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Justiça italiana nega pedido de Carla Zambelli por prisão domiciliar

Corte considerou legítima a manutenção da prisão com base na lista vermelha da Interpol.

A Justiça da Itália recusou o pedido da representação da deputada Carla Zambelli (PL-SP) para cumprir prisão em casa. A negativa foi anunciada após audiência no Tribunal de Apelações de Roma, com base em documentos apresentados pelo governo brasileiro.

A defesa de Zambelli alegava que a prisão era ilegal, argumentando que não havia mandado internacional válido, que não existia pedido formal de extradição e que o sistema prisional italiano seria inadequado para seu estado de saúde. Os magistrados rejeitaram todas as alegações, considerando inclusive que seu nome estava na lista vermelha de procurados pela Interpol.

Resta ainda a conclusão da perícia médica solicitada pela defesa da deputada. Zambelli alega sofrer de múltiplos problemas musculares e cardíacos. De acordo com o Congresso em Foco, desde antes da condenação no Brasil, a congressista afirmava não haver condições de saúde para permanecer em uma unidade prisional. Na Itália, ela passou mal na última quarta (13) durante a audiência no tribunal.

Carla Zambelli foi condenada no início de junho pelo Supremo Tribunal Federal por orquestrar, junto ao hacker Walter Delgatti, uma invasão aos sistemas virtuais do Conselho Nacional de Justiça, onde tentou inserir documentos falsos. Ela recebeu uma pena de 10 anos de prisão e perda de mandato. Após a sentença, fugiu para a Itália, onde permaneceu foragida por pouco mais de um mês.


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O encontro de Putin e Trump e a volta da política das potências

Por Ricardo ueiroz Pinheiro

Putin recolocou a geopolítica no centro. Em meio a uma globalização que prometia anestesiar a história, ele reinscreveu o território, a força e a guerra como incontornáveis

A queda da União Soviética deixou um país despedaçado e muitas perguntas sem resposta. Nos anos 1990, a Rússia foi reduzida a campo de saque neoliberal, perdeu territórios, poder econômico, sofreu com a corrosão das instituições e viveu a humilhação de uma nação sem voz no tabuleiro global. Foi desse cenário de colapso que surgiu Vladimir Putin. Formado na KGB, soube mobilizar a herança de um Estado moldado pela disciplina e pelo segredo para recentralizar o poder e devolver à Rússia a promessa de soberania.

Sua trajetória concentra três fases da Rússia pós-URSS: a transição desordenada, a estabilização autoritária e o confronto direto com o Ocidente. E também revela três figuras distintas: o administrador pragmático que restaurou o funcionamento do Estado, o chefe de poder que concentrou em si as instituições, e o comandante em guerra que hoje testa os limites da ordem internacional. Mais do que um líder, Putin se confunde com a própria mutação do país ao longo de três décadas.

A reconstrução da Rússia sob seu comando teve como eixo a retomada da soberania. Essa escolha implicou centralização, repressão e conservadorismo, mas também devolveu ao país uma posição de potência. O ódio dirigido a Putin se explica em parte por esse repertório autoritário, mas também pela sua condição de obstáculo num sistema internacional que buscava naturalizar a hegemonia ocidental.

Para o Ocidente, Putin cumpre a função de antagonista perfeito. Sua figura legitima a narrativa de um mundo dividido entre democracia e tirania. Para a esquerda, os erros de leitura se multiplicam: setores ortodoxos o tratam como simples contrapeso ao imperialismo, liberais o demonizam como ameaça existencial à democracia e parte da esquerda trotskista insiste na analogia com Stalin. São formas de evitar a análise concreta de sua liderança, projetando sobre ela fantasmas herdados do século XX.

O resultado é que Putin recolocou a geopolítica no centro. Em meio a uma globalização financeirizada que prometia ter anestesiado a história, ele reinscreveu o território, a força e a guerra como variáveis incontornáveis. Sua permanência mostra que a história não foi encerrada e que o equilíbrio internacional é refeito pelo choque de potências.

