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Política

Moro atrapalhou, e comecei a perder a eleição quando aceitei mulher dele de vice, diz derrotado em Curitiba

Deputado Ney Leprevost concorreu à cadeira de prefeito tendo como vice Rosângela Moro.

Derrotado na corrida à Prefeitura de Curitiba no primeiro turno, o deputado estadual Ney Leprevost (União Brasil) disse nesta terça-feira (15) que a entrada do senador Sergio Moro (União Brasil) e da deputada federal Rosângela Moro (União Brasil) na sua chapa “não deu liga” e contribuiu para o resultado nas urnas.

“Moro atrapalhou bastante. Não que seja culpa dele o fato de eu não ter vencido, mas ele atrapalhou bastante. E ele é ruim de lidar, de difícil trato, vaidoso”, disse Leprevost, em entrevista.

O deputado concorreu à cadeira de prefeito tendo como vice Rosângela, que entrou na chapa após uma costura do presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda. Eles acabaram apenas em quarto lugar, com 6,5% dos votos válidos.

“Acho que eu comecei a perder a campanha quando cometi o erro de aceitar o pedido do União Brasil nacional de colocar a mulher do Moro de minha vice. Eu gosto da Rosângela, ela é boa gente, uma querida. Mas o Moro atrapalhou. Ele começou a achar que o candidato era ele. E ele agregou muita rejeição à campanha. Porque ele é visto em Curitiba como o carrasco do Lula e o traidor do Bolsonaro”, disse Leprevost.

Além disso, o deputado acredita que Moro não conseguiu trazer os votos do eleitor simpático ao lava-jatismo, já que o ex-procurador Deltan Dallagnol (Novo) estava apoiando um adversário, Eduardo Pimentel (PSD).

Pimentel e Cristina Graeml (PMB) estão no segundo turno da disputa. O União Brasil em Curitiba, presidido por Leprevost, optou agora pela neutralidade, liberando os filiados.

O deputado admitiu que ele e Moro já não estavam mais se falando na reta final da campanha. Um distanciamento ocorreu cerca de dez dias antes do primeiro turno. “Ele queria ficar saindo na propaganda de televisão. Mas eu só tinha 1 minuto e 12 segundos de televisão.Não podia ficar colocando ele o tempo todo. E ele ficou bravo e largou a campanha no final”, disse ele.

Leprevost disse ainda: “A partir do momento que ela virou minha vice, o Moro passou a achar que eu era um fantoche dele, para ficar fazendo a pré-campanha dele de governador. E eu era um candidato para competir de verdade. Aí começou a ter um estresse. Ele começou a plantar por aí que ele estava sendo boicotado na campanha”.

Sergio Moro

Sergio Moro tem planos de se lançar candidato ao governo do Paraná em 2026. ( Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Sergio Moro tem planos de se lançar candidato ao governo do Paraná em 2026, e uma vitória em Curitiba era considerada estratégica.

“Eu não quero caminhar politicamente com Moro. E acho que ele também não quer caminhar comigo. Eu não estarei com ele para o governo em 2026. Se ele for o candidato do União Brasil, eu terei que sair do partido”, disse Leprevost.

“Não sou inimigo do Moro, não quero mal dele, mas também não quero papo com ele”, continuou o deputado.

O casal Moro ainda não se manifestou sobre quem apoiará no segundo turno em Curitiba.

Conhecido pela atuação na Operação Lava Jato, Moro deixou a cadeira de juiz federal no final de 2018, convidado para ser ministro de Jair Bolsonaro, então presidente eleito. Desde então, sua trajetória política tem sido tumultuada.

Em 2020, pediu demissão após uma série de atritos com o então presidente, a quem acusou de intervir na Polícia Federal. No ano seguinte, se filiou ao partido Podemos, mirando as eleições presidenciais em 2022. Mas, perto da data final para mudanças partidárias, o ex-juiz abandonou o Podemos, surpreendendo correligionários.

