É sabido por todos que a arma dos fascistas, muito mais do que uma caricatura de informação, é mentira em estado puro, sobretudo quando seu líder maior, Jair Bolsonaro, está em apuros.
Não foi sem motivos que o general Etchegoyen, que operou nos bastidores no golpe contra Dilma e, depois, participou do governo do golpista Temer, usou a velha tática de, a melhor defesa é o ataque, com uma declaração que engulha o estômago de ferro de qualquer um.
A verdade é que o general que, no passado, foi um hábil manipulador, tentou jogar veneno, de forma grosseira, em Lula para “honrar os militares”.
Ou seja, Etchegoyen tentou pegar uma garupa em pelo usando o mesmo bafio golpista de Bolsonaro, já que de alguma forma os estilhaços da explosão de fatos que recaem e recairão cada vez mais sobre Bolsonaro, um mais escabroso que o outro, atingirá a glória do general.
Damos aqui apenas um exemplo de uma caricatura, quando, na realidade, a maldade, a perversidade e a corrupção embutidas no carro alegórico de Bolsonaro, é algo inimaginável.
Por isso engalhou-se nas terras de Tio San e, de lá, não tira as nádegas. Assim, usa os Napoleões de hospício como arma de guerra de defesa, já que a coisa está cada dia mais feia para o seu lado e as águas de uma correnteza jurídica mais fortes contra o monstro que, até o dia 31 de dezembro, comandava do Palácio do Planalto, indo embora antes de concluir o governo para salvar sua pele.
Mas não se iludam, as pedras da catedral de fake news ainda fermentam, até porque o próprio Bolsonaro não tem para onde correr, a não ser pelas confusas mensagens de Carluxo e declarações que tratam a barbárie terrorista do dia 9 de janeiro invertendo valores, coo é especialidade de Etchegoyen.
O Brasil encontra-se no meio de uma guerra de informações. Aliás, até o comandante militar do Sudeste fez um discurso para sua tropa em favor do respeito ao resultado das urnas foi bastante enfático para sentenciar o uso da mentira e violência como método político, logicamente praticado pelos comandados de Bolsonaro.
Nosso trabalho aqui no Antropofagista é justamente nadar contra essa corrente de mentiras, montada pela indústria de fake news de Bolsonaro, com reflexões próprias, assim como o compartilhamento de fatos fundamentais para o país nesse momento.
Por isso, pedimos encarecidamente que os leitores do blog nos ajudem a manter e até ampliar a dinâmica do trabalho com uma contribuição mínima para propiciar uma editorial cada vez melhor.
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Agentes também estão no antigo escritório de advocacia do governador afastado.
Segundo O Globo, a Polícia Federal (PF) realiza, na tarde desta sexta-feira, uma operação de busca e apreensão na casa do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Os agentes também estão no antigo do escritório de advocacia de Ibaneis e na sede do Palácio Buriti, sede do governo do DF. A operação foi confirmada pelo advogado de Ibaneis, Alberto Toron, que disse que ainda não teve acesso à decisão que autorizou as buscas. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), também há mandados contra o ex-secretário interino de Segurança Pública do DF, Fernando de Souza Oliveira.
As medidas foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes a partir de pedidos da PGR. O objetivo é buscar provas para instruir o inquérito instaurado para apurar condutas de autoridades públicas que teriam se omitido na obrigação de impedir os atos terroristas do último dia 8. As medidas cautelares foram requeridas pelo coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos.
O advogado de Ibaneis disse não temer as apreensões feitas em endereços ligados a seu cliente.
— O governador não tem nada a esconder, um mandado de busca e apreensão visa colher provas, mas neste caso, não há motivos para temor — disse Toron.
Por meio de uma nota, a defesa afirmou que, “apesar de inesperada, já que Ibaneis sempre colaborou com a Justiça, a operação será a prova definitiva de inocência do governador”. Ibaneis foi afastado do cargo por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em virtude de uma suposta omissão no planejamento de segurança dos atos terroristas do dia 8 de janeiro.
Depoimento na última semana
Na última semana, Ibaneis prestou depoimento à Polícia Federal. O comparecimento dele foi um pedido da própria defesa, que se antecipou a uma intimação.
Os advogados afirmaram em documento enviado ao Supremo que o plano de segurança elaborado para a manifestação do último dia 8 sofreu “atos de sabotagem” das forças de segurança locais e acusa policiais de terem agido com “conivência” e “colaboração” com os manifestantes golpistas e de terem cometido “deserção”. A peça foi encaminhada a Moraes.
No documento, os advogados admitem que a primeira impressão é de que houve “aparente falta de preparação para os atos anunciados”, mas argumentam que “diversos agentes aos quais incumbiam a execução do protocolo de ação seguiram pela inaceitável e criminosa linha da conivência e da colaboração com os grotescos atos terroristas, tudo à revelia do que havia previamente alinhado”.