Gostemos ou não, a imagem de uma Rússia isolada e de um Putin reduzido à caricatura de tirano solitário, inimigo declarado de minorias, como repete o discurso ocidental, é uma simplificação conveniente. Ele é de fato um conservador autoritário, cuja política interna reforça desigualdades e sufoca liberdades, mas a análise que proponho não se pauta pela moral e sim pela política, por mais fria que pareça. O que está em jogo é o peso de sua liderança nas alianças estratégicas, no mercado energético, nas dinâmicas militares e nas disputas diplomáticas que atravessam o século XXI. Putin não é nota de rodapé: é parte ativa da engrenagem que reorganiza a política internacional contemporânea.

O encontro com Trump no Alasca é mais uma prova disso. A mídia ocidental insiste em reduzir o episódio às bravatas de Trump, como se fosse mais uma excentricidade da sua eterna campanha. O que passa despercebido é a demonstração de força de Putin: enquanto o Ocidente ridiculariza, ele afirma sua centralidade, inclusive no coração do adversário histórico.

Não se trata de amar ou odiar. Putin é expressão de algo maior do que sua própria biografia: a volta da política de potências em sua forma crua. Ele é parte de um momento de reintrodução da força e da geopolítica na cena mundial, liderando uma Rússia capitalista que contesta a hegemonia ocidental e mostra que a história não obedece às ilusões do fim anunciado. Sua centralidade se mede também pela relação com a China, que transforma o embate deste século em disputa aberta entre blocos, redesenhando alianças e fronteiras de poder. A disputa segue aberta, e a figura de Putin é um dos sinais mais claros de que o século XXI será marcado menos por consensos fabricados e mais por choques de poder que ninguém pode ignorar.

(*) Ricardo Queiroz Pinheiro é bibliotecário, pesquisador e doutorando em Ciências Humanas e Sociais.

*Opera Mundi


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Pesquisa

Quaest: Aprovação de Lula cresce e ação dos Bolsonaro no tarifaço é tida como negativa

Desaprovação recua, Lula leva vantagem no tarifaço e Eduardo Bolsonaro é visto como defensor apenas da família.

A nova rodada da pesquisa Quaest indica sinais de recuperação para o presidente Lula. A aprovação do governo subiu para 46%, três pontos a mais em relação ao último levantamento, enquanto a desaprovação caiu para 51%, uma queda de dois pontos.

Entre maio e agosto, a desaprovação do governo caiu 6 pontos e a aprovação subiu 6.

A maior redução da desaprovação aconteceu no Sudeste: foi de 64 pp em maio para 55 em agosto. Na região, a aprovação subiu de 32% para 42%,

Lula

O movimento ainda é discreto, mas consistente: Lula começa a reverter a tendência negativa e a melhorar sua posição em meio à crise provocada pelas tarifas impostas por Donald Trump.

Para 71% dos entrevistados, Trump está errado ao impor taxas maiores ao Brasil por acreditar que há uma perseguição a Bolsonaro. além disso, 77% disseram que o tarifaço vai prejudicar sua vida.

Das pessoas pesquisadas pela Quaest, 48% acreditam que Lula e o PT estão fazendo o que é mais certo nesse embate com Trump. Apenas 28% opinam que Jair Bolsonaro e seus aliados estão fazendo o que é certo.

Na avaliação individual sobre quem está lidando melhor com a crise causada pelo presidente norte-americano, Lula se sai bem melhor que outros políticos. Segundo o levantamento, 44% acham que o presidente está agindo bem e 46% acreditam que está agindo mal (saldo negativo de 2%). Tarcísiso está agindo bem para apenas 24% dos entrevistados e mal para 35% (saldo negativo de 11%).

Os piores desempenhos são de Eduardo Bolsonaro e Jair Bolsonaro, ambos com saldo negativo de 31%.

*ICL


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Brasil Mundo

Avião misterioso, usado pela CIA, pousa em Porto Alegre em missão não revelada pelos EUA

A Fraport, concessionária responsável pelo terminal, confirmou o pouso do avião, mas não detalhou o motivo

Um Boeing 757 C-32B, aeronave operada pelo governo dos Estados Unidos e associada a missões especiais da CIA, pousou na tarde desta terça-feira (19) no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. O voo decolou de Nova Jersey em 18 de agosto, com escalas em Tampa (Flórida) e San Juan (Porto Rico), antes de chegar à capital gaúcha às 17h13, segundo informações obtidas pelo jornal O Globo.