Ele migrou para o União Brasil e não conseguiu espaço para se lançar ao Planalto, optando pelo Senado. Inicialmente se lançaria no estado de São Paulo, mas foi barrado pela Justiça Eleitoral e se candidatou no Paraná, vencendo a disputa.

Neste ano, além de Curitiba, o senador atuou na campanha de aliados em outras cidades paranaenses, mas colheu derrotas também em São José dos Pinhais, Guarapuava e Cascavel.

“Acho que eu comecei a perder a campanha quando cometi o erro de aceitar o pedido do União Brasil nacional de colocar a mulher do Moro de minha vice. Eu gosto da Rosângela, ela é boa gente, uma querida. Mas o Moro atrapalhou. Ele começou a achar que o candidato era ele. E ele agregou muita rejeição à campanha. Porque ele é visto em Curitiba como o carrasco do Lula e o traidor do Bolsonaro”, disse Leprevost.

Além disso, o deputado acredita que Moro não conseguiu trazer os votos do eleitor simpático ao lava-jatismo, já que o ex-procurador Deltan Dallagnol (Novo) estava apoiando um adversário, Eduardo Pimentel (PSD).

Pimentel e Cristina Graeml (PMB) estão no segundo turno da disputa. O União Brasil em Curitiba, presidido por Leprevost, optou agora pela neutralidade, liberando os filiados.

O deputado admitiu que ele e Moro já não estavam mais se falando na reta final da campanha. Um distanciamento ocorreu cerca de dez dias antes do primeiro turno. “Ele queria ficar saindo na propaganda de televisão. Mas eu só tinha 1 minuto e 12 segundos de televisão. Não podia ficar colocando ele o tempo todo. E ele ficou bravo e largou a campanha no final”, disse ele.

Leprevost disse ainda: “A partir do momento que ela virou minha vice, o Moro passou a achar que eu era um fantoche dele, para ficar fazendo a pré-campanha dele de governador. E eu era um candidato para competir de verdade. Aí começou a ter um estresse. Ele começou a plantar por aí que ele estava sendo boicotado na campanha”.

Sergio Moro

Sergio Moro tem planos de se lançar candidato ao governo do Paraná em 2026. ( Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Sergio Moro tem planos de se lançar candidato ao governo do Paraná em 2026, e uma vitória em Curitiba era considerada estratégica.

“Eu não quero caminhar politicamente com Moro. E acho que ele também não quer caminhar comigo. Eu não estarei com ele para o governo em 2026. Se ele for o candidato do União Brasil, eu terei que sair do partido”, disse Leprevost.

“Não sou inimigo do Moro, não quero mal dele, mas também não quero papo com ele”, continuou o deputado.

O casal Moro ainda não se manifestou sobre quem apoiará no segundo turno em Curitiba.

Conhecido pela atuação na Operação Lava Jato, Moro deixou a cadeira de juiz federal no final de 2018, convidado para ser ministro de Jair Bolsonaro, então presidente eleito. Desde então, sua trajetória política tem sido tumultuada.

Em 2020, pediu demissão após uma série de atritos com o então presidente, a quem acusou de intervir na Polícia Federal. No ano seguinte, se filiou ao partido Podemos, mirando as eleições presidenciais em 2022. Mas, perto da data final para mudanças partidárias, o ex-juiz abandonou o Podemos, surpreendendo correligionários.

Ele migrou para o União Brasil e não conseguiu espaço para se lançar ao Planalto, optando pelo Senado. Inicialmente se lançaria no estado de São Paulo, mas foi barrado pela Justiça Eleitoral e se candidatou no Paraná, vencendo a disputa.

Neste ano, além de Curitiba, o senador atuou na campanha de aliados em outras cidades paranaenses, mas colheu derrotas também em São José dos Pinhais, Guarapuava e Cascavel.

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Opinião

Em menos de 24 horas o ex-herói da mídia, Sergio Moro, foi massacrado por Gilmar Mendes e Flavio Dino Recorde absoluto!

