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Os barões da direita que estiularam a criação do CV e PCC, podem abrir a boca para falar em Segurança Pública?

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Essa elite conservadora, que domina a política e a economia brasileira há décadas, não tem a menor autoridade moral ou factual para abrir a boca sobre segurança pública sem ser confrontados com sua própria história de cumplicidade e incompetência.

Comando Vermelho no Rio: Fundado nos anos 1970 no Instituto Penal Cândido Mendes (Ilha Grande), o grupo começou como “Falange Vermelha” – uma autodefesa contra torturas e chacinas estatais.

Em 1979, uma carnificina no presídio (matança de detentos pela ditadura) acelerou a expansão.

Hoje, o CV domina favelas e rotas de tráfico porque, lá atrás, a direita falhou miseravelmente e a semente foi plantada pela ditadura.

PCC em SP: Criado em 1993 na Casa de Custódia de Taubaté, logo após o Massacre do Carandiru (1992), onde o governo de direita de São Paulo matou 111 presos indefesos.

O PCC surgiu como “autodefesa” contra abusos prisionais, adotando o lema “Paz, Justiça e Liberdade” (copiado do CV)

Fundadores como Geleião e Cesinha coordenaram ataques a prédios públicos pra vingar as violações estatais.

Esses “barões” – generais, coronéis e elites econômicas que sustentaram a ditadura – criaram o caldo de cultura pro crime organizado.

Sem a repressão brutal e a superlotação intencional, não haveria CV nem PCC.

E quem herda essa herança?
Governos de direita em RJ e SP, que deixaram as facções crescerem por décadas.

O crescimento das facções debaixo do nariz da direita no poder.

SP e RJ, berços do PCC e CV, são governados por forças conservadoras há mais de 30 anos (PSDB em SP desde 1995, com pit stops em direita radical; PMDB/PL no RJ).

Resultado?

Facções que faturam bilhões (R$ 1 bi/ano só o PCC, segundo investigações da PF) e se infiltram em tudo: polícia, política e até a Faria Lima.

Infiltração atual

O PCC lava dinheiro via privatizações (fundos e empresas estatais vendidas pros “barões”), financia campanhas (investigações da PF mostram “banco” da facção pra candidatos) e opera na Faria Lima – o coração financeiro da elite de direita.
A hipocrisia de hoje

Discurso de segurança sem ação real

Esses “barões” de Tarcísio (SP) a Cláudio Castro (RJ) e Caiado (GO) – posam de heróis anti-crime, mas sabotam soluções sistêmicas.

Consórcio da Paz: Lançado em novembro/2025 por governadores de direita, é puro teatro eleitoral pra 2026.

Ignora a PEC da Segurança Pública do governo federal (que cria integração nacional e banco de dados contra facções), porque isso ameaça seus feudos infiltrados.

Projeto anti-terrorismo
Defendem classificar PCC e CV como “terroristas” pra endurecer penas, mas resistem a medidas que atinjam lavagem de dinheiro ou privatarias. Por que será?

No Paraguai e Argentina (governos de direita), já usam isso para justificar intervenções na fronteira – e aqui pode abrir porta para o intervencionismo de Trump, como Gleisi Hoffmann alertou.

Resultados? Zero!

Violência explode (guerra PCC vs. CV na Amazônia matou centenas em 2025), mas o foco é em “perseguir maconheiro e pobre”.
Não querem desmantelar finanças.

Privatizações viram atalho pro crime: R$ 146 bi movimentados por facções em 2022 via combustível, ouro e cigarros ilegais.

Conclusão
Hora de desmascarar o circo
Não, eles não podem falar em Segurança Pública sem rir na cara da população brasileira.

Soluções reais?
Atacar finanças (congelar contas de facções), integrar inteligência (PEC federal) e investir em prevenção social – não mais chacinas que só radicalizam.

Se a escumalha liberal quer falar, que assumam.

O monstro que combatem é filho deles.

Caso contrário, calem a boca e saiam do picadeiro eleitoreiro!


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Moraes pede que PF investigue crime organizado no RJ e ligações com o poder público

O ministro Alexandre de Moraes anunciou, nesta quarta-feira (5), que a Polícia Federal abrirá um inquérito para investigar frentes ligadas ao crime organizado no Rio de Janeiro. A medida foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal e comunicada durante audiência pública sobre segurança no estado.

Segundo Moraes, a apuração terá como prioridade o rastreamento financeiro de facções e milícias. O inquérito também investigará a possível infiltração de integrantes de organizações criminosas em estruturas do poder público. A direção federal da Polícia Federal conduzirá as diligências.

Ao encerrar a audiência, o ministro informou ter requisitado imagens de operações recentes no Rio. O objetivo é verificar registros de atuação policial nas ações. A análise será integrada ao inquérito macro anunciado pelo Supremo.

Moraes citou a necessidade de autonomia operacional para a perícia oficial do estado. Hoje, a estrutura é subordinada à Polícia Civil, o que, segundo ele, pode afetar análises técnico-científicas. A observação foi incluída como ponto de atenção no debate institucional.

