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Mercado abandona a narrativa do “risco Lula” após seu discurso

O discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (10), na visão de economistas e analistas de bancos e consultorias, serviu para aplacar o temor do mercado financeiro do chamado “risco Lula”, caso seja candidato e vença a eleição presidencial de 2022.

Segundo economistas e analistas ouvidos pelo jornal Folha de S. Paulo, Lula fez acenos ao mercado, embora tenha criticado as privatizações e o teto dos gastos públicos, e lembrou da escolha do empresário José Alencar para ser o seu vice em 2003.

“Não se deve usar uma eventual candidatura de oposição como desculpa para os erros em série cometidos pelo governo Bolsonaro”, disse o economista e ex-ministro do Planejamento e da Fazenda, Nelson Barbosa., sobre o chamado “risco Lula”. Ainda segundo ele, “o PT nunca foi esse bicho papão que é pintado. As pessoas precisam de inimigos imaginários para sobreviver”.

“O presidente Bolsonaro é que tem que lidar com isso”, completou em referência aos erros de condução da política econômica atual, comandada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Para a economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta, o discurso do ex-presidente serviu para acalmar o ânimo dos investidores, que viram que ele “não pretende deixar o mercado desamparado”.

“Lula tem esse perfil mais intervencionista, o que coloca um sinal amarelo para o mercado. Ele procurou, com algumas falas mais conciliadas, não deixar o mercado desamparado, trouxe elementos desse Lula de 2002 para próximo do Lula de 2006”, disse a economista. Nesta quarta-feira, a Bolsa subiu 1,29% e o dólar recuou 2,36%, fechando a cotação em R$ 5,655.

A economista e professora da Universidade de São Paulo (USP) Laura Carvalho observa que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que na segunda-feira (8) anulou as condições impostas pelo ex-juiz Sergio Moro ao ex-presidente, não pode ser utilizada como pretexto ou justificava para eventuais turbulências no mercado.

“Vejo Lula como um conciliador que soube aproveitar muito bem o cenário externo favorável para realizar políticas importantes (de transferências de renda e investimento público em infraestrutura física e social) e conseguiu ao mesmo tempo reduzir a dívida pública, a inflação e acumular reservas internacionais. Não acho que faz sentido o temor. Ainda mais no cenário calamitoso em que nos encontramos”, avaliou.

Para Guilherme Mello, o professor do Instituto de Economia da Unicamp, “o chamado ‘risco Lula’ é um bicho papão inventado com o objetivo de manipular o mercado e os humores políticos. Ele não existe na prática, mas funciona para assustar os incautos”.

*Com informações do 247

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Petrobras: Bolsonaro entre a cruz e a caldeirinha, entre o mercado e os caminhoneiros

Bolsonaro demitiu o presidente da Petrobras, Roberto Castelo Branco e a mídia faz alarido em prol do coveiro do petróleo nacional.

Bolsonaro não é contra os reajustes dolarizados que sugam os brasileiros para servir aos acionistas internacionais.

O problema é que a explosão do preço do diesel mexe com os caminhoneiros que, de base eleitoral, pode se transformar no seu pior pesadelo se a categoria resolver parar o país, como fez com Temer, tendo apoio oportunista de Bolsonaro.

Para a mídia que, certamente, tem interesses contrariados na mudança de comando da Petrobras, não importa se essa política que esfola a economia brasileira funciona como um mata-leão para a maioria dos brasileiros, para ela, os lucros dos acionistas internacionais é sagrado e, mexer no oráculo dos lacaios do nosso petróleo, é um sacrilégio imperdoável.

A mídia só faz entrevista com economistas tucanos que são os próprios idealistas da entrega das riquezas nacionais para defender os papa lucros internacionais. Afinal o golpe em Dilma e Lula que tinha como base a dobradinha Globo e Lava Jato, era pra isso. Roubarem o petróleo dos brasileiros para beneficiar o capital internacional. Golpe que elegeu Bolsonaro que, agora, está entre a cruz e a caldeirinha, entre o mercado e os caminhoneiros.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro avisa ao mercado que vai abandonar as reformas e, consequentemente, a escolta do poder

O Centrão não é a favor nem contra o mercado, o Centrão é a favor do Centrão e age como um camaleão de olho em pesquisas de opinião pública, o que não deixa de ser uma relativa vantagem para a totalidade da população.

Por isso prefere afrontar o mercado do que os eleitores, mesmo não os tratando como cidadãos, mas como eleitores que podem definir o futuro político do integrantes do Centrão.

Parece que esse é um dos preços mais caros a Bolsonaro no acordo que foi feito com o Centrão que quer impedir a continuação das reformas e, consequentemente, bater de frente com os interesses da banca.