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TRANSAÇÕES FINANCEIRAS DO MILITAR DO EXÉRCITO QUE ATUAVA COMO AJUDANTE DE ORDENS DO EX-PRESIDENTE FORAM MAPEADAS PELA POLÍCIA FEDERAL POR ORDEM DO STF
MILITAR PAGAVA CONTAS DO CLÃ PRESIDENCIAL EM DINHEIRO VIVO AO MESMO TEMPO EM QUE OPERAVA UMA ESPÉCIE DE “CAIXA PARALELO” NO
PLANALTO QUE INCLUÍA RECURSOS SACADOS DE CARTÕES CORPORATIVOS
PAGAMENTOS ERAM FEITOS EM AGÊNCIA DO BANCO DO BRASIL LOCALIZADA DENTRO DO PALÁCIO ENTRE AS CONTAS PAGAS ESTAVA A FATURA DE UM
CARTÃO DE CRÉDITO USADO PELA PRIMEIRA-DAMA MICHELLE BOLSONARO, MAS EMITIDO EM NOME DE UMA AMIGA DELA
COM A VOZ DE BOLSONARO REUNIDOS PELA INVESTIGAÇÃO, SOB COMANDO DO MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES, INDICAM QUE O PRESIDENTE CONTROLAVA E TINHA CIÊNCIA DE TUDO
A reportagem é de Rodrigo Rangel e Sarah Teófilo, publicada com exclusividade no Metrópoles
As investigações que correm no Supremo Tribunal Federal sob o comando do ministro Alexandre de Moraes avançam sobre um personagem-chave que, por tudo o que se descobriu até agora e por sua estreita proximidade com Jair Bolsonaro, deixará o ex-presidente ainda mais encrencado.
As descobertas conectam o antigo gabinete de Bolsonaro diretamente à mobilização de atos antidemocráticos e lançam graves suspeitas sobre a existência de uma espécie de caixa 2 dentro do Palácio do Planalto, com dinheiro vivo proveniente, inclusive, de saques feitos a partir de cartões corporativos da Presidência e de quartéis das Forças Armadas.
O personagem em questão é o tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, o “coronel Cid”, ajudante de ordens de Jair Bolsonaro até os derradeiros dias do governo que acabou em 31 de dezembro.
O militar compartilhava da intimidade do então presidente. Além de acompanhá-lo em tempo quase integral, dentro e fora dos palácios, Cid era o guardião do telefone celular de Bolsonaro. Atendia ligações e respondia mensagens em nome dele. Também cuidava de tarefas comezinhas do dia a dia da família. Pagar as contas era uma delas – e esse é um dos pontos mais sensíveis do caso.
Entre os achados dos policiais escalados para trabalhar com Alexandre de Moraes estão pagamentos, com dinheiro do tal caixa informal gerenciado pelo tenente-coronel, de faturas de um cartão de crédito emitido em nome de uma amiga do peito de Michelle Bolsonaro que era usado para custear despesas da ex-primeira-dama.
Agência Banco do Brasil do Palácio do Planalto
QUEBRA DE SIGILO PERMITIU MAPEAR TRANSAÇÕES
Já era sabido, há tempos, que Cid se tornara alvo dos inquéritos tocados por Moraes, em diferentes frentes. Ainda no ano passado, o jornal Folha de S.Paulo noticiou que mensagens de texto, imagens e áudios encontrados no celular do oficial do Exército levaram os investigadores a suspeitar das transações financeiras realizadas por ele.
Pois bem. Depois disso, Moraes autorizou quebras de sigilo que permitiram revirar pelo avesso as operações realizadas pela equipe do tenente-coronel, muitas delas com dinheiro em espécie, na boca do caixa de uma agência bancária localizada dentro do Palácio do Planalto (foto acima).
Pois bem. Depois disso, Moraes autorizou quebras de sigilo que permitiram revirar pelo avesso as operações realizadas pela equipe do tenente-coronel, muitas delas com dinheiro em espécie, na boca do caixa de uma agência bancária localizada dentro do Palácio do Planalto (foto acima).
As primeiras análises do material já apontavam que Cid centralizava recursos que eram sacados de cartões corporativos do governo ao mesmo tempo em que tinha a incumbência de cuidar do pagamento, também com dinheiro vivo, de diversas despesas do clã presidencial, incluindo contas pessoais de familiares da então primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Durante a investigação, os policiais se depararam com um modus operandi que lembrava em muito aquele adotado pelo clã bem antes da chegada de Bolsonaro ao Palácio do Planalto e que, anos depois, seria esquadrinhado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro nas apurações das rachadinhas do hoje senador Flávio Bolsonaro, o filho 01 do ex-presidente. Dinheiro manejado à margem do sistema bancário. Saques em espécie. Pagamentos em espécie. Uso de funcionários de confiança nas operações. As semelhanças levaram a um apelido inevitável para as transações do tenente-coronel do Exército: “rachadinha palaciana”.
A certa altura do trabalho, os investigadores enxergaram indícios fortes de lavagem de dinheiro. Chamou atenção, em especial, a origem de parte dos recursos que o oficial e seus homens da ajudância de ordens manejavam.
