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Cotidiano

Interpol evita massacre em escola no Rio de Janeiro

Adolescente de 17 anos planejava ataque para comemorar 24 anos do Massacre de Columbine, nos EUA.

Um adolescente de 17 anos que planejava um massacre em escola no centro do Rio de Janeiro foi apreendido pela Polícia Civil nesta sexta-feira (17), após um alerta enviado pela Interpol às autoridades brasileiras, segundo a Forum.

A apreensão ocorreu na própria escola onde o menino faria os ataques. A operação contou com homens da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e do Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância). Além disso, as investigações contaram com a colaboração entre a Polícia Federal, a Polícia Civil, a Secretaria de Estado de Educação e a Interpol.

De acordo com as investigações, informações compartilhadas pelo adolescente na internet indicam que, além de planejar o massacre, ele também seria um apologista do nazismo. Um outro adolescente apologista das mesmas ideias teve um mandado de busca e apreensão cumprido contra si, em Realengo.

Além disso, as investigações apontam que o plano previa que o ataque fosse executado no próximo dia 20 de abril, data em que o Massacre de Columbine, nos EUA, completa 24 anos. Na ocasião, em 1999, dois alunos armados invadiram a Columbine High School, deixaram 12 alunos e um professor mortos, além de 24 feridos. Após o ataque, tiraram a própria vida.

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Opinião

Aberta a temporada de massacre de pretos pobres. Orgulhoso, governador?

Reinaldo Azevedo, publicado no Uol – O massacre praticado na favela do Jacarezinho, no Rio, é muito mais grave do que parece. A operação comandada pelo delegado Rodrigo Oliveira, que discursa como candidato a juiz dos juízes (leia post) — se também a deputado, ainda veremos —, não tem precedentes em violência, no número de mortos e na politização da tragédia. Trata-se de um claro desafio ao Supremo Tribunal Federal.

Diga-se o óbvio: uma operação policial que resulta em 25 mortos — um deles policial — é, por si, um desastre. Nada justifica. Nada explica. Na era da necropolítica, coube a Oliveira, subsecretário de Planejamento e Integração do Estado do Rio, fazer digressões sobre o ativismo judicial. Referia-se, claro!, à liminar concedida pelo ministro Edson Fachin, endossada pelo pleno do Supremo, que limita ações policiais dessa natureza durante a pandemia.

Vamos ver. A Polícia Civil montou uma operação de guerra para executar 21 mandados de prisão. Os alvos seriam pessoas supostamente envolvidas com tráfico de drogas, roubo de cargas e de transeuntes e aliciamento de menores para o narcotráfico. Como se nota, seria uma quadrilha, digamos, multidisciplinar. A proteção aos menores confere uma embalagem humanista à investida. Como se crianças, em casos assim, estivessem sob proteção. Duas pessoas foram atingidas por bala perdida no metrô.

Querem uma evidência escancarada do desastre? Dos 21 mandados, só três foram cumpridos, com a efetivação das prisões. Outros três alvos da lista foram mortos. E os demais não foram encontrados. Ocorre que se contaram 24 corpos. Enquanto escrevo este texto, não se conhecem suas respectivas identidades.

Dois corpos foram encontrados no cômodo de uma casa, dilacerados, com pedaços espalhados ao chão. Numa outra residência, num quarto, mais um morto, ao lado de uma garota de oito anos, viva, mas coberta pelo sangue da vítima. Sabem como é… A tal operação foi desfechada para proteger menores!

Vídeos que moradores publicaram nas redes sociais evidenciam o desatino. Corpos foram arrastados de dentro das casas e largados ao relento, modificando a cena do crime, o que, obviamente, impede a perícia. A Polícia Civil se apoia no Ministério Público, que estaria acompanhando a investigação. Este, por sua vez, disse não ter sido previamente avisado e promete apurar o corrido. É mesmo? Os mandados de prisão, expedidos pela Justiça, não representam um sinal verde para o tal Oliveira fazer o que fez.

