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O encontro de Putin e Trump e a volta da política das potências

Por Ricardo ueiroz Pinheiro

Putin recolocou a geopolítica no centro. Em meio a uma globalização que prometia anestesiar a história, ele reinscreveu o território, a força e a guerra como incontornáveis

A queda da União Soviética deixou um país despedaçado e muitas perguntas sem resposta. Nos anos 1990, a Rússia foi reduzida a campo de saque neoliberal, perdeu territórios, poder econômico, sofreu com a corrosão das instituições e viveu a humilhação de uma nação sem voz no tabuleiro global. Foi desse cenário de colapso que surgiu Vladimir Putin. Formado na KGB, soube mobilizar a herança de um Estado moldado pela disciplina e pelo segredo para recentralizar o poder e devolver à Rússia a promessa de soberania.

Sua trajetória concentra três fases da Rússia pós-URSS: a transição desordenada, a estabilização autoritária e o confronto direto com o Ocidente. E também revela três figuras distintas: o administrador pragmático que restaurou o funcionamento do Estado, o chefe de poder que concentrou em si as instituições, e o comandante em guerra que hoje testa os limites da ordem internacional. Mais do que um líder, Putin se confunde com a própria mutação do país ao longo de três décadas.

A reconstrução da Rússia sob seu comando teve como eixo a retomada da soberania. Essa escolha implicou centralização, repressão e conservadorismo, mas também devolveu ao país uma posição de potência. O ódio dirigido a Putin se explica em parte por esse repertório autoritário, mas também pela sua condição de obstáculo num sistema internacional que buscava naturalizar a hegemonia ocidental.

Para o Ocidente, Putin cumpre a função de antagonista perfeito. Sua figura legitima a narrativa de um mundo dividido entre democracia e tirania. Para a esquerda, os erros de leitura se multiplicam: setores ortodoxos o tratam como simples contrapeso ao imperialismo, liberais o demonizam como ameaça existencial à democracia e parte da esquerda trotskista insiste na analogia com Stalin. São formas de evitar a análise concreta de sua liderança, projetando sobre ela fantasmas herdados do século XX.

O resultado é que Putin recolocou a geopolítica no centro. Em meio a uma globalização financeirizada que prometia ter anestesiado a história, ele reinscreveu o território, a força e a guerra como variáveis incontornáveis. Sua permanência mostra que a história não foi encerrada e que o equilíbrio internacional é refeito pelo choque de potências.

Gostemos ou não, a imagem de uma Rússia isolada e de um Putin reduzido à caricatura de tirano solitário, inimigo declarado de minorias, como repete o discurso ocidental, é uma simplificação conveniente. Ele é de fato um conservador autoritário, cuja política interna reforça desigualdades e sufoca liberdades, mas a análise que proponho não se pauta pela moral e sim pela política, por mais fria que pareça. O que está em jogo é o peso de sua liderança nas alianças estratégicas, no mercado energético, nas dinâmicas militares e nas disputas diplomáticas que atravessam o século XXI. Putin não é nota de rodapé: é parte ativa da engrenagem que reorganiza a política internacional contemporânea.

O encontro com Trump no Alasca é mais uma prova disso. A mídia ocidental insiste em reduzir o episódio às bravatas de Trump, como se fosse mais uma excentricidade da sua eterna campanha. O que passa despercebido é a demonstração de força de Putin: enquanto o Ocidente ridiculariza, ele afirma sua centralidade, inclusive no coração do adversário histórico.

Não se trata de amar ou odiar. Putin é expressão de algo maior do que sua própria biografia: a volta da política de potências em sua forma crua. Ele é parte de um momento de reintrodução da força e da geopolítica na cena mundial, liderando uma Rússia capitalista que contesta a hegemonia ocidental e mostra que a história não obedece às ilusões do fim anunciado. Sua centralidade se mede também pela relação com a China, que transforma o embate deste século em disputa aberta entre blocos, redesenhando alianças e fronteiras de poder. A disputa segue aberta, e a figura de Putin é um dos sinais mais claros de que o século XXI será marcado menos por consensos fabricados e mais por choques de poder que ninguém pode ignorar.

(*) Ricardo Queiroz Pinheiro é bibliotecário, pesquisador e doutorando em Ciências Humanas e Sociais.