Para além do montante sacado a partir de cartões corporativos que eram usados pelo próprio staff da Presidência, apareceram indícios de que valores provenientes de saques feitos por outros militares ligados a Cid e lotados em quartéis – sim, quartéis – de fora de Brasília eram repassados ao tenente-coronel. Os detalhes dessas transações ainda estão sendo mantidos sob absoluto sigilo, trafegando entre o gabinete de Moraes e o restrito núcleo de policiais federais que o auxilia nas apurações.
NA BOCA DO CAIXA, DENTRO DO PLANALTO
As investigações desceram à minúcia das transações. A partir dos primeiros sinais de que várias delas haviam sido feitas em espécie, os policiais esquadrinharam as fitas de caixa e pediram até as imagens do circuito de segurança da agência bancária onde os pagamentos eram feitos – a agência 3606 do Banco do Brasil, que funciona no complexo do Palácio do Planalto.
Da mesma forma que o MP do Rio conseguiu documentar o notório Fabrício Queiroz, operador das rachadinhas, pagando em dinheiro vivo contas de Flávio Bolsonaro, os policiais a serviço de Alexandre de Moraes foram buscar os registros em vídeo de que pessoas da equipe de Cid, o ajudante de ordens do presidente, eram as responsáveis por quitar – também em espécie, assim como Queiroz – os boletos do presidente, da primeira-dama e de seus familiares.
MICHELLE E O CARTÃO DA AMIGA
Entre os pagamentos, destacavam-se faturas de um cartão de crédito adicional emitido por uma funcionária do Senado Federal de nome Rosimary Cardoso Cordeiro. Lotada no gabinete do senador Roberto Rocha, do PTB do Maranhão, Rosimary é amiga íntima de Michelle Bolsonaro desde os tempos em que as duas trabalhavam na Câmara assessorando deputados.
Rosi, como os mais próximos a chamam, é apontada como a pessoa que aproximou Jair Bolsonaro e Michelle quando o ex-presidente ainda era um deputado do baixo clero que nem sonhava um dia chegar ao Palácio do Planalto. Moradora de Riacho Fundo, cidade-satélite de Brasília distante pouco mais de 20 quilômetros do centro do Plano Piloto, até hoje ela mantém laços estreitos com o casal.
Rosimary Cardoso Cordeiro, amiga de Michelle no avião presidencial
A antiga amizade ganhou toques de glamour depois que a senhora Bolsonaro virou primeira-dama do Brasil – passou a contar, por exemplo, com viagens a bordo de jatinhos e até do avião presidencial. Em maio do ano passado, Rosi acompanhou Michelle em um tour por Israel que contou, ainda, com a participação da então ministra Damares Alves. As duas também foram juntas, em voos fretados pagos pelo PL, para eventos da campanha de Jair Bolsonaro à reeleição.
Em uma viagem oficial de Bolsonaro ao Maranhão, Rosi foi convidada a integrar a comitiva presidencial e registrou fotos ao lado dele na cabine principal do Airbus que serve à Presidência. A ascensão de Michelle fez a amiga também ascender no Congresso. No início do governo, era telefonista no gabinete de Rocha, aliado de Bolsonaro. Logo depois, foi promovida e viu seu salário aumentar. No fim do ano passado, ela ocupava um dos cargos comissionados mais altos da equipe, com salário de R$ 17 mil brutos. Como o mandato de Rocha está a dias do fim, Rosi já tem a promessa de ganhar uma função no futuro gabinete de Damares, eleita senadora pelo Distrito Federal. Michelle, claro, deu uma força.
ÁUDIOS DE BOLSONARO E CONEXÃO COM RADICAIS
O material reunido nas investigações sobre o tenente-coronel o coloca na cena da sucessão de atos antidemocráticos que já vinham sendo investigados por Moraes e que culminaram com a invasão das sedes dos três poderes, em 8 de janeiro. Pela proximidade com Bolsonaro e pela função que o militar exercia no Planalto, o ex-presidente é peça indissociável dos movimentos que ele fazia.
Em mensagens de texto e áudio, o tenente-coronel funcionava como elo entre Bolsonaro e vários dos radicais que há tempos vinham instigando a militância bolsonarista a atentar contra as instituições. Há fartas evidências nesse sentido. Um dos contatos frequentes de Cid era Allan dos Santos, o blogueiro que vive nos Estados Unidos e em outubro de 2021 teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes.
Jair Bolsonaro terá sérias dificuldades para se desvencilhar, ele próprio, das provas que engolfam seu ex-ajudante de ordens. O material compromete os dois. O ex-presidente aparece como interlocutor em várias das mensagens que Cid mantinha em seus aplicativos e foram copiadas pelos investigadores com autorização de Moraes. Uma série de áudios enviados por Bolsonaro ao subordinado indicam que ele tinha conhecimento e controle de tudo o que Cid fazia — seja na seara financeira, pagando as contas do clã em dinheiro vivo, seja na interlocução com os bolsonaristas radicais.
