Impressiona como Nikolas Ferreira segue as pegadas que levaram o “furacão” Pablo Marçal a falência moral e política.
A rara habilidade em enganar trouxas não foi dique para segurar os ventos contrário que Pablo Enfrentou nas últimas eleições pra prefeito em SP
A “nova promessa” de um Collor ou Moro que a mídia elevou a obsessão, deu com os burros n’água sobretudo depois de sair descadeirado de um embate nada ortodoxo com Datena.
Sim, o “super furacão” Pablo Marçal tinha virado o novo escapulário da direita nativa e consequentemente do colunismo de banco.
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Havia uma unidade harmônica que já o colocava como vencedor das eleições pra prefeito em São Paulo, com caixa pra virar presidente em 2026.
O resto todos sabem. Marçal não chegou nem no 2º turno na capital paulista e desapareceu na nevoa como uma alma penada.
Nikolas segue a mesma pegada e terá sem duvidas o mesmo efeito final de Marçal
A vaidade nabiça que fez Marçal tropeçar na língua e em seu próprio histórico de crimes, desabrochará e não demora na trajetória bufônica de Nikolas.
Bolsonaro será condenado em agosto e preso em outubro, avaliam advogados e aliados. Essa notícia é a pá de cal no bolsonarismo.
Mesmo sem ninguém pisar nos calos de Nikolas Ferreira perguntando alguma coisa sobre seu parente traficante, preso com quilos de cocaína e maconha, o nanico moral se empombou com Haddad por dizer que os tais 300 milhões de visualizações de seu vídeo era historinha para animar parquinho de debilóides.
No fundo, isso não passa de uma constatação inapelável.
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Depois da arregada vexatória de Bolsonaro para Moraes nesta terça (10), no STF, ao vivo e a cores, chega a notícia de dentro do próprio PL que a prisão de Bolsonaro não passará de Outubro.
Isso significa que o bolsonarismo, que ainda resta na xepa, não passará da mesma data.
Daí a gritaria dos futuros defuntos políticos foi de estalão, mostrando que essa turma de pé inchado está ligada no automático com o genocida.
Vereador de Belo Horizonte revela detalhes obscuros que associariam Nikolas Ferreira ao crime na capital mineira.
O vereador Pedro Rousseff (PT-MG), de Belo Horizonte, provocou polêmica nas redes sociais neste domingo (1º) ao publicar um vídeo com acusações contundentes contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). As declarações do petista, que rapidamente viralizaram, conectam o parlamentar a um suposto esquema de uso indevido de emendas parlamentares, envolvimento familiar com o tráfico internacional de drogas e possível relação com facções criminosas de caráter religioso.
No vídeo, Rousseff critica a postura pública de Nikolas, a quem acusa de hipocrisia moral, e revela que o deputado destinou, em 2024, verbas milionárias por meio de emendas parlamentares a Nova Serrana (MG), onde, segundo o vereador, o tio de Nikolas, Enéas Fernandes, era secretário municipal e pré-candidato à prefeitura.
A denúncia surge na esteira da recente prisão de Glaycon Raniere de Oliveira Fernandes, primo de Nikolas e filho de Enéas, flagrado com 30 quilos de maconha e pequenas quantidades de cocaína durante uma operação policial em Uberlândia. A prisão, confirmada pelas autoridades, levou Glaycon à custódia no Presídio Professor Jacy de Assis.
“Não era droga para consumo, era tráfico internacional”, afirmou Rousseff no vídeo. Ele questiona o silêncio da mídia tradicional e critica o que considera um tratamento desigual quando casos semelhantes envolvem nomes ligados à esquerda. “Se fosse o Lula, seria manchete nacional. Mas como é Nikolas, ninguém fala nada.”
Outro ponto levantado pelo vereador diz respeito ao que chamou de “narcopentecostalismo”, ao relatar o suposto domínio de uma facção criminosa com viés religioso na Cabana do Pai Tomás, comunidade onde Nikolas cresceu. Segundo Rousseff, o grupo mistura símbolos religiosos com práticas criminosas, como o tráfico de drogas, e usaria a bandeira de Israel como referência simbólica.
O vídeo termina com um apelo à população e às autoridades para que investiguem as denúncias: “A justiça tem que valer para todos, inclusive para aqueles que se escondem atrás de discursos morais e religiosos.”
