Categorias
Irregularidade

PRF aposenta aos 47 anos ex-diretor investigado por bloqueios nas eleições

PRF concedeu aposentadoria para Silvinei Vasques um dia depois de ele ser dispensado do cargo de diretor-geral da corporação.

O agora ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, investigado por apoiar bloqueios em rodovias que contestavam o resultado das eleições presidenciais, recebeu aposentadoria voluntária da corporação aos 47 anos, segundo publicação no Diário Oficial da União (DOU) dessa quarta-feira (21/12).

A aposentadoria de Silvinei se deu por: “a) após 30 (trinta) anos de contribuição, desde que conte, pelo menos, 20 (vinte) anos de exercício em cargo de natureza estritamente policial, se homem;”. Ele entrou na corporação aos 20 anos, em 1995; portanto, tem 27 anos de contribuição à Previdência.

O ex-diretor da PRF beneficiou-se da regra em vigor na data em que entrou na PRF, época em que se permitia encerrar a carreira com 20 anos de atividade policial, sem levar em conta a idade do servidor.

Veja a publicação

23/12/2022 08:44PORTARIA Nº 2.146 , DE 21 DE DEZEMBRO DE 2022 - PORTARIA Nº 2.146 , DE 21 DE DEZEMBRO DE 2022 - DOU - Imprensa Nacionalhttps://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-2.146-de-21-de-dezembro-de-2022-4529469161/1
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO
Publicado em: 23/12/2022
 
| Edição: 241
 
| Seção: 2
 
| Página: 51
Órgão: Ministério da Justiça e Segurança Pública/Polícia Rodoviária Federal/Diretoria de Gestão de Pessoas
PORTARIA Nº 2.146 , DE 21 DE DEZEMBRO DE 2022
O DIRETOR DE GESTÃO DE PESSOAS DA POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL, usando dasatribuições conferidas pelo art. 54, Anexo I. do Decreto nº 11.103, de 24 de junho de 2022, alterado peloDecreto nº 11.131, de 12 de julho de 2022, resolve:Conceder aposentadoria voluntária ao servidor SILVINEI VASQUES, matrícula SIAPE n° 1183095,ocupante do cargo de Policial Rodoviário Federal, do Quadro de Pessoal desta Polícia Rodoviária Federal,lotado na SPRF/SC, com fundamento no artigo 1°, inciso II, alínea "a", da Lei Complementar n° 51, de 1985,com redação dada pela Lei Complementar n° 144, de 2014, combinado com o artigo 3°, da EmendaConstitucional n° 103, de 2019, com proventos integrais e paridade correspondentes ao subsídio do cargoefetivo, conforme artigo 38 da Lei n° 4.878, de 1965, e Parecer Vinculante n° 04 JL - AGU, declarando, emdecorrência, a vacância do cargo, conforme disposto no Processo n° 08666.045082/2022-13


MARCOS ALVES PEREIRA

*Com Metrópoles

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Opinião

Dino faz a coisa certa, recua e desiste de nomear um lavajatista para a PRF

Reinaldo Azevedo – Flávio Dino, futuro ministro da Justiça, faz a coisa certa e desiste de nomear o lavajatista Edmar Camata para a direção da Polícia Rodoviária Federal. Em texto publicado nesta página, classifiquei a escolha de “inaceitável”. O novo indicado para o cargo é Antônio Fernando Oliveira.

Ao anunciar a substituição, o futuro ministro afirmou:
“Tivemos uma polêmica e achamos mais adequado essa substituição. Levamos em conta menos as visões pretéritas e mais o presente e o futuro. Mas nós precisamos, ao olhar o futuro, examinar se aquele líder tem condições políticas de conduzir a sua atribuição. Então, realmente, não se trata de um julgamento de condições pretéritas de quem quer que seja, mas sim de avaliação quanto à existência de condições políticas para liderar”.

