O proprietário do Banco Master, Daniel Vorcaro, preso pela Polícia Federal na terça-feira (18), recebeu investimentos bilionários do fundo Hans 95, apontado pela Operação Carbono Oculto como uma das principais engrenagens de um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao PCC. Com informações do UOL.
Documentos da CVM, Juntas Comerciais e registros imobiliários mostram que o fundo abasteceu negócios de Vorcaro, direta e indiretamente, por meio de uma complexa estrutura de fundos em cascata que dificulta o rastreamento dos reais beneficiários.
O Hans 95, administrado pela gestora Reag, soma cerca de R$ 35 bilhões em patrimônio e deixou de enviar informações obrigatórias à Receita Federal desde 2022, além de não apresentar auditorias à CVM entre 2022 e 2024. A última avaliação disponível, em 2021, teve abstenção de opinião dos auditores por falta de dados.
Ligações com o PCC Relatórios sigilosos mostram que o fundo recebeu R$ 17 milhões da esposa de Mohamad Hussein Mourad e outros R$ 45 milhões de origem não identificada via BK Bank — ambos citados como parte da engrenagem financeira usada para lavar recursos do PCC.
Nessa cadeia de investimentos, o Hans 95 ainda aportou recursos em outros dois fundos que seriam controlados por Mohamad. Dois níveis abaixo dele estava o fundo Gold Style.
Segundo a investigação da PF, o Gold Style recebeu valores de familiares de Mohamad, direta ou indiretamente por empresas, com movimentações também feitas a partir do BK Bank. Já boa parte do patrimônio declarado pelo Mabruk II estava aplicada em debêntures emitidas por empresas supostamente ligadas a Mohamad, ainda conforme a PF.
Aportes milionários em títulos do Banco Master Entre os investimentos, o Hans 95 e fundos sob seu controle movimentaram ao menos R$ 849 milhões em títulos do Banco Master desde 2024. Apenas o Astralo 95, subordinado ao Hans, tinha R$ 622 milhões aplicados em CDBs e outros títulos do Master; o Murren 41 detinha R$ 103 milhões; e o próprio Hans investiu R$ 124 milhões em outubro de 2024.
Segundo decisão judicial da operação Compliance Zero, o Master chegou a ofertar ao mercado “títulos de crédito insubsistentes ou ‘podres’” para mascarar sua crise de liquidez e inflar artificialmente seu patrimônio.
R$ 1,65 bilhão no fundo ligado à mansão de Vorcaro A influência do Hans 95 também aparece na empresa proprietária da mansão de R$ 36,1 milhões onde Vorcaro vive em Brasília. A Super Empreendimentos e Participações, dona do imóvel e de outros 14 bens, recebe investimentos por meio do fundo Termopilas — quatro degraus abaixo do Hans na cadeia financeira.
Em junho de 2024, mais de 90% do Termopilas já pertenciam ao Hans 95. Durante o período da compra da casa, o cunhado de Vorcaro, Fabiano Zettel, era diretor da Super.
R$ 1 bilhão em empresa associada a Vorcaro Outra empresa ligada ao banqueiro, a Akka Empreendimentos, recebeu R$ 1 bilhão via Murren 41, apesar de declarar capital social de apenas R$ 31 milhões.
O aporte bilionário é incompatível com o tamanho da empresa e reforça suspeitas sobre a origem e a finalidade desses recursos. Assim como a Super, a Akka é uma sociedade anônima fechada, sem atividades públicas conhecidas.
Fundo ligado à compra de parte do Atlético Mineiro A rede de investimentos também alcança o futebol. Um dos fundos alimentados pelo Hans 95, o Astralo 95, é o principal cotista do Galo Forte FIP, usado por Vorcaro para adquirir 25% da Galo Holding, que controla o Atlético Mineiro. Em março de 2025, o Astralo já tinha R$ 300 milhões aplicados na operação. Com DCM.
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Essa elite conservadora, que domina a política e a economia brasileira há décadas, não tem a menor autoridade moral ou factual para abrir a boca sobre segurança pública sem ser confrontados com sua própria história de cumplicidade e incompetência.
Comando Vermelho no Rio: Fundado nos anos 1970 no Instituto Penal Cândido Mendes (Ilha Grande), o grupo começou como “Falange Vermelha” – uma autodefesa contra torturas e chacinas estatais.
Em 1979, uma carnificina no presídio (matança de detentos pela ditadura) acelerou a expansão.
Hoje, o CV domina favelas e rotas de tráfico porque, lá atrás, a direita falhou miseravelmente e a semente foi plantada pela ditadura.
PCC em SP: Criado em 1993 na Casa de Custódia de Taubaté, logo após o Massacre do Carandiru (1992), onde o governo de direita de São Paulo matou 111 presos indefesos.
O PCC surgiu como “autodefesa” contra abusos prisionais, adotando o lema “Paz, Justiça e Liberdade” (copiado do CV)
Fundadores como Geleião e Cesinha coordenaram ataques a prédios públicos pra vingar as violações estatais.
Esses “barões” – generais, coronéis e elites econômicas que sustentaram a ditadura – criaram o caldo de cultura pro crime organizado.
Sem a repressão brutal e a superlotação intencional, não haveria CV nem PCC.
E quem herda essa herança? Governos de direita em RJ e SP, que deixaram as facções crescerem por décadas.
O crescimento das facções debaixo do nariz da direita no poder.
SP e RJ, berços do PCC e CV, são governados por forças conservadoras há mais de 30 anos (PSDB em SP desde 1995, com pit stops em direita radical; PMDB/PL no RJ).
Resultado?
Facções que faturam bilhões (R$ 1 bi/ano só o PCC, segundo investigações da PF) e se infiltram em tudo: polícia, política e até a Faria Lima.
Infiltração atual
O PCC lava dinheiro via privatizações (fundos e empresas estatais vendidas pros “barões”), financia campanhas (investigações da PF mostram “banco” da facção pra candidatos) e opera na Faria Lima – o coração financeiro da elite de direita. A hipocrisia de hoje
Discurso de segurança sem ação real
Esses “barões” de Tarcísio (SP) a Cláudio Castro (RJ) e Caiado (GO) – posam de heróis anti-crime, mas sabotam soluções sistêmicas.
Consórcio da Paz: Lançado em novembro/2025 por governadores de direita, é puro teatro eleitoral pra 2026.
Ignora a PEC da Segurança Pública do governo federal (que cria integração nacional e banco de dados contra facções), porque isso ameaça seus feudos infiltrados.
Projeto anti-terrorismo Defendem classificar PCC e CV como “terroristas” pra endurecer penas, mas resistem a medidas que atinjam lavagem de dinheiro ou privatarias. Por que será?
No Paraguai e Argentina (governos de direita), já usam isso para justificar intervenções na fronteira – e aqui pode abrir porta para o intervencionismo de Trump, como Gleisi Hoffmann alertou.
Resultados? Zero!
Violência explode (guerra PCC vs. CV na Amazônia matou centenas em 2025), mas o foco é em “perseguir maconheiro e pobre”. Não querem desmantelar finanças.
Privatizações viram atalho pro crime: R$ 146 bi movimentados por facções em 2022 via combustível, ouro e cigarros ilegais.
Conclusão Hora de desmascarar o circo Não, eles não podem falar em Segurança Pública sem rir na cara da população brasileira.
Soluções reais? Atacar finanças (congelar contas de facções), integrar inteligência (PEC federal) e investir em prevenção social – não mais chacinas que só radicalizam.
Se a escumalha liberal quer falar, que assumam.
O monstro que combatem é filho deles.
Caso contrário, calem a boca e saiam do picadeiro eleitoreiro!
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Victor Linhares de Paiva recebeu 230 mil reais em conta de fintech suspeita de lavar dinheiro para o PCC
Por Leandro Demori, Flávio VM Costa e Alice Maciel
A Polícia Civil do Piauí cumpriu nesta terça-feira (4) mandado de busca e apreensão contra Victor Linhares de Paiva, ex-assessor, aliado político e compadre do senador piauiense Ciro Nogueira (PP). Ele é alvo da Operação Carbono Oculto 86 que investiga um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo postos de combustíveis que supostamente atendem à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Victor Linhares recebeu a quantia de R$ 230 mil de outro alvo da mesma operação, o empresário Haran Santhiago Girão Sampaio, antigo dono da rede de postos HD que seria o epicentro do esquema criminoso no Piauí. O ICL Notícias teve acesso exclusivo a um documento que comprova a transação financeira.
O dinheiro foi transferido em 20 de dezembro de 2023 para uma conta aberta por Linhares apenas oito dias antes na fintech BK Bank. A instituição financeira foi apontada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) como peça-chave no esquema de lavagem de dinheiro do PCC. A ligação entre o banco e a facção criminosa foi revelada na Operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto e que atingiu empresas e fundos sediados na Faria Lima, em São Paulo.