Nikolas se defende: “Tentativa frustrada de me atingir”
Em resposta, o deputado Nikolas Ferreira se pronunciou nas redes sociais, minimizando o impacto da prisão do primo e negando qualquer envolvimento com as acusações. “Não é algo que me envolve. Se alguém comete crime, tem que pagar. Simples assim”, declarou em publicação no X (antigo Twitter).
Ele também ironizou o timing da divulgação: “Fizeram questão de noticiar no meu aniversário. Agradeço o presente.” Nikolas não mencionou diretamente as acusações de Pedro Rousseff ou o suposto favorecimento ao tio com emendas parlamentares.
Repercussão política
A prisão de Glaycon Fernandes e as acusações de Pedro Rousseff movimentaram o debate político nas redes sociais. A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) questionou a conduta do deputado: “É essa a ‘família’ que Nikolas defende? Será que ele sabia do envolvimento do primo com o tráfico?”
Já o deputado André Janones (Avante-MG) pediu cautela: “Não há prova cabal ligando Nikolas ao narcotráfico, mas as investigações seguem.”
Mais incisivo, o deputado Rogério Correia (PT-MG) ironizou a situação: “Não há nenhuma prova de que as emendas de Nikolas tenham financiado o tráfico na família dele. Deus, Pátria e Farinha!”
Até o momento, Nikolas Ferreira não apresentou esclarecimentos sobre o destino das emendas citadas por Pedro Rousseff. A Procuradoria da República em Minas Gerais ainda não se manifestou sobre a possibilidade de investigação.
O deputado federal de extrema direita, Nikolas Ferreira (PL), despareceu. Assíduo frequentador das redes sociais, ele não dá um pio desde explodiu a notícia de que seu primo, Glaycon Ranieri de Oliveira Fernandes, foi detido em flagrante em Uberlândia (MG) com mais de 30 quilos de maconha, além de 3,82 gramas de cocaína, no carro em que estava.
Para piorar ainda mais a história, Glaycon é filho de Enéas Fernandes (PL), tio de Nikolas que foi candidato a prefeito de Nova Serrana (MG) em 2024. Meses antes das eleições, Nikolas destinou cerca de 1,5 milhão de reais em emendas à cidade. Mesmo com toda a dinheirama do sobrinho, Enéas foi derrotado por Fabio Avelar (Avante).
Ironicamente, seus colegas, no entanto, fizeram questão de lembrar, pelas redes sociais, as ligações de Nikolas com seus parentes. Com Forum.
“É essa a ‘família’ que Nikolas defende? Será que Nikolas sabia que seu primo era traficante e mesmo assim se envolveu nessa campanha eleitoral?”, afirmou a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) em suas redes sociais.
A mídia escolher Nikolas Ferreira como uma figura de destaque, é uma estratégia enganosa para atrair a atenção, já que ele é uma figura performática, mesmo inútil ao país, conhecida por declarações totalmente mentirosas e alinhadas à pautas conservadoras.
Nikolas é um mentiroso sem pudor.
Isso não é uma crítica, mas uma constatação que não carece de exemplos específicos para ser avaliada como conclusão.
O seu caráter se mede por sua envergadura moral, que é nenhuma.
Não é esse o problema da mídia nativa também?
Então, está tudo em casa, embalado e carimbado pelos mesmos interesses que defendem Nikolas e mídia.
Nikolas, como político é um nulo
É muito ativo nas redes para ampliar sua influência política na base do palavrório com discursos toscos, rasos e sem valor algum para o Brasil e para os brasileiros.
Suas besteiras geram engajamento, o que pode explicar o interesse midiático.
No entanto, a relação entre meios de comunicação e figuras públicas é complexa, a mídia pode tanto “eleger” quanto amplificar alguém por conveniência, cliques ou alinhamento ideológico.
Já a questão moral, quanto pior melhor para a mídia.
Nesse ponto o moleque, no sentido literal do termo, faz jus à condição de novo bibelô da mídia oligárquica,
O problema é que a indústria cultural de massa, que tem na Globo seu apogeu brasileiro, não tem como sustentar um produto por muito tempo.
A massificação não é feita para produzir vida longa a determinado produto, mas para usá-lo como promoção relâmpago antes de sair de moda e apodrecer como qualquer produto perecível.
Na verdade, esse é o drama da direita brasileira como um todo. Nikolas é somente mais um.
