Isso é a cara de Bolsonaro e Moro juntos nas eleições.
Um ligou pro outro pra combinar a prisão de Lula que estava em 1º lugar nas pesquisas pra Bolsonaro que estava em 2º ganhar e Moro virar ministro. Aliás, Bolsonaro foi expulso do Exercito por picaretagens iguais a essa.
Uma infeliz trama digna de cena pastelão de novela levou um civil a ser condenado pelo crime de estelionato pelo Superior Tribunal Militar. Autor da trama foi condenado no STM.
O réu prestou concurso para sargento técnico temporário do Exército.
Sendo o segundo candidato mais bem classificado no concurso, ligou para o então primeiro colocado como se fosse um militar da comissão do processo seletivo.
No telefonema à vítima, o candidato dizia que a data do exame de aptidão física havia sido transferida para outro dia.
Em razão dessa falsa informação, o candidato mais bem classificado — e concorrente direto do acusado — perdeu o exame físico e foi desclassificado.
O tribunal militar estabeleceu pena de um ano de reclusão, com o benefício do “sursis” -— suspensão condicional da pena — pelo período de dois anos, com o direito de apelar em liberdade.
O revisor dos recursos de apelação no STM, ministro José Coêlho Ferreira, negou provimento, tanto à defesa quanto à acusação, mantendo a sentença nos mesmos moldes da primeira instância.
O magistrado entendeu que ficou comprovado que, embora o réu tenha cometido o crime de estelionato, deveria ser mantida a modalidade tentada.
Para Coêlho Ferreira, o réu não logrou êxito em atingir o objetivo perseguido na conduta ilícita de ser nomeado à vaga pretendida, uma vez que o concurso para provimento da vaga de sargento técnico temporário na 10ª Região Militar não foi concluído, pois está suspenso desde a interposição do recurso administrativo feita pelo ofendido.
Na quinta-feira (21), durante o lançamento de seu partido, Aliança pelo Brasil, Jair Bolsonaro disse que “ladrão de celular tem que ir para o pau” ao defender projeto de lei que retira punições de militares que cometerem crimes durante operações.
Um homem de 25 anos suspeito de roubar celulares foi amarrado em um poste por moradores do Bairro Aldeia Park, no município de Pacajus, Grande Fortaleza, na tarde deste domingo (24).
Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o suspeito, que estava com celulares e não teve a identidade revelada, foi resgatado por guardas municipais de Pacajus e conduzido para a Delegacia Metropolitana de Horizonte. O caso será investigado pela Delegacia Metropolitana de Pacajus.
“Ir pro pau” Na quinta-feira (21), durante o lançamento de seu partido, Aliança pelo Brasil, Jair Bolsonaro disse que “ladrão de celular tem que ir para o pau”.
“Ladrão de celular tem que ir pro pau. E quando falo em ir para o pau, foi protocolado há poucos minutos na Câmara dos Deputados um projeto nosso que fala do excludente de ilicitude”, afirmou, relacionando ao projeto de lei com as regras para definir o chamado excludente de ilicitude.
O objetivo é isentar militares das Forças Armadas e integrantes de forças de segurança, como policiais civis e militares, que atuam em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), de eventuais punições.
No dia 9 de novembro, um dia após retomar a liberdade, o ex-presidente Lula se referiu ao assunto em discurso em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo.
Lula disse que “se as pessoas tiverem onde trabalhar, se tiverem salário, onde estudar e acesso à cultura, a violência vai cair”.
“Eu não posso mais ver jovem de 14, 15 anos assaltando e sendo violentado, assassinado pela polícia, às vezes inocente ou às vezes porque roubou 1 celular”, afirmou.
Não se pode jamais esquecer o papel de Jorge Lemann como financiador do movimento fascista Vem pra Rua para dar o golpe em Dilma e roubar o máximo que o bilionário, que sequer mora no Brasil, rouba do patrimônio do povo brasileiro. O sujeito sofre de psicopatia capitalista selvagem em último grau. Com 80 anos não para de pensar em acumular e saquear o que pode do bem comum, prejudicando a vida de milhões de pobres. Aliás, Lemann simboliza bem a elite econômica do Brasil, que usa o país para espoliação, produzindo o máximo possível de miséria e fome, morando no exterior, ou seja, longe do mar de iniquidade que ele ajuda como ninguém a produzir.
Aqui vai mais uma das receitas de sua química para se tornar um dos maiores bilionários do mundo.