CID PAI, CID FILHO E BOLSONARO
Jair Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid têm uma relação que transcende a carreira militar do ex-ajudante de ordens. O pai de Cid, general Mauro Cesar Lourena Cid, foi colega do ex-presidente no curso de formação de oficiais do Exército. Lourena Cid tornou-se amigo de Bolsonaro. Em 2019, ano em que foi para a reserva, ele ganhou do governo a confortável posição de chefe do escritório da Apex, a agência brasileira de promoção de exportações, em Miami. Com salário em dólares, o cargo lhe garantiu uma bolada mensal equivalente a mais de R$ 80 mil.
Cid filho, o ajudante de ordens, também ascendeu na carreira durante o governo passado. Era major e foi promovido a tenente-coronel. Tido como um dos mais radicais auxiliares do ex-presidente, o oficial já havia aparecido em várias das frentes de investigação a cargo de Moraes no STF.
Cid em viagem aos EUA em março de 2020
Ele foi investigado, por exemplo, por suspeita de atuar no vazamento de informações de um inquérito sigiloso sobre ameaças às urnas eletrônicas — parte do velho movimento bolsonarista destinado a descredibilizar o sistema eleitoral. Em dezembro passado, a Polícia Federal concluiu que o tenente-coronel Cid e Bolsonaro cometeram crime ao associar falsamente, durante um live, as vacinas anticovid com o vírus da Aids.
CID ESTÁ NOMEADO PARA CHEFIAR COMANDO DE FORÇAS ESPECIAIS
Antes de deixar o poder, Bolsonaro dispensou o tenente-coronel Mauro Cid da função de ajudante de ordens. O ato foi publicado em 31 de dezembro. O futuro do militar, porém, ficou encaminhado — e de uma forma não muito agradável para o novo governo. Com a bênção do então presidente, o comando do Exército o designou para comandar nada menos que o 1º Batalhão de Ações e Comandos, o 1º BAC, uma das unidades do prestigiado e temido Comando de Operações Especiais, com sede em Goiânia.
O batalhão reúne as mais bem treinadas tropas de elite do Exército e seus homens têm por atribuição, por exemplo, realizar operações de emergência para debelar ameaças a Brasília e, em eventuais situações de guerra, cumprir missões delicadas contra alvos tidos como difíceis. Textos publicados pelo próprio Exército dizem que cabe às tropas do BAC atuar em “ações contra alvos de alto valor” em “áreas hostis ou sob controle do inimigo”.
Mais cedo ou mais tarde, a designação de Cid para o posto será motivo de mais dor de cabeça para o novo governo na delicada relação com o alto comando do Exército — a quem, teoricamente, caberia uma eventual decisão capaz de reverter o ato assinado no apagar das luzes do governo Bolsonaro. Depois das invasões das sedes dos poderes, em 8 de janeiro, nas quais Lula já disse abertamente ter visto o dedo de militares, manter uma unidade tão sensível sob comando de um oficial sabidamente bolsonarista e reconhecidamente radical certamente será um problema para o atual chefe do Planalto.
Indagado pela coluna, o Exército informou nesta quinta-feira que a designação de Mauro Cid está mantida. O staff de imprensa da corporação disse não saber, porém, a data em que ele assumirá o comando do batalhão. O tenente-coronel viajou com Jair Bolsonaro para a Flórida, nos Estados Unidos, nos últimos dias de 2022.
“É PESSOAL”, DIZ AMIGA DE MICHELLE
A coluna tentou por mais de uma vez ouvir Rosimary, a amiga que cedia um cartão para Michelle Bolsonaro. Ela se negou a falar sobre o assunto. Primeiro, disse que estava em um almoço. “Bom, querido, quando eu for (informada da investigação) aí eu falo sobre o assunto, tá bom? Mas nesse momento eu não posso falar. Estou em almoço, estou com meu chefe aqui em reunião”, disse (ouça abaixo).
Horas depois, abordada novamente, desta vez no Senado, ela respondeu o seguinte: “É um assunto tão pessoal. Não quero falar. Até porque eu acho que não preciso dar satisfação para entrevista. É uma coisa minha, pessoal. (…) Eu não tô sabendo (da investigação), não, mas se tiver (sic) eu já vou resolver com os advogados, né? (…) Eu não quero tocar nesse assunto que não seja com advogado”.
A coluna tentou contato com Jair e Michelle Bolsonaro e com o tenente-coronel Mauro Cid nesta sexta-feira, sem sucesso.
Interlocutores do ex-presidente e da ex-primeira-dama disseram que Cid precisava lidar com dinheiro em espécie porque muitas das despesas, especialmente as que envolviam a primeira-dama, “tinham valor ínfimo” e precisavam ser pagas diretamente a fornecedores que “prestavam serviços informalmente”.
Apesar de admitirem haver “confusão” com os valores em espécie, esses mesmos interlocutores negaram que contas pessoais do clã e de parentes de Michelle fossem pagas com os recursos que eram provenientes de saques corporativos do governo.
Não houve resposta sobre o pagamento dos boletos, especialmente os do cartão que era cedido pela amiga de Michelle Bolsonaro, e das contas de familiares da ex-primeira-dama. Tampouco houve explicação sobre as razões pelas quais os tais “serviços de fornecedores”, por exemplo, não poderiam ser quitados por transferência bancária.
Horas depois, abordada novamente, desta vez no Senado, ela respondeu o seguinte: “É um assunto tão pessoal. Não quero falar. Até porque eu acho que não preciso dar satisfação para entrevista. É uma coisa minha, pessoal. (…) Eu não tô sabendo (da investigação), não, mas se tiver (sic) eu já vou resolver com os advogados, né? (…) Eu não quero tocar nesse assunto que não seja com advogado”.
A coluna tentou contato com Jair e Michelle Bolsonaro e com o tenente-coronel Mauro Cid nesta sexta-feira, sem sucesso.
Interlocutores do ex-presidente e da ex-primeira-dama disseram que Cid precisava lidar com dinheiro em espécie porque muitas das despesas, especialmente as que envolviam a primeira-dama, “tinham valor ínfimo” e precisavam ser pagas diretamente a fornecedores que “prestavam serviços informalmente”.
Apesar de admitirem haver “confusão” com os valores em espécie, esses mesmos interlocutores negaram que contas pessoais do clã e de parentes de Michelle fossem pagas com os recursos que eram provenientes de saques corporativos do governo.
Não houve resposta sobre o pagamento dos boletos, especialmente os do cartão que era cedido pela amiga de Michelle Bolsonaro, e das contas de familiares da ex-primeira-dama. Tampouco houve explicação sobre as razões pelas quais os tais “serviços de fornecedores”, por exemplo, não poderiam ser quitados por transferência bancária.
Horas depois, abordada novamente, desta vez no Senado, ela respondeu o seguinte: “É um assunto tão pessoal. Não quero falar. Até porque eu acho que não preciso dar satisfação para entrevista. É uma coisa minha, pessoal. (…) Eu não tô sabendo (da investigação), não, mas se tiver (sic) eu já vou resolver com os advogados, né? (…) Eu não quero tocar nesse assunto que não seja com advogado”.
A coluna tentou contato com Jair e Michelle Bolsonaro e com o tenente-coronel Mauro Cid nesta sexta-feira, sem sucesso.
Interlocutores do ex-presidente e da ex-primeira-dama disseram que Cid precisava lidar com dinheiro em espécie porque muitas das despesas, especialmente as que envolviam a primeira-dama, “tinham valor ínfimo” e precisavam ser pagas diretamente a fornecedores que “prestavam serviços informalmente”.
Apesar de admitirem haver “confusão” com os valores em espécie, esses mesmos interlocutores negaram que contas pessoais do clã e de parentes de Michelle fossem pagas com os recursos que eram provenientes de saques corporativos do governo.
Não houve resposta sobre o pagamento dos boletos, especialmente os do cartão que era cedido pela amiga de Michelle Bolsonaro, e das contas de familiares da ex-primeira-dama. Tampouco houve explicação sobre as razões pelas quais os tais “serviços de fornecedores”, por exemplo, não poderiam ser quitados por transferência bancária.
*Metrópoles
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Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência (CCAI) realiza audiência secreta com o general de Exército Sérgio Westphalen Etchegoyen, novo ministro-chefe do gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. À mesa, ministro-chefe da Secretaria de Segurança Institucional da Presidência da República, ministro Sérgio Westphalen Etchegoyen. Foto: Marcos OliveiraAgência Senado
Chefe do GSI no governo Temer, general ataca STF, reclama da imprensa e faz ameaça velada a Lula.
O general Sérgio Etchegoyen está enfezado. Acha que os golpistas do 8 de Janeiro viraram vítimas de injustiça. Em entrevista à TV Pampa, o ex-ministro esbravejou contra os tribunais, o governo e a imprensa. Ao comentar os ataques à democracia, usou eufemismos como “acidente” e “triste episódio”.
O militar chefiou o Gabinete de Segurança Institucional no governo Temer. De volta à planície, foi contratado por uma agência de comunicação corporativa. Pendurou a farda, mas continuou a ser lido e requisitado como porta-voz da caserna.
A exemplo de Bolsonaro e seus apaniguados, o general nutre pouco apreço pelo Judiciário. Considera que o STF e o TSE “carecem de credibilidade”. Para ele, os juízes são “apaixonados por microfones” e gostam de “falar mal do país lá fora”. “Isso é inaceitável”, condenou. Sobre os extremistas que atacam o sistema eleitoral, emitiu opiniões mais amenas. “É legítimo duvidar do resultado”, disse.
Etchegoyen está invocado com Lula. Nos últimos dias, o presidente criticou a segurança do Planalto e afirmou que “perdeu a confiança” em parte dos militares. Para o ex-ministro, a frase revelou “profunda covardia”. De Lula, não dos militares que permitiram a invasão. “É a velha técnica de procurar culpados”, protestou. “Como é que se pacifica o país a partir daí? Como é que pacifica as Forças Armadas?”.
A imprensa, sempre ela, também entrou na mira do general. Ele acusou a mídia de perseguir Bolsonaro, ultrapassando “todos os limites da razoabilidade”. Numa declaração curiosa, reclamou de excesso de jornalismo na cobertura do quebra-quebra. “Esse episódio merece uma abordagem mais objetiva e menos panfletária. Menos jornalística, sem ofensa”, palpitou. A despeito das críticas, o ex-ministro confidenciou que se informa cada vez menos por veículos tradicionais. “Abandonei muito o noticiário”, admitiu.
Os Etchegoyen têm um longo histórico de envolvimento em golpes e conspirações. O avô do general, que alcançou a mesma patente, tentou impedir a posse de três presidentes. Um de seus alvos foi Juscelino Kubitschek, inventor da cidade que os bolsonaristas tentaram destruir.
Em 2014, quando ainda estava na ativa, o general de Temer se projetou ao atacar a Comissão Nacional da Verdade, que investigou crimes da ditadura militar. Não era só reacionarismo, era defesa do clã. Seu pai e seu tio foram apontados como responsáveis por graves violações aos direitos humanos. Os dois nunca foram julgados graças à Lei da Anistia.
Nove anos depois, o oficial sugere um novo perdão, desta vez em favor dos extremistas de Brasília. “Espero profundamente que os responsáveis pelos nossos destinos façam uma reflexão e tenham a grandeza de buscar a pacificação”, discursou.
Ao pregar a impunidade de colegas de farda, Etchegoyen disse defender a “tranquilidade” e o “bom senso”. Acrescentou que o governo precisa “harmonizar a sociedade” para “poder andar”. “Por enquanto, os sinais que está dando é (sic) que não consegue andar. E possivelmente tenha acabado (sic) no dia 8 de janeiro”, opinou. Sobre o futuro do presidente, o general soltou uma frase enigmática: “É muito difícil prever o que vai acontecer”.
As ameaças veladas de Etchegoyen animaram o apresentador da TV Pampa, que chamou o golpe de 1964 de “revolução” e manifestou saudades da “velha Arena”. Num momento de descontração, o general contou que torce pelo Grêmio, celebrou a contratação de Suárez e elogiou o livro “As 44 regras do poder”. Ao que tudo indica, referia-se “As 48 leis do poder”, um best-seller de autoajuda empresarial.
Na contracapa, o leitor encontra dicas para “conquistar o que deseja”: “esperar o momento certo para atacar”, “criar uma aura de mistério para confundir os inimigos”, “encobrir todos os atos em cortinas de fumaça”.
*Bernardo Mello Franco/O Globo
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Viaturas da polícia chegaram durante a noite de quinta (19) na casa do atleta, em Barcelona, para levá-lo, após um mandado de prisão.
O jogador Daniel Alves, que disputou a Copa do Mundo do Catar pela seleção brasileira, foi preso no fim da noite de quinta-feira (19) pela polícia da Espanha, sob a acusação de agressão sexual. Viaturas dos Mossos d’Esquadra, a polícia catalã, chegaram à casa do atleta, em Barcelona, e o informaram que ele seria levado por uma ordem judicial.
A Suprema Corte de Justiça da Catalunha emitiu um comunicado informando que Alves é réu num processo de agressão sexual contra uma mulher, que teria ocorrido no fim de 2022 numa boate de Barcelona. Ele está detido na Cidade da Justiça, um complexo de prédios públicos do Judiciário local, onde aguardará uma espécie de “audiência de custódia” (nos moldes brasileiros), quando um magistrado definirá se ele seguirá preso ou se será colocado em liberdade para responder à acusação criminal.
O caso
A jovem que não teve a identidade revelada disse às autoridades que Daniel Alves a tocou sem permissão e depois colocou a mão por dentro de sua roupa íntima, na noite de 30 de dezembro do ano passado. Após o acontecido, a vítima, assustada, teria avisado as amigas, que acionaram os seguranças da boate. O fato teria ocorrido num banheiro da casa noturna e as câmeras de segurança registraram a entrada da moça e de Daniel Alves no banheiro, além de parte da confusão após o suposto assédio.
Segundo o jornal espanhol ABC, os seguranças ativaram o protocolo de segurança de Barcelona contra agressões e assédios sexuais em espaços privados de diversão noturna. Alves teria deixado a boate antes da chegada da polícia, que abriu investigação sobre o caso. A vítima passou por exames médicos em um hospital em Barcelona e os seguranças que a atenderam prestaram depoimento.
Daniel Alves, que atua pelo Pumas, do México, deu uma entrevista a um programa televisivo espanhol, dias depois, e negou todas as acusações.
“Primeiramente, gostaria de desmentir tudo. Eu estive nesse lugar, com mais gente, aproveitando. Todo mundo que me conhece sabe que eu adoro dançar. Eu estava aproveitando, mas sem invadir o espaço dos demais. Sempre respeitando o entorno. Quando você decide ir ao banheiro não precisa perguntar quem está lá também. Sinto muito, mas não sei quem é esta senhorita. Não sei seu nome, não a conheço, nunca a vi antes na vida”, se defendeu o atleta.
*Com Forum
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A apuração foi feita com base numa requisição do @IvanValente que em 2019 buscou saber quais eram os servidores que tinham acesso ao cartão corporativo de Bolsonaro.
O que resultou numa lista com 32 nomes.Desde que os dados do cartão foram liberados pelo @_fiquemsabendo, há uma grande discussão sobre onde estariam os dados faltantes.
Segundo as planilhas que se tornaram públicas no dia 6 de janeiro, foram gastos R$ 27,6 milhões entre 2019 e 2022, porém, no Portal da Transparência do governo federal, no entanto, essa quantia passa de R$ 75 milhões.
Segundo o requerimento do @IvanValente, 32 pessoas tinham acesso ao cartão naquele momento (2019).
Destes, 15 são militares, 7 ainda são da ativa e atualmente 8 são da reserva.
Lista abaixo:
Além disso, mesmo entre os que foram para a reserva, alguns deles ainda eram da ativa quando tinham acesso ao famigerado cartão.
Outro dado interessante é que estes 15 militares não aparecem na relação de gastos liberada pelo @_fiquemsabendo.
Desde que os dados do cartão foram liberados pelo @_fiquemsabendo, há uma grande discussão sobre onde estariam os dados faltantes
Segundo as planilhas que se tornaram públicas no dia 6 de janeiro, foram gastos R$ 27,6 milhões entre 2019 e 2022, porém, no Portal da Transparência do governo federal, no entanto, essa quantia passa de R$ 75 milhões
Gasto de Bolsonaro com cartão corporativo foi quase o triplo do divulgado Os gastos da Presidência com cartão corporativo durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Vejam só que interessante!
Esse é CARLOS AUGUSTO PISSUTTI, SUBOFICIAL.
Embora no portal da transparência, os dados de gastos não constam nas planilhas liberadas pelo @_fiquemsabendo . O motivo, desconhecido!
Destes, 15 são militares, 7 ainda são da ativa e atualmente 8 são da reserva.
Além disso, mesmo entre os que foram para a reserva, alguns deles ainda eram da ativa quando tinham acesso ao famigerado cartão.
Outro dado interessante é que estes 15 militares não aparecem na relação de gastos liberada pelo @_fiquemsabendo.
E AGORA A CEREJA DO BOLO!
Entre os nomes informados no pedido do @IvanValente, nós encontramos “ALEXANDRE AUGUSTO PIOVESAN”
Quem é ele?
O tenente-coronel, Alexandre Augusto Piovesan, foi preso durante as investigações do caso de TRÁFICO DE COCAÍNA no avião de apoio da comitiva presidencial!
Isso mesmo! Um militar do Aerococa teve acesso ao cartão corporativo da Presidência da República.
O tenente-coronel, Alexandre Augusto Piovesan, foi preso durante as investigações do caso de TRÁFICO DE COCAÍNA no avião de apoio da comitiva presidencial!
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Os dias que seguiram o infame 8 de Janeiro e a vergonha colossal de bolsonaristas radicais fragmentou a massa de eleitores do presidente Jair Bolsonaro.
Havia os presos em flagrante que choravam uma retórica sem cabimento de maus tratos da Polícia Federal. Os que temiam ser encontrados e detidos, além dos que vão pensar duas vezes antes de citar a liberdade de expressão como escudo para ser criminoso.
E no que depender do Judiciário essa sensação de alerta constante deve durar por mais algum tempo. Alexandre de Moraes comanda a mais extensa delegação investigativa da história do Brasil. São 150 peritos ainda em atividade revelando DNA.
São cinco tecnologias diferentes de reconhecimento facial para analisar imagens além de um time de internet para rastrear sinais de celulares e marcar a localidade dos golpistas.
De longe o mais ambicioso plano para o desmonte de uma organização criminosa em solo brasileiro, Moraes já começou a pescar peixes maiores que os lunáticos, mal informados ou mal intencionados que tomaram Brasília de assalto.
A lista com empresas envolvidas com financiamento do golpe já supera 120 nomes, e pelo menos dez delas já têm carros de luxos e ônibus bloqueados pela Justiça como forma de reparar os danos materiais nos três palácios invadidos.
Sem sono também está o agora preso preventivamente Anderson Torres, ex-ministro da Justiça. Já no Brasil ele optou por ficar calado em seu primeiro depoimento. (Ele também pediu a visita de uma psicóloga, alegando estar muito abalado e sem dormir).
E se por aqui Bolsonaristas não dormem, lá em Orlando o ex-presidente fujão também não deve pregar o olho. Temendo ser deportado, ele cogitou voltar para o Brasil, mas, vendo o cerco apertar por aqui, optou por ficar mais um tempo fora. De terrorista a aterrorizado.
*Thais Rodrigues/IstoÉ Dinheiro
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“Não me calo diante da violência! Nenhuma tolerância com o machismo e a misoginia”, disse a primeira-dama sobre xingamento
A primeira-dama, Janja da Silva, entrou na Justiça contra o conselheiro vitalício do Corinthians Manoel Ramos Evangelista, conhecido como Mané da Carne. Ela exige reparação por danos morais, após ter sido xingada de por Mané, nas redes sociais. Janja escolheu três advogadas – Valeska Zanin Martins, Maria de Lourdes Lopes e Júlia Marques – que entraram com ação no Tribunal de Justiça de São Paulo, na última terça-feira (17).
“Vamos aguardar esses anos com o sapo barbudo (referência ao atual presidente Lula) e a putana da Janja e os quarenta ladrões”, escreveu Mané no Twitter em dezembro. Em seguida, o tuíte foi excluído.
Para as advogadas, o conselheiro atacou a honra da socióloga ao propagar ofensas machistas e misóginas. Além disso, suas declarações “ofenderam não apenas a autora do processo, mas também todas as mulheres”. Mané ainda reiterou as agressões. “Por acaso eu menti”, publicou ele. E acrescentou: “Futura primeira-dama só se for sua seu esgoto, lixo. Laranja do sapo barbudo”.
Também pelo Twitter, Janja comentou o caso nesta quinta (19). “Não me calo diante da violência! Nenhuma tolerância com o machismo e a misoginia”, afirmou a primeira-dama.
Não me calo diante da violência! Nenhuma tolerância com o machismo e a misoginia.https://t.co/lFznmcHPuF
Na ação, as advogadas pedem que Mané seja condenado a pagar ao menos R$ 50 mil em danos morais, além de se retratar publicamente dos comentários e publicar em suas redes sociais a íntegra da sentença. “Esperamos que a Justiça condene o agressor a reparar os danos causados e a se retratar publicamente”, diz Valeska, em nota.
*Com RBA
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Comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica vão dizer nesta sexta-feira (20) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que são favoráveis à punição de militares que tenham participado dos atos golpistas do dia 8 de janeiro em Brasília, diz Ana Flor, G1.
Segundo apurou o blog com fontes do Ministério da Defesa, os militares levarão o recado na reunião que terão com Lula na manhã desta sexta, no Palácio do Planalto.
A posição dos comandantes servirá a dois propósitos:
mandar um recado interno para militares da ativa, de que é preciso se afastar da política;
sinalizar que querem virar a página e inaugurar uma nova relação com o governo Lula.
Os investigadores já identificaram militares, inclusive da ativa, que participaram do vandalismo nas sedes dos Três Poderes.
Projetos prioritários da Defesa
O encontro tem como finalidade formal a apresentação de projetos prioritários para cada Força ao presidente.
Durante a apresentação dos comandantes a Lula, o presidente pediu que, em 30 dias, cada Força apresentasse um plano estratégico de desenvolvimento.
Com os atos golpistas de 8 de janeiro, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, sugeriu a Lula que antecipasse o encontro, já que os planos estavam já prontos.
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Procedimento apura suposto abuso de poder por uso indevido do Alvorada e pode deixar ex-presidente inelegível.
De acordo com o G1, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, admitiu nesta quinta-feira (19) mais uma ação de investigação judicial eleitoral (Aije) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No total, a Corte já soma 16 ações para investigar o ex-presidente. Nem todas foram abertas.
O procedimento aberto apura eventual abuso de poder político e econômico e pode levar Bolsonaro à inelegibilidade.
Na ação, a coligação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), autora do pedido, aponta como justificativa para a investigação a realização de atos de campanha por Bolsonaro nas dependências do Palácio do Planalto e do Palácio da Alvorada, incluindo o anúncio de apoios para sua candidatura na disputa do segundo turno das eleições de 2022.
De acordo com a coligação, ao utilizar os palácios como “palco de encontro” com governadores, deputados federais e celebridades, Bolsonaro desvirtuou a finalidade dos bens públicos com o objetivo de alavancar a sua candidatura.
‘Atos ostensivos de campanha’
O ministro pontuou que a legislação eleitoral não concedeu “autorização irrestrita” para o uso de bens públicos com fins privados.
“Conforme se observa, não foi concedida autorização irrestrita que convertesse bens públicos de uso privativo dos Chefes do Executivo, custeados pelo Erário, em bens disponibilizados, sem reservas, à conveniência da campanha à reeleição. No caso da residência oficial, os atos de campanha que a lei autoriza são eminentemente voltados para arranjos internos, permitindo-se ao Presidente receber interlocutores reservadamente, com o objetivo de traçar estratégias e alianças políticas.”
Gonçalves também ressaltou que os espaços públicos “serviram de palco” para “atos ostensivos de campanha”.
“Extrai-se do material analisado que espaços tradicionalmente usados para a realização de coletivas pelo Presidente da República, no desempenho de sua função de Chefe de Estado, serviram de palco para a realização de atos ostensivos de campanha, nos quais se buscou projetar uma imagem de força política da candidatura de Jair Bolsonaro, que se evidenciaria nas alianças com governadores que alcançaram mais de 50% dos votos em seus estados já no primeiro turno e na expressividade de sua base de apoio no Congresso.”
O ministro considerou ainda que a conduta de Bolsonaro “é passível de se amoldar à figura típica do abuso de poder político, havendo elementos suficientes para autorizar a apuração dos fatos e de sua gravidade no contexto das Eleições 2022”.
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