Ok. Dino tem de dizer alguma coisa, que seja isso. Ainda que não faça muito sentido. Considerando que não se conhece o futuro de Camata, mas se sabe bastante sobre seu passado e seu presente, são estes a tornar seu nome inviável, não, por óbvio, aquilo que ele ainda fará e que está no terreno do desconhecido. É o que já se sabe que o inabilita para a função, não o que se saberia, certo?

Insisto no ponto: ser um “lavajatista” não é escolha equivalente a, por exemplo, muitas das correntes em que se dividem juristas ou mesmo estudiosos de políticas de segurança pública, não é?

O lavajatismo ousou erigir uma quase-teoria de assalto ao estado de direito. Ser um “antilavajatista” não corresponde a estar num dos chamados “lugares do debate”. É o único lugar possível, que corresponde a estar afinado com as garantias fundamentais. E, aí sim, as posições são as mais diversas.

O que não se aceita é que, num governo democrático, um destacamento de policiais, procuradores e prosélitos ousem criar uma espécie de ente de razão que se imponha sobre a Constituição e as leis. Isso está nos custando muito caro. Indicar foi um erro. Recuar, um acerto.

*Uol

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Demissão

Bolsonaro exonera Silvinei Vasques, chefe da PRF réu por improbidade

Vasques se tornou réu após ter pedido votos para o presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha de reeleição.

O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi exonerado do cargo. A informação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), na edição desta terça-feira (20/12). Vasques é réu por improbidade administrativa desde o final de novembro por pedir votos para Bolsonaro durante a corrida presidencial. Ele também comandou a corporação durante bloqueios nas estradas no segundo turno das eleições.

A portaria foi assinada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

Bolsonaro exonera Silvinei Vasques, diretor-geral da PRF investigado por bloqueios ilegais em rodovias

Segundo o órgão, Silvinei Vasques fez uso indevido do cargo ao, por exemplo, ter pedido votos para o presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputou a reeleição e foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o documento, houve a “intenção clara” de promover “verdadeira propaganda político-partidária e promoção pessoal de autoridade com fins eleitorais.”

Em nota na ocasião, a PRF disse que “acompanhava com naturalidade a determinação de citação” de Vasques.

Além disso, um inquérito aberto pela Polícia Federal (PF) investiga blitz da PRF no dia do segundo turno da eleição. Contrariando determinação da Justiça, agentes pararam ônibus que faziam transporte gratuito de eleitores. A corporação alega que fiscalizou questões técnicas dos veículos, como condições de pneus.

A conduta de Silvinei é alvo de investigação diante dos bloqueios ilegais de rodovias, promovidos por apoiadores de Bolsonaro depois que ele perdeu a eleição. O MPF aponta que há indício de omissão da PRF por motivos políticos.

Vasques assumiu o posto de diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal em abril de 2021, quando Bolsonaro deu posse ao Anderson Torres no Ministério da Justiça. Durante as eleições, o ex-chefe da PRF usou sua conta no Instagram para defender a reeleição do presidente. “Vote 22, Bolsonaro presidente”, dizia uma publicação nos stories com uma foto da bandeira do Brasil. Posteriormente, a postagem foi apagada.

*Com Correio Braziliense

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Investigações sobre o diretor da PRF estão protegidas por sigilo de 100 anos

Piauí – O repórter Allan de Abreu é autor de uma reportagem, publicada na edição de agosto da piauí, que mostra como a Polícia Rodoviária Federal foi cooptada pelo bolsonarismo e como seu atual diretor, Silvinei Vasques, é protegido em investigações internas. No dia da eleição, a PRF instalou barreiras nas estradas, sobretudo no Nordeste, para dificultar o acesso dos eleitores à urna. A piauí apurou que o bloqueio de domingo partiu de uma ordem expressa do próprio diretor da PRF. Depois, com o anúncio da vitória de Lula na noite de domingo, caminhoneiros bolsonaristas começaram a obstruir algumas rodovias pelo país, contando com a leniência – e, às vezes, o apoio – de agentes da PRF.

