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Vídeo – Lula: entidades criadas na gestão Bolsonaro facilitaram fraude do INSS

Presidente, em entrevista ao podcast Mano a Mano, diz que as organizações viram uma oportunidade com a mudança de governo e transformaram o esquema em uma febre.

O presidente Lula afirmou que a fraude no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) foi facilitada por entidades criadas no governo Bolsonaro, que teriam visto uma janela de oportunidade para ampliar o esquema com a troca de governo. A declaração foi feita em entrevista ao podcast Mano a Mano.

“Nós descobrimos, através da Controladoria-Geral da República e da Polícia Federal, que várias entidades que foram criadas no governo Bolsonaro”, disse o presidente. “Na perspectiva da mudança de governo, eles facilitaram com que os caras pudessem cobrar dos aposentados”, completou.

O esquema das fraudes no INSS veio a público no final de abril, quando foi deflagrada uma operação da Polícia Federal com a CGU. O presidente da instituição foi afastado no mesmo dia por decisão judicial. De lá para cá, a repercussão pelo caso teve desdobramentos políticos expressivos, com a demissão do então ministro da Previdência, Carlos Lupi, e a leitura no plenário do Congresso do pedido para uma CPI mista que investigue o caso.

O esquema de fraude vem de antes do governo Lula, mas aumentou em escala durante a gestão do petista. Na CPI, o mais provável é que haja disputa sobre a culpa do caso: parlamentares da oposição devem buscar “colar” o escândalo no atual presidente, enquanto aliados vão buscar responsabilizar o governo anterior de Jair Bolsonaro.

Na entrevista, Lula busca fazer exatamente isso, citando entidades criadas no governo do antecessor. “Isso virou uma febre”, disse. “A gente não quis fazer um espetáculo de pirotecnia porque a gente queria chegar no bandido, a gente queria chegar no chefe. E chegamos”.

O presidente disse ainda que o governo vai ressarcir os aposentados atingidos pelo esquema, independentemente do ritmo das investigações: “Essas pessoas certamente serão presas, as entidades que cometeram o erro vão ter que perder o seu patrimônio. Como a gente não pode esperar, nós vamos antecipar o pagamento para os aposentados. Nós vamos pegar as pessoas que foram inocentes e que não assinaram para descontar e foi descontado, e, esses, nós vamos assumir a responsabilidade de pagar, e vamos pagar o mais rápido possível”. Congresso em Foco.


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Mundo

A guerra de extermínio pela sede: a água como arma de limpeza étnica em Gaza

Mais de 90% da infraestrutura de abastecimento de água e esgoto da Faixa de Gaza foi completamente destruída; não se trata de uma escassez natural, mas de uma estratégia deliberada para secar a vida.

Em Gaza, já não são apenas os projéteis que matam. Existe uma arma mais lenta, mas ainda mais atroz: a sede. Desde o início da agressão israelense em outubro de 2023, a água deixou de ser apenas um luxo — tornou-se um instrumento de extermínio coletivo praticado a sangue-frio.

A água, esse direito natural primordial, foi transformada numa arma de punição coletiva que atinge a vida em sua raiz. Segundo a Autoridade da Água e da Qualidade Ambiental, mais de 90% da infraestrutura de abastecimento de água e esgoto da Faixa de Gaza foi completamente destruída. Poços foram dinamitados, tubulações explodidas, e o esgoto corre livremente pelas ruas e entre as casas. Enquanto isso, a população é forçada a beber água salobra ou contaminada, em meio ao colapso total das estações de tratamento.

A quantidade de água disponível por pessoa caiu de 120 litros por dia para menos de 10. Não se trata de uma escassez natural decorrente de uma crise passageira, mas de uma estratégia deliberada para secar a vida. Com esse colapso, proliferam epidemias, doenças de pele e do aparelho digestivo, enquanto crianças, mulheres e deslocados são empurrados à beira do abismo.

Mas a tragédia não para na sede. Em alerta oficial, a Prefeitura de Gaza revelou que a escassez de combustível impede o funcionamento da maioria dos poços, ao mesmo tempo em que a demanda cresce com o deslocamento em massa e as altas temperaturas. Isso significa uma coisa: uma crise hídrica aguda, prestes a evoluir para um estado de “sede coletiva” generalizada, caso esse cerco sufocante não seja rompido imediatamente.

Nessas condições, Gaza se converte em epicentro de uma catástrofe ambiental e sanitária. A água está contaminada, o esgoto colapsou, o lixo toma os becos e o mau cheiro envolve o cotidiano. É uma bomba epidemiológica prestes a explodir numa cidade sitiada por uma morte lenta e silenciosa.