Carta Capital
Maior bilionário brasileiro e deputado cotado para cuidar da lei da privatização são personagens da história.
A Polícia Federal (PE) encontrou 120 mil reais em dinheiro vivo na casa do deputado Fernando Coelho Filho (DEM-PE) ao caçar, em setembro, provas de que ele e o pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo Jair Bolsonaro no Senado, receberam propina de empreiteiras durante anos. Quase metade da grana apreendida estava, curiosamente, em envelopes de 2,5 mil reais cada.
O deputado é cotado para cuidar, como relator, da lei de privatização da Eletrobras, venda capaz de causar aumento da conta de luz, como se vê na lei proposta por Bolsonaro em novembro. Ele é um exemplo de como essa privatização e o setor elétrico estão povoados de intimidade (e conflito) excessiva entre interesses públicos e privados. E sem que órgãos de controle pareçam se importar.
Será que é assim pois deste enredo faz parte o maior ricaço brasileiro, Jorge Paulo Lemann, dono de 104 bilhões de reais?
Fernando Filho, de 35 anos, foi ministro das Minas e Energia no governo Temer. Foi quem nomeou para comandar a Eletrobras Wilson Ferreira Jr., até hoje no cargo e um dos cabeças da privatização. Na eleição de 2018, Ferreira Jr. doou 15 mil reais à campanha do deputado, um de seus três donativos feitos na época.
Servidor público, pago com verba pública, fazendo doação eleitoral para quem o nomeou: o que a força-tarefa da Operação Lava Jato acharia disso? Doações de empreiteiras detentoras de contratos com o governo para a campanha de políticos muitas vezes foram taxadas de suborno pela Lava Jato.
Ferreira Jr. trabalhou para a iniciativa privada no setor elétrico. Presidiu a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) entre 2009 e 2010, por exemplo. Foi com ele à frente da Eletrobras, que o conselho de administração da estatal acolheu como membro um executivo de uma companhia francesa rival. Manoel Zaroni, o executivo em questão, havia sido indicado não pelos representantes dos acionistas privados minoritários da Eletrobras, mas pelo próprio governo.
O conflito de interesses levou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), xerife do universo acionário, a declarar, em março de 2019, que a nomeação, feita em 2018, era irregular. Motivo: violação da Lei das S.A., que proíbe a presença de concorrentes nos conselhos de administração, órgão que toma as decisões mais estratégicas e detém as informações mais valiosas de uma companhia.
Na eleição de 2018, Fernando Filho recebeu doações de outros dois servidores que haviam sido nomeados para cargos públicos no setor elétrico no tempo em que ele era ministro.
Um é Sinval Zaidan Gama, hoje um dos diretores do Operador Nacional do Sistema (ONS). Ele deu 5 mil reais para a campanha de Filho, a única doação que fez na eleição. Quando era ministro, Fernando Filho botou Gama para presidir a Chesf, subsidiária da Eletrobras sediada em Pernambuco, a terra natal do deputado.
O outro doador do ex-ministro é Luis Augusto Nóbrega Barroso, 10 mil reais, única contribuição eleitoral feita por Barroso em 2018. Ele foi posto por Fernando Filho no comando da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Saiu do cargo quando o deputado teve de deixar o governo Temer, em abril de 2018, para tentar reeleger-se deputado.
E o bilionário Lemann nessa história? Sua empresa, o fundo 3G, é um dos maiores interessados na privatização da Eletrobras. Um fundo com mais dois sócios-ricaços, conforme um ranking de setembro da Forbes. Marcel Telles, dono 44 bilhões de reais, a terceira maior fortuna do Brasil, e Carlos Alberto Sicupira, com 37 bilhões, a quinta maior.
Em julho de 2017, a 3G mandou a clientes um estudo a esculhambar a Eletrobras e a apontar perdas de mais de 180 bilhões de reais da empresa durante os governos do PT. Fez isso sendo acionista da empresa. Ou seja, não se importou de dar munição para desvalorizar um ativo que possuía. Claro: contribuir para a privatização era mais importante, pois a 3G quer ampliar seus domínios na estatal. Uma aparente manobra diante da qual a CVM foi impassível.