Mais que isso, exigiram que Bolsonaro, a seu próprio jeito, mandasse esse recado ao mercado e, assim, fez o presidente em sua última live, quando disse que o mercado tem medinho de tudo e qualquer coisa, fica nervosinho e que precisa ser mais patriota e que o povo precisa comer. Claro, ele estava falando ao Auxílio Emergencial que, para o Centrão, é assunto urgente. Ou seja, é a faca do Centrão na nuca de Bolsonaro.

O fato é que, se Bolsonaro não presta para as reformas que o mercado quer, para a banca, Bolsonaro não presta mais para nada. É aí que pode dar o curto mortal para o seu mandato que se segura em cordas pinguelas cada dias mais frágeis.

Tudo indica que o Posto Ipiranga será somente uma carcaça, uma vaca sagrada para ser adorada, porém, inútil.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Opinião

Vídeo: Veio da Havan, o muambeiro celebridade e o fundamentalismo do consumo

Como disse Milton Santos décadas atrás, o consumo é o grande fundamentalismo do planeta hoje.

A convergência de interesses que giram em torno do consumo como engrenagem de um sistema que há muito produz uma filosofia de que a existência humana só tem sentido se for para consumir e produzir lucros ao mercado, transformou-se em uma seita e, como tal, embota os olhos de uma sociedade induzida à compulsão.

Não foi por acaso que o mundo chegou a uma epidemia de diabetes, hipertensão em consequência da obesidade, entre outras doenças provenientes desse estado de coisas. Sair de casa e deixar de se alimentar de forma saudável para ir a um fast food, passou a ser um hábito dos zumbis do consumismo que, cada vez mais, parecem dependente dessa quimera de felicidade.

É um sentimento que está longe de ser exclusividade do brasileiro, mas é sim compatível com a civilização que o capital construiu.

O Brasil, que neste sábado completou um ciclo de 150 mil mortos em consequência da Covid-19, traz uma imagem que soma uma série de elementos que estão longe de serem culturais, mas de persuasão que funciona quase como uma imposição para a sobrevivência humana numa sociedade de consumo.

Dependesse do mercado, não teríamos 150, mas 300 ou até 500 mil mortes, pois o mercado da saúde, ao contrário do SUS, não vê o ser humano como paciente, mas como cliente consumidor, assim como tudo que envolve o mercado. E quando observamos que essa adoração ao mercado é fruto de uma massificação conceitual das empresas de comunicação de massa que martelam sem parar que a sobrevivência humana depende da sobrevivência do mercado e este do consumo, entendemos melhor por que o mercado da fé cresceu tanto; por que o deus que ali é vendido produz o milagre da multiplicação do dinheiro, da capacidade de ter e não de ser dos seres humanos.

Palmas para os marqueteiros, para quem pensa como estimular o consumo e buscá-lo a qualquer custo. É gente antenada com os costumes cotidianos das pessoas, que observa cada detalhe do comportamento humano e, a partir de um minucioso mapa emocional, forja estímulos para o consumo, produzindo do outro lado, nos que não podem consumir determinado produto, a sensação de fracasso, muitas vezes convertida em depressão por tal “impotência”.

Somente isso explica um muambeiro se transformar em celebridade num país que tem Bolsonaro como presidente da República, uma caricatura civilizatória que imita uma outra caricatura civilizatória, os Estados Unidos que, não por acaso, elegeu Trump e investe cada vez mais em armamento para destruição humana em nome da expansão do seu mercado.

Não importa que o Veio da Havan se pareça com qualquer coisa medieval dos tempos contemporâneos, que ele se diga anticomunista, erga uma estátua da liberdade em frente a sua loja com uma fachada que imita a Casa Branca. Dentro de seu estabelecimento comercial não há uma agulha vinda dos EUA, tudo é 100% made in China, por que esta fabrica e comercializa produtos que dão margem de lucro inimaginável e que, ainda assim, cabem no bolso dos consumidores brasileiros.

Esse é o grande desafio que a chamada sociedade moderna enfrenta, a autodestruição induzida pela filosofia do mercado em que qualquer barbaridade vale a pena se as margens de lucro não forem pequenas.