Em contrapartida, instituições locais e internacionais emitem comunicados e pedidos de socorro exigindo a abertura de corredores humanitários para o envio de água, equipamentos de purificação e combustível. Mas a ocupação segue sufocando Gaza e aprofunda sua política de “morte por racionamento”, enquanto a comunidade internacional assiste impassível — como se a morte lenta não fosse crime enquanto não for transmitida ao vivo.

Já o Centro Palestino pelos Direitos Humanos optou por chamar as coisas pelo nome. Em comunicado enérgico, afirmou que o que está ocorrendo é um crime de guerra que se eleva à categoria de genocídio, com o uso da sede como arma. Trata-se de uma violação flagrante do direito internacional humanitário e das decisões da Corte Internacional de Justiça. Mais de dois milhões de pessoas têm acesso a menos de 5 litros por dia — o que significa que cada hora de atraso as aproxima ainda mais do colapso.

Essas pessoas não são números — são seres humanos: crianças, doentes, idosos, mulheres grávidas, deslocados dormindo ao relento e bebendo em poças. A sede em Gaza não é mais uma consequência da guerra — é uma forma de guerra em si.

O que acontece em Gaza não é apenas uma tragédia humanitária — é uma mancha moral na consciência do mundo. Cada minuto de silêncio é cumplicidade. Cada hesitação em romper o cerco é conivência declarada. Quando a água vira instrumento de repressão, resistir é um direito — e calar, uma traição.

A ocupação usa a água como uma bala lenta que atravessa a vida, enquanto o mundo distribui comunicados em papel. Mas Gaza — mesmo sedenta — não se rende. Precisa de combustível, sim. Precisa de água, sim. Mas, acima de tudo, precisa de justiça — e de uma decisão política corajosa que ponha fim a essa guerra de extermínio.

Gaza não morre apenas de sede… mas do abandono internacional contínuo.

Gaza não precisa de piedade… precisa de vontade que interrompa o crime. Agora.

*Diálogos do Sul


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Vídeo: Irã ataca Israel neste momento

O Irã iniciou um novo ataque com mísseis contra Israel nesta sexta-feira (20). O Exército israelense confirmou a interceptação dos projéteis, enquanto a mídia iraniana informou o início da ofensiva.

Irã diz ter atingido prédio ligado ao governo de Israel em ataque a Haifa; Israel não confirma

Prefeita confirmou que prédios próximos ao principal porto da cidade, que fica ao norte do país, foram danificados pelo ataque. Ataque ocorreu após Exército israelense ter dito que vai ‘aprofundar’ bombardeios no Irã.

A Guarda Revolucionária iraniana afirmou que utilizou mísseis balísticos e drones no ataque desta sexta-feira e teve como alvo instalações militares, indústrias da Defesa israelense e centros de comando israelenses.

O ataque a Haifa ocorreu junto com bombardeios de mísseis e drones contra outras regiões de Israel. Explosões também foram ouvidas sobre a capital israelense, Tel Aviv, e Jerusalém, segundo a agência de notícias Reuters. Ao menos 17 pessoas ficaram feridas em todo o país, segundo o serviço de emergência israelense Magen David Adom.

Equipes de resgate em local de bombardeio iraniano em Haifa, no norte de Israel, em 20 de junho de 2025. — Foto: REUTERS/Florion Goga


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Mundo

Putin e Xi Jinping condenam Israel por ataques ao Irã: ‘violam Carta da ONU e direito internacional’

Presidentes da Rússia e da China defendem solução do conflito por meios diplomáticos e, sem citar Trump, afirmam que ‘potências deveriam resfriar situação, não o oposto’

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e seu homólogo chinês, Xi Jinping, condenaram nesta quinta-feira (19/06) os ataques de Israel ao Irã e pediram uma solução negociada para encerrar o conflito, que entra em seu sétimo dia.

Durante uma conversa por telefone, os mandatários declararam que seus países “aderem à mesma abordagem e condenam veementemente as ações de Israel, que violam a Carta da ONU e outras normas do direito internacional”. A informação foi relatada pelo assessor presidencial russo, Yuri Ushakov, em coletiva.

“Moscou e Pequim partem fundamentalmente do pressuposto de que a resolução da situação atual e das questões relacionadas ao programa nuclear iraniano não pode ser alcançada pela força. Uma resolução pode e deve ser alcançada exclusivamente por métodos políticos e diplomáticos”, acrescentou.