A investigação piauiense é um desdobramento da operação homônima, que teve o foco maior em São Paulo. Por essa razão, foi batizada com acréscimo do número 86, referente ao DDD do Piauí. A Justiça autorizou o compartilhamento de provas entre as duas operações.
A comunicação do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), ao qual o ICL Notícias teve acesso, registra que Victor Linhares de Paiva transferiu o dinheiro para outra conta bancária registrada em seu nome, assim que recebeu o depósito de Sampaio.
“Após isso não houve mais nenhuma transação, indicando que a abertura de conta pode ter sido apenas para essa transação”, lê-se no documento.
A movimentação financeira chamou a atenção dos investigadores do Piauí porque coincide com o período em que Haran Sampaio e seu sócio, Daniel Coelho de Souza, venderam os postos de combustíveis da rede HD para um fundo de investimentos administrado pela Altinvest Gestão de Administração de Recursos de Terceiros – empresa que também foi alvo da Carbono Oculto.
A suspeita dos investigadores é a de que Victor Linhares Paiva recebeu a quantia por intermediar a negociação.
Sampaio, Souza e Linhares foram alvos de mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça do Piauí, que rejeitou os pedidos de prisão temporária feitos pela Polícia Civil.
Os crimes investigados são de adulteração de combustíveis, fraudes fiscais e lavagem de dinheiro, num esquema semelhante ao identificado pela PF e pelo MP-SP. Investigadores apontam que o mesmo esquema foi levado até o Piauí e replicado na rede de postos de gasolina HD.
Procurados pela reportagem, Haran Sampaio e Victor Linhares não responderam aos questionamentos da reportagem.
Questionado pela reportagem, o senador Ciro Nogueira renovou os ataques contra o ICL Notícias em vez de responder aos questionamentos.”A única coisa que tenho a dizer é que fiquei impressionado de vcs conseguirem divulgar a operação antes dela acontecer kkkk”, afirmou, por meio de mensagem por WhatsApp. “Na próxima sincronizem direito com quem contratou vcs”.
As ligações entre Victor Linhares e Ciro Nogueira Aliado político do senador Ciro Nogueira, Victor Linhares ocupou, de 2 de janeiro até esta segunda-feira (3), o cargo de secretário municipal de Articulação Institucional (SEMAI) da prefeitura de Teresina. Na função, ele era responsável por intermediar, junto ao governo federal e ao Congresso Nacional, projetos e a liberação de verbas destinadas à capital piauiense.
Linhares já exerceu cargo de vereador da capital piauiense entre julho e dezembro de 2024. Ele trabalhou, anteriormente, no gabinete de Ciro Nogueira entre abril de 2018 e março de 2019 e também na liderança do Partido Progressista (PP) no Senado em 2020.
O senador é padrinho de uma filha de Linhares. Diversas fotos postadas em redes sociais mostram a proximidade entre os dois.
Em julho deste ano, a revista piauí revelou que Victor Linhares recebeu R$ 625 mil, entre dezembro de 2023 e setembro de 2024, do empresário do setor de apostas, Fernando Oliveira Lima, conhecido como Fernandin OIG.
No mesmo período, Paiva repassou R$ 35 mil à conta pessoal do senador Ciro Nogueira. As informações são do Relatório de Inteligência Financeira Relatórios de Inteligência Financeira (os chamados RIFs), acessados pela CPI das Bets, instalada em novembro de 2024 para investigar as empresas de apostas on-line.
À revista piauí, o senador afirmou que “o valor era o reembolso de uma reserva de hotel em Capri, na Itália, e que os R$ 625 mil foram o pagamento por um relógio Richard Mille, negociado diretamente entre Fernandin e seu ex-assessor”.
Linhares é apontado por políticos do Piauí ouvidos pela reportagem como “pupilo” de Ciro Nogueira. Em entrevista a um veículo local em agosto do ano passado, o senador disse que vai apoiar a candidatura do seu ex-assessor em 2026 para deputado federal ou estadual.
O ex-secretário era filiado ao PP até março deste ano, quando filiou-se ao União Brasil, que integra junto à sua ex-legenda, a Federação União Progressista.
O empresário que transferiu R$ 230 mil a Victor Linhares era dono da rede de postos de combustíveis “Postos HD”, que também foi alvo da Operação da Polícia Civil do Piauí, e é um dos principais grupos empresariais do setor nos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins.
A investigação, segundo relatório da Polícia Civil, “foi iniciada após ocorrências sobre adulteração na quantidade de combustível abastecida e buscou explorar possíveis conexões com o crime organizado”. Os investigadores também apontam no relatório “similaridade com a operação Carbono Oculto”.
A principal empresa do grupo, HD Petróleo Ltda, foi aberta em 13 de outubro de 2014 por Haran Santhiago Girão Sampaio e Danilo Coelho de Souza, com o capital social de R$ 200 mil e com cotas divididas igualmente entre ambos.
A rede cresceu e ganhou notoriedade regional. Em dezembro de 2023, a empresa foi vendida para a Pima Energia Participações Ltda. O valor da venda não foi informado no contrato de compra e venda registrado na Junta Comercial do Piauí. Apenas foi informado que o capital social da empresa subiu para 300 mil e que 100% das contas pertencem à Pima Energia.
O que chama atenção, segundo relatório da Polícia Civil do Piauí,é que a Pima Energia foi aberta em um endereço em São Paulo, apenas seis dias antes de comprar a rede de postos HD, “levantando a suspeita de que foi criada especificamente para formalizar a referida transação comercial”. Os investigadores suspeitam que foi uma venda de fachada, uma vez que houve uma “substituição de bandeira (de HD para Pima e Diamante) sem alteração operacional real”.
A investigação detectou 32 pessoas jurídicas que tinham como sócios Haran Sampaio e Danilo Souza e foram transferidas para a Pima Energia Participações Ltda.
O único sócio da Pima Energia à época da venda era o Jersey Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, que por sua vez é administrado por uma empresa, também suspeita de lavar dinheiro e, igualmente, alvo da operação Carbono Oculto: a gestora de fundos Altinvest Gestão e Administração de Recursos de Terceiros.
Hub de soluções financeiras, a Altinvest é liderada pelo empresário Rogério Garcia Peres e administra 10 fundos citados pelos promotores na Carbono Oculto. O MP-SP afirma que Peres é um dos responsáveis pelas “dinâmicas fraudulentas envolvendo fundos e a BK Instituição de Pagamento”.
Advogado, Peres também é apontado pela promotoria como “administrador de fundos de investimento, amplamente envolvido com o grupo Mohamad [Mohamed Hussein Mourad], sócio em postos de combustíveis”. Mourad, mais conhecido como “Primo”, é acusado de liderar o esquema de lavagem de dinheiro do PCC, junto a Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”. Ambos estão foragidos da Justiça.
Segundo relatório da Polícia Civil do Piauí, após a conclusão da venda dos postos de combustível da rede HD, Moisés Eduardo Soares Pereira passou a figurar como único sócio da Pima Energia Participações Ltda. Ele é um ex-funcionário de Haran Sampaio e Danilo de Souza. Investigadores suspeitam que ele é um laranja de seus patrões.
Após a compra pela Pima Energia, os postos de gasolina da rede “Postos HD” passaram a ser chamados de Red Diamante. De acordo com a investigação da Operação Carbono Oculto 86, há evidências de uso de empresas de fachadas vinculadas às marcas “Postos HD”, “Postos Pima” e “Postos Diamante”, “que tem suspeita de ligação com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC)”.
“As evidências apontam para possível sobreposição de registros ou compartilhamento de estrutura física entre diferentes pessoas jurídicas, indicando manobra para ocultar operações financeiras e dificultar a rastreabilidade de recursos, prática típica de lavagem de capitais”, destacam os investigadores.
*Com exclusividade n ICL
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Três fontes ouvidas pelo ICL Notícias disseram que Rueda convidou executivo do setor de GLP para reunião com Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”
O presidente do União Brasil, Antonio Rueda, atuou como intermediário em uma negociação para a venda de uma empresa de gás de cozinha ligada à dupla acusada de comandar um mega-esquema de lavagem de dinheiro que atendia ao PCC, de acordo com três líderes do mercado que pediram anonimato por medo de represálias.
Conforme os relatos, em abril de 2024, Rueda convidou um executivo do setor de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) para reunião em Brasília com Roberto Augusto Leme da Silva — que se apresentou na ocasião como investidor da TankGás.
Um mês depois, os ativos da empresa foram vendidos para uma firma de São Paulo, a Consigaz.
Roberto Leme, mais conhecido como “Beto Louco”, e Mohamad Hussein Mourad, apelidado de “Primo”, são apontados pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) como líderes de uma rede de lavagem de dinheiro por meio de fraudes fiscais no setor de combustíveis e uso de fundos de investimentos da Faria Lima. Ambos são considerados foragidos pela Justiça.
Investigação do ICL Notícias revela que os dois suspeitos também atuavam no mercado de GLP, conhecido popularmente como gás de cozinha.