O ministro também mencionou a importância do controle externo da atividade policial pelo Ministério Público. De acordo com o DCM, a atuação preventiva foi indicada como instrumento de acompanhamento de casos em curso. O tema será encaminhado às instâncias competentes.

“O Estado deve entrar para ficar. Não há segurança pública duradoura sem ocupar e devolver esses espaços à população”, afirmou. A estratégia indicada inclui repressão financeira, inteligência e presença contínua de serviços públicos. Não há prazo divulgado para conclusão do inquérito.


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Política

Deputados do RJ aprovam projeto que premia policial que matar mais

“É uma ação populista, aproveitando-se de um oportunismo inconsequente e irresponsável”, diz ex-coronel PM e antropólogo

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou nesta terça-feira (23) o texto de um projeto de lei que prevê gratificação para policiais civis que matarem suspeitos. A proposta original tratava do projeto de reestruturação de cargos da Polícia Civil. Por meio de emenda, o texto passou a garantir premiação mínima de 10% e máxima de 150% em caso de apreensão em operações policiais de armas de grande calibre e uso restrito, “bem como em caso de neutralização de criminosos”. O termo “neutralização” significa morte, no jargão policial.

Três emendas com o mesmo teor foram propostas pelos deputados Rodrigo Amorim (União), líder do governo Castro na Alerj, Marcelo Dino (União), Alan Lopes, Célia Jordão (PL), Dionísio Lins (PP) e Alexandre Knoploch (PL). Todos são da base do governo Cláudio Castro (PL).

O placar foi de 47 votos pela manutenção da emenda e 15 pela rejeição. Agora, o projeto, que não inclui a PM, vai à sanção de Castro

Apelidada de “gratificação faroeste”, essa mesma modalidade de gratificação já existiu no Rio, criada em 1995, no governo de governador Marcello Alencar (PSDB). Na época, uma pesquisa realizada pelo Iser (Instituto de Estudos da Religião) e pela Alerj revelou que a taxa de letalidade nos confrontos entre policiais e civis era de dois mortos para cada ferido antes da gratificação. Depois do bônus, passou para quatro mortos e um ferido.

A própria Alerj determinou o fim da gratificação em 1998.

A lei que aboliu a “gratificação faroeste” foi de autoria do deputado Carlos Minc (PSB), que foi derrotado na votação desta terça, que recriou o bônus. “Em 1998, derrubamos a gratificação depois de estudo feito por equipe da Uerj, UFRJ, peritos criminais e advogados criminalistas”, recorda Minc. “Foram analisados 1.200 laudos cadavéricos de pessoas mortas em confronto com a polícia. Desses, dois terços (64%) foram execuções: tiros na nuca, na orelha, nas costas”.

Segundo o deputado, a lei estimulava a execução sumária. “Dos mortos, alguns eram criminosos procurados, outros, não. No Brasil não tem pena de morte, quem tem que determinar a sentença é a Justiça. O bom policial tem que investigar e prender”, afirma o parlamentar, que classifica a concessão da gratificação à POlícia Civil como retrocesso. “Sem a prova que a perícia produz, sem testemunha, sem a denúncia do Disque-Denúncia, a nossa polícia fica no “tiro, porrada e bomba”. Resultado: metade da cidade do Rio controlada pela milícia e pelo tráfico”.

“Estímulo” para a polícia matar
Coronel da reserva da PM, antropólogo e doutor em ciências sociais, Robson Rodrigues também critica a iniciativa da Alerj.

“Falar dessa ‘gratificação faroeste’, agora na versão 2.0 para a Polícia Civil, é relembrar um momento muito ruim para a Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro. O secretário de Segurança de então, general Nilton Cerqueira, criou a gratificação que praticamente estimulava os policiais a matarem, a eliminarem os criminosos”, conta Rodrigues, ao ICL Notícias. “Houve uma sanha, uma busca enlouquecida de promoções de um meio, digamos, mais fácil. A medida não tratava dos problemas até hoje tem a corporação policial militar”.

Com o conhecimento de causa, ele lamenta a decisão dos deputados. “Estou decepcionado com o parlamento, porque foi esse mesmo parlamento daqui do Rio de Janeiro que enterrou a ‘gratificação faroeste’. Agora ressuscita”, diz. “É uma ação populista, aproveitando-se de um oportunismo inconsequente e irresponsável. Dizem que isso é para melhorar a polícia, pra para fazer a polícia solucionar o problema do crime, mas isso não vai acontecer. Pelo contrário, todas as evidências mostram que isso não ocorreu com relação a Polícia Militar”.

Robson Rodrigues diz que depois que a gratificação foi instituída, os problemas da PM cresceram. “É uma atitude completamente desconectada das evidências, um desvio de função”.

*ICL


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Pesquisa

Quaest aponta Paes à frente de Flávio Bolsonaro para o governo do estado do RJ

Maioria dos cariocas acha que o governador Cláudio Castro (PL) não merece eleger um sucessor.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), é o candidato mais bem pontuado em pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira (27) na disputa para governador do estado carioca em 2026 com 29%,. O senador Flávio Bolsonaro (PL) aparece em segundo lugar, com 20%.

Veja os resultados abaixo:

Eduardo Paes – 29%; Flávio Bolsonaro – 20%; Benedita da Silva (PT) – 7%; Washington Reis (MDB) – 5%; Rodrigo Bacellar (União Brasil) – 2%; Monica Benício (Psol) – 1%; Thiago Pampolha (MDB) – 0%; indecisos – 12%; branco/nulo/não vão votar – 24%.

 

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VÍDEO: Crise se agrava – Saque organizado a supermercado assusta o RJ

Caso envolvendo 50 pessoas ocorrido próximo ao Complexo do Alemão alerta para crescimento sem precedentes da miséria. Inflação explosiva dos alimentos e corrosão do poder de compra empurram cada vez mais brasileiros para a fome.

Um saque a um supermercado na noite de sábado (16) no bairro de Inhaúma, na Zona Norte do Rio de Janeiro, próximo ao Complexo do Alemão, organizado e levado a cabo por cerca de 50 pessoas, assustou os cariocas e emitiu um alerta preocupante para as autoridades locais e do governo federal, encabeçado por Jair Bolsonaro: os níveis de miséria e fome estão nas alturas e não param de crescer, o que pode fazer a situação sair do controle.

Por volta das 20h a Polícia Militar foi acionada para comparecer ao Supermercado Inter, localizado na Estrada Adhmear Bebiano, por conta de um grupo numeroso de pessoas que ingressou no estabelecimento e, de forma coordenada, começou a furtar mercadorias, sobretudo alimentos. Quando os PMs chegaram ao local da ocorrência os saqueadores já não estavam mais.

Imagens divulgadas na internet mostram a ação do grupo e o rastro de destruição deixado no comércio. Ninguém, de acordo com as autoridades das policiais Civil e Militar fluminenses, foi detido até o momento e não se sabe em que circunstâncias o saque foi planejado.

O fato acontece num momento em que a inflação explode no país, sobretudo a dos gêneros alimentícios, corroendo gravemente o poder de compra dos brasileiros, numa crise socioeconômica que parece sem fim para o governo Bolsonaro, que assiste a tudo inerte e sem lançar mão de qualquer estratégia política que tente reverter a onda de miséria e fome que assola significativas frações populacionais do país.

A inflação de março, de 1,62% (vinda na sequência de 1,1% em fevereiro), foi a maior alta para o período desde 1994, quando o real sequer havia sido implantado, o que ocorreria em julho daquele ano. Alguns indicadores mostram o tamanho do problema: 116 milhões de brasileiros, ou 54% da população, vivem em situação de insegurança alimentar, com 9% (19 milhões) passam fome, segundo dados Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede PENSSAN) de outubro do ano passado.

Há duas semanas o IBGE informou que 12 milhões de brasileiros não têm emprego, além de 4,7 milhões de cidadãos em situação de desalento e 40,2% do total da mão de obra economicamente ativa do país exercendo atividades informais.

Veja a sequência de vídeos:

https://twitter.com/cafe_faria/status/1515527998732181507?s=20&t=togmP-aMU0iaH-XrB1vgAA

*Com Forum

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MP-RJ: recurso de Flávio Bolsonaro ‘não possui lógica ou fundamentação jurídica’

O Ministério Público do Rio (MP-RJ) avaliou que o mais recente recurso da defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos – RJ) no caso das rachadinhas “não possui lógica ou fundamentação jurídica”. O jornal O Globo conseguiu acesso ao documento, que busca remover os últimos obstáculos para a finalização do caso.

Com a avaliação, o MP-RJ quer derrubar ação apresentada pela defesa do político ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) no começo de março. O caso das rachadinhas apura peculato e lavagem de dinheiro no gabinete de Flávio na Alerj, desde janeiro do ano passado.

Ao contrário do que argumenta a defesa do senador, o MP-RJ defende que o compartilhamento de relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com os promotores do caso ocorreram de modo legal e dentro do que ficou previsto no julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os promotores negam que houve qualquer solicitação de informações a Coaf por e-mail, afirmando que “a alegação não ultrapassa o campo especulativo”.

Estas acusações ocorrem “provavelmente sob a influência de notícias divulgadas na imprensa de que a chamada ‘Operação Lava-Jato’ teria buscado dados na Receita Federal, de maneira informal, através de contatos com auditores, seja por e-mail ou por sites telefônicos, como WhatsApp e Telegram”, segundo o MP.

O texto conclui que “estas notícias nada têm a ver com o caso em exame”.

O relatório de inteligência financeira que instruiu a primeira fase das investigações contra Flávio mostrava a movimentação atípica de R$ 1,2 milhão de Fabrício Queiroz. Depois, por meio de outro relatório, ficou conhecido que o senador fez 48 depósitos de R$ 2 mil, totalizando R$ 96 mil ao longo de cinco dias em junho de 2017.

 

 

*Com informações do Uol