Os principais pontos da reportagem:

* O atual diretor da PRF, Silvinei Vasques, foi indicado para o cargo por Flávio Bolsonaro. Ele já foi investigado por cobrar propina de uma empresa de guincho interessada em atuar nas rodovias federais da região de Joinville, em Santa Catarina. Segundo consta no inquérito, Vasques ameaçou matar um dos chantageados “com um tiro na testa”, pois “nada tinha a perder”. O caso se arrastou tanto na Justiça que acabou prescrito. Em 2000, foi processado por espancar um frentista de posto de combustível. A vítima ganhou indenização de 71 mil reais na Justiça, valor que a Advocacia-Geral da União cobra de Vasques até hoje. O caso levou a corregedoria da PRF e o Ministério da Justiça a pedirem a expulsão de Vasques da corporação. A investigação, de novo, prescreveu.

* Ao longo de sua carreira, Vasques respondeu a oito sindicâncias internas da PRF. Quem quiser saber detalhes de cada uma delas só terá acesso aos dados no ano de 2121, pois o governo federal, para proteger o policial, decretou sigilo de 100 anos sobre os processos. A decisão do governo foi tomada quando o portal Metrópoles, com base na Lei de Acesso à Informação, pediu para conhecer o conteúdo das sindicâncias.

* A gestão de Vasques, iniciada em abril do ano passado, tem sido marcada pelo investimento em inteligência da PRF, com a compra de softwares de rastreamento, identificação e interceptação de números de aparelhos celulares. É um mau sinal. A PRF é uma polícia ostensiva, e não judiciária, como a Polícia Federal, a quem cabe investigar crimes. Por isso, é estranho seu interesse em investigações sigilosas, muitas delas com equipamentos invasivos, cujo uso só é possível com autorização judicial. “Não há controle nem transparência sobre a atividade de inteligência policial no Brasil, o que aumenta o risco de que esses equipamentos sejam utilizados com fins políticos, violando uma série de garantias fundamentais”, alerta Gabriel de Carvalho Sampaio, da Conectas Direitos Humanos, uma ONG na qual ele coordena um programa de combate à violência institucional.

* De todas as forças policiais do Estado, incluindo as polícias militares, a PRF tem sido a mais maleável às intenções do presidente de colocar uma força armada a serviço de seus interesses e, se for o caso, acima da lei. “A PRF não se constrange em ser bolsonarista porque não há uma cultura organizacional de resistência às ingerências políticas”, diz Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma ONG que estuda o assunto e busca dar transparência aos dados sobre violência e políticas de segurança.

* As manobras do governo de Bolsonaro para ampliar os poderes da Polícia Rodoviária Federal, antes claramente limitados à vigilância ostensiva nas estradas federais, criou um contencioso com a Polícia Federal, que se incomodou com a usurpação de suas prerrogativas. De 2019 a 2021, o órgão recebeu 54% mais recursos do que no triênio anterior. Em 2022, os irmãos Flávio e Eduardo Bolsonaro mandaram 3,6 milhões de reais para a PRF por meio do orçamento secreto.

* Rodolfo Rizzotto, coordenador do SOS Estradas, ONG que trabalha para reduzir os acidentes nas rodovias, resume a situação: “No atual governo, a Polícia Rodoviária tornou-se um instrumento político nas mãos do presidente. Negligenciaram a fiscalização do trânsito para assumir outras funções fora das rodovias.” De fato, no processo de bolsonarização, a PRF expandiu suas ações longe das estradas. De 2019 até o mês de junho passado, policiais rodoviários prenderam 1 226 pessoas em municípios onde não há nenhuma estrada federal.