Na época do estudo, a 3G tinha 5% das ações preferenciais (sem direito a voto) da Eletrobras, conforme um comunicado ao mercado emitido pela estatal em 23 de maio de 2017. Onze dias antes, Lemann havia pedido uma audiência com o então presidente Temer. Foi através de um colaborador de sua fundação, Felipe Michel Braga, que por sua vez acionara o “homem da mala” de Temer, Rodrigo Rocha Loures. O e-mail com o pedido de Braga a Loures foi obtido pela PF na investigação do escândalo JBS, que quase derrubou Temer.
Naquele momento, a venda da Eletrobras já era discutida, mas só em agosto de 2017 o ministério de Minas e Energia, Fernando Filho à frente, anunciaria a intenção de privatizar.
Em maio de 2018, o fundo 3G já tinha dobrado sua fatia na Eletrobras, para 10%. Quatro meses depois, subia a 15%. Agora em novembro, possui 9,8%. Grande negócio: em maio de 2017, quando a 3G tinha 5% das ações preferenciais, estas valiam de 17 a 21 reais. Agora em novembro, de 36 a 41 reais, o dobro.
A 3G encolheu sua participação pois a lei de privatização da Eletrobras proposta por Bolsonaro diz que ninguém terá mais de 10% do capital votante da estatal. A privatização será assim: a estatal vai lançar novas ações, as quais serão compradas por investidores privados, daí a participação do governo, hoje de 60%, será diluída e ficará abaixo de 50%.
Antes mesmo da privatização, a 3G já está infiltrada na Eletrobras. Infiltração que levou a Associação dos Empregados da Eletrobras (AEEL), que tem direito a uma vaga no conselho de administração da empresa, ter votado contra vários indicados para o mesmo conselho em uma assembleia geral de acionistas de abril deste ano.
A assembleia de abril reconduziu ao posto de conselheiro um íntimo de Lemann, Telles e Sicupira, o trio do 3G. Trata-se de Vicente Falconi, cuja biografia foi prefaciada pela 3G, descreve como “simbiose perfeita” a relação do biografado com o trio do fundo e chama de “discípulo” do biografado o principal executivo do fundo, Alexandre Behring.
Falconi tinha sido indicado conselheiro em 2017 não por seus amigos da “simbiose perfeita”, que poderiam tentar emplacar alguém na condição de minoritários, mas como representante do governo Temer. E Foi reconduzido como tal, ou seja, como nome do governo, pela gestão Bolsonaro.
A atual diretora financeira da Eletrobras, cargo detentor de informações valiosas sobre a companhia, também é made in 3G. É Elvira Presta, aprovada para o posto, pelo conselho de administração, no início de 2019, já no governo Bolsonaro. Sua trajetória na empresa começara na gestão Temer, quando entrara como representante do fundo 3G no conselho de administração.
Outro tentáculo da 3G no conselho e situação de conflito de interesses é Mauro Cunha. Este é presidente da Associação de Investidores do Mercado de Capitais (Amec). A entidade reúne cerca de 60 capitalistas, inclusive estrangeiros, donos de uns 700 bilhões de reais em aplicações. O 3G bota dinheiro na entidade.
O presidente do conselho da Eletrobras é José Guimarães Monforte. Um exemplo de como o governo já delega as decisões ao setor privado. Monforte costuma representar minoritários em conselhos. Foi assim na Petrobras, em 2014. Chegou ao da Eletrobras em 2017 na condição de indicado do governo e assim permanece.
Tarifas: “Em contrapartida, para mitigar impacto tarifário propõe-se que um terço desse valor adicionado ao Contrato seja revertido à modicidade tarifária, por meio da destinação à Conta de Desenvolvimento Energético – CDE, responsável pelo custeio de vários subsídios presentes nas tarifas de energia elétrica.”
O ex-presidente da Braskem José Carlos Grubisich, que foi preso na semana passada, em Nova York, sob a acusação de ter criado caixa dois na empresa, já havia sido delatado pelo mesmo motivo para o MPF (Ministério Público Federal brasileiro).
Essa informação, porém, não chegou a gerar denúncia contra ele no Brasil.
A Braskem, controlada pelo grupo Odebrecht, é uma das maiores petroquímicas das Américas e tem capital aberto em Bolsa. Hoje, a Odebrecht tem 38,3% da Braskem, enquanto a Petrobras tem 36,1%. Os 25,5% restantes estão nas mãos de minoritários.
PS: Para entender a história, é necessário considerar que a omissão da Lava Jato em relação a Grubisich tem a ver com a ofensiva sobre Marcelo Odebrecht, cuja prisão foi usada para avançar sobre Lula.
