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Opinião

O cão de guarda da oligarquia

Lira não presta, ponto.

Lira atira para várias direções. Mas essas têm que ser permitidas pela oligarquia que domina o congresso nacional.

Não tem uma cabeça de burro enterrada no congresso. o que tem enterrado lá, é um estatuto bufado pelo Brasil escravocrata que Lira é fiel.

cicatriz deixada pela chibata dos oligarcas do café, é de arrepiar, porque segue par e passo os “donos” do Brasil oitocentista.

Lira é um nada sem a vestimenta de presidente da Câmara dos deputados. Os últimos dois presidentes desse convescote, foram Cunha e Maia, hoje, ninguéns.

Cunha operou para golpear Dilma e Maia para completar o serviço entregando o banco central nas mãos da agiotagem nacional.

Depois de suas cachorradas, a oligarquia quis se livrar deles na base da lenhada .

O Centrão é um sistema oligárquico, no qual o poder está concentrado.

Lira, assim como foi Cunha e Maia, é o atual cão de guarda dessa escória dentro do congresso. Os coronéis lampiões, a elite dos joãos, o resto de Onça da velha república que o povo brasileiro precisa expurgar, enterrar e salgar.

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Lula, Paes, Maia e Gleisi discutem formação de frente democrática na eleição presidencial

Agenda do Poder – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encontrou nesta sexta-feira o prefeito Eduardo Paes (PSD), o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) e outros políticos do centro em almoço no Palácio da Cidade. Participou também do encontro o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, provável candidato ao governo apoiado pelo prefeito.

Antes do almoço, houve uma reunião reservada entre Lula; a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, Eduardo Paes e Rodrigo Maia. Por 40 minutos, discutiram o quadro nacional e as possibilidades de ampliação da frente ampla que o PT pretende liderar.

Além de Paes e Maia, estiveram no encontro ainda outros aliados do prefeito, como os secretários e deputados licenciados Pedro Paulo (DEM) e Marcelo Calero (Cidadania), o secretário de educação, Renan Ferreirinha (PSB e secretário de desenvolvimento, Chicão Bulhões. Alguns devem migrar em breve para o PSD, acompanhando movimento recente de Paes.

A visita de Lula ao prefeito carioca se deu um dia após o petista se reunir com lideranças de esquerda. Ele favorável à construção de uma frente ampla no Rio que inclua os grupos de Marcelo Freixo, prestes a se filiar ao PSB, e Paes. Ou seja, juntando esquerda e centro.

A composição serviria como um palanque forte, no berço do bolsonarismo, para Lula tentar voltar ao Planalto. O PT deve abrir mão de candidaturas próprias a governador na maioria dos Estados em troca de apoios a Lula. Também pretende priorizar a formação de uma robusta bancada na Câmara.

Nesta manhã, contudo, Paes disse que seu candidato hoje para o Planalto é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (hoje no DEM, mas que também deve ir para o PSD). O partido de Gilberto Kassab mantém discurso de que terá candidatura própria à Presidência e nos três maiores colégios eleitorais do País.

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Política

Derrota de Maia esvazia bloco da direita não-bolsonarista para 2022

A iminente derrota do ainda presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para o bolsonarismo em sua sucessão vai muito além do comando da Casa e afeta os planos do campo da centro-direita para 2022. O bloco da direita não-bolsonarista que saiu reluzente das eleições municipais, e que se preparava para lançar um candidato contra a reeleição de Jair Bolsonaro em torno de DEM, PSDB e MDB, começa se esvaziar antes de nascer. Uma de suas principais forças, o DEM – do qual Maia pode sair nos próximos dias – , mostra que pode ter outros planos.

Tudo indica que o presidente do partido, ACM Neto, está disposto a trocar a possibilidade de vir a ser vice numa chapa presidencial de João Doria ou Luciano Huck por uma candidatura ao governo da Bahia apoiada por Bolsonaro e o Centrão bolsonarista. Esse, mais do que a oferta de indicar um novo ministro da Educação – que, diz-se, o Planalto está fazendo a Neto – seria o núcleo central da articulação.