De acordo com a agência TASS, o líder do Kremlin “reafirmou a prontidão da Rússia para realizar esforços de mediação [no conflito entre Israel e Irã], se necessário”.

Por sua vez, a agência estatal chinesa, Xinhua, revelou que, para Xi, que considerou a primeira ofensiva de Tel Aviv em 13 de junho como um violação da soberania e integridade territorial, a questão do cessar-fogo se configura como a principal prioridade entre os países em conflito no Oriente Médio.

“O aumento das tensões regionais não se alinha com os interesses comuns da comunidade internacional […] O uso da força não é a maneira correta de resolver disputas internacionais”, enfatizou o líder chinês.

A conversa entre Xi e Putin foi baseada no Oriente Médio, de acordo com a Xinhua. O veículo detalhou que o presidente russo classificou o ataque israelense às instalações nucleares iranianas como “muito perigoso” e sinalizou que a questão nuclear de Teerã “deve ser resolvida por meio do diálogo e da consulta”, ao mesmo tempo em que ambas as partes do conflito devem garantir a segurança dos civis e evitar uma escalada regional.

“A situação atual no Oriente Médio é muito crítica, o que demonstra mais uma vez que o mundo entrou em uma nova fase de turbulência e mudança”, afirmou Xi. “Se o conflito se intensificar ainda mais, não apenas as partes em guerra sofrerão maiores perdas, como também os países da região sofrerão graves consequências”.

*Ansa/Opera Mundi


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Política

Moraes ordena prisão do homem que quebrou relógio no 8/1 e manda investigar juiz que o soltou

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, decidiu nesta quinta-feira (19) pela nova prisão de Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado por quebrar um relógio histórico durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Ferreira havia sido liberado no dia anterior pelo juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, que determinou sua progressão para o regime semiaberto, alegando que ele cumprira o tempo necessário para tal mudança.

Moraes, contradizendo o juiz, afirmou que ele não tinha competência para essa decisão, pois Ferreira não cumpriu tempo suficiente na prisão para se beneficiar da mudança de regime.

O mecânico havia sido condenado a 17 anos de prisão, tendo cumprido apenas dois anos e quatro meses. O juiz justificou a soltura alegando a “boa conduta carcerária” de Ferreira e a inexistência de faltas graves, mas Moraes ressaltou que o condenado, por seus crimes de violência, deveria cumprir, no mínimo, 25% da pena em regime fechado antes de considerar a progressão.

Moraes ainda ordenou que a conduta do juiz fosse investigada pela polícia.Ferreira foi solto sem tornozeleira eletrônica, já que o juiz argumentou sobre a falta de equipamentos disponíveis em Minas Gerais.

A Secretaria de Justiça do estado, entretanto, contestou essa alegação, afirmando haver mais de 4.000 vagas no sistema de monitoramento. A pasta também explicou que Ferreira, por residir em outra comarca, poderia ser solto sob prisão domiciliar sem monitoramento, de acordo com o ICL.

O relógio destruído, que pertencia a dom João VI, era uma peça única, projetada por Boulle e fabricada por Balthazar Martinot, e foi restaurado e devolvido ao Palácio do Planalto em janeiro deste ano após a invasão golpista.


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Mundo

Capacidade de interceptação do Domo de Ferro de Israel caiu de 90% para 65%, alerta mídia dos EUA

Uma autoridade do serviço de inteligência de Israel afirmou nesta quinta-feira (19) que mesmo com o ataque surpresa realizado na última semana, o Irã ainda possui estoques com mísseis avançados para serem usados nas represálias por longos períodos.

A fonte declarou ainda à emissora norte-americana NBC News que somente 65% dos mísseis iranianos foram interceptados pelo Domo de Ferro nas últimas 24 horas. No dia anterior, o índice era de quase 90%.

“Até ontem [quarta-feira, 18], recebíamos um aviso antecipado de cerca de 10 a 11 minutos antes dos mísseis caírem. Mas nesta manhã, foram seis ou sete minutos. Isso indica que os mísseis provavelmente eram muito mais rápidos que os anteriores. Mais importante ainda, os iranianos têm um sistema de navegação para a fase final do ataque, o que os ajuda a ser muito precisos e a atacar exatamente os alvos desejados”, afirmou.

Além disso, a fonte enfatizou que o Irã tem adotado uma “paciência estratégica” durante as retaliações.