O jato, que não possui identificação externa na fuselagem branca, é utilizado pelo 150º Esquadrão de Operações Especiais da Força Aérea Americana, com base em Nova Jersey. Diferente do modelo C-32A, destinado a autoridades da Casa Branca, o C-32B é projetado para transportar diplomatas, militares de elite e agentes de inteligência em missões de rápida mobilização.

Avião usado pela CIA pousa em Porto Alegre em missão não revelada pelos EUA

A Fraport, concessionária responsável pelo terminal, confirmou o pouso, mas não detalhou o motivo da passagem pelo Brasil.

Avião para operações de crise
Apelidado de “Gatekeeper” (“Porteiro”), o avião C-32B já foi utilizado em operações de crise, como a explosão no porto de Beirute, em 2020, e em grandes eventos internacionais, incluindo os Jogos Olímpicos. O modelo é equipado com sistemas avançados de comunicação, sensores e capacidade de reabastecimento em voo, o que garante autonomia em operações sigilosas.

Até o momento, nem autoridades americanas nem brasileiras informaram oficialmente a finalidade da missão. A Força Aérea Brasileira, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil não responderam aos pedidos de esclarecimento.

*ICL


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Brasil Mundo

EUA aceitam conversar sobre tarifaço com Brasil na OMC

Os Estados Unidos aceitaram o pedido de consulta do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre as tarifas de até 50% impostas a produtos brasileiros, conforme solicitado no início de agosto de 2025.

No entanto, os EUA argumentam que as medidas tarifárias são questões de segurança nacional, baseadas na Lei de Emergências Nacionais e na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, e, portanto, não passíveis de revisão pelo mecanismo de solução de controvérsias da OMC. Apesar disso, concordaram em iniciar consultas e estão dispostos a discutir uma data para o diálogo.

O Brasil contesta as tarifas, alegando que violam regras da OMC, como o princípio da nação mais favorecida e os tetos tarifários negociados, além de discriminar produtos brasileiros ao isentar outros parceiros comerciais.

A solicitação brasileira também questiona uma investigação do Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) sob a Seção 301, que aborda práticas comerciais brasileiras relacionadas a comércio digital, serviços de pagamento (como o Pix), tarifas preferenciais, anticorrupção, propriedade intelectual, acesso ao mercado de etanol e desmatamento ilegal.

Essa etapa de consultas é uma tentativa de mediação. Caso não haja acordo em 60 dias, o Brasil pode solicitar a abertura de um painel na OMC para avaliar possíveis violações às regras do comércio global. O governo brasileiro vê a aceitação das consultas como um passo positivo, mas reconhece que um acordo é desafiador devido à posição dos EUA de vincular as tarifas à segurança nacional.


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Política

Vídeo: Eduardo, desesperado, diz que decisão de Dino ‘violará a soberania americana

O ainda deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), pivô das sanções do governo dos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), entrou em desespero com a decisão do ministro Flávio Dino, desta segunda-feira (18), que na prática anula os efeitos da aplicação da Lei Magnitsky contra o seu colega de Corte.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, Eduardo aparece visivelmente abalado e, em determinado momento, chega a dizer que a decisão de Dino poderia “violar a soberania americana”.

“A lei é clara neste sentido. Ela diz que estão sujeitos a não terem relações financeiras com os EUA aqueles que mantiverem contas bancárias com sancionados nela, no caso aí o Moraes, que é violador de direitos humanos. Então, na verdade, o que o Flávio Dino tem que fazer é mandar a decisão para os EUA, para ver se as agências americanas vão respeitar a decisão do juiz Flávio Dino. E aí sim eu vou te dizer, é uma violação da soberania americana, extraterritorialidade aplicada na veia”, disparou o filho de Jair Bolsonaro. Com Forum.