*Opera Mundi


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O que a mídia nativa ignora, falamos nós: Putin ligou para Lula antes e depois do encontro com Trump

O presidente russo Vladimir Putin telefonou para o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva no dia 9 de agosto, antes do encontro com Trump e, hoje, 18 de agosto ligou novamente após sua reunião com o presidente dos EUA, no Alasca, em 15 de agosto.

Durante a ligação, que durou cerca de 30 minutos, Putin compartilhou detalhes sobre o encontro com Trump, que ele considerou positivo, embora não tenha resultado em um acordo de cessar-fogo na guerra entre Rússia e Ucrânia.

Putin também reconheceu a participação do Brasil no Grupo de Amigos da Paz, uma iniciativa conjunta com a China.
Lula reafirmou o apoio do Brasil a esforços para uma resolução pacífica do conflito e desejou sucesso nas negociações.

Esta foi a segunda conversa entre Lula e Putin em dez dias, uma antes do encontro com Trump e outra logo depois, indicando uma aproximação nas relações dos dois chefes de Estados que são grandes players da geopolítica Global

Na província midiática tropical, as redações de futricas brejeiras e presepe de pedra, acham que não precisam reportar esse telefonema de Putin a Lula após sua reunião com Trump. numa verdadeira obra de arte do primitivismo político que corre nas veias do baronato midiático.


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Brasil Mundo

Putin liga para Lula em conversa de 40 minutos; o que os presidentes falaram

‘Tarifaço’ dos EUA foi um dos assuntos; Presidentes buscam fortalecer relações comerciais

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, telefonou para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste sábado (9) a fim de falar das negociações com os Estados Unidos sobre eventual acordo de paz com a Ucrânia. “O presidente Lula enfatizou que o Brasil sempre apoiou o diálogo e a busca de uma solução pacífica e reafirmou que o seu governo está à disposição para contribuir com o que for necessário, inclusive no âmbito do Grupo de Amigos da Paz, lançado por iniciativa de Brasil e China”, disse o Palácio do Planalto em nota.

Putin irá se reunir pessoalmente com o presidente Donald Trump na próxima sexta-feira (15/8). O encontro será realizado no Alasca, nos Estados Unidos, e tratará da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que já se alastra há três anos. O governo dos EUA tem aumentado a pressão sobre o Kremlin para assinar um cessar-fogo permanente, com medidas de asfixia econômica.

Trump passou a mirar parceiros comerciais da Rússia. Na última semana, o presidente norte-americano anunciou tarifas adicionais às importações da Índia que chegam aos EUA. O motivo é a compra de petróleo russo por parte do país asiático. O encontro entre Trump e Putin no Alasca, estado norte-americano localizado no extremo norte do continente e a 88 quilômetros da Rússia, foi criticado pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que não irá participar das tratativas.

“O presidente Trump anunciou os preparativos para seu encontro com Putin no Alasca. Muito longe desta guerra, que assola nossa terra, contra nosso povo, e que, de qualquer forma, não pode terminar sem nós, sem a Ucrânia”, escreveu em publicação no X. Na ligação, que durou cerca de 4o minutos, Lula e Putin também falaram sobre o “cenário político e econômico” e a relação comercial entre ambos os países dentro do Brics, bloco que é alvo de incômodo de Trump.

Putin teria parabenizado Lula pela cúpula de líderes realizada no Rio de Janeiro, no início de julho, da qual o presidente russo não participou. Dias depois do encontro de líderes, Donald Trump anunciou tarifas de 50% para produtos brasileiros, que se concretizou na última quarta-feira (6).

As discussões pelo fortalecimento do uso de moedas locais, alternativas ao dólar, foram criticadas por interlocutores da diplomacia norte-americana e impulsionaram as novas tarifas contra o Brasil. Dentre as medidas de contenção, o Palácio do Planalto tem reforçado a busca por novos mercados para os produtos que não escaparam do tarifaço de Trump, que, apesar de desidratado, ainda mira produtos-chaves, como o café e a carne bovina.

*aRede


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Aliado de Putin fala em fornecer armas nucleares ao Irã; Trump faz ameaça

Autoridades da Rússia e dos EUA trocam ameaças, com sugestões de um envolvimento de armas nucleares. Nas redes sociais, um dos principais aliados de Vladimir Putin e ex-presidente da Rússia, Dimitri Medvedev, afirmou que “vários países” estariam dispostos a fornecer ogivas para que o Irã possa se defender dos ataques dos EUA e de Israel. Em resposta, o presidente Donald Trump alertou que são os americanos quem dispõe de arsenais modernos e fez uma ameaça.