* Em outubro do ano passado, a tropa de elite da PRF deflagrou uma operação para desbaratar a quadrilha de assaltantes de banco em Varginha, no Sul de Minas Gerais. A operação resultou na execução de todos os 26 assaltantes – alguns estavam dormindo, outros desarmados –, num festival de irregularidades. Eram tantas as ilegalidades da ação, que começou com a instalação de uma escuta clandestina irregular, que a superintendência da Polícia Federal em Minas Gerais se recusou a participar da operação. Os filhos do presidente, Flávio e Eduardo, comemoraram a operação nas redes e parabenizaram a PRF.

* A PRF parece hoje uma sombra da força que surgiu em 1928 com o nome singelo de Polícia de Estradas e que, na década de 1960, já batizada de Patrulha Rodoviária Federal, ganhou popularidade entre a garotada com o seriado Vigilante Rodoviário, exibido na TV Tupi, em que o inspetor Carlos e seu cão Lobo combatiam o crime nas estradas a bordo de um Simca Chambord ou uma Harley-Davidson. Naquela época, a PRF era apenas uma guarda armada. Ao flagrar algum crime na estrada, detinha o infrator e o levava até a delegacia.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Opinião

Todos sabem quem está por trás dos protestos de “caminhoneiros”

A primeira vez em que Bolsonaro foi notícia na revista Veja, ele apareceu como soldado terrorista ameaçando explodir quartéis país afora, assim como a represa do Guandu.

Pra variar, diante do alto comando do exército, Bolsonaro, em busca de uma ressurreição dos militares, negou ter dado a entrevista, o que foi confrontado com uma investigação das próprias Forças Armadas que concluíram que Bolsonaro tinha de fato dado entrevista à Veja com o plano de explodir bombas em vários quartéis.

Então, essa figura tóxica foi expulsa dos quadros do exército, mas conseguiu, a partir de um fundamento tosco, manter sua patente e receber salário pago pelo povo até hoje. Fato ocorrido há 34 anos.

A confiabilidade de Bolsonaro é zero e não há dúvida de que quem está por trás dessa baderna que dizem ser paralisação de caminhoneiros, quando o próprio sindicato da classe diz que essa claque não os representa, é o próprio Bolsonaro, inclusive usando agentes da PRF, como vem sendo denunciado nas redes.

Se Bolsonaro está calado, ele não está imóvel e, a seu modo, depois que perdeu a eleição, tenta forjar um levante popular na busca por um alinhamento com as Forças Armadas, a mesma que, por vandalizar as instituições militares, Bolsonaro foi expulso há mais de três décadas.

Pau que nasce torto, morre torto.

Tudo tão longe, tudo tão perto.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Operação de hoje da PRF foi traçada em reunião no Alvorada

A ação protagonizada hoje pela Polícia Rodoviária Federal que acontece nas estradas brasileiras com ações que dificultam o transporte de eleitores começou a ser articulada na noite do dia 19 de outubro. Naquela quarta-feira, o núcleo duro da campanha de Jair Bolsonaro se reuniu no Palácio da Alvorada e traçou as ações fundamentais que deveriam ser tomadas na reta final do segundo turno.

Segundo Lauro Jardim, O Globo, uma delas era justamente a operação que está sendo empreendida desde esta madrugada: os chefes dos órgãos que auxiliam a Justiça Eleitoral, como as Forças Armadas, PF e Polícia Rodoviária Federal, seriam instruídos para que os seus comandados ficassem atentos ao transporte irregular de eleitores, sobretudo no Nordeste.

Obviamente, nunca se tratou de uma preocupação com a marca da imparcialidade.

Desde sempre, a expectativa do comando bolsonarista é que fossem barradas, impedidas ou dificultadas apenas eventuais locomoções irregulares de eleitores de Lula.