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Mundo

Maduro pede mobilização de 4,5 milhões de voluntários para defender Venezuela dos EUA

País tem cerca de 5 milhões de milicianos ativos; medida é resposta ao envio de tropas estadunidenses ao Caribe

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu a mobilização de 4,5 milhões de voluntários para defender dos ataques estrangeiros. A fala vem em resposta às decisões dos EUA de aumentar a recompensa pela captura do mandatário para US$ 50 milhões e de enviar tropas para o sul do Caribe.

“Esta semana ativarei um plano especial para garantir cobertura com mais de 4,5 milhões de milicianos em todo o território nacional, milícias treinadas, ativadas e armadas. Mísseis e fuzis para a classe trabalhadora, para defender nossa pátria”, disse Maduro.

A milícia bolivariana (brigadas populares) é uma organização formada em 2009 composta por civis e militares aposentados em seus quadros. Eles recebem treinamento para defesa pessoal e fiscalização do território em seus diferentes contextos (urbano e rural). A milícia passou a compor uma das cinco Forças Armadas da Venezuela, que tem uma estrutura diferente do Brasil.

De acordo com o governo, hoje estão ativos cerca de 5 milhões de milicianos no país. Maduro também agradeceu os esforços das Forças Armadas para garantir a segurança do país e a soberania nacional frente às ameaças estrangeiras.

“Os primeiros a se apresentarem para demonstrar sua solidariedade e apoio a este presidente da classe trabalhadora que está aqui são os militares deste país. Eles se apresentaram com seus fuzis, seus mísseis, seus tanques, seus aviões, as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas, eles saíram vitoriosos”, disse.

Na semana passada, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, confirmou que enviaria tropas para o sul do mar do Caribe para realizar operações militares na região. Ele disse que o objetivo é prender traficantes latino-americanos e relacionou um desses grupos a Maduro.

Segundo a agência de notícias Reuters, os EUA já enviaram três navios equipados com mísseis guiados à região. De acordo com a publicação, eles chegarão entre esta quarta (20) e quinta-feira (21) à costa da Venezuela.

Rubio reforçou, sem apresentar provas, a narrativa da Casa Branca de que Maduro é chefe do Cartel dos Sóis, uma suposta organização criminosa. Em 25 de julho, o Departamento de Estado dos EUA classificou o grupo como um grupo terrorista internacional. Rubio afirmou que o tráfico de drogas é uma ameaça à segurança estadunidense e novamente chamou o governo de Maduro de “organização criminosa”.

A escalada das ameaças estadunidenses começou ainda durante as eleições municipais venezuelanas de 27 de julho. Na ocasião, o vice-presidente de Defesa e Soberania da Venezuela, Vladimir Padrino López, disse que as Forças Armadas venezuelanas identificaram o voo de uma aeronave de inteligência RC-135 da Força Aérea dos EUA “orbitando aproximadamente 80 milhas ao norte da Venezuela”.

Na semana passada, os EUA anunciaram o aumento para US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) na recompensa por informações que levem à prisão do presidente Nicolás Maduro. A mensagem foi prontamente respondida pelo governo venezuelano. O ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, disse que o anúncio é “uma operação de propaganda política ridícula e uma piada”.

*BdF


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Política

Alerta! Chega ao topo do Exército brasileiro general que foi subordinado dos EUA

O general Alcides Valeriano de Faria Júnior, que em 2019 ocupou um posto no Comando Sul do Exército dos Estados Unidos (SOUTHCOM), foi promovido a general de Exército, a mais alta patente da Força Terrestre, em cerimônia realizada em 7 de agosto em Brasília. A ascensão do oficial recoloca em pauta discussões sobre soberania militar, limites da cooperação internacional e implicações estratégicas para o Brasil no cenário hemisférico. Trata-se de um desdobramento que projeta não apenas a carreira individual do militar, mas também sinaliza os rumos que a política de defesa brasileira poderá seguir.