Beto Louco, Primo e Rueda viajavam em jatos executivos operados por uma mesma empresa de aviação, a TAP (Táxi Aéreo Piracicaba), segundo depoimento prestado à PF pelo piloto Mauro Mattosinho. Ex-funcionário da TAP, Mattosinho afirma que o presidente do União Brasil é sócio oculto de quatro aeronaves ligadas à empresa, o que Rueda nega.
Procurado pela reportagem, Rueda também negou ter participado de qualquer reunião relacionada à TankGás. Porém, ele não respondeu se conhece “Beto Louco” ou “Primo”, apesar de ter sido perguntado três vezes a respeito.
“Repudio de forma veemente essas insinuações levianas e politizadas. Desconheço qualquer reunião ou tratativa mencionada e nego, categoricamente, qualquer vínculo com o que foi citado”, afirmou Rueda.
“Nunca tive nenhuma reunião sobre esse tema, não conheço essa empresa. Não considero sério esse tipo de ilação. Trata-se de uma tentativa de criar fatos inexistentes, sem base ou responsabilidade. Minha trajetória empresarial e política é pautada pela transparência, responsabilidade e trabalho”, completou.
A reportagem voltou a questionar Rueda ontem sobre a reunião, uma semana depois do primeiro contato. O presidente do União Brasil não respondeu dessa vez. Também procurados, os advogados de Beto Louco e Primo não responderam.
Beto Louco
Negociação em Brasília Segundo relatos de três lideranças do mercado de GLP, Rueda participou de uma reunião realizada em abril do ano passado, que tinha como pauta a possível venda da TankGás, empresa especializada na comercialização de botijões de gás de cozinha.
Um executivo do setor, convidado por Rueda para discutir o tema, relatou ter se surpreendido ao chegar ao local do encontro, em Brasília, e ser recebido também por Beto Louco, que participava da reunião como representante da TankGás.
À época, Beto Louco já era conhecido pela suspeita de seu envolvimento com o crime organizado. Em março de 2023, ele foi alvo da Operação Cassiopéia, do MP-SP, que investigou um esquema de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis e serviu como base para a investigação que resultou na Operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto pela PF.
Segundo os relatos, o objetivo da reunião era apresentar uma proposta às grandes empresas nacionais de GLP, por meio desse executivo, que serviria de interlocutor. Na ocasião, Beto Louco teria proposto que, em troca de R$ 60 milhões pela operação de GLP da TanKGás, ele e seus sócios deixariam o mercado. Sua atuação agressiva já causava incômodo no setor naquele período.
O executivo, no entanto, se recusou a ser o porta-voz da proposta de Beto Louco, se espantou com o envolvimento de Rueda e contou sobre a reunião para pessoas próximas.
A partir de 2021, a TankGás se aproveitou de uma lei em vigor no Paraná que autoriza as distribuidoras a encherem botijões vazios de outras marcas.
A legislação paranaense contraria a atual diretriz da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). A norma federal determina que apenas a própria empresa pode envasar botijões com sua marca para comercialização.
Com isso, a TankGás passou a ser alvo de ações judiciais de seus concorrentes por meio do sindicato patronal do setor, o SindiGás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo). A ANP ajuizou também ação contra a TankGás. Sob crescente pressão do mercado, Beto Louco e Primo decidiram ofertar a empresa para seus concorrentes, com ajuda de Rueda, conforme contaram as fontes do mercado.
A proposta de venda da TankGás chegou ao conhecimento da Copa Energia, uma das maiores companhias de GLP do país, dona das marcas Copagaz e Liquigás. A empresa rejeitou a ideia, segundo apurou a reportagem. Procurada, a Copa Energia informou que não se manifesta sobre o tema.
Em maio de 2024, os ativos operacionais da TanKGás foram vendidos para a Consigaz, uma empresa de alcance regional com sede em Barueri, região metropolitana de São Paulo.
Segundo um empresário do setor, que pediu anonimato, após virar alvo de ações judiciais das distribuidoras de SP, a TankGás decidiu mirar apenas no mercado da Consigaz. “Ela desistiu de atacar todas as empresas e atacou uma única. Ela mirou exclusivamente nos revendedores da Consigaz. A TankGás sequestrou o mercado da Consigaz. A Consigaz não comprou a empresa. Ela pagou o resgate”, ressaltou.
Ele contou ainda que “o negociador central era o César, mas na hora de sentar à mesa quem apareceu foi o César com o Beto Louco”, o que César Assunção nega.