Medvedev, que é hoje o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, publicou uma série de postagens no X ainda na noite de domingo sobre os ataques do governo Trump às instalações nucleares do Irã. “O enriquecimento de material nuclear e, agora podemos dizer sem rodeios, a futura produção de armas nucleares continuarão”, disse Medvedev.

“Vários países estão prontos para fornecer diretamente ao Irã suas próprias ogivas nucleares”, insistiu. Historicamente, Moscou tem apoiado o programa nuclear daquele país.

A entrega de uma ogiva desse tipo a outro país violaria o Tratado de Não Proliferação Nuclear da ONU, assinado pela Rússia. Na Europa, onde os EUA mantêm parte de suas armas nucleares, as ogivas estão sob custódia americana. O mesmo pode ser dito sobre as armas nucleares da Rússia em Belarus.

O tom de críticas por parte dos russos contra os americanos tem ganhado a atenção da diplomacia internacional, principalmente por significar uma ruptura à noção de que poderia existir uma aproximação entre Putin e Trump. No domingo, no Conselho de Segurança da ONU, o governo russos chamou o mandatário na Casa Branca de “irresponsável” e de estar “jogando com a segurança da humanidade”.

resposta de Trump não demorou para ser publicada nesta segunda-feira nas redes sociais. “Será que ouvi o ex-presidente Medvedev, da Rússia, falando casualmente a ‘palavra N’ (Nuclear!) e dizendo que ele e outros países forneceriam ogivas nucleares ao Irã?”, questionou.

“Ele realmente disse isso ou é apenas fruto da minha imaginação? Se ele realmente disse isso, e se for confirmado, por favor, me informe IMEDIATAMENTE”, insistiu.

“A ‘palavra com N’ não deve ser tratada de forma tão casual. Acho que é por isso que Putin é ‘O CHEFE’. A propósito, se alguém acha que nosso “hardware” foi ótimo no fim de semana, de longe o melhor e mais forte equipamento que temos, 20 anos mais avançado do que os demais, são nossos submarinos nucleares”, alertou.

“Eles são as armas mais poderosas e letais já construídas e acabaram de lançar 30 Tomahawks – todos os 30 atingiram seus alvos com perfeição. Portanto, além de nossos excelentes pilotos de caça, obrigado ao capitão e à tripulação!”, completou.

*Jamil Chade/Uol


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Chanceler do Irã anuncia reunião com Putin e diz: ‘Diplomacia não é opção’

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, anunciou que se reunirá com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou, na segunda-feira, 23 de junho de 2025, após ataques dos Estados Unidos a três instalações nucleares iranianas (Fordow, Natanz e Isfahan).

Araghchi destacou uma “parceria estratégica” entre o Irã e a Rússia, afirmando que ambos os países sempre consultam e coordenam suas posições.

A reunião ocorre em meio a escaladas na região, com o Irã condenando os ataques como uma “traição à diplomacia” e reservando o direito de autodefesa. A Rússia, aliada de Teerã, condenou os bombardeios americanos como “irresponsáveis” e uma “escalada perigosa”.

A reunião entre o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, e o presidente russo, Vladimir Putin, está marcada para segunda-feira, 23 de junho de 2025 , em Moscou.

“A Rússia é amiga do Irã, e desfrutamos de uma parceria estratégica”, completou Araghchi na ocasião – uma entrevista coletiva, em Istambul, na Turquia.

Ele descartou uma saída diplomática neste momento. Para ele, o governo de Donald Trump escolheu “lançar a diplomacia pelos ares” após o ataque desta noite.


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Putin expressa preocupação com o risco de uma Terceira Guerra Mundial; “é perturbador”

O presidente Vladimir Putin, em entrevista à Reuters durante o Fórum Econômico de São Petersburgo em 20 de junho de 2025, expressou preocupação crescente com a possibilidade de a tensão global se transformar num conflito de escala mundial, especialmente por conta da escalada entre Irã e Israel. Segundo Putin, “é perturbador” ver como o risco de uma “Terceira Guerra Mundial” está se intensificando bem diante de nós

Principais pontos destacados por Putin
Situação no Oriente Médio

O conflito iniciado em 13 de junho, com ataques israelenses a instalações iranianas e resposta com mísseis e drones iranianos, aumentou significativamente o risco global.