À época da designação para o SOUTHCOM, Faria Júnior era general de brigada e assumiu a função de subcomandante de interoperabilidade, responsável por coordenar exercícios conjuntos, comunicações e protocolos operacionais entre forças norte-americanas e de países latino-americanos. Foi a primeira vez que um general brasileiro ocupou posição dentro da estrutura formal de comando do Exército dos EUA, fato inédito que gerou debates sobre subordinação hierárquica, autonomia decisória e enquadramento legal. Esse posto o colocou diretamente em um ambiente de alta complexidade geopolítica, em que decisões militares e diplomáticas se entrelaçam.

O pesquisador Ananias Oliveira, doutorando em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Campina Grande e estudioso da participação dos militares na política, avalia que essa experiência já indicava o grau de proximidade do Exército brasileiro com os Estados Unidos. “Essa questão desse cargo mostra um alinhamento muito forte que o Exército brasileiro tem com os EUA e, claro, o grau de subordinação às forças norte-americanas. Um grau maior ou menor depende da interpretação, alguns vão dizer que é uma total dependência, mas mostra um alinhamento e uma subordinação”, afirma.

A indicação foi articulada ainda no final do governo Michel Temer e consolidada nos primeiros meses do governo Bolsonaro. O contexto internacional era de forte instabilidade regional, marcado pelo agravamento das tensões em torno da Venezuela. Os Estados Unidos pressionavam por ações multilaterais contra o governo de Nicolás Maduro e intensificavam operações de dissuasão na região do Caribe.

Segundo Cleber Lourenço, ICL, a presença de um oficial brasileiro em posição relevante dentro do SOUTHCOM trouxe questionamentos imediatos sobre até que ponto o Brasil poderia, naquele cenário, preservar uma postura autônoma em eventuais situações de crise. A ausência de informações públicas sobre a base legal da designação reforçou as críticas de setores acadêmicos e jurídicos, preocupados com a possibilidade de submissão de um oficial brasileiro a um comando estrangeiro.

Bolsonaro visita a Southcom general

Compras das Forças Armadas administradas por fundos de Washington
Oliveira lembra ainda que parte significativa das compras feitas no exterior pelas Forças Armadas brasileiras é administrada por fundos sediados em Washington, movimentando valores de centenas de milhões ou até bilhões de dólares, o que adiciona outra camada de dependência nas relações.

“Até nisso há um alinhamento: os fundos ficam em Washington e movimentam centenas de milhões ou bilhões de dólares. Em qualquer conflito entre Brasil e Estados Unidos, esse arranjo mostra a vulnerabilidade brasileira”, destaca. Ele também ressalta o aspecto formativo: “A maior parte dos oficiais brasileiros, sobretudo os das forças especiais, em algum momento de sua formação participa de cursos nos Estados Unidos. A existência de um posto de comando diretamente vinculado ao Exército norte-americano reforça essa realidade de alinhamento e subordinação.”

Atualmente, a promoção de Faria Júnior ocorre em um contexto distinto. O governo Lula adota uma política externa que busca equilíbrio entre cooperação e autonomia estratégica, preservando laços com Washington, mas reforçando também sua atuação em fóruns como os BRICS e ampliando parcerias Sul-Sul sem deixar de se colocar como um ator que procura manter diálogo com diferentes polos de poder, sem abrir mão de iniciativas de integração regional.

Questionado sobre se a função poderia ser considerada formalmente uma relação de subordinação, Oliveira pondera: “Se a gente for pensar formalmente, eles analisam como questão de cooperação. Ora, analisando historicamente a influência dos Estados Unidos no Brasil, a interpretação pode se dar como uma subordinação. Repito: formalmente, friamente, dentro das declarações da maioria dos oficiais do Exército, pode-se pensar que é uma questão de cooperação e alinhamento. Mas é preciso analisar também o contexto histórico. À luz da história da relação Brasil-Estados Unidos, fica difícil afastar a ideia de subordinação, já que esse alinhamento serve também para difundir a doutrina norte-americana e reforça a dependência em termos de treinamentos e intercâmbios.”

Ele acrescenta que essa análise não pode se restringir ao episódio do general. “Não é só o fato de existir esse cargo no SOUTHCOM. É todo um contexto histórico e atual que permite essa análise. O alinhamento, o envio de vários oficiais para os Estados Unidos, a dependência em termos de treinamentos e compras externas fazem parte de um padrão de subordinação estrutural”, afirma.