Procurada, a Consigaz afirmou que a compra dos ativos operacionais se deu por uma questão estratégica. A empresa não revelou o valor da operação.
Ainda em sua resposta, a Consigaz informou que foi procurada por representantes da Ruby Capital que lhe ofereceram a compra da TankGás. A Consigaz já tinha demonstrado interesse anterior na base da empresa em Jandaia do Sul.
“A Ruby Capital verificou nosso interesse na aquisição da pessoa jurídica TankGás, o que foi recusado. Contudo, após essa negativa foram oferecidos ativos operacionais da TankGás, momento em que foi demonstrado o interesse na aquisição destes ativos”, lê-se na resposta enviada pela Consigaz.
O CNPJ da Ruby é o mesmo do fundo Altinvest Asset, alvo da Operação Carbono Oculto por suspeita de lavar dinheiro para o PCC. Hub de soluções financeiras, a empresa é liderada pelo advogado Rogério Garcia Peres e tem 10 fundos citados pelos promotores da operação. O MP-SP afirma que Peres é um dos responsáveis pelas “dinâmicas fraudulentas envolvendo fundos e a BK Instituição de Pagamento”.
Ele também é apontado pela promotoria como “administrador de fundos de investimento, amplamente envolvido com o grupo Mohamad, sócio em postos de combustíveis”.
Em pronunciamento enviado logo após a deflagração da Operação Carbono Oculto, a Altinvest diz “repudiar veementemente toda e qualquer relação com o crime organizado”, que está colaborando com a investigação e com as autoridades desde o início e que Peres “nunca manteve qualquer relação ou conhecimento de atividades do crime organizado”
A Consigaz afirma que nunca tratou com Beto Louco e Primo sobre a compra de ativos da TankGás.
“As tratativas para a aquisição dos ativos da Tankgás e operacionalização desta transferência foram realizadas diretamente pelos representantes legais desta empresa, que em nenhum momento eram as duas pessoas citadas”, reforçou a empresa.
A Consigaz disse ainda defender “que a participação de pessoas suspeitas de envolvimento com o crime organizado no mercado de GLP ou de qualquer outro mercado devem ser investigadas e apuradas pelos órgãos governamentais competentes e se comprovada qualquer irregularidade devem responder pelos seus atos com o rigor da lei”.
*ICL
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Engraçado, quando Carluxo com apoio de Eduardo chamou Tarcisio, Zema, Ratinho jr e Caiado de ratos, Tarcísio engoliu seco como os outros ratos.
Mas agora, esta enfezado com o PT, porque o partido expôs sua mão grande por trás da blindagem dos super-ricos.
Mas assim como todo a escória da PEC da Bandidagem no congresso disse que Lula quer usar os pobres pra se reeleger por isso estavam apenas protegendo eles.
Confuso isso. Lula usaria os benefícios aos pobres contra os pobres?
O fato é que essa turma toda de pangarés incluindo Eduardo Bolsonaro operara como burros de Troia e lógico, não para de encher a empada de Lula das melhores e mais saborosas azeitonas.
Vai entender essa direita vigarista!
Mas esse é o circo de horrores da política da direita brasileira atual, uma mistura de traições familiares, blindagens para os de cima e retórica vazia que só beneficia quem já tem o bolso cheio.
Aliás, Tarcísio de Freitas tem sido o maestro dessa sinfonia de alívio fiscal pros endinheirados.
A MP 1.303/2025 (a “MP do IOF”) era um projeto do governo Lula para taxar mais aplicações financeiras, Bets (apostas online) e Fintechs, setores que movimentam bilhões e, pasmem, andam entrelaçados com lavagem de dinheiro do PCC.
Em vez de aprovar, o Congresso derrubou a MP na Câmara essa semana (8/10/2025), graças a uma articulação pesada liderada por um cínico chamado Tarcísio.
É Lula 2026?
As pesquisas dizem que sim, e esses “pangarés” só aceleram o trem.
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O que se viu nesta quarta dia 8 na Câmara dos Deputados, comandado por Tarcísio de Freitas, é tudo, menos um movimento confuso.
Usando um artificio qualquer, os deputados bolsonaristas e do Centrão votaram contra o povo e a favor dos milionários, das bets, dos banqueiros e da Faria Lima/PCC.
Este é o fato.
Essa gente produziu um espetáculo de canalhice contra o Brasil, mas sobretudo contra o brasileiro comum que rala de sol a sol para sobreviver na roda viva e ganhar o pão.
São balconistas e vendedores, condutores de automóveis, taxistas, pedreiros, trabalhadores de limpeza de interior de edifícios, escritórios, hotéis e outros estabelecimentos, trabalhadores dos serviços domésticos em geral, entre muitas outras profissões.
É contra esse universo de trabalhadores e milhões de outros brasileiros que Tarcísio regeu a orquestra dos horrores, num quadro que lembrou os piores dias do genocida e golpista, Bolsonaro, no poder.
Não satisfeito em defender a suposta inocência do PCC, no caso do metanol encontrado em bebidas, e fazer galhofa com quem perdeu a vida, dizendo que só vai se preocupar com isso quando a Coca-Cola que toma for adulterada, Tarcísio, que já havia comemorado as tarifas de Trump contra o Brasil, ontem liderou um movimento criminoso contra o povo para dar mais privilégios aos super-ricos e bandidos na votação da Câmara dos Deputados, com os mesmos deputados que operam para livrar Bolsonaro da cadeia e que votaram a favor da PEC da Bandidagem
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‘Quem matou Odete Roitman?’ volta a ser destaque com nova versão da novela.
Por isso, o super Tarcísio, ao lado de seu bolsonarista de estimação, Derrite, já convocaram os microfones e holofotes da grande mídia para afirmar, sem medo de errar, que o PCC não tem absolutamente nada a ver com a morte da ricaça.
Os tambores, sinos e clarins do Palácio dos Bandeirantes já estão a postos para Tarcísio anunciar a total ausência de indícios de que o seu Primeiro Comando do Capital da Faria Lima tenha ao menos pensado na morte de Odete Roitman.
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O secretário de Segurança de SP, Guilherme Derrite, afirmou que “está completamente descartada” a ligação do PCC com o caso das bebidas com metanol, mas a PF está, sim, investigando um possível elo.
O secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, Guilherme Derrite, disse nesta terça-feira, 30, que “está completamente descartada” a hipótese de ligação do PCC com a adulteração de uísque, vodca e gim com metanol. Cinco pessoas já morreram na Grande São Paulo intoxicadas por metanol e há confirmação de que uma das mortes aconteceu após ingestão de bebida alcoólica contaminada com a substância.
Também nesta terça, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, afirmou algo bem diferente do que disse o capitão da reserva da PM expulso da Rota por “excesso de mortes” e alçado por um capitão da reserva do Exército, Tarcísio de Freitas, ao comando das polícias paulistas.
Segundo Andrei Rodrigues, a PF está, sim, apurando um possível elo entre o crime organizado e o caso das bebidas com metanol, e o motivo é evidente demais para ser desprezado por qualquer secretário estadual de Segurança Pública:
“A possível conexão com investigações recentes que fizemos agora, especialmente no Paraná, que se conectou com outras duas em São Paulo em razão de toda a cadeia de combustível, onde parte disso passa pela importação de metanol pelo porto de Paranaguá”.
Recentemente, a operação Carbono Oculto mostrou que o PCC importou milhões de litros de metanol irregularmente para misturar a substância à gasolina vendida em cerca de mil postos de combustíveis controlados pela organização criminosa. O metanol irregular entrava no Brasil com documentação falsa, sob pretexto de uso industrial, e entrava pelo porto de Paranaguá, no Paraná.
No último domingo, 28, a Associação Brasileira de Combate à Falsificação divulgou uma nota dizendo o seguinte:
“Ao ficar com tanques repletos de metanol lacrados e distribuidoras e formuladoras proibidas de operar [por causa da Carbono Oculto], a facção e seus parceiros podem eventualmente ter revendido tal metanol a destilarias clandestinas e quadrilhas de falsificadores de bebidas, auferindo lucros milionários em detrimento da saúde dos consumidores”
O porto de Paranaguá é o mesmo porto brasileiro por onde saía para a Europa a cocaína de uma joint venture não registrada em junta comercial formada entre o PCC e outra máfia, a italiana ’Ndrangheta, conforme mostrou uma outra operação recente da PF — a operação Mafiusi.
Nas investigações da Mafiusi, apareceu o nome da pecuarista Maribel Schmittz Golin. Trata-se da sexta maior doadora da campanha de Tarcísio de Freitas para o Palácio dos Bandeirantes. Para eleger Tarcísio governador de São Paulo, Maribel chegou junto com nada menos que R$ 500 mil em 2022. No esquema mafioso, Maribel teria ajudado Willian Barile Agati, o “Concierge do PCC”, a lavar dinheiro do tráfico de drogas.
*Hugo Souza/Come Ananás
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Quem achava que não tinha mais nada para adicionar na carapaça dos vigaristas do congresso, errou feio.