Marcelo Odebrecht, ao que parece, não tem relação com as propinas pagas pela Brasken.
Na narrativa da Lava Jato, porém, Marcelo Odebrecht era o responsável por todos os crimes na empresa, e acossando Marcelo se chegou aos vídeos colhidos pelos procuradores em que o ex-presidente da empresa, mesmo sem ter relação com Lula, o acusa fortemente.
Outra hipótese é que a Lava Jato fez vista grossa para Grubisich, por razões que devem ser apuradas. Já se sabe que a Lava Jato poupou alvos, como o próprio ministro Paulo Guedes, flagrado com um depósito de R$ 500 mil na conta de propina do governador do Paraná, Beto Richa.
Ignorou também outras citações, como a de Michel Temer na época do impeachment de Dilma Rousseff e a do senador Álvaro Dias, líder do Podemos.
Com Grubisich, mais uma vez a Lava Jato aparece como uma operação seletiva, com dois pesos e duas medidas, sempre mirando alvos de acordo com a conveniência política.
O juiz Sérgio Moro durante evento da Americas Society, em Nova York - 02/03/2018
Um levantamento interno feito pela força tarefa da operação “lava jato” apontou que a atuação de Sergio Moro como juiz , ao divulgar as conversas de Lula com a então presidente Dilma Rousseff, destoou de tudo o que vinha sendo feito por ele até então.
Essa pesquisa interna veio à tona neste domingo (24/11) em reportagem em conjunto entre jornal Folha de S.Paulo e o The Intercept Brasil a partir das mensagens vazadas entre os procuradores do MPF. O levantamento foi feito em março de 2016 e tinha como finalidade reforçar o argumento de Sergio Moro de que ele atuou no caso Lula e Dilma de forma padrão, como vinha fazendo em outros.
A procuradora Anna Carolina Resende, do gabinete do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu à força-tarefa da operação em Curitiba um levantamento sobre outros casos em que o então juiz Sergio Moro tivesse adotado o mesmo procedimento.
Duas estagiárias receberam a missão, mas, ao cumpri-la, tiveram que dar a má notícia: ao analisarem as decisões de Moro, ficou claro que ele agiu com Lula e Dilma de forma que quase nunca agia. Divulgar os áudios grampeados não era o padrão.
A divulgação do áudio por Moro é um dos argumentos de Lula no Habeas Corpus impetrado no Supremo Tribunal Federal contestando a imparcialidade do atual ministro da Justiça quando atuava como juiz em seu caso.
Em março de 2016, Moro divulgou áudios de conversas entre Lula e Dilma no mesmo dia que a presidente indicou o petista como ministro da Casa Civil. Os áudios mostravam preocupação de Dilma de que Lula pegasse o termo de posse. O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, acolheu argumento de que a nomeação feria o espírito público e impediu a posse.
Em nota, o MPF defendeu Moro e disse que o nível de sigilo dos processos é avaliado de acordo com a gravidade dos crimes. Leia a íntegra:
Diante a matéria publicada nesta data pela Folha de São Paulo, intitulada “Moro contrariou padrão ao divulgar grampo de Lula, indicam mensagens”, a força-tarefa da operação Lava Jato vem esclarecer que:
1. O veículo não reproduziu as informações prestadas pelo Ministério Público Federal, impedindo que seus leitores tivessem a adequada compreensão do tema.
2. O exame das diversas decisões judiciais nas várias fases da Lava Jato mostra que os casos revestidos de sigilo, após deflagradas as operações, foram classificados com nível de sigilo 1 (um) entre a primeira e a sexta fases, e foram classificados com nível 0 (zero) da sétima fase em diante, em três dezenas de fases seguintes. Em tais casos, havia informações sob sigilo para proteger a intimidade, como informações de conversas telefônicas e telemáticas e dados fiscais, bancários e telefônicos.
3. A mudança de padrão teve uma justificativa concreta, que foi a maior gravidade dos crimes revelados: “Entendo que, considerando a natureza e magnitude dos crimes aqui investigados, o interesse público e a previsão constitucional de publicidade dos processos (artigo 5º, LX, CF) impedem a imposição da continuidade de sigilo sobre autos. O levantamento propiciará assim não só o exercício da ampla defesa pelos investigados, mas também o saudável escrutínio público sobre a atuação da Administração Pública e da própria Justiça criminal.”
4. As decisões, portanto, seguiram um princípio claro: quanto maior a gravidade dos fatos, menor o grau de sigilo. A decisão no caso envolvendo o ex-presidente Lula seguiu esse mesmo princípio, sendo devidamente fundamentada.
5. Aplicando o mesmo princípio para os autos de interceptação telefônica da 7ª fase da Lava Jato, como no caso envolvendo o ex-presidente, o sigilo foi reduzido a zero (autos 5073645-82.2014.4.04.7000). Em diversos outros casos os relatórios de interceptação telefônica foram juntados a autos com sigilo nível zero, como nos desdobramentos da 22ª fase, envolvendo a empresa Mossack Fonseca.
6. Cumpre registrar, ainda, que eventual juntada de áudios aos autos do caso envolvendo o ex-presidente Lula não ocorreu por ordem judicial ou pela atuação da Justiça, mas sim da polícia federal (cf. se observa nos despachos dos eventos 135 e 140 dos autos 5006205-98.2016.4.04.7000).
7. Mais uma vez se demonstra que supostas mensagens, obtidas a partir de crime cibernético, sem a comprovação de sua autenticidade e integridade, são insuficientes para verificar a verdade de fatos ocorridos na Operação Lava Jato. Em uma grande operação, com o envolvimento de dezenas de procuradores e centenas de servidores de diferentes órgãos, a comunicação, para além do aplicativo hackeado, sempre ocorreu por reuniões presenciais, conversas por telefone, uso de outros aplicativos e outros meios de comunicação.
8. A reportagem da Folha, assim, equivoca-se ao dar crédito para suposto levantamento de estagiários, com base em supostas mensagens, o que resulta em uma deturpação dos fatos, em prejuízo de sua adequada compreensão pelos leitores.
No Dia da Consciência Negra, Juarez Xavier, 60 anos, foi chamado de macaco e golpeado duas vezes com um estilete por um desconhecido.
O professor universitário Juarez Xavier, 60 anos, dá aulas no curso de Jornalismo na Unesp (Universidade Estadual Paulista) desde 2011. Querido por estudantes e colegas da universidade, Juarez é aguerrido na militância da luta antirracista, tanto que coordena o Núcleo Negro da universidade. Nesta quarta-feira (20/11), Dia da Consciência Negra, o professor foi vítima de racismo e de agressão de um desconhecido.
Juarez foi chamado de “macaco” na rua. Ao tirar satisfação, ele levou dois golpes de estilete e cinco pontos nos dois ferimentos (três nas costas e dois no ombro). Mais do que os ferimentos físicos, o professor conta que o caso evidencia a “intolerância tirada das cavernas”.
“É um ato absurdo e estimulado pelas eleições passadas. As pessoas perderam a vergonha de serem racistas e preconceituosas”, define Juarez à Ponte.
Pergunta. Em qual momento aconteceu a ofensa e a agressão?
Resposta. Eu estava voltando do médico, fui marcar uma consulta. Vinha andando para casa em Bauru e esse homem estava apontando algo para mim, parecia uma chave de carro ou controle de portão. Fiquei aguardando ele passar por mim, estava sendo muito ofensivo, fiquei olhando para ele. Em seguida, atravessou a rua, levantou as mãos e me chamou de macaco. Minha reação foi a de tirar satisfação para saber por qual motivo ele tinha me chamado daquela forma. Aí ele já virou com a faca na mão. Veio para me agredir, tentei contê-lo, joguei no chão e segurei as mãos, só depois vi que tinha sido acertado no ombro esquerdo e do lado direito das costas. Na hora não consegui ver. Chegaram as pessoas, ele foi contido, preso, e eu fui para a UPA fazer todo o tratamento e, em seguida, registrar o boletim de ocorrência.
P. Qual a gravidade dos ferimentos?
R. Uma surpresa ele não ter me atingido dessa forma, não foram profundos, coisa de dois centímetros. Pegou no músculo do braço e na parte superior nas costas, perto de áreas de vulnerabilidades. Um palmo para cima e era no meu pescoço. Seria algo mais grave. Os médicos classificaram as lesões como de porte médio. O tratamento é tranquilo, ontem [quarta-feira] fizeram ponto, três nas costas e dois no braço, estou tomando medicamento e aplicaram vacinas antitetânicas e outras. É um procedimento básico feito com feridas de armas brancas. Passei por tudo, as pessoas foram super atenciosas. Não estou tendo dor, mas quando baixou a adrenalina tive desconforto.
P. É mais impactante a agressão ter acontecido no Dia da Consciência Negra? Juarez logo após notar que havia sido ferido com um estilete.
R. Foi grave e na data… Foi mais emblemático por isso. Tive uma surpresa. Quando ele me xingou, pensei que se tratava de provocação banal no Dia da Consciência Negra. Eu tinha postado uma palavra de ordem internacional nas redes sociais, que diz: “macaco é macaco, banana é banana, e racismo é crime”. Não era uma pessoa que eu conhecia nem nada. Houve série de reportagem dizendo que chamar negros de macaco é ofensivo, o que pode ter estimulado ele a fazer o que fez. Foi um ato de provocação ostensiva em pleno dia. Ele sabia a natureza do dia, sabia como poderia ser ofensivo. Chamou a atenção como aconteceu e eu agi como qualquer militante antirracista agiria: fui tirar satisfação. Não imaginei que ele pudesse estar armado. Não quis ficar de costas, poderia ser pior. Lembrei do que aconteceu com o Mestre Môa [morto por um eleitor de Jair Bolsonaro na Bahia]. Tentei conter, pensei que tivesse sido bem sucedido, mas não senti absolutamente nada. E, quando fui tomar um copo d’água, vi que estava sangrando. É uma situação de grande estranhamento, mas entendendo a natureza do racismo do Brasil, essa coisa estrutural, isso tem afetado negros no país todo.
P. O que aconteceu com seu agressor?
R.Teve audiência de custódia. Fui informado que o rapaz pagou fiança e saiu. É algo extremamente grave estar em liberdade e nós vamos manter o argumento de que foi uma tentativa de homicídio atrelada ao crime de racismo, que é um crime inafiançável. Ele respondeu por lesão corporal e injúria racial, pagou um salário mínimo [R$ 998,00] e está de volta às ruas.
P. Você considera que o discurso de ódio e ataques que dominou o período eleitoral e se manteve em seguida incentiva este tipo de atitude?
R. Não tenho dúvida! É um fenômeno mundial desde 2008: a Alemanha tem tido isso com partido nazifascista, aconteceu na Itália e foi assim no Brasil. O tratamento dado pela imprensa foi ruim em captar essa extrema direita da forma como fez. Estimulou as pessoas a perderem a vergonha de serem racistas e preconceituosas. Tem um artigo na Folha de São Paulo, do deputado federal Hélio Lopes (PSL-SP), negando racismo no Brasil. Isso só mostra como é necessário haver o enfrentamento da questão racial. As eleições estimularam esse grupo, deram argumentos e criaram coragem para saírem das cavernas. É uma intolerância tirada das cavernas. É um ato absurdo e, sem dúvida, estimulado desde as eleições presidenciais. É fundamental para a defesa do estado democrático de direito garantir os direitos da população negra. O combate ao racismo é importante com políticas públicas que assegurem, também, as lutas de enfrentamento ao machismo, mantenham todas as conquistas dos negros, mulheres, LGBT+, etc. Precisamos manter e alcançar mais conquistas.
Hoje, a figura do Moro está bastante esvaziada, disse Kim sobre seu ex-herói.
E foi mais longe: parece que nem ele mesmo comanda o próprio ministério.
Em outras palavras, Kim Kataguiri chama Moro de capanga de milícia.
Kim não tem importância política nenhuma, mas traz um termômetro eficiente sobre a imagem que Moro e a própria Lava Jato tem hoje no Brasil.
Uma imagem degradada no plano político e jurídico, caminhando rapidamente para o fim de carreira e a ruína pessoal.
Isso significa que Moro vai perdendo a própria blindagem e, por osmose, a de Bolsonaro.
Sem a Globo, Moro é um Sansão careca. A Globo e o restante da mídia industrial construiram uma narrativa quase bíblica de Moro.
A vaca sagrada de Curitiba, foi consagrada pelas manchetes garrafais nos jornalões e holofotes espetaculosos da Globo.
A história da ” salvação do Brasil” passava pela “grande causa de Moro a serviço de Deus”
Tudo isso virou pó depois que o Intercept, como hoje, vazou seus crimes tirando o herói dos imbecis, como Kim, do plano divino.
Agora, Kim representa o comportamento de muitos que idolatraram o juiz vigarista, pois dentro do governo Bolsonaro, Moro, sem a capa de super herói emprestada pelo departamento de indumentária da Globo, é um nulo, um inútil vivendo a vida de Bolsonaro, como disse com outras palavras o próprio Kim.
A deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF) pediu que Bolsonaro coloque nas ruas homens armados contra o PT, para o que ela chamou de “quebra quebra geral”, que estaria sendo organizado pelos petistas em janeiro para protestar contra o aumento da tarifa de ônibus.
A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), forte apoiadora de Jair Bolsonaro, pediu que o presidente coloque nas ruas homens armados contra o PT, para o que ela chamou de “quebra quebra geral”, que estaria sendo organizado pelos petistas em janeiro para protestar contra o aumento da tarifa de ônibus.
“Atenção: em janeiro está previsto aumento de tarifa de ônibus. A associação de coletivos urbanos já está em alerta,pois tem ouvido fortes rumores de que o PT está organizando um quebra quebra geral, nos moldes do Chile. Aliás, @LulaOficial tem pregado isso. GLO neles @jairbolsonaro”, postou a deputada no Twitter.
Por GLO a parlamentar se refere à Garantia da Lei e da Ordem, ações usadas em ocasiões especiais pelas Forças Armadas, como forças de segurança.
Em outro tuíte agressivo, a deputada do PSL pregou que “o MP deveria pedir a prisão do Lula por incitar o terrorismo”, e em seguida chamou o ex-presidente e José Dirceu de “vagabundos” e “terroristas”.
O MP deveria pedir a prisão do Lula por incitar o terrorismo. Aliás, não é à toa que ele e o Zé Dirceu estão soltos. É o foro de São Paulo em ação na América Latina. Vagabundos! Terroristas!
A polícia despreparada de Witzel causa confusão na festa da torcida do Flamengo no centro do Rio de Janeiro.
“O trio foi virar em uma rua, saindo da Presidente Vargas, com a Central do Brasil, e aí fecharam o cerco da rua, não deixaram ninguém passar. A galera começou se amontoar, eu estava perto do tumulto. Começou aquele empurra-empurra, porque muita gente achou que ia conseguir seguir o trio e não conseguiu.
A polícia fechou e começou a empurrar a gente, foi aí que passou o trio e a gente pensou, “bom agora que passou o trio vão liberar”. Mas passou o trio do Flamengo e dois minutos depois eles começaram a lançar spray de pimenta para dispersar todo mundo.
Muitas pessoas idosas e crianças estavam no momento. Todo mundo começou a sair correndo, indo na direção da Central do Brasil. Não satisfeitos em jogar spray de pimenta, começaram a lançar bomba de gás, só que a estação Central do Brasil foi fechada e ninguém conseguia entrar no metro, então, começaram a atirar na multidão a esmo. Foi nesse momento que tomei bala de borracha de raspão”.
No twitter, diversas pessoas se manifestaram sobre a repressão da polícia de Witzel contra torcedores. O governador chamou a atenção hoje, após vídeo em que o artilheiro flamenguista Gabigol o ignora viralizar nas redes. Mais tarde Witzel conseguiu tirar foto com o jogador.
Vídeo: policiais atropelando policiais. É o preparo da polícia de Witzel
Veja um pouco da repercussão da repressão na rede social:
Enquanto o governador desfilava com medalha no peito em meio aos jogadores, a polícia reprimia a festa da torcida de forma violenta e desproporcional. Nada justifica a permissividade da diretoria do Flamengo diante de um oportunista desse quilate.
A torcida do @Flamengo foi reprimida duas vezes por ser feliz na rua. Uma antes e outra depois do título.
O @globoesportecom e a @RedeGlobo falam que "terminou em confusão", como algo generalizado, quando foram a @PMERJ e o @wilsonwitzel os causadores do problema.
O jovem Dylan Cruz, 18, foi atingido por uma bomba de gás lacrimogênio na cabeça disparada pelos agentes da Esmad, braço da Polícia Nacional da Colômbia.
Cenas de violência marcaram novamente protestos na Colômbia. Um jovem de apenas 18 anos foi atingido na cabeça por uma bomba disparada por agentes da polícia colombiana. O estado de Dylan Cruz é grave e o jovem está em coma induzido. Em vídeo divulgado pelo Twitter é possível ver momento em que jovem é atingido e cai no chão.
Se llama Dylan Cruz. Le dispararon por la espalda cuando se manifestaba pacíficamente. Tiraron a matar. pic.twitter.com/tWRyBduCa4