IMAGENS CORRERAM O MUNDO

As imagens do massacre foram parar nas páginas virtuais dos mais importantes veículos de comunicação do planeta. E com razão. Eis mais uma evidência da rotina de horror e morte que toma conta do país. Morre-se, por aqui, às pencas de Covid-19. Morre-se, por aqui, às pencas em razão da ação de bandidos. Morre-se, por aqui, às pencas em razão da ação de forças policiais.

Morre-se, em suma, às pencas por aqui.

EXCLUDENTE DE ILICITUDE NA PRÁTICA

Eis aí, meus caros: lembram-se do tal pacote anticrime de Sergio Moro, ainda o herói de alguns tolos? Trazia a tal “excludente de ilicitude”, que sempre traduzi como “licença para matar pobres e pretos”. Essa é a manifestação prática do instrumento legal homicida que ele defendia. Ou há alguém que acredite que os que cometeram abusos nessa operação serão punidos? A carne negra segue sendo a mais barata do mercado.

Cláudio Castro assumiu interinamente o governo do Rio no dia 28 de agosto do ano passado, com o então afastamento de Wilson Witzel, que terminou impichado. No dia 1º deste mês, foi empossado como governador efetivo. No sexto dia do que pode ser chamado o seu mandato, já se pode dizer que entrou para a história com o maior morticínio praticado pela Polícia numa ação oficial.

Castro pode se orgulhar de ter superado o massacre havido no Morro do Fallet no dia 8 de fevereiro de 2019, quando Witzel tinha pouco mais de um mês de mandato. A Polícia Militar matou 15 pessoas. Atenção! Treze estavam amontoadas num único cômodo. As evidências de um massacre são escandalosas. Um inquérito conduzido pela própria PM chegou à conclusão de que não houve excessos.

No dia 18 de abril deste ano, o Ministério Público do Rio pediu arquivamento da investigação.

Estava aberto o caminho para um novo massacre. E ele veio. Nada de 15 mortos. Agora, são 24.

Está aberta a temporada de caça aos pobres e pretos. Em que número se pode apostar na próxima investida?

*Foto/arte destaque: Uol

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Mundo

The Guardian: ‘Um massacre completo, um filme de terror’: o desastre de Covid no Brasil

Demorou apenas 60 minutos ao amanhecer para os sete pacientes morrerem, asfixiados quando o coronavírus, de volta, varreu a Amazônia brasileira com uma força de pesadelo.

“Hoje foi um dos dias mais difíceis em todos os meus anos de serviço público. Você se sente tão impotente ”, soluçou Francisnalva Mendes, chefe de saúde da cidade ribeirinha de Coari, ao se lembrar do momento na terça-feira em que o suprimento de oxigênio do hospital acabou.

Brasil corre para salvar bebês prematuros enquanto Covid-19 atrapalha hospitais de Manaus.

“Precisamos voltar à luta – continuar salvando vidas”, insistiu Mendes enquanto digeria a perda de um terço dos 22 pacientes de Covid-19 de sua cidade de uma só vez – quatro deles na faixa etária dos 50 anos. “Mas todos nós nos sentimos quebrados. Foi um dia muito difícil. ”

Coari estava no centro da mais recente catástrofe de coronavírus da América Latina na semana passada, depois que um surto de infecções relacionadas a uma nova variante, aparentemente mais contagiosa, sobrecarregou hospitais no estado do Amazonas, deixando muitos sem os suprimentos mais básicos. As circunstâncias eram tão sombrias que os tanques de oxigênio foram levados às pressas pela fronteira da Venezuela, a nação vizinha, economicamente em colapso, Venezuela, com seu líder, Nicolás Maduro, condenando o que ele chamou de “desastre de saúde pública de Jair Bolsonaro”.