A efemeridade de sua relevância dependerá de habilidade para se reinventar num cenário político volátil e tão cheio de piranhas da própria direita.
Ora, Níkolas fez um vídeo que, segundo os “entendidos”, chegou há 10 bilhões de visualizações?
Poxa, mas ele, junto com Bolsonaro e Malafaia e outras traças da direita, convocou os fanáticos bolsonaristas para a manifestação desta quarta-feira, mas só compareceram 4,500 bolsoneiros?
Ué, cadê os trilhões de Bolsonaristas que viram o vídeo do Nikolas?
Não foram ao ato pela anistia de Bolsonaro no dia 7, por quê?
Fux, Ciro Gomes e outras figuraças, que apoiam Bolsonaro, não foram capazes de mobilizar nem as pulgas para engrossar aquela tripa que Bolsonaro conseguiu reunir?
A direita está num mato sem cachorro.
O segredo primitivo do bolsonarismo é a brutalidade burra.
Conclusão óbvia: a “viralização do vídeo de Nikolas Ferreira” mostra a “força da direita” nas redes via algoritmos e big techs como bacamarte espalha chumbo, mas o engajamento online não se converte em presença nas ruas. Ou seja, algorítimo não ganha jogo, não vota e não vai para as ruas defender bandido genocida.
Anabolizante digital nasce e morre digital.
Esse é o caso do vídeo do anão moral Nikolas Ferreira.
Trocando em miúdos, a desconexão entre redes e ruas pode ser explicada por fatores como a natureza volátil do engajamento digital que muitas vezes se limita a interações rápidas (curtidas, compartilhamentos), e a falta de um sentimento nacional unificado fora das bolhas virtuais.
Enquanto Nikolas se consolida como um porta-voz da direita radical, a conversão de sua influência digital em ação concreta enfrenta limites claramente estreitos, especialmente em pautas polarizantes como a anistia.
Não só isso. A estratégia de Nikolas, com tom religioso, conservador e uso de hashtags como #família e #fé, não amplifica o alcance, atraindo engajamento orgânico.
Essa é a diferença fundamental do plano do PL entre o engajamento online como fábula e a materialização pífia nas ruas.
Em 8 de março de 2023, no Dia Internacional da Mulher, Nikolas usou uma peruca loira no plenário da Câmara, apresentou-se como “Deputada Nikole” e fez declarações ironizando pessoas trans.
Nessa nítida espetacularização de ódio transfóbico, Nikolas afirmou que “mulheres estão perdendo espaço para homens que se sentem mulheres”.
A ação foi corretamente considerada transfóbica por associações como a Aliança Nacional LGBTI+ e a Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (Abrafh).
Em 29 de abril de 2025, a juíza Priscila Faria da Silva, da 12ª Vara Cível de Brasília, condenou Nikolas a pagar R$ 200 mil por danos morais coletivos, argumentando que o discurso ultrapassou a liberdade de expressão, configurando discurso de ódio ao descredibilizar identidades de gênero e incitar discriminação e violência.
O valor da condenação será revertido ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos.
Nikolas anunciou que recáorrer, alegando imunidade parlamentar (art. 53 da Constituição).
O deputado criminoso, em 2020, quando ambos eram vereadores em Belo Horizonte, Nikolas se referiu à deputada trans, Duda Salabert (PDT-MG), com pronomes masculinos em entrevista ao Estado de Minas , dizendo: “Eu ainda vou chamar-la de ‘ele’.
Ele é homem.” A atitude foi considerada desrespeito à identidade de gênero.
Em abril de 2023, a 33ª Vara Cível de Belo Horizonte condenou Nikolas a pagar R$ 80 mil por danos morais.
Em dezembro de 2023, a 10ª Câmara Cível do TJ-MG confirma a reportagem, em segunda instância fixou a indenização para R$ 30 mil.
A decisão foi unânime, destacando que as falas careciam de respaldo científico e violavam a dignidade de Salabert.
]Em agosto de 2024, um novo recurso de Nikolas foi rejeitado. Em 2022, Nikolas, então vereador, divulgou um vídeo gravado por sua irmã, também menor, expondo uma adolescente trans usando o banheiro de uma escola particular em Belo Horizonte.
Ele incentivou pais a retirarem seus filhos da instituição, o que o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) viu como transfobia seus discursos de intolerância.