Diz um integrante da campanha:

— Nem seria preciso dar uma ordem explícita para nada. Como o efetivo dessas forças policiais é basicamente composto de simpatizantes do presidente, a consequência de uma operação como essa é óbvia.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

PRF impõe sigilo de 100 anos a processos contra policiais que mataram Genivaldo com “câmara de gás”

Corporação alegou se tratar de “informação pessoal” para justificar o sigilo. Genivaldo foi morto no interior de uma viatura com o uso de gás lacrimogêneo.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) negou acesso a procedimentos administrativos dos agentes envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, em Umbaúba, Sergipe. A corporação alegou se tratar de “informação pessoal”, o que, na prática, impõe sigilo de 100 anos sobre as informações.

Genivaldo foi morto em 25 de maio deste ano em uma espécie de “câmara de gás” improvisada por policiais no porta-malas de uma viatura, após ser abordado por estar sem capacete.

Via Lei de Acesso à Informação (LAI), o Metrópoles solicitou a quantidade, os números dos processos administrativos e acesso à íntegra dos autos já conclusos envolvendo os cinco agentes que assinaram o boletim de ocorrência policial sobre a abordagem. São eles: Clenilson José dos Santos, Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Adeilton dos Santos Nunes, William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas.

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Diretores exonerados da PRF vão ocupar cargos nos Estados Unidos

Foi publicada nesta terça-feira (31) no Diário Oficial da União as demissões dos diretores executivo e de inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Jean Coelho e Allan da Mota Rebello.Ainda que a demissão tenha sido recebida como reação às recentes ações violentas da PRF, os ex-diretores foram beneficiados pelo governo Bolsonaro com cargos no exterior, segundo o 247.

A notícia foi recebida como uma reação do governo federal às recentes ações violentas da PRF: a participação na chacina da Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, e a execução de Genivaldo de Jesus, em Sergipe, em uma câmara de gás.

A exoneração, no entanto, não se trata de uma resposta a estes episódios. Segundo o G1, Coelho e Rabello foram indicados pelo governo Bolsonaro, no dia 13 de maio, para cargos nos Estados Unidos. Eles devem atuar como oficiais de ligação, em Washington, por dois anos.

A administração federal não havia apresentado justificativa para a exoneração dos diretores.

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Câmara de gás: governo dispensa diretores da PRF em meio à crise na corporação

Exonerações foram publicadas na edição desta terça-feira do Diário Oficial da União. Justificativa não foi apresentada.

ligência da Polícia Rodoviária Federal. As demissões ocorrem em meio à crise na corporação envolvendo a morte de um homem por asfixia dentro de uma viatura da corporação e a participação da PRF na operação Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, onde 23 pessoas foram mortas.

Jean Coelho e Allan da Mota Rebello, respectivamente, eram subordinados ao diretor-geral Silvinei Vasques, que permanece no cargo. As exonerações foram publicadas no Diário Oficial da União e são assinadas pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e não há justificativa apresentada.

Em Sergipe, o homem de 38 anos foi algemado e colocado dentro do porta-malas da viatura enquanto saía fumaça de dentro do carro. Imagens da ação foram amplamente compartilhadas nas redes sociais na semana passada. A vítima, identificada como Genivaldo de Jesus Santos, chegou a ser socorrida, mas não resistiu.

O presidente Jair Bolsonaro lamentou o ocorrido nesta segunda-feira, mas afirmou que “não podemos generalizar tudo o que acontece” no Brasil. Ele defendeu a PRF e disse que a corporação faz um trabalho “excepcional”.

Assim como na semana passada, Bolsonaro iniciou sua fala sobre a morte de Genivaldo lembrando o assassinato de dois policiais rodoviários federais no Ceará. Antes mesmo de lamentar o caso de asfixia, ele lamentou o episódio com os dois agentes.

O outro ponto de tensão dentro da corporação envolve a participação de policiais rodoviários federais na operação na Vila Cruzeiro, na Penha, na terça-feira. A ação foi em apoio à Polícia Militar e, até o momento, resultou em 23 mortos.

O procurador da República Eduardo Benones, coordenador do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial, no âmbito federal, pretende ouvir parte dos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) envolvidos na ação.