Nem o folclórico Marcos do Val caiu num ridículo tão grande quanto Sergio Moro, a ponto de sua mulher, Rosângela Moro, na tentativa desesperada de salvá-lo a qualquer custo, mentir descaradamente dizendo que Gilmar Mendes havia atacado a honra dos curitibanos, e que ela, como filha da terra, não admitiria.

Rosângela acabou por atrair uma enxurrada de críticas por ter saído candidata a deputada federal por São Paulo, desmoralizando completamente sua tosca tentativa de salvar o marido, jogando os dois num buraco ainda pior, já que Moro chegou a brigar na justiça para ser candidato ao Senado por São Paulo, sem obter êxito.

Mas quem dera que a carraspana que Gilmar Mendes deu em Moro no Roda Viva fosse apenas mais uma descompostura semanal que Moro vem exibindo desde que chegou no Senado.

Menos de 24 horas depois de ser desossado por Gilmar Mendes, diante de sua mais famosa tiete, Vera Magalhães, Moro, com seu falso moralismo e moral zero, depois de atiçar Flávio Dino, experimentou o desconforto de dimensões gigantescas quando ainda nem havia digerido os impropérios, bastante adequados por sinal, num conjunto de denúncias que Gilmar Mendes havia lhe garantido.

Na verdade, Moro, em tempo recorde, provou a essência da síntese mais amarga que já enfrentou de duas grandes personalidades da vida nacional, tendo como consequência a chacota nas redes sociais, um misto de gozações e xingamentos num mesmo ingrediente virtual.

O fato é que, não tendo como manter seu passado na geladeira, Moro, decididamente, como senador de oposição, está restrito a um saco de pancadas.

Para piorar um pouco mais, a Câmara acaba aprovar a convocação de Tacla Durán para discorrer sobre as denúncias contra o casal Moro.

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Política

A resposta de Flávio Dino a Rosângela Moro sobre Lula que arrancou aplausos na CCJ

O ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, esteve na Câmara dos Deputados na tarde desta terça-feira (28) em uma audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para falar sobre os principais acontecimentos relacionados à pasta neste tempo em que está no cargo. A pauta inclui os ataques bolsonaristas à Brasília de 8 de janeiro – que desdobrou para uma intervenção federal na segurança pública do DF -, a visita do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, e a revogação dos decretos do ex-presidente Jair Bolsonaro que liberaram a compra e posse generalizada de armas por civis.

Presente na sessão, a deputada federal Rosângela Moro (UB-SP) questionou Dino sobre uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugerindo que pode haver “armação” de Sergio Moro (UB-PR) na narrativa criada após a recente operação da Polícia Federal contra membros do PCC que planejavam atentados contra autoridades e também perguntou ao ministro se ele apoiaria um projeto apresentado por seu marido que visa combater planejamentos de ataques de organizações criminosas.

“Vossa excelência é o chefe da Polícia Federal e coordenador das operações de combate ao crime organizado. Vossa excelência foi extremamente técnico quando reconheceu, nesse caso, a atuação da polícia como um órgão de estado, e não de governo. A Polícia Federal não pode ser aparelhada politicamente. E eu lamento que o presidente da República não compartilhe desse entendimento. Aliás, o que eu precisava ouvir do presidente eu já ouvi e não vou comentar a desumanidade contra uma família ameaçada de morte, que por sinal é a minha família”, disse Rosângela no início de sua intervenção.

Na sequência, questionou: “O Senado recebeu um projeto de umas das vítimas, Sergio Moro, para proteger todos os atores que se envolvem no enfrentamento ao crime organizado. Qual sua opinião sobre o projeto? O senhor vai apoiar ou não medidas de enfrentamento ao crime diante dessas circunstancias?”.

Em sua resposta, Dino procurou esclarecer que foi graças à independência da Polícia Federal garantida pelo governo Lula que foi possível a deflagração da operação contra supostos membros do PCC, destacando que tudo o que ele faz tem a concordância do presidente. O ministro aproveitou, ainda, para alfinetar Jair Bolsonaro, ex-chefe de Sergio Moro, ao dizer que Lula não o demitiu após a operação da PF – fazendo crítica à interferência política que o ex-presidente encampava sobre o Ministério da Justiça e a PF.

“À senhora Rosângela Moro, é um projeto que não conheço, espero que a senhora envie, mas quero dizer algo muito importante, falando no seu coração: Tudo o que eu faço no governo tem a concordância do presidente Lula, absolutamente tudo. Afirmo à senhora, por uma razão simples, eu exerço um cargo de confiança de meu chefe, e todas as ações que adoto, eu comunico ou consulto naquilo que me encaixa. E há uma prova indeclinável disso que estou dizendo: ele não me demitiu ainda. É a prova de que ele confia no meu trabalho. E eu tenho confiança no que o presidente Lula representa ao Brasil”, disparou o ministro, arrancando aplausos dos deputados presentes na sessão.

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Rejeição

Vídeo: Eduardo Bolsonaro é vaiado durante diplomação de eleitos em SP

Rosângela Moro, Ricardo Salles e Mario Frias também foram recepcionados com vaias quando tiveram seus nomes anunciados.

Bolsonaristas fiéis e arrependidos foram recebidos com vaias quando tiveram seus nomes anunciados, durante a diplomação de governador, senador e deputados eleitos por São Paulo. A cerimônia foi realizada nesta segunda-feira (19), pelo Tribunal Regional Eleitora (TRE-SP).

Eduardo Bolsonaro (PL), os ex-ministros Ricardo Salles (PL) e Mario Frias (PL), além de Rosângela Moro (União Brasil), esposa do Sergio Moro (União Brasil-PR), foram vaiados pelo público presente. Salles ouviu gritos de “golpista” e Rosângela de “volta para Curitiba”.

A solenidade foi marcada por protestos da plateia contra apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). Do lado de fora, porém, membros Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) realizaram um pagode para celebrar a diplomação de Guilherme Boulos (PSOL) e Ediane Maria (PSOL) integrante do movimento eleita deputada estadual.

A federação “Brasil da esperança”, composta por PT, PCdoB, PSOL e Rede foi a mais votada do estado, com 19 parlamentares.

Os deputados federais eleitos Carla Zambelli (PL), Baleia Rossi (MDB) e Tiririca (PL) não compareceram à solenidade de diplomação.

*Com Forum

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Uncategorized

Domicílio eleitoral: mulher de Moro posta foto de sanduíche de mortadela para mostrar que “é de São Paulo”

A mulher de Sergio Moro, Rosângela, pré-candidata a qualquer coisa, está numa batalha incansável para mostrar que sabe onde fica o Minhocão.

Ela e o marido transferiram o domicílio eleitoral para São Paulo. No sábado, dia 9, postou no Instagram fotos do Mercadão, no centro da cidade.

A justificativa de Moro é que ele estabeleceu vínculos em SP, além de considerar a cidade como sua “base política” após a filiação ao Podemos, em novembro do ano passado — ele está, no momento, no União Brasil.

O advogado do ex-juiz alegou que o cliente “passa a residir na capital paulista, no Hotel Intercontinental, cumprindo agendas semanais em São Paulo e, valendo-se da cidade como seu hub. Chegadas e partidas, das viagens nacionais e internacionais, sempre da capital.”

Numa notícia-crime enviada à Procuradoria Regional Eleitoral paulista, a empresária Luchsinger afirma que tanto Moro quantoa esposa “não possuem qualquer ligação com o Estado de São Paulo”.

“Ocorre que a citada mudança de domicílio eleitoral se deu mediante possível fraude e inserção de informação falsa no cadastro eleitoral eis que os representados não possuem domicílio neste estado de acordo com os ditames previstos no artigo 42 do código Eleitoral”, diz Luchsinger no documento.

“Rosângela e Moro são estelionatários eleitorais em busca de foro privilegiado e iremos até o fim para provar que nada fizeram por São Paulo e portanto nada justifica tal candidatura fraudulenta como esta”.

*Com DCM

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Política

Parafraseando Rosângela Moro, Gabriel Monteiro e Moro: vejo uma coisa só

Qual a relação que Sergio Moro tem com Gabriel Monteiro? Toda.

Os dois, cada um a seu modo, estabeleceram de formas diferentes tipos de participação na vida política do país através da mídia. Moro, da mídia industrial, sobretudo a Globo, e Gabriel Monteiro as mídias sociais, principalmente o Youtube.

Recursos diferentes, valores iguais. Tanto a ascensão de Moro quanto a de Gabriel Monteiro podem ser explicadas pelo tipo de discurso e uso da publicidade de suas ações.

Não é preciso fazer um exame tão apurado das duas personalidades para se ter essa percepção. Moro, um ex-juiz corrupto, e Gabriel Monteiro, um ex-PM corrupto. Ambos apelaram para o exercício da individualidade em suas profissões dentro do Estado brasileiro para marcar território político e ter como resultado uma colheita eleitoral que lhes impulsionem ainda mais para galgar os degraus do poder.

Aparentemente, mantiveram-se muito distantes, enquanto Gabriel Monteiro utilizou sua fama no Youtube para dar o primeiro passo como vereador, e assim se elegeu, Moro, por sua vez, buscou um outro caminho, virou um político a partir do momento em que usou a condenação e prisão de Lula, sem provas, para ter como recompensa um super ministério do governo Bolsonaro.

Moro errou no cálculo quando quis dar um passo muito maior do que suas pernas, sem respeitar o tempo de carência, partindo logo para o ambicioso projeto de ser o presidente da República. E o resultado foi pífio pela falta de avaliação do seu próprio tamanho.

Lógico, os dois são políticos de ocasião, sobretudo depois da campanha que condenou a atividade política numa criminalização ferrenha, feita pela mídia, para colocar no lugar dos políticos os tecnocratas que servem tão bem à lógica neoliberal.

Tudo indica que, se não forem cassados por seus crimes, Moro e Gabriel Monteiro disputarão uma cadeira na Câmara federal, porque aquela aura folclorizada que eles criaram de agentes que combatem o mal do país ainda dá um caldo, por mais contraditório que isso possa parecer.

A floração do fascismo no Brasil, principalmente na linha do pensamento, não encontrou obstáculo algum, já que não houve qualquer objeção do nosso sistema de justiça, permitindo assim que Moro e Gabriel chegassem aonde chegaram.

E o resultado está aí com a exploração da imagem policialesca tanto da Lava Jato quanto das ações individuais do PM Gabriel Monteiro, como nova modalidade de fazer política usando, cada um a seu modo, as técnicas e fases de prosperidade a partir de uma grande farsa.

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Política

Sergio Moro e esposa são denunciados por possível fraude na mudança de domicílio eleitoral

Sergio e Rosângela Moro não possuem provas de vínculos afetivos, sociais, econômicos ou políticos com São Paulo, diz a ação.

O ex-juiz Sergio Moro e a advogada Rosângela Moro viraram alvo de uma notícia-crime por possível fraude na mudança de domicílio eleitoral. A ação que questiona a transferência do Paraná para São Paulo foi protocolada na segunda-feira (4) na Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo, que tem a legitimidade para instaurar uma investigação. O domicílio eleitoral é um dos critérios para elegibilidade e pode gerar a impugnação no registro de candidatos.

Na semana passada, Moro e a esposa filiaram-se ao União Brasil e, segundo nota do diretório estadual do partido, o casal deve ser lançado na eleição de 2022 a uma vaga no Congresso pelo estado de São Paulo. Moro, por outro lado, nega que tenha desistido do projeto presidencial.

Na notícia-crime, três advogadas levantam a hipótese de Moro ter cometido crime na transferência do domicílio eleitoral, pois não há evidências públicas de que o casal moram em São Paulo. O artigo 42 do Código Eleitoral preconiza que, para efeito de “inscrição do eleitor”, é considerado domicílio eleitoral “o lugar de residência ou moradia do requerente”.

“(…) a citada mudança de domicílio eleitoral se deu mediante possível fraude e inserção de informação falsa no cadastro eleitoral, eis que os representados não possuem domicílio neste estado”, afirmam as advogadas.

Além disso, a notícia-crime sustenta que Sergio e Rosângela Moro não possuem provas de vínculos afetivos, sociais, econômicos ou políticos com São Paulo antes da filiação ao Podemos e, depois, ao União Brasil.

“É certo que muito embora na sistemática eleitoral o conceito de domicílio seja mais amplo que o conceito civil, inclusive com a jurisprudência sendo bastante flexível reconhecendo como domicílio o lugar da residência ou moradia ou ainda o local em que o eleitor possua algum vínculo familiar, econômico, social ou político, certo é que os requeridos não possuem qualquer ligação com o Estado de São Paulo“, defenderam as advogadas.

“Na verdade, como é público e notório, até pouco tempo os representados se dividiam entre o estado do Paraná e os Estados Unidos, após o primeiro ser vergonhosamente reconhecido como juiz suspeito e parcial pelo Supremo Tribunal Federal que em julgamento inédito (…) decidiu pela sua atuação suspeita e parcial.”

Para as autoras da notícia-crime, “há, portanto, fortes indícios de eventuais ilícitos eleitorais – fraude eleitoral e falsidade ideológica –, por parte dos requeridos, sendo de rigor a instauração de procedimento para a investigação.”

Ação foi apresentada à Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo por Roberta Moreira Luchsinger, representada pelas advogadas Maíra Calidone Recchina Bayod, Priscila Pamela dos Santos e Gabriela Shizue Soares de Araújo.

*Com GGN

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Podemos acusa Moro de usar salário da sigla para ir a SP trocar de partido

O ex-juiz já havia sido chamado de traidor por senadores do Podemos por mudar para o União Brasil sem comunicado prévio.

A forma como o agora ex-presidenciável Sergio Moro deixou o Podemos provocou ira e indignação nos antigos colegas de partido. Depois de ser classificado como traidor pelos senadores da antiga sigla, a cúpula acusa o ex-juiz de ter usado o salário recebido do Podemos para ir a São Paulo e se filiar ao União Brasil.

O Podemos gastou mais de R$ 288 mil com Moro. Pagou R$ 88 mil de salário, além de R$ 200 mil gastos no evento de lançamento da candidatura presidencial do ex-juiz, e bancou viagens do agora ex-presidenciável a vários estados do país e à Alemanha.

Assim, o ex-juiz se juntou ao partido que uniu DEM e PSL, que formaram a base inicial do governo de Jair Bolsonaro (PL). A troca ainda marca a infidelidade de Moro ao senador Álvaro Dias (Podemos), um dos poucos parlamentares remanescentes da defesa da Lava Jato.

Moro, que agora deve ser candidato a deputado federal, não comunicou que estava de saída do Podemos. Desde o fim de semana passado, o ex-juiz não faz contato com o grupo de parlamentares que articulavam sua candidatura à presidência.

Na manhã desta quinta (31), a informação chegou ao conhecimento de Renata Abreu, presidente do Podemos, e a indignação foi geral. O partido tem oito senadores, que classificaram Moro como traidor.

Os parlamentares chegaram a pedir a Moro que alterasse seu domicílio eleitoral para São Paulo, contando com a possibilidade de o ex-juiz concorrer ao Senado, uma vez que sua candidatura à presidência não decola nas pesquisas eleitorais.

Moro não quis mudar seu domicílio eleitoral para São Paulo

Além disso, quem concorre ao Senado pelo Podemos no Paraná, estado de origem de Moro, é o líder do partido na Casa, Álvaro Dias. Porém, o ex-juiz não gostou da ideia de mudar seu domicílio eleitoral.

Na segunda-feira (28), Moro jantou com Luciano Bivar, presidente do União Brasil, sem que ninguém do Podemos soubesse. Simultaneamente, divulgou que sua esposa, Rosângela Moro, concorreria a uma vaga à Câmara dos Deputados por São Paulo. Porém, ela também trocou o Podemos pelo União Brasil.

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A peça de defesa de Rosângela Moro de que o Marido protegeu Lula, é uma zombaria jurídica

Mas que diabo é essa proteção que Moro diz ter feito de Lula?

O juiz vigarista tem zilhões de declarações sobre o esquema de sua tramoia que denunciavam Lula publicamente por crimes que jamais provou, usando como poucos seu departamento de marketing para alimentar jornalistas abutres, como disse Dallagnol, para fazerem o serviço sujo, como também disse o chefe da Força-tarefa da Lava Jato.

Na verdade, Moro investiu nisso e somente nisso, quando deixou de ser juiz e assumiu, de forma anônima, a função de policial para destruir, de maneira impiedosa, não só Lula, mas o governo Dilma e a própria Petrobras. É só pesquisar e ver o tamanho da indenização que os senhores da Lava Jato conseguiram para os americanos.

Agora, com a bunda de fora, sua esposa que o defende no STF, solta essa pérola, parecendo mais uma zombaria sádica de que Lula, que estava marcado para morrer desde o início da Lava Jato, na verdade, estava sendo protegido pelos seus queridos inquisidores para evitar uma efusão de sangue.

Sim, os hereges prestaram um inestimável serviço ao capital internacional e, agora, Rosângela Moro quer impedir que o povo saiba das filigranas dos fatos que foram operados contra Lula.

Lógico, a campanha infame da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) para livrar a cara dos lavajatistas, não tem graça.

Da série: No dos outros, é refresco:

A lógica trombeteada pelos procuradores da Lava Jato e do próprio Moro, era saber fazer uso da publicidade midiática para encurralar e assassinar reputações de suas vítimas. Agora que a maré virou e os caçadores da Lava Jato estão sendo caçados pela sociedade, o corporativismo da Associação Nacional dos Procuradores é convocado para proteger seus corruptos de estimação e tentar travar, no STF, as revelações sobre a lama podre dos corruptos de Curitiba que, a cada vazamento, escandalizam a sociedade.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Moro pode sair do Brasil e desistir da política

Moro é pressionado pela família a sair do Brasil e se afastar definitivamente da política.

O ex-ministro da Justiça Sergio Moro está sendo pressionado pela família a sair do Brasil. A ideia é que ele passe uma temporada dando aulas de Direito em outro país. E, assim, fique distante da política e de eventual projeto eleitoral de concorrer à Presidência.

A mulher dele, Rosângela Moro, tem repetido a interlocutores que o marido já deu a contribuição que tinha que dar ao país e que a política partidária, com seus embates selvagens, não seria para ele. Estaria na hora de novamente cuidar da vida pessoal e profissional.

O próprio Moro também já disse a políticos que o visitam que não se sente inclinado a disputar um cargo eleitoral.

O movimento lava-jatista, do qual Moro é estrela, tem sofrido derrotas seguidas na esfera política. A indicação do desembargador Kassio Nunes Marques para o STF (Supremo Tribunal Federal) é a mais recente delas —deixando o ex-ministro e seus seguidores cada vez mais isolados.

A segurança é outra preocupação da família do ex-ministro: neste mês ele acaba de cumprir a quarentena obrigatória desde que saiu do Ministério da Justiça, perdendo também o direito a escolta da Polícia Federal.

 

*Monica Bergamo/Folha