“É uma situação muito caótica. Simplesmente não conseguimos acompanhar o número de pacientes que nos procuram ”, disse Marcus Lacerda, especialista em doenças infecciosas da capital do Amazonas, Manaus.

“Os hospitais privados não querem receber ninguém porque têm medo de admitir um paciente e depois ficar sem oxigênio novamente.”

Manaus ganhou as manchetes internacionais em abril, depois que uma torrente de mortes por Covid, o que forçou as autoridades a cavar valas comuns na terra avermelhada da cidade. Nove meses – e mais de 210 mil mortes de brasileiros – depois, a situação é ainda pior.

Em alguns dias, cerca de 200 corpos estão sendo enterrados em Manaus, em comparação com os 40 habituais. Na semana passada, muitos hospitais ficaram sem o oxigênio que sustentava os pacientes de Covid, aparentemente por causa de uma falha catastrófica do governo em prever a magnitude do desastre iminente.

“Nada parecido com isso aconteceu – nem mesmo no ano passado. Nunca imaginei que haveria uma onda de reinfecções tão grande como a que estamos vendo agora em Manaus ”, disse Lacerda, um dos principais infectologistas da região, culpando uma variante“ que parece ser mais contagiosa ”.

Lacerda disse que esperava que a escala da epidemia do ano passado pudesse ter fornecido à cidade ribeirinha alguma proteção imunológica contra uma segunda onda tão devastadora. “Mas a verdade é que não tem como. A queda na imunidade das pessoas e as mudanças no vírus significam que esta segunda onda é incontrolável. ”

Histórias angustiantes de pacientes sufocados e evacuação de bebês prematuros geraram uma revolta pública contra os líderes do Amazonas, que os críticos acusam de não ter planejado, quanto mais evitar, seu segundo cataclismo em um ano.

“Há uma atmosfera de repulsa, abandono, desespero e impunidade”, disse um funcionário do posto de saúde da Alvorada, em Manaus, onde médicos foram filmados implorando por intervenção divina. “O que estamos assistindo é um massacre completo, uma situação desesperadora, um filme de terror”, acrescentou o trabalhador, que pediu para não ser identificado.

Grande parte da revolta é dirigida ao governo do presidente de extrema direita do Brasil, Jair Bolsonaro, que banalizou a Covid-19, mesmo quando o número de mortos em seu país disparou para o segundo maior da terra.

O obediente ministro da saúde de Bolsonaro, Eduardo Pazuello – um general do exército sem experiência médica – visitou Manaus na véspera do colapso da saúde na semana passada, mas empurrou os falsos “tratamentos iniciais” Covid-19 promovidos por seu líder em vez de resolver a crise de oxigênio iminente.

“O lambedor de botas do presidente teve dias de advertência de que os hospitais de Manaus iriam ficar sem oxigênio. Só prescreveu cloroquina inútil ”, escreveu o jornalista Luiz Fernando Vianna na revista Época, culpando Bolsonaro e Pazuello pelo“ massacre ”.

Lacerda acusou o governo de tentar distrair os cidadãos de sua inércia mortal com a “falsa esperança” de remédios ineficazes. “Isso não está acontecendo em nenhuma outra parte do planeta”, disse ele.

*The Guardian

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Se nada de concreto for feito contra Bolsonaro, coronavírus será devastador nas populações pobres

Brasileiros fazem panelaço contra Bolsonaro, mídia diz que ele não governa mais, mas tudo não sai de dados políticos sem propósitos concretos diante de um caos em que estamos todos juntos, mas que, sem sombra de dúvida, os pobres sofrerão muito mais.

Não há qualquer sentido de favelas no Rio estarem sem água, ao mesmo tempo em que bancos públicos destinam verbas bilionárias para empresas e agronegócios, fortalecendo os caixas dos ricos.