Em setembro de 2023, a 5ª Vara Criminal de Belo Horizonte aceitou a resposta do MPMG, tornando Nikolas réu por transfobia.
O MPMG pediu instruções com pena de 2 a 5 anos de prisão, perda de mandato e multa.
Nikolas questionou a imparcialidade dos promotores, mas a ação segue em andamento.
Nikolas e sua defesa, frequentemente, invocam a imunidade parlamentar para justificar suas falas, mas a juíza Priscila Faria da Silva, no caso de 2023, argumentou que a imunidade não cobre discursos de ódio que violam a dignidade humana.
Em 2024, o ministro André Mendonça arquivou cinco notícias-crime contra Nikolas no STF, considerando as falas de 2023 protegidas pela imunidade parlamentar, mas sugeriu que a Câmara avaliasse quebra de decoro.
O Conselho de Ética da Câmara arquivou um processo sobre o mesmo caso em junho de 2023.
As condenações são vistas como marcos na luta contra a transfobia no Brasil, país que liderou o ranking de assassinatos de pessoas trans há 15 anos, segundo a Transgender Europe (TGEU).
Nikolas Ferreira, um pigmeu moral, vai entender pelo bolso e possível perda de mandato, que ódio é crime, não opinião.
Há evidências sólidas de que Bolsonaro traiu Nikolas Ferreira em relação à candidatura ao governo de Minas Gerais.
Não ouve notificação direta de ruptura ou promessa quebrada. Ninguém passa recibo de traidor.
Contexto Apoio inicial de Bolsonaro: Em novembro de 2024, Bolsonaro elogiou Nikolas Ferreira publicamente, indicando-o como um candidato possível ao governo de Minas Gerais em 2026, mas roeu a corda do fedelho.
Ele destacou a projeção nacional de Nikolas e sugeriu conversar com ele sobre a candidatura, embora tenha mencionado que Nikolas “peca às vezes” devido à juventude.
Tensões recentes: Há relatos de distanciamento entre Nikolas e o clã Bolsonaro, especialmente após Nikolas criticar acordos do PL com o Centrão e apoiar Pablo Marçal (PRTB) na disputa pela prefeitura de São Paulo, contrariando a estratégia bolsonarista.
Bolsonaro também expressou irritação com a ambição de Nikolas. O genocida afirmou que ele precisava crescer e virar homem antes de buscar cargas mais altas, como o Senado, e chegou a descartar uma candidatura de Nikolas ao Senado em 2026 por questões de idade e maturidade.
Interesse de Nikolas no governo de MG: Nikolas Ferreira confirmou publicamente que não descartou concorrer ao governo de Minas Gerais em 2026, especialmente após o fim do segundo mandato de Romeu Zema (Novo), que não poderá se reeleger.
Apoio do PL de Bolsonaro Lideranças do PL, incluindo Valdemar Costa Neto, discutem a candidatura de Nikolas ao governo de Minas, vendo-o como um nome forte da direita, dado o seu desempenho eleitoral em 2022 (1,49 milhões de votos).
Mas isso bate de frente com os interesse do clã Bolsonaro.
Nesse quesito, Valdemar é a Rainha da Inglaterra do PL, mas quem manda e desmanda na birosca fascista, é o genocida.
Críticas nas redes via Carluxo Postagens no X do gabinete do ódio bolsonarista comandado por Carluxo, acusam Nikolas de deslealdade a Bolsonaro, indicando que ele busca construir seu próprio espaço político, o que gerou atritos com apoiadores do clã
Em pânico com o forte discurso sobre a fuga de Eduardo Bolsonaro, Nikolas disse que o psolista merecia “prisão perpétua”. Na réplica, Glauber intimidou o bolsonarista: “tenha coragem de fazer um debate sério, frente a frente”
O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) fez Nikolas Ferreira (PL-MG) tremer na Câmara Federal nesta terça-feira (18) após o bolsonarista usar a tribuna do plenário para fazer acusações infundadas e dizer que o psolista deveria ser condenado à prisão perpétua.
Em pânico com o forte discurso de Glauber diante da fuga de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Nikolas Ferreira afirmou que “você deveria estar preso, você Glauber Braga prisão perpétua, só fala besteira”.
O psolista então pediu a palavra diante de um acanhado e amedrontado Nikolas, que mordia a boca e tremia ao ouvir o discurso.