Promoção de general no SOUTHCOM em meio a crise com os EUA
A promoção ocorreu em meio aos recentes atritos dos Estados Unidos com o Brasil, que se manifestaram em ataques comerciais contra setores estratégicos da economia brasileira e em pressões internacionais sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, gestos que atentam contra a soberania nacional. Nesse cenário, a experiência de Faria Júnior no SOUTHCOM ganha novos contornos: de um lado, representa conhecimento técnico valioso sobre protocolos de interoperabilidade e coordenação multinacional; de outro, simboliza a necessidade de o Brasil estabelecer limites claros para sua cooperação militar.

O cargo de general de Exército confere a Faria Júnior influência direta sobre a doutrina, o adestramento e as prioridades de modernização da Força Terrestre. Essa posição permite definir linhas estratégicas de atuação, orientar programas de intercâmbio e supervisionar a participação do Brasil em exercícios multinacionais. Sua trajetória no exterior, marcada pelo ineditismo do posto nos EUA, pode ser utilizada como argumento para aprofundar protocolos de interoperabilidade, mas ao mesmo tempo exige que a política de defesa brasileira saiba compatibilizar esses aprendizados com os princípios de soberania e autonomia decisória.

A presença crescente do Brasil em exercícios como CORE, UNITAS e PANAMAX — exercícios multinacionais que simulam desde operações terrestres combinadas (CORE), passando por manobras navais de defesa marítima e integração entre marinhas (UNITAS), até cenários de proteção do Canal do Panamá e de rotas comerciais estratégicas (PANAMAX) — reforça a relevância do debate.

Essas manobras, que envolvem operações conjuntas de defesa marítima, combate ao narcotráfico e ajuda humanitária, colocam as Forças Armadas brasileiras em contato permanente com doutrinas estrangeiras, especialmente a norte-americana. Nesse contexto, a influência de um general com experiência direta no SOUTHCOM pode ser determinante para moldar padrões de treinamento, aquisições, escolhas estratégicas e formação.


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Política

Flavio Dino e a soberania nacional

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira, 18, que decisões judiciais estrangeiras só podem ser executadas no Brasil mediante homologação ou por meio de mecanismos de cooperação internacional.

De acordo com o ministro, leis e ordens estrangeiras não produzem efeitos em relação a pessoas brasileiras.

Em última análise, Dino , estabeleceu que decisões judiciais estrangeiras só terão validade no Brasil após homologação pelo Poder Judiciário brasileiro ou por meio de mecanismos de cooperação internacional, conforme previsto em tratados ou acordos.

Ele destacou para ficar limpidamente entendido que leis e ordens de outros países não têm efeito automático sobre cidadãos brasileiros, zero.

Dino reforça a soberania nacional e a necessidade de observância dos procedimentos legais para execução de decisões estrangeiras no território brasileiro.

Fim!


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Política

O discurso nojento e entreguista de Tarcísio de Freitas

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sugeriu nesta segunda-feira (18) que o governo brasileiro “entregue uma vitória” ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como forma de aliviar o tarifaço de 50% imposto contra produtos brasileiros desde o início de agosto.

“Eu acho que até é fundamental compreender um pouco do estilo do presidente americano. É um presidente que vive da economia da atenção. É um presidente que gosta de sentar com o chefe de Estado, botar o chefe de Estado sentado do lado dele e dizer: ‘olha, consegui uma vitória’. E ele está querendo conhecer uma vitória. Então, por que não entregar alguma vitória para ele? Por que não fazer algum gesto?” (Tarcísio de Freitas, governador de SP)

O governador citou especificamente que o Brasil poderia abrir mão do diesel russo como moeda de troca. “A gente não precisa do diesel da Rússia para nada. Será que a gente não pode fazer um gesto nesse sentido?”, afirmou.

A fala ocorre em um momento de forte tensão diplomática entre Brasil e EUA. Desde 6 de agosto, produtos que representam 55% das exportações brasileiras para o mercado americano — entre eles café, carne bovina e maquinário pesado — foram atingidos pela sobretaxa de 50%.


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