Fosse num país sério em que os próprios ministros da Suprema Corte não estivessem rendidos ao mercado, o Veio da Havan estaria na cadeia hoje por promover, em plena pandemia, a maior concentração de pessoas por metro quadrado. Mas como o capital transformou nossas instituições em departamentos pessoais, um sujeito como esse seguirá livre, leve e solto comemorando a falência institucional e, consequentemente a falência de um arcabouço civilizatório em que, quanto mais alto o posto que se ocupa, mais status se busca e mais submissão aos “donos da terra” se pratica.

https://twitter.com/denesfernando_/status/1315055541010530304?s=20

*Carlos Henrique Machado Freitas

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“Nossa aldeia é sem partido ou facção, não tem bispo, nem se curva a capitão”. Portela

No momento em que o Globo revela que metade dos povos indígenas isolados do Brasil é alvo de religiosos e que a milícia do Ceará soma quase 150 assassinatos desde início da paralisação de PMs, o carnaval é marcado pelas críticas contra a beligerância do bolsonarismo, as escolas de samba do Rio de Janeiro, no primeiro dia de desfile, produziram uma mistura de emoção, resistência e luta contra os tratados entre o governo Bolsonaro, milícia e pastores evangélicos, que têm como principal foco a mutilação da cidadania, a segregação, o racismo e a discriminação de negros, índios, mulheres e gays, resumindo a capacidade de fazer o mal que esse governo tem exercido.

Lógico que uma parte significativa da população carioca, principalmente das camadas mais pobres, viu-se espelhada nos enredos dos desfiles das escolas até aqui. Vários temas com várias versões desaguaram numa crítica contundente a esse estado de coisas que o Brasil vive e que assombra não só o país, mas a comunidade internacional.

Bolsonaro é um monstro tipo exportação e todo o cenário de ódio que o rodeia, pois tudo o que tem a marca do bolsonarismo, tem crime, sangue, violência, crueldade, injustiça, segregação e exaltação ao terror, marcas de uma mesma sociedade, que tem em uma parcela de fanáticos a garantia de que a individualidade é o melhor caminho para se nutrir o preconceito. Individualidade que tem como comissão de frente o mercado que, por ser um conceito abstrato, estimula todo o tipo de egoísmo, cobiça, indigência intelectual, social e política em nome do lucro e do enriquecimento a todo custo.

É nessa lógica do privado contra o comum que as escolas de samba souberam muito bem explorar e expor os mercadores da fé, as milícias, os magnatas, banqueiros garimpeiros, madeireiros e grileiros que não medem esforços para saciar a ambição que carregam consigo, potencializada com a chegada de um clã disposto a fazer acordos, parcerias com o que existe de mais nefasto numa civilização.

Nada disso impediu que as escolas de samba saíssem deslumbrantes com sambas encantadores, cada um mais belo que o outro, trazendo o tom da emoção ao limite do humano, principalmente os temas que carregam a defesa das religiões de matrizes africanas. mas o coro somado das escolas produziu um só enredo no primeiro dia de desfile no Rio, o de repúdio a Bolsonaro e a tudo o que representa o bolsonarismo como ideologia de guerra em nome do ódio ao outro.

Como diz e estrofe do lindo samba da Grande Rio:

“Salve o candomblé, Eparrei Oyá
Grande Rio é Tata Londirá
Pelo amor de Deus, pelo amor que há na fé
Eu respeito seu amém
Você respeita o meu axé”

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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O mercado está em festa com a possível aprovação da Reforma da Previdência que destruirá o povo

Bolsa sobe e dólar cai. O mercado comemora a destruição que a reforma da Previdência promoverá para os brasileiros. Mas o que se pode esperar de um governo que está aí para atender ao mercado?

Ibovespa atingiu nova máxima de fechamento nesta quarta-feira, impulsionado pelo otimismo do mercado com o início da votação da reforma da Previdência na Câmara; o índice subiu 1,23%, passando a acumular alta de 20,4% em 2019; já o dólar cai a mínima desde fevereiro.

Por Peter Siqueira (Reuters) – O Ibovespa atingiu nova máxima de fechamento nesta quarta-feira, impulsionado pelo otimismo do mercado com o início da votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados.

O Ibovespa subiu 1,23%, a 105.817,06 pontos. Com isso, passa a acumular alta de 20,4% em 2019. O volume financeiro da sessão somou 21,5 bilhões de reais na sessão.

O mercado monitorou o processo de votação do texto principal da reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados, considerada pelo governo peça-chave para o reequilíbrio das contas públicas do país.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a sessão deve ir até a madrugada de quinta-feira para encerrar o primeiro turno da votação. A previsão de Maia é que o segundo turno seja encerrado até sexta-feira.

“O mercado está precificando essa aprovação”, afirmou Felipe Silveira, analista de investimentos da Coinvalores, que também reiterou otimismo na expectativa que a votação em segundo turno seja realizada antes do recesso parlamento dia 18 de julho.

No exterior, o otimismo também prevalecia quando o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, abriu caminho nesta quarta-feira para o primeiro corte de juros nos Estados Unidos em uma década ainda neste mês, ao prometer “agir conforme apropriado” para defender a expansão econômica ameaçada pelas disputas comerciais e desaceleração global. Em Wall Street, o S&P 500 subiu 0,45%.

É isso. Até quando o povo vai suportar?

 

*Com informações do 247