“O plenário estava um pouco barulhento e eu vi quando o deputado Nikolas Ferreira ao subir àquela tribuna tinha apontado para mim, mas eu não ouvi exatamente o que ele tinha dito. Pedi ao meu gabinete para recuperar o vídeo e vi, então, a citação que ele fez a mim e a acusação que fez. Ele diz que eu merecia prisão perpétua por falar muita besteira”, iniciou Glauber.
Em seguida, o deputado fluminense desafiou o bolsonarista a relatar qual teria sido a besteira que ele disse. Em seguida, Glauber passou a listar casos suspeitos de corrupção do PL.
“Será que é porque eu disse que o PL é o partido mais contemplado com orçamento secreto? Que de cada 10 deputados mais beneficiados pelo orçamento secreto, 5 são do PL? Será que ele cita na tribuna e faz essa acusação olhando para mim, se referindo a mim porque tem 3 deputados do PL, o seu partido, que estão respondendo no Supremo Tribunal Federal por terem desviado e roubado dinheiro público com orçamento secreto?”, disparou.
“Será que ele vai a essa tribuna se referir diretamente a mim porque eu disse que o estado do Rio de Janeiro, na última lista que foi cancelada pelo ministro Flávio Dino, de R$ 4 bilhões, de 7 municípios 5 eram do PL, administrados pelo PL?”, seguiu o deputado do PSOL.
Em seguida, com o bolsonarista apavorado, Glauber enquadrou: “o deputado Nikolas Ferreira se esconde atrás da covardia. Suba àquela tribuna, deputado, para defender aqueles 3 deputados do PL que estão nesse momento no Supremo Tribunal Federal tendo que responder pelo roubo que fizeram do dinheiro público com orçamento secreto. Não me cite pela metade, como fez naquela tribuna, tenha coragem de fazer um debate sério, frente a frente”.
“Não se utiliza da tentativa de fazer com que o mandato se intimide porque o senhor diz que eu merecia prisão perpétua. O senhor e os seus cúmplices é que têm que ser responsabilizados por tudo aquilo que estão fazendo contra o Brasil”, concluiu. Com Forum.
Conheça os doadores de campanha do deputado mineiro, articulador das notícias falsas que derrubaram mudanças no Pix.
Não é de hoje que Nikolas Ferreira (PL-MG) se notabiliza como um dos principais líderes do bolsonarismo. Um dos aspirantes à sucessão de Jair Bolsonaro, hoje inelegível, o deputado mineiro comprovou sua importância no ecossistema de disseminação de notícias falsas diante da controvérsia em torno das mudanças no sistema de pagamentos Pix, que entraram em vigor em 1º de janeiro. A Receita Federal propunha que as instituições financeiras reportassem ao governo movimentações acima de R$ 5 mil por mês, no caso de pessoas físicas, e R$ 15 mil para pessoas jurídicas.
Mas por que Nikolas está tão preocupado com a fiscalização do Pix? Que interesses ele representa? Que pessoas, que países?
De Olho nos Ruralistas investigou a lista de doadores de campanha do deputado mais votado nas eleições de 2022. Entre seus financiadores, estão influenciadores que promovem “jogo do tigrinho” e golpes financeiros, empresários indiciados por financiar atos antidemocráticos e até um ex-sócio de Donald Trump.
Em um vídeo postado no Instagram, Nikolas distorceu as informações do governo, insinuando que a Instrução Normativa nº 2219/2024 abria caminho para a taxação do Pix. O governo Lula tentou conter a crise, mas o estrago já estava feito: o vídeo ultrapassou 300 milhões de visualizações e forçou o Ministério da Fazenda a recuar. O ataque do bolsonarista gerou um impacto sensível na aprovação do governo, que caiu de 52% para 47% em relação à última pesquisa da Genial/Quaest, de dezembro.
As doações de campanha para Nikolas Ferreira e a relação com sua atuação parlamentar são o tema do último vídeo da editoria De Olho no Congresso, no canal do YouTube.
A ligação do deputado com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e o histórico de conflitos fundiários de seus financiadores serão detalhadas em outra reportagem.