Agora, a sociedade começa a entender que o Congresso está cheio de bandidos comuns, sobretudo assassinos e traficantes.
Centrão entrelaçado com o bolsonarismo, tendo o PCC como pajem desse feliz casamento, é uma junção explícita como a foto em destaque, com Bolsonaro, Ciro Nogueira e Antônio Rueda
Isso é um atestado fantástico de como as areias movediças se mexem, mobilizam-se e se aglutinam em torno de interesses comuns.
O bolsonarismo somou forças com o centrão para aprovar a PEC da bandidagem e o Centrão se uniu ao boslonarismo para votar a anistia.
Não é uma obra prima?
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A Associação da Comunidade do Moinho, cuja presidente foi presa em operação policial nesta segunda-feira (8/9), republicou um vídeo sobre supostas relações do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Alessandra Moja Cunha foi presa na operação Sharpe na manhã de hoje (8/9). Segundo o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), ela atuava em conjunto com o irmão, Leonardo Moja, o “Léo do Moinho”, considerado o principal líder do PCC no Centro de São Paulo.
Na semana passada, a Associação da Comunidade do Moinho, presidida por Alessandra, repostou no Instagram um vídeo sobre a operação Carbono Oculto, que investiga a influência do PCC no setor de combustíveis e a lavagem de dinheiro da facção por meio de fundos de investimento.
A capa do vídeo traz uma foto do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e a placa da avenida Faria Lima, centro financeiro de São Paulo. “O crime organizado na Faria Lima”, diz o título. “Qual a relação da EXTREMA-DIREITA e do NIKOLAS FERREIRA com o caso?”, completa o texto da imagem.
O vídeo foi publicado originalmente pela vereadora do PSOL em São Paulo Keit Lima. No Instagram, ela se apresenta como “cristã, preta, nordestina, favelada e com 5 diplomas”.
“O crime organizado está na Faria Lima, no centro financeiro do país. A maior operação contra o crime organizado do Brasil escancarou uma verdade que a elite tenta esconder. Escancarou uma verdade que a periferia já sabia. O crime organizado que banca a vida de muita gente rica, inclusive muitos políticos, não está nas nossas periferias”, diz Keit Lima no vídeo.
A publicação faz menção ao vídeo viral de Nikolas Ferreira sobre a proposta da Receita Federal de fiscalização do Pix. Após a repercussão, o governo recuou da medida. Segundo a Receita, a ausência de regras facilitava a lavagem de dinheiro das facções. As novas normas entraram em vigor após a Carbono Oculto.
Na casa onde Alessandra Moja Cunha foi presa nesta segunda-feira, a polícia encontrou seis aparelhos celulares, 259 porções de cocaína, 630 de crack e 314 de maconha.
Segundo o MPSP, Alessandra “exerce importante papel na mobilização e organização das manifestações públicas que blindam a comunidade das intervenções policiais, além de auxiliar o irmão em suas empreitadas criminosas”.
Ainda de acordo com o MPSP, ela era responsável por extorquir moradores que desejavam aceitar o acordo proposto pelo governo do Estado para deixar o local.
Pela proposta, os moradores recebem uma ajuda de custo até serem alocados em imóveis da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU).
Alessandra é “responsável pelo grupo que cobra propina das famílias beneficiadas pelo acordo com o CDHU, somente autorizando o cadastro e a assinatura mediante o pagamento de valores à família Moja”, diz um trecho da representação.
“Tanto os valores arrecadados neste contexto como os recursos derivados das demais atividades ilegais controladas por ‘Léo do Moinho’ são arrecadados por Alessandra com o intuito de branqueamento (lavagem)”, acrescenta o documento.
Como mostrou a coluna, a associação presidida por Alessandra Moja se reuniu com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, para preparar uma visita do presidente Lula (PT) e da primeira-dama Janja da Silva à Favela do Moinho, no fim de junho.
Na ocasião, Lula anunciou o acordo do governo federal com o governo do Estado de São Paulo para a cessão da área, que pertence à União. O governo estadual pretende construir um parque no local.
“Quando estiver tudo pronto, estiver certa a casa que vocês vão comprar, aí faremos a cessão definitiva para o governo do estado. Por mais bonito que seja um parque, ele não pode ser feito às custas do ser humano”, afirmou Lula na visita à favela do Moinho.
A coluna procurou tanto Nikolas Ferreira quanto a Associação da Comunidade do Moinho para comentários. Ainda não houve resposta, mas o espaço segue aberto.
*Metropoles
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