Putin mencionou que a condição atual da região é “perturbadora” e requer atenção redobrada .

Função da Rússia

Moscou está em contato com ambos os lados (Irã e Israel), oferecendo propostas, embora se recuse a assumir um papel formal de mediador.

A Rússia alerta para os riscos em instalações nucleares iranianas, onde participa de obras, chamando atenção especial ao potencial de impacto catastrófico.

Advertências sobre contaminação nuclear e conflitos regionais.

Putin expressou preocupação com o que descreveu como um “grande e crescente potencial de conflito” no cenário internacional. Ele afirmou que esse risco “nos afeta diretamente”.

“O que está acontecendo em torno dessas instalações é motivo de preocupação”, avaliou.


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Ucrânia ataca e tenta derrubar helicóptero com Putin a bordo

Durante uma visita do presidente Vladimir Putin à região russa de Kursk, no último dia 20 de maio, o helicóptero que transportava o chefe de Estado foi envolvido em uma operação de defesa aérea para repelir o que autoridades russas classificaram como um ataque “sem precedentes” com drones ucranianos. A informação foi divulgada neste fim de semana por Yuri Dashkin, major-general das Forças de Defesa Aérea da Rússia, em entrevista ao canal estatal Rossiya-24.

De acordo com Dashkin, o helicóptero presidencial esteve “praticamente no epicentro” do ataque. O oficial relatou que os sistemas de defesa da região entraram em ação ao detectar a aproximação de dezenas de drones não tripulados.

“Durante o período em que o presidente estava trabalhando na região de Kursk, o inimigo lançou um ataque sem precedentes com veículos aéreos não tripulados”, afirmou. “Simultaneamente conduzimos um combate de defesa aérea e garantimos a segurança do voo do helicóptero presidencial.”

Defesa russa afirma ter abatido todos os 46 drones
Ainda segundo o general, 46 drones do tipo aeronave foram abatidos pelas forças russas. “A missão foi cumprida. O ataque dos drones inimigos foi repelido, todos os alvos aéreos foram destruídos”, completou.

Apesar da gravidade do relato, o Kremlin não confirmou se o helicóptero de Putin foi diretamente visado pelos drones. Tampouco há informações oficiais sobre danos à aeronave ou risco direto ao presidente. A Ucrânia não se pronunciou sobre as declarações do governo russo.

Visita surpresa à fronteira: Putin inspecionou usina nuclear
Putin esteve na região de Kursk para se reunir com voluntários, autoridades municipais e o governador interino Alexander Khinshtein. A viagem não foi anunciada publicamente com antecedência, um procedimento comum nas agendas do presidente russo desde o início da guerra na Ucrânia. Durante a visita, ele também inspecionou as obras da usina nuclear Kursk-II.

Segundo especialistas, Putin teria se deslocado em um helicóptero Mi-17 — modelo equipado com sistemas de proteção como flares, blindagem e interferidores infravermelhos, mas que geralmente requer apoio aéreo e terrestre adicional em áreas de alto risco.

*Forum/The Tekegraph

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Lula e o encontro com Putin

Luiz Inácio Lula da Silva conversou nesta quinta-feira, 8, com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante um jantar em Moscou. Os dois têm uma reunião agendada para esta sexta, 9. Lula foi um dos  chefes de Estado a ir à Rússia para a celebração de hoje do Dia da Vitória, que marca o triunfo dos Aliados sobre a Alemanha na 2.ª Guerra.

Putin fez questão de ter Lula ao seu lado durante o jantar.

O gesto simbólico de Putin reforça a relevância diplomática de Lula em um momento delicado da geopolítica global. Sua presença na capital russa contrasta com a ausência de líderes ocidentais nas cerimônias, ressaltando o papel de mediação que o Brasil tem buscado ocupar no cenário internacional.

Em postagem nas redes sociais, Lula disse:

“Hoje, participei da recepção oferecida pelo presidente Vladimir Putin aos chefes de Estado que estão na Rússia para a comemoração dos 80 anos do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial.”

ImageImage

https://twitter.com/i/status/1920564551176630512

Fita de São Jorge: símbolo histórico no paletó de Lula
Durante o jantar e os eventos oficiais, Lula apareceu usando no peito a fita de São Jorge – uma insígnia listrada de preto e laranja associada à bravura militar. Originalmente criada como condecoração pelo Império Russo no século XVIII, o símbolo foi resgatado durante a Segunda Guerra Mundial pela União Soviética e hoje é amplamente usado na Rússia como expressão de respeito aos soldados que combateram o nazismo.