*Com O Globo

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Cotidiano

Morte em ‘câmara de gás’ de viatura foi registrada como ocorrência ‘sem indício de crime’

Polícia Civil não só deixou de registrar nomes de policiais que sufocaram até a morte um homem negro com esquizofrenia em Umbaúba (SE), como não os interrogou e ainda registrou a ocorrência como ‘morte a esclarecer sem indício de crime’.

A delegacia da Polícia Civil de Umbaúba (SE) não se importou em ouvir os policiais rodoviários federais que transformaram uma viatura policial em câmara de gás, matando Genivaldo de Jesus Santos, 38 anos, homem negro diagnosticado com esquizofrenia. O delegado Gustavo Mendes Ribeiro também não anotou os nomes dos policiais e ainda registrou o crime como “morte a esclarecer sem indício de crime”.

O boletim de ocorrência, registrado nesta quarta-feira (25/5), a que a Ponte obteve acesso, aponta a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apenas como pessoa jurídica. Os policiais não prestaram depoimento e foram ouvidos apenas “informalmente”, segundo a assessoria da Polícia Civil. Se tivesse entendido que o crime era um homicídio, o delegado poderia ter dado voz de prisão aos responsáveis.

O boletim da Polícia Civil é diferente do documento interno da PRF que a Folha de S.Paulo mencionou, no qual os agentes prestaram depoimento, e que o Intercept Brasil publicou na íntegra, inclusive com os nomes dos policiais que participaram da morte de Genivaldo: Clenilson José dos Santos, Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Adeilton dos Santos Nunes, William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas.

No documento da delegacia de Umbaúba, é descrito que Genivaldo possuía “problemas mentais”, conforme “relatos de populares” que depois foram confirmados pela irmã dele e pelo sobrinho. E que, por volta das 12h desta quarta, a autoridade policial “teve conhecimento de um crime de resistência nas imediações do Posto Reforço II, tendo em vista que equipe diminuta da PRF estava fazendo rondas ostensivas na BR 101”. Depois, “foi dada voz de parada” a Genivaldo, que conduzia uma motocicleta Honda Biz, mas não foi detalhado o que motivou a abordagem.

O delegado prossegue escrevendo que os policiais “tiveram conhecimento” de que Genivaldo “desobedeceu as ordens e resistiu à abordagem policial, o que acabou sendo necessário a utilização de algemação” para “resguardar a integridade física dos policiais envolvidos”.

Sem especificar de quem são os relatos, Mendes Ribeiro registra que “além do emprego de algemas, houve a necessidade de uso de instrumentos não letais, a citar spray de pimenta e/ou gás” e que Genivaldo não permitia ser colocado na viatura da PRF.

O relato omite que os policiais espancaram Genivaldo e depois o fecharam no porta-malas da viatura, onde jogaram gás lacrimogêneo e spray de pimenta, enquanto Genivaldo se debatia e pessoas que viam a cena avisavam que ele estava morrendo, conforme imagens em vídeo divulgadas nas redes sociais:

O boletim da Polícia Civil relata que Genivaldo foi levado ao Hospital José Nailson Moura pelos policiais para atendimento médico. Posteriormente, o delegado aponta que entrou em contato com o hospital e teve conhecimento de que a vítima havia morrido e que foram ouvidas na delegacia a irmã dele e o sobrinho como testemunhas.

Ao G1, Wallison Jesus declarou que em nenhum momento o tio resistiu à abordagem. “Inclusive, na hora que foi abordado, ele levantou as mãos e a camisa, e mostrou que não tava com arma nenhuma”, disse ao site. “Eu estava próximo e vi tudo. Informei aos agentes que o meu tio tinha transtorno mental. Eles pediram para que ele levantasse as mãos e encontraram no bolso dele cartelas de medicamentos. Meu tio ficou nervoso e perguntou o que tinha feito. Eu pedi que ele se acalmasse e que me ouvisse.”.

*Com Ponte

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição