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Bolsonaro sai mal na foto dos BRICS

Tinha tudo para dar errado o encontro dos BRICS no Brasil, ciceroneado por Bolsonaro. O mesmo Bolsonaro que está por trás do golpe da Bolívia e na invasão da embaixada da Venezuela no dia da chegada dos chefes de Estado da Rússia, China, Índia e África do Sul.

O perfil da Embaixada da Rússia no Twitter postou foto dos presidentes com Michel Temer ao invés de Jair Bolsonaro, ao comentar encontro dos Brics.

Bolsonaro estava tão sem prestígio no encontro que a embaixada da Rússia usou um banner com a foto do golpista Temer no lugar do miliciano Bolsonaro. O que, de certa forma, não muda muita coisa. Os dois são literalmente farinha do mesmo saco em termos de caráter e ética.

Mas convenhamos, isso foi uma humilhação, a meu ver, proposital. Acredito mesmo que a Rússia quis dizer a Bolsonaro o quanto ele é insignificante, nulo na geopolítica global, confirmando o que disse o New York Times que classificou Bolsonaro como o mais medíocre chefe de Estado do mundo.

Mais irônico ainda é Temer, que já havia sido escanteado no encontro do BRICS do qual participou, ser agora o substituto de Bolsonaro numa engenhosa desqualificação que a embaixada russa aprontou para o miliciano.

Não me venham dizer que uma coisa tão visivelmente escandalosa tenha sido obra do acaso, de uma confusão qualquer. Isso foi um projeto de valor estético belíssimo, de uma concepção formosa de quem bolou a galhofa.

O fato é que o velho leão representado pelo filme postado por Carluxo foi reduzido a pó, a nada, pois sequer na foto da embaixada russa ele apareceu, além de ser substituído por ninguém menos que Temer.

Aí abre-se um parênteses a favor de Temer, porque até aqui não se tem notícias do seu envolvimento em crimes da milícia carioca. Então, fica a pergunta, qual dos dois tenores da picaretagem nacional se sentiu mais ofendido diante dessa nítida gozação que a Rússia aprontou no Brasil com Bolsonaro?

Seja como for, essa imagem reproduz bem a interpretação que Putin faz do próprio Bolsonaro. Quanto a isso, não há menor dúvida.

post, publicado nesta sexta-feira (15), a foto usada é de um encontro anterior. Nela aparecem todos os presidentes atuais dos países do grupo, exceto Bolsonaro, que assumiu em janeiro.

https://twitter.com/RussianEmbassy/status/1195353000610615296?s=20

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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“Bolsonarianas” tomam calote de congresso que teria a participação de Damares e a primeira-dama

Conforme o registro na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Giselle teria passado toda a responsabilidade do evento para uma líder do movimento de direita do Rio Grande do Norte, em Brasília, entre 5 e 10 de novembro. No contrato, haveria uma cláusula a qual indicaria que no caso de vazamento dos dados do acordo, as “Bolsonarianas” deviam pagar R$ 100 mil a uma empresa de logística.

A promessa de evento na capital da República com participação de integrantes da cúpula do governo Jair Bolsonaro (PSL) acabou com delegacia cheia. Um grupo de 40 mulheres de 11 unidades da Federação procurou a polícia na tarde dessa quarta-feira (13/11/2019) para denunciar suposto golpe.

As mulheres registraram em boletim de ocorrência que vieram a Brasília na expectativa de participar do 1º Congresso Nacional das Bolsonarianas.

Conforme divulgação nas redes sociais, participariam do encontro a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, em 13 e 14 de novembro.

Os dias, 13 e 14, coincidem justamente com outro acontecimento que impactou na rotina de Brasília: a 11ª Cúpula do Brics, bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Enquanto o Brics tem agenda intensa, o 1º Congresso Nacional das Bolsonarianas não saiu do folder.

Autodeclaradas apoiadoras do presidente da República, as “Bolsonarianas” lotaram a 1ª Delegacia de Polícia (na Asa Sul) para registrar ocorrência. Todas usavam uma camiseta rosa customizada para o congresso que não existiu.

Teriam pago R$ 100 a duas organizadoras pela inscrição, hospedagem com café da manhã e traslado. O custo com transporte até Brasília ficaria a cargo de cada participante.

Delegado plantonista da 1ª DP, Henrique Pantuzo disse à reportagem que a denúncia será investigada como estelionato, mas outros delitos não são descartados. “Pode ser que apareçam crimes como falsidade ideológica e falsificação de documento particular”, detalhou.

De acordo com Pantuzo, a presença de integrantes do governo federal foi um chamariz dos organizadores. “Disseram que teria presença de autoridades e da primeira-dama. Não existia nada disso, na verdade. Esse congresso nunca existiu. Elas foram ludibriadas”, contou.

A divulgação indicou que o encontro ocorreria no Ulysses Guimarães. Contudo, o empreendimento sequer foi contratado, segundo o consultor do Consórcio Capital DF, Marcos Cumagai.

Denúncia

Segundo o BO, as acusadas de aplicar o suposto golpe são duas mulheres identificadas como Giselle Souza Pereira e Alícia Moreno.

Pelo menos uma das participantes desconfiou das facilidades de estadia e benefícios por um valor tão pequeno. “Alícia e Giselle alegaram privilégio por muitos patrocínios para o congresso, sem citar qualquer nome de patrocinador, dizendo que os mesmos não queriam ter seus nomes divulgados”, descreve no trecho da ocorrência.

Outra denunciante contou que Giselle cobrou R$ 300 para que a participante pudesse ocupar um quarto de casal com o esposo no DF. Quando ligou no hotel, confirmaram a reserva, mas disseram que deveria pagar R$ 1.150 no momento do check-in.

Conforme o registro na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Giselle teria passado toda a responsabilidade do evento para uma líder do movimento de direita do Rio Grande do Norte, em Brasília, entre 5 e 10 de novembro. No contrato, haveria uma cláusula a qual indicaria que no caso de vazamento dos dados do acordo, as “Bolsonarianas” deviam pagar R$ 100 mil a uma empresa de logística.

Segundo as denunciantes, Alícia Moreno teria iniciado, logo após a posse de Bolsonaro na presidência da República, o projeto de agregar outras líderes estaduais para formar um grupo que participaria do 1º Congresso Nacional das Bolsonarianas.

Foi estipulado por Alícia Moreno e Giselle Souza que cada líder captasse através do aplicativo WhatsApp, no mínimo, 50 mulheres por estado. Dessas, no mínimo 20 deveriam participar do congresso, somando quantia obrigatória de valor mínimo de R$ 2 mil por estado, tendo sido arrecadado valor superior ao estipulado.

Fizeram dívida

Ativista e líder do Movimento Amazonas em Ação, Iza Oliveira, 46 anos, disse ao Metrópoles que 22 mulheres do estado foram enganadas e 11 acabaram vindo a Brasília, mesmo sem evento. “Muitas até adoeceram. Foi um golpe grande para a gente. Pessoas que deixaram a família lá, fizeram dívida”, acrescentou. “Foi uma coisa muito constrangedora: mulheres saíram de casa sem lugar para ficar, para comer”.

Segundo Iza, o cancelamento do congresso foi avisado por Alícia à 1h de terça-feira (12/11/2019). “Ela mandou áudio dizendo que não era para ninguém sair da sua cidade”, contou.

Pedagoga do Espírito Santo, Cláudia Rodrigues dos Reis, 34, disse à coluna que oito pessoas do estado acabaram lesadas, no total, com transferência de R$ 800, além de R$ 480 para confecção de camisetas.

Os valores foram depositados em conta no nome de Vitória, indicada por Giselle. “Como começamos a perceber coisas erradas, avisamos à comitiva que tinha algo errado, porque não tinha certeza de reserva, de locais”, pontuou. Depois do aviso de cancelamento, as mulheres cobraram Giselle, que prometeu reembolsá-las.

As mulheres passaram a cobrar o ressarcimento, que foi prometidoMaterial cedido ao Metrópoles

Cláudia informou que o grupo capixaba vai levar o caso à Polícia Federal. “Disseram que seríamos ressarcidas, mas sumiram. São pessoas de má-fé, estelionatárias, criminosas que usaram nosso emocional para que pudesse aproveitar disso e prejudicar o governo Bolsonaro”, assinalou.
Prêmio de consolação

Decepcionadas com a programação que não existiu, as “Bolsonarianas” tiveram um prêmio de consolação na capital da República. Foram acolhidas e guiadas por Kelly Bolsonaro (Patriota), que é suplente na Câmara Legislativa, em um “tour cívico”. Ela soube do problema e atendeu ao pedido de socorro das colegas do movimento conservador.

Jeitosa, Kelly fez do limão uma limonada e levou o grupo para um encontro com a ministra Damares, que lidera a pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. “A ministra acabou recebendo o grupo e deu uma palavra de conforto”, assinalou a suplente de deputado.

As meninas ainda passearam pela Capelania Evangélica do Corpo de Bombeiros Militar do DF e estiveram na porta do Palácio da Alvorada para cumprimentar o presidente Jair Bolsonaro. Conseguiram alcançar o mandatário na saída para o trabalho. Teve aperto de mão, beijo e abraço por amostragem.

Apesar da desventura, algumas delas posaram sorridentes para a foto em frente à 1ª DP.

Antes de ir para a delegacia registrar o boletim de ocorrência, as mulheres visitaram a Capelania Evangélica do Corpo de Bombeiros do DF.

Parte do grupo posou com a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves.

Em nota, o Ministério informou que Damares “nunca confirmou presença no evento ou teve qualquer contato com os organizadores”. No entanto, ao saber do incidente com o grupo, aceitou receber as mulheres.

Procurado, o Palácio do Planalto não retornou contato a respeito da divulgação de que Michelle Bolsonaro participaria do encontro.

O outro lado

A reportagem tentou contato com Giselle, mas o telefone dela estava desligado. Alícia atendeu e, antes mesmo da identificação da reportagem, disse que retornaria, desligou a ligação e não retornou às outras chamadas.

 

 

*Com informações do Metrópoles

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URGENTE! – vídeo: Embaixada da Venezuela é invadida em Brasília pelo bando de Guaidó

Os ânimos estão acirrados na América do Sul, desta vez, até no Brasil.

Depois que Bolsonaro reconheceu o golpe na Bolívia e a posse de uma golpista que se autoproclamou presidente da Bolívia, a Embaixada da Venezuela é invadida em Brasília por uma milícia ligada a Guaidó.

O território venezuelano está sendo invadido dentro do Brasil por milicianos de Juan Guaidó, autoproclamado presidente do país, pulando o muro e invadindo a representação diplomática da Venezuela no Brasil.

Presidentes e ministros da China, Rússia, Índia e África do Sul estão ou chegam nas próximas horas a Brasília para a reunião dos Brics.

Uma invasão dessas com nítida permissão do planalto tem todos os sintomas de afronta sobretudo a Rússia e China que são aliados de Maduro.

Segundo o deputado Paulo Pimenta, às 8h30 um grupo de cerca de 20 milicianos brasileiros e venezuelanos ainda estavam na embaixada e agrediram diversas pessoas, afirmando ter apoio de Guaidó e Bolsonaro.

As notícias que chegam, relatam que houve agressão física e que a PM de Brasília deu cobertura aos milicianos, o que mostra mais um traço comum entre o golpe na Bolívia, as milícias do clã Bolsonaro com o que ocorre com a embaixada da Venezuela no Brasil.

Tudo indica que Bolsonaro está até o pescoço nessa chocante atitude que coloca o Brasil em rota de colisão com a Rússia e a China, com Putin e Xi Jinping.

Os próprios milicianos que invadiram a embaixada dizem que seguiram as ordens do berrante de Bolsonaro em parceria com Guaidó. Ou seja, o Brasil está a mercê de uma milícia carioca muito mais perigosa do que se imagina e que se alastra rapidamente pelos quatro cantos da América Latina e coloca o Brasil numa posição perigosa diante da comunidade internacional.

 

*Da redação

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Vídeo: Rússia, China e Grupo de Puebla rechaçam golpe na Bolívia

Assistam abaixo ao vídeo em que saqueiam a casa de Evo Morales

Governo Putin usa a expressão “golpe orquestrado”, e lembra relação de amizade com o governo de Evo Morales. Chineses pedem restauração da estabilidade e latino-americanos denunciam “história de interrupções democráticas”.

Ainda repercutindo a deposição do governo eleito de Evo Morales, o governo russo condenou “a onda de violência desencadeada pela oposição” que resultou na derrubada do ex-presidente boliviano. Por sua vez, a chancelaria da República Popular da China clamou para que os conflitos no país sejam resolvidos no marco da constituição boliviana. O Grupo de Puebla, que reúne líderes da esquerda latino-americana, destacou a violência desencadeada pelas forças conservadoras que desatou num golpe de Estado, neste domingo (10), que contou com a anuência das Forças Armadas bolivianas.

“Causa profunda preocupação que a vontade do governo de buscar soluções construtivas, com base no diálogo, foi rejeitada por eventos que tem um padrão de um golpe de Estado orquestrado”, diz a nota assinada pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov. Ele apelou para a todas as forças políticas da Bolívia para que sejam “sensatas e responsáveis” e encontrem uma solução constitucional que restaure a governabilidade e também garanta o desenvolvimento social e econômico do país, ao qual os russos se dizem ligados “por uma relação de amizade”.

O governo chinês se pronunciou por meio do porta-voz da chancelaria, Geng Shuang, e pediu que disse esperar que “todas as partes possam encontrar uma solução nos marcos da Constituição a fim de restaurar a estabilidade política e social na Bolívia”.

Grupo de Puebla

Reunidos durante este final de semana, em Buenos Aires, o fórum de líderes de esquerda da América Latina prestou solidariedade ao povo do país vizinho e afirmou que “mais uma vez, a Constituição e o Estado de direito da Bolívia foram violados, interrompendo um mandato constitucional” e denunciaram “humilhação de autoridades, invasão, saques e incêndio de residências, sequestro e ameaças de familiares” no país andino contra o governo Morales. A nota é assinada pelos ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, pelo ex-chanceler Celso Amorim, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, além do ex-presidente paraguaio Fernando Lugo e políticos do México, Colômbia, Argentina, Chile e Uruguai, entre outros.

“Todas a iniciativas de diálogo e negociação oferecidas pelo governo do presidente Evo Morales foram rechaçadas. As recomendações da OEA (Organização dos Estados Americanos) para a realização de uma nova disputa eleitoral foram aceitas pelo presidente Morales, dirigidas ao Parlamento boliviano, incluindo a recomendação de renovação completa das autoridades eleitorais e a possibilidade de contar com novas candidaturas. Mas a oposição optou pela intransigência, radicalização e ruptura democrática, abrindo um grave antecedente de um novo golpe de estado na larga história de interrupções democráticas do país”, diz a nota divulgada pelo Grupo de Puebla.

Evo Morales aos golpistas: ‘Assumam a responsabilidade de pacificar o país’

Presidente, que teve a casa invadida e depredada, denuncia violência e declara temor de derramamento de sangue pelas forças opositoras.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, obrigado pelas Forças Armadas a renunciar ao mandato, mandou nesta segunda-feira (11) um recado aos militares e personagens da oposição que lideraram o golpe de Estado, pedindo para que “assumam a responsabilidade de pacificar o país”, demonstrando preocupação com um potencial derramamento de sangue no país, caso haja confronto com os movimentos populares daquele país, que já declararam disposição de resistir e restabelecer a normalidade democrática. Antes de renunciar ao cargo, neste domingo (10), Evo denunciou o excesso de violência comandado pela oposição, com sequestros e torturas de membros do governo, invasão de prédios estatais e incêndio a casas. Até a casa de Evo, em Cochabamba, foi invadida e depredada.

 

 

*Da Rede Brasil Atual

 

 

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Lítio, “ouro branco”, riqueza da Bolívia, um dos motivos do golpe

Nenhum celular nem carro elétrico funciona sem o metal. O governo Morales tudo faz para não repetir a história de exploração colonial
O futuro da Bolívia é branco e salgado. Ele jaz sob um lago seco de 10 mil quilômetros quadrados, o Salar de Uyuni. O engenheiro Juan Montenegro bate na crosta de sal e diz: “Aqui começa a época industrial do nosso país.”

Ele se refere ao lítio, uma matéria-prima que atualmente interessa a firmas de todo o mundo. O local pode abrigar até 10 milhões de toneladas do metal alcalino, a maior reserva do mundo. Ele é um componente central das baterias de relógio e indispensável para um futuro provavelmente movido a eletricidade.

Sem baterias recarregáveis de íon-lítio, nada de telefone celular, bicicleta elétrica e, naturalmente, nada de carro elétrico. Michael Schmidt, da Agência Alemã de Matérias-Primas, estima que a demanda global alcançará 111 mil toneladas ate 2025, em comparação com apenas 33 mil toneladas em 2015.

Ao governo de Evo Morales não escapou o tesouro que jaz sobre o pobre Estado andino. Atualmente, uma tonelada de lítio está cotada em 16 mil dólares, e o preço sobe ano a ano. Investidores da China, Estados Unidos e Rússia fazem fila, mas a Bolívia mantém suas portas fechadas.

“Não queremos uma segunda Potosí”, afirma Juan Montenegro, que Morales nomeou chefe da empresa estatal Yacimientos de Litio Bolivianos (YLB). Ele se refere a uma velha cidade mineira, a mais de duas horas de carro do deserto salino.

Ao longo de séculos, os colonizadores espanhóis extraíram ali tanta prata que, diz-se, teria sido possível construir uma ponte da Europa até a América do Sul. Milhões morreram nas atividades de mineração, até hoje crianças procuram restos pelos túneis. No centro de Potosí uma exposição fotográfica junta donativos para que elas possam ir à escola.

Essa história não deve se repetir em Uyuni. Quem queira extrair lítio aqui deve se ater às condições de La Paz, mantendo no local os empregos e a agregação de valor.

Não se trata apenas de ser fornecedores de matéria-prima, afirma Montenegro: a meta é produzir baterias made in Bolivia. Os pacotes de baterias recarregáveis improvisadamente embalados com fita adesiva, que os cientistas trouxeram de La Paz, são prova de quanto falta até alcançar essa meta.
Joint venture com firmas alemãs

É um dia seco e frio em Uyuni, a YLB comemora seu primeiro aniversário de fundação. A banda militar se apresenta, escolares dançam em trajes andinos, e a prefeita louva as “perspectivas de emprego” graças ao lítio.

E há mesmo o que festejar: está prometido para Uyuni um investimento bilionário vindo da Alemanha. A empresa de energia sustentável ACI Systems, de Baden-Württemberg, e a turíngia K-Utec, de tecnologia de sais, ganharam a concorrência para o megaprojeto.

Até agora só há uma pequena central-piloto no deserto de sal. O caminho até lá passa pelo lugarejo de Colchani. Quando acabam as casas, a pista se perde no branco infinito. Chegando finalmente à pequena fábrica, soldados vigiam a entrada.

Dentro, o operário Jorge Macías afirma que consegue viver bem do lítio: seu salário equivale a 600 euros, o que é relativamente muito na Bolívia. Depois de três semanas trabalhando direto, ele sente falta da mulher e dos filhos, mas está convencido: “Finalmente, nós mesmos, bolivianos, estamos nos beneficiando das riquezas da terra.”

O diretor-geral da ACI Systems, Wolfgang Schmutz, vê a situação de forma surpreendentemente semelhante: “A coisa toda é um projeto de igual para igual. Decisiva para o nosso trabalho aqui foi a confiança dos bolivianos, que contam com um desenvolvimento sério e sustentável no Salar.”

Agora se busca na Alemanha quem esteja disposto a passar alguns meses na Bolívia, revela Schmutz: justamente no setor de técnica de baterias ainda falta muito know-how aos sul-americanos.

Um outro fator se interpõe no caminho dos bolivianos à era industrial: o país não tem acesso ao mar, as exportações têm que ser transportadas pela cadeia andina até o porto chileno de Antofagasta, para cuja utilização Santiago exige altas taxas. Isso também deverá encarecer as baterias bolivianas. Em outubro o país perdeu uma causa contra o Chile no Tribunal Internacional de Justiça.

Em Uyuni, porém, as esperanças permanecem altas. No momento, os mochileiros são a única fonte de verbas para a desolada região: o deserto de sal é uma cenário apreciado para fotos do Instagram. Mas em geral os turistas só permanecem por poucos dias.

“Para os agricultores da região, a única outra fonte de renda é a criação de lhamas”, comenta a prefeita Carmen Gutiérrez. Ela espera que o lítio vá finalmente lhes trazer prosperidade – uma prosperidade que nenhuma potência colonial será capaz de tomar.

 

 

*Da Carta Capital

 

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Putin chega esta semana ao Brasil e conversará com Bolsonaro sobre o apoio que deu ao golpe na Bolívia, diz assessor

Com uma chamada de “urgente”, o Sputnik avisa que o assessor de Putin, Yuri Ushakov, disse que ele quer ter uma conversa reservada com Bolsonaro sobre o golpe na Bolívia que o governo brasileiro apoiou.

No âmbito da cúpula do BRICS, os líderes da Rússia e do Brasil, Vladimir Putin e Jair Bolsonaro, planejam discutir questões da política bilateral e a situação na região, inclusive os eventos na Bolívia.

“Só houve um encontro com Bolsonaro em Osaka; agora será realizada uma conversa mais profunda, isso será, antes de mais, a agenda bilateral e, certamente, os problemas atuais internacionais e regionais, inclusive a situação na Bolívia”, disse Ushakov aos jornalistas.

Respondendo a uma pergunta sobre o tema da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e se os líderes vão discutir essa questão durante as negociações, o assessor do presidente russo disse que isso ficará ao critério dos próprios líderes e em primeiro plano estará a agenda bilateral.

“Eu não sei, isso será determinado pelos próprios líderes. Mas, antes de tudo, serão discutidas questões da agenda bilateral”, explicou Ushakov.

No âmbito da cúpula do BRICS no Brasil, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, vai se encontrar com o primeiro-ministro da Índia, Narenda Modi, e o presidente da China, Xi Jinping, no dia 13 de novembro e com o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, no dia 14 de novembro.

 

 

*Com informações do Sputnik Brasil

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Isolado no mundo: Governo Bolsonaro fracassa e convoca Moro para perseguir Lula e manter o gado no curral

Bolsonaro finge não saber que as manifestações de rua não são o seu problema, mas as manifestações cada vez mais irritadas das pessoas em supermercados na hora de comprar alimentos, assunto que ele foge como o diabo da cruz.

O tipo de manifestação espontânea que derruba um governo é exatamente esta, a pessoa em um supermercado diante de um produto que aumentou barbaramente o preço, manifesta-se espontaneamente com raiva e, por impulso, xinga o presidente. Nesse ato não há qualquer ideologia, é uma reação explosiva de quem sente os calos queimarem e reage com profunda irritação.

E são cenas como essa que se repetem cada vez mais numa velocidade impressionante no Brasil. Fora dessa falsa polarização criada por Bolsonaro para manter seu gado no curral, existe uma sociedade que está nitidamente de saco cheio com ele, porque sente no bolso, na mesa, na geladeira que sua vida piorou muito com esse governo. O salário fica cada vez mais curto diante dos 30 dias do mês com o neoliberalismo de Guedes. As pessoas não conseguem pagar suas contas, sobretudo suas dívidas com os bancos, que hoje chega a, aproximadamente a 70% de inadimplência de quem tomou empréstimos com.

Na realidade, Bolsonaro se beneficia da sombra que Lula faz sobre ele. Assim, ele cria um inimigo e mantém acesa uma polarização com Lula para tentar a impossível missão de esconder o seu fracasso. Sem falar do seu envolvimento com a milícia, com Queiroz e outros casos que precisam ser provados.

Quando convoca Moro para uma cena de seu teatro, para pressionar o Congresso a mudar a constituição em favor da prisão após condenação em 2ª instância, mesmo sabendo que não pode mudar uma cláusula pétrea, Bolsonaro joga para sua torcida de fascistas, cada mais constrangida diante da realidade.

Para piorar ainda mais, o Brasil sediará a próxima cúpula dos BRICS, mas já com o aviso da Rússia e China de que o país ficará cada vez mais isolado, principalmente depois do apoio ao golpe na Bolívia. Ou seja, Bolsonaro terá que desdobrar em palavrórios e fanfarronices ideológicas para tentar esconder que seu governo está cada vez mais nu e sem margem de manobra.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Putin chama de golpe o golpe na Bolívia e manda recado duro a Bolsonaro

Alerta do governo Putin ocorre às vésperas da cúpula dos Brics, em Brasília. Tema ameaça aprofundar o afastamento político entre o Planalto e o Kremlin.

O governo de Vladimir Putin acusou a oposição boliviana de promover uma onda de violência e insinuou que a tentativa de Evo Morales de promover o diálogo foi minada. Moscou também usou a palavra “golpe” para descrever o que havia ocorrido em La Paz nas últimas horas e mandou um recado aos países sul-americanos. A mensagem foi interpretada nos meios diplomáticos como um alerta especialmente dirigido ao Brasil, EUA e OEA.

Num comunicado emitido na manhã desta segunda-feira, o governo russo ainda pediu que as forças políticas demonstrem “bom senso” e atuem “de forma responsável”.

“Causa profunda preocupação que a vontade do governo de buscar soluções construtivas, com base no diálogo, foi rejeitada por eventos que tem um padrão de um golpe de estado orquestrado”, disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

“Estamos preocupados com a dramática evolução da situação na Bolívia, onde a onda de violência desencadeada pela oposição não permitiu que o mandato presidencial de Evo Morales fosse cumprido”, afirmou Moscou.

“Apelamos a todas as forças políticas bolivianas para que sejam sensatas e responsáveis, para que encontrem uma solução constitucional para a situação no interesse da paz, da tranquilidade, da restauração da governabilidade das instituições do Estado, da garantia dos direitos de todos os cidadãos e do desenvolvimento social e econômico do país, ao qual estamos ligados por uma relação de amizade”, alertou.

Mas o comunicado também manda um recado para a região. “Esperamos que esta abordagem responsável seja demonstrada por todos os membros da comunidade internacional, pelos vizinhos latino-americanos da Bolívia, pelos países extra-regionais influentes e pelas organizações internacionais”, disse Moscou.

O alerta foi interpretado na diplomacia brasileira como um recado especialmente dirigido a países como o Brasil que, imediatamente depois da queda de Morales, declararam que não se tratava de um golpe. O alerta também se referiu, indiretamente, ao governo americano e à OEA.

Nas redes sociais, o chanceler Ernesto Araújo indicou que o Brasil “apoiará transição democrática e constitucional” e indicou que “a narrativa do golpe só serve para incitar a violência”.

Aproximação

O interesse de Moscou não ocorre por acaso e o alerta é lançado às vésperas do desembarque de Putin ao Brasil, onde participa da cúpula dos Brics.

Já esvaziada diante de um posicionamento cada vez mais distante entre Brasília e o restante do bloco, diplomatas envolvidos na preparação do evento admite que a crise boliviana deve contribuir para um certo distanciamento político entre os governos.

Moscou tem visto com sérias desconfianças a aproximação brasileira ao governo de Donald Trump. Ainda que, em termos políticos, o governo Bolsonaro tenha indicado a necessidade de contar com investimentos chineses e de outros parceiros, o alinhamento geopolítico é o que preocupa o Kremlin.

Para os russos, a situação na Bolívia, portanto, faria parte desse cenário de aproximação de líderes da América do Sul à lógica da política externa americana.

No caso de Morales, Putin tem muito a perder. Nos últimos anos, Moscou ampliou sua participação na economia boliviana, inclusive com a assinatura entre a agência de energia atômica, Rosatom, e autoridades locais em La Paz para pesquisas na área nuclear. Moscou nunca disfarçou seu interesse pelas reservas de metais no país sul-americano. No ano passado, Morales e Putin ainda fecharam acordos em diversas áreas estratégicas e a Gazprom passou a ser um importante ator no país.

Recentemente, o site russo Proekt revelou como Moscou enviou consultores políticos para ajuda Evo Morales em sua campanha eleitoral. Os especialistas teriam desembarcado na Bolívia em junho para montar uma estratégia nas redes sociais.

Os sinais de apoio a Morales também vieram de Margarita Simonyan, chefe da Russia Today, um canal estatal do Kremlin destinado a promover a imagem e interesses de Putin no exterior. Num post nas redes sociais, ela sugere a Morales um cargo de apresentador na RT em Espanhol, lembrando como o equatoriano Rafael Correa também seguiu o mesmo caminho.

Em meados do ano, Morales já havia recebido o título de doutor Honoris Causa de uma universidade russa. Em seu discurso ao receber o título, indicou que foi a “estabilidade política que garantiu a estabilidade econômica” de seu país.

 

 

*Com informações do Uol

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Resposta do governo Bolsonaro é patética, diz um dos maiores especialistas internacionais em derramamento de óleo

Há cerca de um mês, o especialista canadense em contenção de derramamentos de óleo, Gerald Graham, adquiriu o costume de abrir o Google News para acompanhar as notícias sobre o crime ambiental que se espalha há 54 dias pelas praias do Nordeste. Ele vem observando as imagens e vídeos, além de notícias, e afirma estar espantado com a falta de respostas sobre a origem do vazamento.

“É muito estranho, até hoje tudo é muito estranho porque não se sabe de onde o óleo está vindo. É uma surpresa o óleo continuar chegando às praias. Parece que continua vindo da fonte original e ainda não se sabe de onde vem”.

A surpresa não se resume ao mistério da origem do óleo. Para o especialista, o mais chocante é o perigo a que voluntários estão se submetendo ao limpar as praias sem que o Governo Federal cumpra seu papel e assuma a retirada do óleo da costa. “Quando eu vi pela primeira vez essas notícias do vazamento, cerca de um mês atrás, eu falei com um jornalista e vi algumas imagens e pensei: ‘isso parece ruim!’”, lembra.

Graham é presidente da Worldocean Consulting, empresa especializada em planejar o uso de tecnologia no processo de limpeza em episódios de derramamento de óleo. Recentemente, deu uma série de entrevistas para apresentar softwares que permitem a visualização de cenários de derramamento de óleo, apontando os métodos mais rápidos e baratos de limpeza.

O extenso currículo de Gerald Graham inclui consultorias para o Banco Mundial, OCDE, Unesco, FAO, União Europeia, Agência de Desenvolvimento do Canadá e alemã GTZ. O expert conversou com a reportagem da Marco Zero por Skype sobre o que considera serem os pontos críticos da limpeza das praias no Nordeste brasileiro e comentou a ação das autoridades responsáveis. Confira abaixo os principais trechos da entrevista.
Resposta desorganizada ao vazamento

A partir das imagens que eu vi e venho vendo há semanas, há uma resposta desorganizada aos vazamentos. Não há sinal de ninguém no comando, nem soldados. Eles não estão sequer devidamente equipados para a tarefa.

Governo não sabe fazer e não pede ajuda

A última imagem que vi tinha uma mulher dentro da água, sentada na água, tentando limpar o óleo. É ridículo.

Eu esperaria mais do Brasil. Não é um país da Europa ocidental, nem os Estados Unidos, mas não é um país subdesenvolvido. Eu escutei que parte da costa que o óleo atingiu é uma região mais pobre, me corrija se estiver errado.

Eu não tenho visto imagens que mostram manchas na superfície, o material parece ficar nas praias, preso. Por isso a dificuldade de observar com imagens aéreas e satélites.

E a resposta do governo, para mim, é totalmente patética. É um segundo desastre. Primeiro o óleo, depois as respostas são um outro desastre.

Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, fez visita relâmpago à praia de Itapuama. Fez uma live para as redes sociais, falou rapidamente com a imprensa e deixou o estado

As consequências do contato com o óleo

As pessoas são afetadas pelo óleo, elas podem não sentir no começo, mas estão inalando. O óleo pode entrar pela pele, também pode ir para o cérebro.

As pessoas precisariam de um treinamento. Eu não vi nenhuma evidência de que isso está acontecendo. Também não vi equipamentos de limpeza nas praias ou no mar. Onde estão as máquinas que poderiam fazer a limpeza das praias?

A questão é: se a autoridade federal não tem um plano de contingência do óleo não deveria deixar voluntários fazerem isso.

As autoridades regionais e locais, com as autoridades políticas, deveriam manter as pessoas afastadas da praia, evitando que as pessoas sofram as consequências da exposição ao óleo.

Eu não vi nenhuma evidência de um plano. E eu entendo as pessoas estarem tentando dar o seu melhor para limpar as praias, mas elas não deveriam estar fazendo isso. As pessoas vão acabar ficando doentes.

Dificuldade em mensurar o desastre

Algumas imagens mostram barris de óleo. É realmente muito difícil mensurar a extensão do vazamento e afirmar se é uma catástrofe ou não. Eu não posso realmente dizer o que é a partir do que eu vi. Mas, duas semanas atrás, eu vi um vídeo feito de um avião ou drone mostrando a costa e mostrava uma longa mancha de óleo, de cerca de 5 quilômetros. Você via uma foto antes e depois.

É bastante chocante, eu franzi as sobrancelhas e fiquei sem acreditar. Parece que é pior em algumas áreas, do que em outras.

Eu não diria que é um pequeno desastre. Mas quando se tem a visão do óleo parece ser relativamente uma quantidade pequena na costa, comparada a outros vazamentos.

Você precisa colocar em perspectiva. Mas ao mesmo tempo, continua espalhando, continua chegando nas praias e isso causa muitos estragos.

Não seria difícil limpar tudo

Tem apenas uma comparação que eu poderia fazer, com o caso do vazamento em Nakhodka, na Rússia. Naquele vazamento, houve 1,2 milhão de voluntários, mais de 1 milhão envolvidos na limpeza. Houve uma forte resposta voluntária. Em casos como esses, com uma extensão grande de costa – eu não sei quantas pessoas estão envolvidas – não se compara nesse sentido, mas a questão é que o volume do óleo parece pequeno. Mas acho que é subestimado. Eu vi notícias que afirmam que 600 toneladas foram coletadas, eu ficaria bastante cético com essa contagem porque contando 200 comunidades, seriam apenas 3 toneladas por praia.

E o óleo, quando você recolher, vai estar misturado com areia. É relativamente um volume pequeno espalhado por uma área enorme. É incrivelmente não usual fazer essa comparação.

Falando de um modo geral, parece uma quantidade pequena nas praias. Focos de óleo aqui e ali, então não parece um grande desafio limpar tudo. Não é como um massivo vazamento de óleo, como o que ocorreu no Alaska em 1989. Não deveria ser tão difícil de limpar.

Parece que ninguém sabe o que está fazendo

Obviamente, você não consegue conter quando chega na costa, mas você consegue evitar que chegue na costa. Não vi evidência alguma de que isso foi feito.

Normalmente, muitos países têm barreiras em pontos estratégicos da costa, caso algo aconteça. E no Brasil isso não aconteceu.

Uma vez que o óleo chega na costa, você precisa de pessoas treinadas – e não precisam ser profissionais, voluntários poderiam receber um treinamento básico da Marinha para saber como limpar. Poderia ser um curso de dois dias. E qualquer pessoa que não estiver limpando precisaria ficar afastada.

Você precisaria tirar as pessoas, pois é uma zona perigosa. Depois você forneceria o equipamento, técnicas e máquinas para coletar e retirar o óleo.

Esse seria o centro da operação, mas parece que ninguém sabe o que está fazendo e estão tentando ajudar, mas é uma operação extremamente amadora.

 

 

*Com informações do Marco Zero

 

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Se a fonte do vazamento for da Rússia, Moro desenterrará o bacamarte?

Numa dessas contradições difíceis de se dar conta no Brasil, a Polícia Federal é comandada por Maurício Valeixo que, por sua vez, está sob o comando do próprio suspeito de ter violado leis da magistratura, o ex-juiz Sergio Moro que, também por sua vez, providenciou uma grande caçada às fontes das informações que estarreceram o país e o mundo nos últimos dias.

“A Polícia Federal articula para, nas próximas semanas, emitir uma resposta “contundente” ao que classifica de “ação orquestrada perpetrada por criminosos de alto calibre”.

A reportagem da revista Istoé destaca que “sob a coordenação do diretor-geral Maurício Valeixo, a PF acredita ter se aproximado dos hackers que invadiram a privacidade dos procuradores e expuseram as vísceras da Lava Jato. Em investigações preliminares, os agentes da Polícia Federal já identificaram conexões no Brasil, em especial em Santa Catarina, e no exterior, com o suposto envolvimento de agentes na Rússia e até em Dubai, nos Emirados Árabes. Segundo agentes ouvidos por ISTOÉ, a PF pode estar perto de alcançar os responsáveis pelo hackeamento ilegal, o que, se confirmado, constituiria uma bomba capaz de provocar uma reviravolta no caso.”

Segundo a matéria, as pistas da linha de investigação levam à Rússia e Edward Snowden reside lá. Greenwald e Snowden são aliados. Em 2013, Snowden se aproximou dos irmãos bilionários Nikolai e Pavel Durov, que criaram o Telegram, um sistema de comunicação por mensagens similar ao Whatsapp. Na Polícia Federal, há quem acredite que o americano refugiado na Rússia possa ter se valido de recentes contatos com os Durov para ter acesso aos diálogos envolvendo as autoridades brasileiras.

 

 

*Da Istoé