Ex-sócio de Trump doou R$ 100 mil para campanha de Nikolas Dono da rede de supermercados Mart Minas, Ronosalto Pereira Neves foi o maior doador para a campanha de Nikolas Ferreira à Câmara, em 2022. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que ele realizou duas transferências: a primeira, de R$ 70 mil, em agosto; e a segunda, de R$ 30 mil, em setembro.
Em 2018, o empresário confessou à Polícia Federal ter levantado R$ 1,1 milhão de reais em espécie para o grupo J&F, detentor da JBS. Segundo o relatório da Operação Ross, os irmãos Wesley e Joesley Batista captaram, em 2014, R$ 128 milhões em dinheiro vivo junto a donos de supermercados e outros clientes do frigorífico. O objetivo? Financiar a campanha presidencial de Aécio Neves (PSDB), na época senador. Em delação premiada, os executivos da JBS informaram que os valores em espécie eram destinados a sócios do político, sem que isso aparecesse na prestação de contas ao TSE.
Ronosalto Pereira Neves e a esposa Nayla Micherif foram parceiros de Trump no Miss Brasil. (Foto: Afonso Pereira)
Ronosalto é casado com a mineira Nayla Micherif Neves, Miss Brasil em 1997. O casal foi sócio de Donald Trump no concurso de beleza, que integra a rede Miss Universo. A marca pertenceu ao presidente dos Estados Unidos entre 1996 e 2015, ano em que disputava a nomeação do Partido Republicano para concorrer à Casa Branca. Ronosalto e Nayla representaram Trump por onze anos na organização do Miss Brasil.
O deputado Nikolas Ferreira costuma publicar mensagens em inglês dirigidas a Donald Trump. Ele participou de uma das festas da posse do presidente, o Baile da Liberdade, junto a outras figuras expressivas do bolsonarismo, como Eduardo e Michelle Bolsonaro. Segundo a Secretaria de Relações Internacionais da Câmara, a viagem dos parlamentares foi paga com recursos próprios.
Em resposta à reportagem, o grupo Mart Minas informou que as informações prestadas às autoridades foram consideradas suficientes e que tinham como foco a JBS. “Todas as operações realizadas em 2014 com a JBS S/A foram regulares e somente relacionadas aos produtos adquiridos da fornecedora”, informa a nota. E continua:
— Trata-se na realidade de verificação de pagamentos em dinheiro de 5 duplicatas referentes a produtos cárneos comprados para revenda, volume pequeno inclusive perto da quantidade de produtos que era adquirido da fornecedora em questão mensalmente, pagos a diretamente à JBS S/A por solicitação da diretoria deles. Não havia, por óbvio, qualquer necessidade de justificativa para diretoria da JBS S/A solicitar o pagamento em espécie. Vale ressaltar que em 2014 não havia qualquer discussão quanto à indústrias e pagamentos de propina a políticos, motivo pelo qual a solicitação não levantou suspeitas ou causou estranheza.
Em relação à parceria de Ronosalto e Nayla Neves com Donald Trump, a assessoria informa que se tratava de relação comercial e “apenas por esta razão, estiveram juntos em alguns eventos públicos”. Quanto a doação realizada ao deputado Nikolas Ferreira, a Mart Minas informa que “a decisão é apenas baseada nas convicções do Sr. Ronosalto, não tendo qualquer relação com laços externos”.
‘Tigrinho’, golpe financeiro e operações ilegais na bolsa Em Brasília, o deputado Nikolas Ferreira tenta se destacar — e ganhar engajamento nas redes sociais — fiscalizando os gastos do governo federal. São dezenas de requerimentos, com um foco especial na primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. Essa disposição não se reflete da mesma forma quando o assunto é a origem do patrimônio de amigos e financiadores de campanha.
É o caso do influenciador Mayk Santos de Souza, dono de um canal no YouTube com 321 mil inscritos, onde ele divulga receitas para ficar milionário. Elas incluem apostas esportivas e o “jogo do tigrinho” — considerado ilegal no Brasil. A relação entre Mayk e Nikolas é antiga: em 2020, ele entrevistou o jovem político quando ainda era candidato a vereador em Belo Horizonte. Desde então, os dois se tornaram amigos e aparecem em vários vídeos juntos, inclusive no casamento de Nikolas.