A operação para desviar o DEM da rota de Maia teve o apoio de setores do partido, como o do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que está em situação parecida – pode precisar do apoio bolsonarista para a reeleição. Outro voto na reunião da executiva foi o do ex-governador de Pernambuco Mendonça Filho, nome agora cotado para ocupar o MEC.

Do lado derrotado, ficará uma articulação capenga em torno do PSDB de Doria – que, aliás, também autorizou a debandada na eleição de hoje – para 2022. Afinal, o MDB, derrotado nas duas Casas, também não está com essa bola toda. Agiu de forma semelhante ao DEM ao puxar o tapete de sua candidata no Senado, Simone Tebet, e, ao que parece, aceitará, alegre e satisfeito, um convite de Bolsonaro para o Ministério no novo modelito Centrão.

Em tempo: é preciso ficar bem claro que esse é o retrato do momento, que abriu oportunidade às forças mais fisiológicas da política brasileira para tirar mais e mais vantagens do governo. Se será ou não um arranjo duradouro para as forças de direita e centro-direita em 2022, vai depender de muita coisa ainda. A principal delas, o grau de desgaste de Bolsonaro e seu governo até lá.

*Helena Chagas/Jornalistas pela Democracia

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Política

No projeto do golpe dos neoliberais está o fim do SUS

A tragédia de Manaus não é um ponto fora da curva, ela é parte do projeto golpista de destruição do Estado e, nele, estava incluído o aniquilamento total do SUS.

Não é por acaso que Mourão fica tagarelando que é um general liberal. Essa é a senha, o sinal de reconhecimento e submissão das Forças Armadas aos mandatários reais do país, os marechais do mercado. O mais alto posto na hierarquia militar no Brasil.

Rodrigo Maia, que assumiu a chefia suprema das reformas antinacionais, antipovo e anti-SUS, diz-se surpreso com o funcionamento do Sistema Único de Saúde que ele, mesmo sendo veterano na Câmara, não tinha ideia de sua grandeza.

Lógico que tinha, tanto tinha que o SUS já estava na fila do açougue neoliberal para ser picado e moído e, em seguida, virar ração de urubu.

Maia só não contava com a reação da sociedade em defesa da saúde pública.

Mandetta, do DEM, partido de Maia, também não.

O entusiasta representante da saúde privada, antes de vestir a fantasia de defensor do SUS, queria cortar as pernas da saúde pública rente ao pescoço.

Em 2008, Lula criou o Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde para fomentar a indústria de saúde no Brasil. Por causa dele, o Brasil conseguiu ser independente na produção de vários insumos para medicamentos.

Então, veio o golpe em Dilma

Em 2017 Temer acabou com esse grupo. Em 2019 Bolsonaro demitiu os cientistas.

Por isso que os remédios são tão caros e também por isso, o Brasil não produz insumos para vacinas.

Maia, acusado por Cunha de ajudar a arquitetar o golpe, não sabia disso? Mandetta, que votou pelo golpe e tripudiou com uma plaquinha “tchau querida”, também não sabia?

A privatização do sistema público de saúde, agora, em plena pandemia, não está mais no radar dos açougueiros comandados por Maia, mas segue no projeto de desmonte do país esperando a hora certa para os golpistas darem o bote.

Tanto isso é verdade que Maia e Globo sentem que Bolsonaro, com as pernas bambas pode acelerar as reformas que o mercado quer e Rogério Marinho serviu de pombo correio do Palácio do Planalto para dizer, em entrevista a Andréia Sadi, na GloboNews no último domingo, que Bolsonaro está disposto a se curvar às reformas para não ter a cabeça decepada.

*Da redação

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Eduardo Cunha diz que golpe contra Dilma foi arquitetado no apartamento de Rodrigo Maia

O ex-deputado federal Eduardo Cunha, condenado a 14 anos e seis meses de prisão no âmbito da Lava Jato, relata no livro “Tchau Querida, o Diário do Impeachment”, que deverá ser lançado em abril, que o golpe parlamentar de 2016 que resultou no impeachment da então presidente Dilma Rousseff, foi tramado no apartamento do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e contou com o apoio do PSDB.

De acordo com a coluna Radar, da revista Veja, Cunha relata, ainda, que o primeiro pedido de afastamento foi feito pelo então deputado Jair Bolsonaro.

Segundo Cunha, a reunião que resultou na trama que desaguou no afastamento da presidente Dilma Rousseff teria sido realizada no apartamento do Rodrigo Maia, no Rio de Janeiro. Além deles, os deputados Carlos Sampaio, à época líder do PSDB na Câmara, e Bruno Araújo, atual presidente nacional da legenda tucana, teriam participado do encontro.

No livro, Cunha também diz que o deputado baleia Rossi (MDB-SP), que atualmente é o candidato de Maia e conta com o apoio do PT na disputa pela presidência da Câmara, também teria atuado nas articulações do impeachment. Michel Temer, então vice-presidente, também teve um papel fundamental no processo.

Segundo o ex-parlamentar, Temer “simplesmente quis e disputou a Presidência de forma indireta”. “Foi, sim, o militante mais atuante. Sem ele, não teria havido impeachment”, assegura.

Sobre a participação de Jair Bolsonaro, ele afirma que “o primeiro pedido de impeachment coube ao então deputado (…), em função das denúncias de corrupção na Petrobras. Eu rejeitei o seu pedido. De todos os pedidos por mim rejeitados, Bolsonaro foi o único que recorreu”.

*Com informações do 247

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Centrão já admite impeachment de Bolsonaro

Para líderes, Lira não é um seguro para o presidente, mas tudo depende de acirramento da crise.

A debacle do governo Jair Bolsonaro na chamada “guerra da vacina” contra o governador João Doria (PSDB-SP) fez com que a palavra impeachment deixasse de ser uma exclusividade de discursos públicos da oposição.

Líderes de partidos centristas, inclusive do centrão que sustenta o presidente no Congresso, passaram a discutir com desenvoltura o tema. O “isso não tem chance de acontecer” deu lugar a um cauteloso “olha, depende” nas conversas.

Nos últimos dias, a Folha ouviu uma dezena de políticos de diversas colorações centristas, privilegiando nomes associados ao governo Bolsonaro. Apoiadores de Doria, tucanos históricos com horror a Lira ou oposicionistas puro-sangue, por exemplo, ficaram de fora da enquete informal.

Obviamente isso não significa que o presidente está sob risco imediato, mas o horizonte que havia desanuviado para ele a partir da prisão de Fabrício Queiroz em 18 de junho de 2020 voltou a ter nuvens carregadas.

Naquele momento, a tensão institucional promovida por Bolsonaro contra o Supremo e o Congresso havia chegado a um paroxismo, mas a prisão do ex-assessor de sua família o fez mudar o cálculo: retraiu-se um tanto e compôs abertamente com o centrão e outros partidos das redondezas.

Se Bolsonaro já voltou a ser Bolsonaro em suas declarações, sua aliança com o centrão está guiando sua batalha para tomar o controle da Câmara, após cinco anos de reinado de Rodrigo Maia (DEM-RJ).

A disputa lá é mais central do que no Senado, onde emerge com força Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pela prerrogativa de abertura de processos de impeachment do presidente da Câmara.

Um aliado pontual que deixa a cadeira semana que vem como inimigo, Maia tenta emplacar Baleia Rossi (MDB-SP) em seu lugar. Bolsonaro aposta tudo em Arthur Lira (Progressistas-AL).

O senso comum de que Lira barraria qualquer tentativa de remover o presidente predomina, mas três presidentes de partidos de centro (um deles do centrão) optam por uma tese contraintuitiva.

Segundo eles, o que vale é o “olha, depende”. No caso, da evolução do azedume popular contra Bolsonaro por sua gestão considerada desastrosa mesmo entre aliados próximos na pandemia.

Apoiadores de Baleia Rossi dizem que isso é apenas um jogo de palavras para ganhar votos de deputados tentados a trair a orientação de seus partidos —na conta nominal, a disputa está polarizada.

Um presidente de sigla faz as contas: prevê que o PT dará 20 dos seus 52 votos a Lira, o PSB, 20 de 30 e o DEM, 20 de 29. Isso fora os 32 nomes do PSL que já disseram que vão de Lira.

Se tudo isso acontecer, o bolsonarista leva com quase 300 votos, bem acima dos 257 necessários. Não é ainda, contudo, um jogo jogado.

Para um líder de bancada do centrão, Baleia é tão perigoso ou inofensivo para Bolsonaro quanto Lira. Ele se ampara no fato de que o emedebista sofre influência direta do ex-presidente Michel Temer (MDB), que edificou uma relação próxima com o seu sucessor.

Ele afirma, portanto, que qualquer um dos dois não irá pautar um impeachment exceto que haja uma virada brutal de popularidade contra Bolsonaro. Ninguém impede alguém com 35% de aprovação, argumenta.

A lógica inversa, contudo, segue valendo: um derretimento do presidente não teria nem em Lira, nem Baleia um porto seguro contra um processo.

A perda da primazia sobre a vacina, simbolizada no fato de que foi obrigado a usar a Coronavac promovida por Doria como única opção para iniciar a campanha de imunização do país, coroou a tragédia sanitária.

Mas a corrosão apontada por esses aliados é ainda mais grave devido ao caos na saúde em Manaus, que periga ser repetido em outros estados, com sinais claros de omissão federal. Crianças sob risco, como disse sem ironia visível um tucano simpático ao governo, ninguém tolera.

A tudo isso se soma a incerteza acerca da economia, já que o fim do auxílio emergencial em 31 de dezembro não foi preenchido por nada, e a sensação de inação por parte do Ministério da Economia é citada por todos os entrevistados.

Sem a ajuda, pessoas irão voltar a procurar trabalho, provavelmente elevando as estatísticas de desemprego. É, nas palavras de um cacique do Republicanos, um caldo tóxico.

A decoração do prato vem na forma da crise dupla vivida na área externa, com a queda em desgraça do ídolo de Bolsonaro, o americano Donald Trump, e a sensação de que a China produtora de insumos das vacinas a serem usadas no Brasil não vai esquecer tão cedo as grosserias da família Bolsonaro.

São apenas os dois maiores parceiros comerciais do país, de quebra, com governos hostis ao Planalto.

Os primeiros sinais de perda de vitalidade na popularidade em redes sociais já são visíveis, com a previsível ascensão de Doria. Na vida real, pesquisas internas de partidos também apontam um aumento do mau humor com o governo, principalmente em centros urbanos.

No Palácio do Planalto, auxiliares do presidente já precificaram essa queda nos próximos meses. Mas apostam que o eventual sucesso do programa de imunização acabará se revertendo na conta de Bolsonaro, pois no Brasil quase tudo volta para o Executivo federal.

Ainda assim, a ordem lá é fazer de tudo para eleger Lira, que consideram mais confiável que Baleia. O emedebista, em que pese seu laço com Temer, teve o nome fomentado desde o ano passado pro Maia e Doria, numa triangulação que passou pela inserção do MDB na vice de Bruno Covas em São Paulo, entre outros movimentos.

*Com informações da Folha

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Política

Globo, que apoiou Bolsonaro, agora, através de Merval, pede a Maia a cabeça do monstro na bandeja

Entendendo o tamanho do desastre que o Brasil viverá nos próximos meses, com uma tempestade de tragédias sanitárias, sociais e econômicas, a mídia, sobretudo a Globo, vai ao desespero e pede a cabeça do homem que, mesmo sabendo de quem se tratava, do seu envolvimento com o crime organizado e todo o tipo de contravenção, apoiou, na base do “tudo contra o PT”.

Bolsonaro é uma tragédia anunciada, não uma vez, mas uma tragédia da vida inteira, como militar, parlamentar e, agora, como chefe da nação.

Cuspido das Forças Armadas por uma soma de condutas absolutamente marginais, Bolsonaro viveu perambulando pelas casas parlamentares durante 28 anos cumprindo uma agenda das mais rasteiras à caça de votos que não lhe cobrassem nenhum trabalho, somente o de administrar o esquema corrupto de funcionários fantasmas e laranjas que deu à família um número sem fim de imóveis, sejam estes ligados ou não às milícias. O dinheiro envolvido no esquema sempre foi o desviado dos gabinetes parlamentares dele e de seus três filhos delinquentes.

Agora, há dois anos à frente do governo, transformou a cadeira da presidência da República num matadouro, de onde convoca diuturnamente brasileiros a entrarem no corredor da morte e já obteve êxito com mais 205 mil vítimas fatais da Covid.

Diante de um resultado desastroso da política de Paulo Guedes, em parceria com Maia explodindo, como revela a fuga da Ford do Brasil, Merval Pereira, o pombo-correio dos Marinho, entrega a Maia uma carta facão pedindo a degola do monstro, o que, certamente, motivou os donos do império da comunicação a fazerem esse singelo pedido a Maia, useiro e vezeiro da Globo para propagandear a cloroquina econômica de Guedes, como a reforma da Previdência, entre outros absurdos que ajudam a matar na fonte a economia brasileira e o próprio mercado interno que foi o principal motivo da Ford picar a mula para a Argentina e Uruguai.

Mas os Marinho sabem que o bonde descarrilhado está só no começo da ribanceira e que, até chegar ao fim da linha aonde colocará a economia brasileira em cacos minúsculos, fará um arrastão tsunâmico no que tiver pela frente, principalmente depois que foi anunciado e reforçado que, ao contrário de Trump, Bolsonaro será visto pela Casa Branca como um inimigo, anabolizando sua péssima imagem no mundo civilizado por todos os chefes de Estados do planeta.

É esse o suplício que Merval traz em sua carta testamento em que dá a Maia o privilégio de ser o carrasco do monstro amazônico, o que não é pouca coisa.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Uma fábrica como a Ford, com mais de 100 anos no Brasil, não fecharia se a economia mostrasse um mínimo de vigor

Uma coisa é o governo militar de Bolsonaro, junto com Maia, anunciar as reformas, assim como o governo Temer, que impulsionariam a economia brasileira e, consequentemente, gerariam milhões de empregos.

Mas fora do conto de fadas neoliberal e suas asas de anjos protetores, o brasileiro foi esbofeteado mais uma vez pela mesma laia de sempre.

O discurso do governo Bolsonaro é o de que tudo dependia de uma torcida a favor, pois, tendo fé que a economia aconteceria, o jiló se transformaria em pêssego a partir das atitudes e ações que o suposto mercado daria emprego e renda para todos os brasileiros.

É o que todos querem, é o que todos sonham, mas a vida dos brasileiros está cada dia mais imprevisível, justamente porque os trabalhadores, perdendo empregos e direitos, a raiz dos problemas brasileiros, seu mundo seria não um capítulo por dia, mas uma história, dependendo da atividade de muitos, é preciso matar um leão à unha por hora.

Um troço desse presta? Alguém vai dar crédito para um trabalhador precarizado? Alguém vai conseguir vender numa escala razoável sem crédito para seus consumidores?

O Brasil está se transformando numa massa falida, o que já denunciava a bolsa de valores com a compra de empresas nacionais na bacia das almas por grupos internacionais, porque o mercado funciona assim, quando um país sangra é que o oportunista investe para acabar de matar a empresa e, na frente, vendê-la ganhando duas ou três vezes mais para quem tem o chamado olhos de águia.

O caso da Ford não é outra coisa, senão o resultado de uma economia de pinguela. E o que vem a ser isso? Uma economia que depende de algo extremamente frágil, duvidoso que exige sacrifícios humanos sobrenaturais para, no final das contas, aquilo que a mídia chama de “novo empreendedor” não conseguir somar em um mês de trabalho sacrificante sequer 80% do miserável salário mínimo.

O Brasil volta à era de FHC, com o mesmo pensamento neoliberal e o mesmo resultado, fazendo com que o Véio da Havan, um comerciante de bugigangas da China, vire a grande referência de empresário brasileiro. E, lógico, além de milhões de portinhas que vendem bugiganguinhas e eletrônicos, vê-se explodir em bairros a oferta ambulante do vendedor de ovos, de vassouras, de queijos, de pães e outras quinquilharias. Pelo estado do automóvel utilizado pelos vendedores, dá para se ter a medida da vida sacrificante que estão levando e o retorno nenhum que têm.

Isso é de fato o resultado de uma economia, a vida como ela é para milhões e milhões de brasileiros trabalhadores que, na época de Lula e Dilma, viram, durante 13 anos, sua mão de obra ser valorizada com um salário que tinha o maior poder de compra da história e o desemprego com as menores taxas da história do país. Agora, estão aí perambulando para cima e para baixo, desesperados, sabendo como começa o dia, mas não como termina, se terão um qualquer para colocar o feijão com arroz no prato dos seus filhos.

Trocando em miúdos, aquele deus mercado dará, prometido pelo crescimento em V de Paulo Guedes, não deu, prometeu e não entregou a encomenda.

A saída da Ford, praticamente, um mês depois do fechamento da fábrica da Mercedes, prova que o Brasil caminha a passos largos para voltar à era do país do R$ 1,99 que marcou os oito anos do neoliberalismo de FH decalcado por Bolsonaro, Guedes e Maia.

O resto é conversa fiada para fazer dos brasileiros bucha de canhão para o sistema financeiro.

Para quem ainda não entendeu, vai um português claro, o Brasil, depois do golpe em Dilma, entrou em liquidação. Esse era o plano da Lava Jato, de parte do STF, dos militares, de Temer, Guedes, Maia e Bolsonaro. Ou seja, fala-se aqui de ratos que tomaram de assalto o país para destruí-lo em nome de interesses internacionais, sobretudo dos EUA.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Os Covardes

“Dois anos, ou melhor, depois de sete mandatos parlamentares exercidos pelo capitão, Maia descobriu que ele é covarde. Quanto levará para admitir que o covarde foi alçado ao poder pela aliança (que Maia integrou) porque valia tudo pra golpear o PT e entregar o país de vez aos mercados que representa?”
(Saul Leblon – Carta Maior)

Milton Santos foi preciso em afirmar que “o modelo cívico brasileiro é herdado da escravidão, assim como do nosso modelo político e as nossas relações sociais”.

Só isso explica um racista declarado como Bolsonaro chegar ao poder com o apoio de um consórcio conservador que representa a escória da sociedade brasileira.

O cálculo foi econômico. Isso escancara a covardia de Maia que chama hoje Bolsonaro de covarde.

Foi o dinheiro em estado puro dos banqueiros que fez o covarde Maia não colocar na mesa o impeachment de um genocida covarde, que já matou mais de 200 mil brasileiros por Covid.

Ou seja, o covarde Maia sempre deixou claro de que lado sempre esteve.

Maia nunca esteve ao lado das vítimas do covarde Bolsonaro, e sim dos que queriam manter seus ganhos espúrios com o governo do qual Guedes tem carta branca para arreganhar as portas para a agiotagem.

Maia é tão covarde e cínico quanto Bolsonaro.

Por isso, vai terminar seu mandato misturado aos ratos, lambendo o vômito dos banqueiros e sentindo o odor do excremento de toda a escória política, hoje, representada pelo covarde Bolsonaro.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Aliança com Maia, ok, mas para quê?

Quem me acompanha aqui e fora daqui sabe que, desde a subida do Verme ao poder, sou ferrenho defensor de uma aliança antifascista. Não sou daqueles que defendam disputar para marcar uma posição apenas superficialmente mais combativa, perder, colocar a cabeça no travesseiro tendo orgasmos à esquerda e achar normal o País seguir ladeira abaixo.

Mas não é concebível aceitar – sem a fixação de compromissos mínimos na direção da defesa dos interesses do País e de nosso povo – a anunciada adesão, ontem, entre quatro partidos de oposição (PT, PCdoB, PSB e PDT, enquanto PSOL ainda avalia o que fazer) ao candidato (que ainda não existe) a ser indicado pelo bloco de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à Presidência da Câmara dos Deputados.

Se há algo que deveria ainda restar ao pensamento progressista (nem digo pensamento socialista), aqui e alhures, é ter nas reais transformações sociais, políticas, econômicas e culturais o objetivo central de qualquer passo dado na seara política. E quais são os compromissos desta aliança? Aparentemente nenhum além de derrotar o candidato de Bolsonaro à Presidência da Câmara dos Deputados, mantendo o poder nas mãos de quem o tem, hoje. E antes que digam que isso “não é pouca coisa”, vamos às contas?

O grupo de Maia tem 6 partidos (PSL, PSDB, MDB, DEM, Cidadania e PV). Somados, têm 146 votos na Câmara. Teoricamente (pois o voto é secreto e sempre poderá haver defecções) faltaria a Maia 111 votos para chegar aos 257 necessários (metade mais um dos 513 deputados) para eleger o futuro Presidente da Câmara. Ora, se a oposição somada (incluindo os 10 deputados e deputadas do PSOL) têm 132 votos (quase o mesmo número de Rodrigo Maia, portanto, que teria, sem defecções, 146) porque não exigir, na eventual aliança, compromissos mínimos em relação, por exemplo, a votações que garantam vacina para todos os brasileiros, fim da permanente retirada de direitos sociais e até mesmo abertura de processo de impeachment caso o Governo Bolsonaro siga promovendo o verdadeiro holocausto da população com seu negacionismo no enfrentamento da pandemia? Vejam bem, são pontos mínimos a que qualquer verdadeiro democrata teria obrigação de abraçar.

Ao contrário disso, o documento do novo bloco de apoio a Maia sustenta afirmações, se referindo à última gestão da Presidência da Câmara, como tendo sido “uma fortaleza da democracia no Brasil; o território da liberdade; exemplo de respeito e empatia com milhões de cidadãos brasileiros”. Mais, que na Câmara “celebramos a luz” enquanto “uns se encontravam nas trevas”. Afirma, ainda, que “nos fortalecemos na diferença, no respeito às instituições e na liberdade”. O máximo de compromisso existente na carta se consegue identificar na promessa de que a Câmara “será livre para defender e aprofundar a nossa democracia, preservando nosso compromisso com o desenvolvimento do País”.

Comparada às dezenas de medidas ali votadas nos últimos anos, em particular desde o impeachment de 2016, contra os interesses do país e que afrontavam direitos sociais, convenhamos que a afirmação de que a Câmara dos Deputados tem sido “uma fortaleza da democracia no Brasil; o território da liberdade” parece piada (sem nenhuma graça, aliás).

Derrotar Bolsonaro, seus seguidores e sua base (esteja aonde estiverem) deve ser – sem nenhuma sombra de dúvida – compromisso de todos os democratas. Mas se não é hora de esquerdismos infantis via “candidatura pura” que viabilizem maior domínio do Verme sobre o parlamento, por outro lado já passou da hora de uma oposição (repito, que contabiliza cerca de metade dos votos necessários à disputa) arrancar compromissos mínimos que efetivamente tragam benefícios reais ao País e à população.

Sem estes compromissos CONCRETOS, PÚBLICOS E TRANSPARENTES, plenamente possíveis para quem se diz “exemplo de respeito e empatia com milhões de cidadãos brasileiros”, seguiremos tendo um arremedo de parlamento que apenas se autoproclama “fortaleza da democracia” e “território da liberdade”, termos que se chocam com a triste realidade hoje vivida por nossa gente e nosso País.

*Álvaro Nascimento – jornalista.

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