelos ocidentais radical se coloca na defensiva na cobertura das informações. Isso entretanto não quer dizer muita coisa porque a análise da Geopolítica independe do Hezbollah. O Hezbollah por exemplo não previu em sua imprensa o despertar da Revolução colorida em 2011 na vizinha Síria e que culminou numa das mais brutais guerras do Oriente Médio em anos recentes.

Uma coisa que as esquerdas precisam compreender, sobretudo as reformistas é que desqualificar interpretações críticas e taxá-las de teorias “mirabolantes da conspiração” é um erro que a Burguesia deseja constantemente que se cometa. Se nós fossemos seguir esta lógica, o discurso crítico ao Golpe de Estado de 2016 no Brasil seria considerado “teoria” da Conspiração como a própria Burguesia se esforça diuturnamente em elaborar, num esforço que tem se provado inclusive difícil uma vez que não só as evidências como as provas do Golpe de Estado pululam por todos os poros, dentro e fora do Brasil. O tema do “Golpe de Estado no Brasil” já pertence até mesmo a cursos em Universidades no exterior!

Há quem discuta que Israel não tenha o interesse em agredir o Líbano no momento. De fato, não há indícios de que Israel esteja envolvido no caso por motivos que se provam óbvios, não há conjuntura política favorável local para uma agressão gratuita deste jeito. Mas isso não significa que o Imperialismo de conjunto não esteja interessado em bagunçar o Líbano. Um erro que vários analistas do Oriente Médio cometem é supervalorizar o papel de Israel no jogo de tabuleiro do Médio Oriente. Que Israel tem desempenhado um papel importante em servir de bucha de canhão dos interesses ocidentais na região não restam dúvidas mas o jogo vai além de Israel. E aliás, Israel é até vítima no caso porque assim como qualquer outra nação dominada, tem um governo completamente comprado pela rede de interesses estrangeiros e suas políticas, portanto, colocam os próprios habitantes de Israel em constante risco. Israel é vítima também, assim como os demais países da região.

Nada como o tempo para revelar que as coisas no Líbano vão muito além de azar. Tão logo a poeira da explosão abaixou e dias após, o próprio governo libanês colocou no hall de possibilidades interferência estrangeira. Mas, para muito além disso, quase que numa situação de auto-denúncia, manifestações tomam conta das ruas de Beirute contra o governo e com palavras de ordem ALTAMENTE controvertidas. Ao invés de “pão, terra e paz”, uma parte dos manifestantes exigem o retorno do controle do Líbano pela França! Isso mesmo que você acabou de ler! Uma das palavras de ordem como veiculado pela rede alemã de notícias Deutsche Welle deste sábado indica que uma parte significativa dos manifestantes protestam contra o governo central e exigem intervenção estrangeira no país. Se isso não é uma atuação de infiltrados que buscam incendiar uma “revolução colorida” no Líbano, o que é então? O povo libanês não quer ser colônia de ninguém. Será que a explosão mudou a opinião dos libaneses? Claro que não, estamos diante de uma tentativa de se emplacar uma “revolução colorida” no país aos mesmos moldes que levaram a Síria ao conflito civil em 2011. Em jogo, interesses estrangeiros abertos e explícitos na região no mesmo momento que uma crise global acontece onde EUA, União Europeia, Rússia e China se acotovelam no Oriente Médio sobre o controle de contratos tubulares de gás natural, jazidas de petróleo, rotas comerciais e mercados consumidores em uma clássica e corriqueira disputa Imperialista já vista inúmeras e inúmeras vezes na História recente. Devemos achar que tudo não passa de coincidência?

Mesmo que se prove por a + b = c que a explosão foi um acidente, nos livramos então da problematização política? De jeito nenhum. Não adianta fugir, todos os fatos do chamado Lebenswelt estão subordinados a relações sociais que por sua vez são pautadas por relações de poder. O caso Líbano não é um caso encerrado como a imprensa quis transparecer no mesmo dia. O caso Líbano é um caso político que a depender do desenrolar da situação pode revelar uma nova “Guerra Híbrida” na região.