Amigo de Nikolas, Mayk Santos ganhou BMW de influenciador investigado por “tigrinho”. (Imagem: Mayk Santos/YouTube)
Santos/YouTube)
Em 2023, Mayk publicou um “documentário” onde acompanha o deputado mineiro Nikolas Ferreira em Brasília na busca de um apartamento para alugar após sua eleição para a Câmara. Foi justamente nessa campanha que o influenciador doou R$ 10 mil para o amigo, segundo o TSE.
Mayk Santos é próximo de Ruyter Poubel, outro influenciador ligado ao setor de apostas on-line. Em dezembro, Ruyter foi alvo da Operação Faketech, que investiga um esquema de “jogo do tigrinho”. Segundo a Polícia Federal, ele lucrava com as perdas dos seguidores recebendo comissão das casas de apostas ilegais. Viria daí o dinheiro ostentado por Ruyter nas redes sociais e com presentes caros aos amigos.
Esse não é o único doador de Nikolas envolvido em acusações de golpes financeiros. O deputado recebeu, em 2022, R$ 31.124,72 por meio da plataforma de vaquinha virtual QueroDoar. Um dos maiores valores doados pela plataforma veio de Gabriel de Souza Nascimento, sócio da empresa de criptoativos Xland, com sede no Acre. Ele fez um Pix de R$ 1 mil para a campanha de Nikolas.
A empresa ganhou notoriedade após protagonizar o episódio onde o jogador de futebol Willian Bigode teria aplicado um golpe nos companheiros de equipe Mayke e Gustavo Scarpa, quando todos atuavam pelo Palmeiras. A Xland prometia retornos altos em investimentos em criptoativos, que teriam como lastro 20 kg de pedras de alexandrita, adquiridas na região de Campo Formoso (BA). Segundo reportagem do GE, as pedras foram avaliadas em US$ 500 milhões (R$ 2,5 bilhões na cotação da época), mas foram adquiridas por apenas R$ 6 mil.
Caso Xland: Willian Bigode (esq.) aplicou golpe em Mayk e Gustavo Scarpa quando atuavam no Palmeiras. (Foto: Reprodução)
De Olho nos Ruralistas identificou ainda um doador de 2020, na eleição para vereador em Belo Horizonte, investigado por crimes contra a economia popular. Trata-se do influenciador e dono de casas de apostas esportivas Ronald Henrique Oliveira Lopes. Ele é alvo de inquérito pela Polícia Civil de Minas Gerais por divulgar planos de investimento baseados em operações Forex na bolsa de valores sem registro na Comissão de Valores Mobiliários, a autarquia do Ministério da Fazenda.
Em 2020, além de doar R$ 10 mil por meio de seu CPF, o influenciador tentou doar mais R$ 10 mil pela empresa Horta Consultoria. O TSE condenou Nikolas a devolver a quantia, quando este já tinha usado parte do valor para cobrir despesas de campanha.
Justiça eleitoral obrigou Nikolas a devolver dinheiro de campanha O caso de Ronald Lopes não foi o único em que Nikolas Ferreira teve de devolver dinheiro de doações. Dono da empresa Fly Management, com sede em Santana do Parnaíba, o piloto e controlador de vôo Mário Gonçalves Vasques Junior fez doações para Nikolas Ferreira tanto na campanha de 2020 quanto na de 2022.
Amigo pessoal do deputado, Vasques realizou duas transferências na disputa para a Câmara: uma de R$ 20 mil, em agosto; e outra de R$ 15 mil, em setembro; totalizando R$ 35 mil. Em 2020, o empresário doou R$ 10 mil por meio do CNPJ da Fly Management. O detalhe não escapou à Justiça Eleitoral, que reprovou as contas do candidato e ordenou a devolução da quantia.
Apesar das doações generosas a Nikolas Ferreira, Vasques acumula uma dívida de R$ 1,29 milhão com a União, segundo dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Além dos serviços de aviação, ele se dedica a gravar vídeos de apoio a Bolsonaro na internet e é visto frequentemente ao lado de figuras do Partido Liberal (PL). Em 2024, ocupou um cargo comissionado na prefeitura de Rancho Queimado (SC), ocupada por Cleci Aparecida Veronezi, do mesmo partido de Nikolas. Em 2022, Vasques doou R$ 25 mil para a catarinense Julia Zanatta, também do PL.
De Olho nos Ruralistas tentou contato com o deputado e com as empresas e sócios citados. Até o momento da publicação, apenas uma havia respondido. Conforme cheguem novas respostas, estas serão atualizadas na reportagem.