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Celso Amorim sobre a irrelevância política de Bolsonaro: “Ficou pequeno”

Ex-chanceler minimiza importância de Bolsonaro para Donald Trump e alerta para desafios da soberania brasileira diante das big techs.

O assessor especial da Presidência da República e um dos mais respeitados diplomatas brasileiros, o ex-chanceler Celso Amorim, afirmou que Jair Bolsonaro perdeu relevância no cenário internacional, especialmente para o governo de Donald Trump.

A declaração foi .

dada em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, publicada neste sábado (22), em um momento crítico para o ex-presidente brasileiro, que pode se tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima terça-feira.

Amorim avaliou que, há alguns anos, ter um governo de extrema direita no Brasil era relevante dentro da geopolítica internacional, mas que o contexto atual é outro.

“O Bolsonaro ficou pequeno diante das grandes questões do mundo hoje”, comentou o ex-chanceler.

Ele explicou que Trump respeita o poder e aqueles que demonstram força e influência, citando sua relação com líderes como Vladimir Putin e Xi Jinping.

“Trump respeita o poder. Pessoas que são capazes de agir. Ele acaba de dizer que gosta do Putin. E pode até não gostar, mas ele respeita o Putin. Respeita o Xi Jinping”, afirmou Amorim.

No entanto, ao analisar a relação de Trump com Bolsonaro, Amorim sugere que o brasileiro não tem o mesmo peso e não é levado a sério por Trump.

“Agora, se ficar lá querendo adular, como fizeram o [Volodimir] Zelenski e alguns europeus, ele não respeita”, completou.

Big Techs e a soberania nacional
Outro tema abordado por Amorim foi a disputa entre big techs e o Estado brasileiro. O ministro do STF Alexandre de Moraes tem alertado para os riscos que essas empresas representam ao desrespeitarem a jurisdição de países fora dos Estados Unidos, adotando uma postura de “tudo ou nada” diante das regulamentações nacionais.

Para Amorim, esse embate reflete o avanço da extraterritorialidade das leis estadunidenses e o poder que as gigantes da tecnologia exercem na economia e na política dos EUA.

“Os americanos sempre tiveram essa visão da extraterritorialidade da lei americana. Mas agora eles têm a possibilidade técnica para efetivar isso”, afirmou.

Ele citou a posse de Trump, que contou com a presença de figuras como Elon Musk, para exemplificar a proximidade entre o governo norte-americano e as grandes empresas de tecnologia.

“São egos muito grandes ali. Eu acho que vai acabar havendo uma diferença entre as big techs, que têm um interesse puramente econômico, e a política”, ponderou o diplomata.

Amorim também observou que as big techs estão começando a compreender que o Brasil não abrirá mão de sua soberania e que, se quiserem atuar no país, deverão seguir as regras estabelecidas pelo governo brasileiro. Com Forum.

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A guerra foi entre EUA e Rússica. Putin venceu

A Ucrânia entrou como preposto dos EUA nessa guerra cavada por Biden e pagou um altíssimo preço em vidas e pagará também com perda de território e riquezas.

Infelizmente, os críticos de Putin amontoam palavras sobre palavras, mas não falam o essencial que a alma sente, mas a palavra não diz.

Num pacto macabro, os EUA usaram a Ucrânia para atacar a Rússia, tentando, com isso, chegar à China e, miseravelmente, perderam a guerra.

Os soldados Ucranianos, revoltados com o passa-moleque que Trump deu no palhaço Zelensky, arrancaram da farda a bandeira dos EUA.
Este é um fato inapelável por essência.

O estado de alma dos soldados Ucranianos foi revelador, reproduzindo o fracasso dos EUA na guerra e a decepção com Trump por negociar a paz com Putin.

Quando o estado de alma chega a esse ponto, não precisa dizer mais nada.

Zelensky só cobriu a Ucrânia de vergonha por aceitar que seus soldados fossem para o abate como gado de corte dos EUA.

Essa é a realidade, sem disfarces.

Trocando em miúdos, a ambição de Zelensky é tão grande que, para satisfazer uma vontade presente, não pensou no mal que, com o tempo, poderia resultar dela.