Disparidades como essa promoverão uma mortandade inimaginável nas favelas e periferias do Brasil se a própria sociedade não tiver consciência da dor do outro e não exigir imediata atenção a um país onde a medicina é essencialmente elitista e tem um presidente que, além de não ter a menor condição moral e comportamental de governar, expulsou do país, assim que eleito, 11 mil médicos cubanos, os mesmos que cobriam de assistência médica e de humanidade milhões de brasileiros de áreas carentes tanto de grandes e pequenas cidades quanto de lugares longínquos Brasil afora, além de uma bomba relógio prestes a explodir com a falta de saneamento básico e de água nas favelas do Rio de Janeiro.

Se os pobres nunca puderam exercer seus direitos, agora os veremos, em massa, perderem a vida em função da pandemia que assola o mundo.

Brasília tem conseguido, com sucesso, estabelecer ações públicas de combate ao coronavírus, porque lá está o poder, mostrando que isso faz toda a diferença diante de um inferno como esse que o Brasil como um todo vive, mas para os favelados, o inferno está dois andares acima. É preciso melhorar muito as condições atuais dos moradores das favelas e periferias dos grandes centros para que eles vivam ao menos o inferno da pandemia.

Essas são as questões centrais para entender as do preconceito, do racismo e da discriminação, herdadas de um pensamento escravocrata que, nos dias que correm, trarão, com todas as letras, o exame do descaso humano produzido pelo sentimento civilizatório.

A cada momento que passa, lugares com uma concentração demográfica intensa como as favelas do Rio, por exemplo, sem um mínimo de chance de combate à pandemia do coronavírus, por falta de água, correm o risco de sofrerem um massacre, uma devastação sem precedentes na história da humanidade, se nada for feito.

Bolsonaro segue alheio à pandemia do coronavírus, mas não aos ricos. A eles foram destinados recursos de R$ 10 bilhões através dos planos de saúde.

O governo Bolsonaro destinou recursos financeiros aos seguintes segmentos:

Empresas terão acesso a 88 bilhões (49,4%), o agronegócio a R$ 30 bilhões (16,9%) e outros R$ 30 bilhões serão disponiblizados para a aquisição de outras instituições financeiras. Outros R$ 24 bilhões (13,4%) serão colocados à disposição de pessoas físicas e R$ 6 bilhões (3,4%) para hospitais, estados e municípios.

Aonde ficam os moradores de favelas, miseráveis e moradores de rua e mais uma dezena de milhões de brasileiros miseráveis nessa conta de Bolsonaro e Guedes? Não há lugar nenhum na cabeça desses monstros que caiba um mínimo de compaixão pelos pobres, sejam eles idosos, jovens ou crianças.

E se a sociedade civil organizada não fizer nada contra isso, tudo o que se vê na Itália, na Espanha e na China, junto, parecerá uma Disneylândia perto do inferno ao quadrado que o Brasil assistirá, atingindo sobretudo às populações mais vulneráveis e que mais precisam da proteção do Estado que, friamente, insiste em negar em prol dos milionários e das classes economicamente dominantes.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeos – Chile: Bolsonaro, no Japão, diz que as Forças Armadas estão preparadas para agir como no Chile

“As manifestações no Chile têm como uma das principais motivações a liquidação da previdência pública. O povo tá cansado de pagar pelo enriquecimento do mercado financeiro. Essa indecência moral encontrará cada vez mais resistência”. Ivan Valente.

O Chile é um exemplo do que o neofascismo é capaz e que tomou conta da América Latina, incluindo o Brasil. O Chile hoje, sem dúvida, pode ser o Brasil de amanhã. Os brasileiros já estão com a água até o pescoço. É questão de tempo.

Seguem abaixo vídeos que explicitam a violência e o massacre contra o povo que a polícia chilena vem impondo. Cenas com mortes e violência estarrecedora.

https://twitter.com/cesaraugfabbri/status/1186932644770136064?s=20

Neste vídeo abaixo, policias chilenos cheiram cocaína se preparando para conter as manifestações.

https://twitter.com/Don_dolape/status/1187007637164118016?s=20