Por fim, a autoridade israelense pontuou que o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu subestimou a capacidade de resposta do Irã, que “tem a determinação e a capacidade de continuar e sustentar os ataques, portanto devemos ser muito mais cautelosos ao falar sobre o colapso iminente do regime — o que está longe de ser verdade”.

*Sputnik


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Política

Os filhos de Jair Bolsonaro na investigação da Abin Paralela

Uma investigação da Polícia Federal (PF) sobre a chamada “Abin Paralela” aponta que três filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro – Carlos, Flávio e Jair Renan – foram beneficiados por ações clandestinas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante seu governo. O esquema que envolvia o uso ilegal do software de espionagem FirstMile tinha como objetivo proteger interesses políticos e familiares, monitorar adversários e interferir em investigações.

Abaixo, detalhe como cada filho aparece na investigação, com base nas informações disponíveis:

Carlos Bolsonaro 
Papel central: Carlos, vereador do Rio de Janeiro, é apontado como um dos principais beneficiários e idealizadores da estrutura paralelamente. A PF o coloca no “núcleo político” do esquema, afirmando que ele era o “destinatário direto” das informações obtidas ilegalmente, usado para proteger o núcleo familiar e atacar adversários políticos.

Desinformação: Ele é acusado de disseminação articular de notícias falsas, incluindo ataques ao sistema eleitoral brasileiro, uma das bandeiras de Jair Bolsonaro. A PF organizou que Carlos recebeu relatórios de inteligência ilegais e coordenou o chamado “gabinete do ódio”, responsável por difamar opositores nas redes sociais.
Provas : Uma mensagem de sua assessora, Luciana de Almeida, pedindo ajuda a Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin) em inquéritos envolvendo “PR [presidente] e os 3 filhos”, reforça seu envolvimento. A PF também interceptou diálogos onde membros da Abin combinaram marcar Carlos em postagens com fake news contra adversários, como o senador Alessandro Vieira, durante a CPI da Covid.

Flávio Bolsonaro 
Monitoramento ilegal: A Paralela da Abin é atuosa para obstruir investigações sobre o senador Flávio Bolsonaro, especialmente no caso das “rachadinhas” (desvio de substituição de assessores) quando ele era deputado estadual. A PF detalhou que a agência monitorou três auditores da Receita Federal envolvidos na apuração, com o objetivo de descredibilizá-los e neutralizar a investigação.

Obstrução de justiça: As ações incluem obter informações internas da Receita, identificar delatores e fragilizar a legitimidade do processo, configurando desvio de finalidade administrativa. Um áudio gravado pela PF, envolvendo Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem e o general Augusto Heleno, discutiu a investigação das rachadinhas, transferindo interferência direta.

Defesa de Flávio: Relatórios da Abin foram produzidos para subsidiar a defesa de Flávio, conforme planejado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pela PF.

Jair Renan Bolsonaro 
Proteção preventiva: Jair Renan, vereador eleito em Balneário Camboriú, foi beneficiado por ações da Abin que buscavam antecipar e neutralizar investigações que poderiam impactá-lo. A PF aponta que a agência monitorou trâmites do Ministério Público, relações empresariais e movimentações financeiras para evitar danos à sua imagem.

Tráfego de influência: Em 2021, Jair Renan foi alvo de um inquérito por suspeita de tráfico de influência, arquivado posteriormente. A Abin atrapalhou essa investigação, monitorando o empresário Allan Lucena, ex-sócio de Jair Renan. Um agente da Abin foi flagrado pela Polícia Militar do Distrito Federal seguindo Lucena, sob ordens de um auxiliar de Ramagem, para levantar informações sobre um carro elétrico fornecido por Jair Renan.

Interferência em investigações: A PF destaca uma interferência “desastrosa” da Abin em uma apuração sobre Jair Renan, que investigava sua relação com empresários da construção civil específicos em projetos do Ministério do Desenvolvimento Regional. Ele teria recebido um veículo elétrico como pagamento por intermediação, e um Abin atuou para neutralizar a investigação.
Contexto geral :

A investigação, que resultou no indiciamento de 36 pessoas, incluindo Carlos Bolsonaro e Alexandre Ramagem, revela que a Abin foi usada para fins pessoais, violando princípios de legalidade e impessoalidade.
Jair Bolsonaro, embora não indiciado neste inquérito por já responder por organização criminosa em outro processo (relacionado à tentativa de golpe), é apontado como o “centro decisório” e principais beneficiários das ações, definindo diretrizes estratégicas ao lado de Carlos.

O software FirstMile foi usado para monitorar ilegalmente quase 1.800 telefones, resultando em 60.734 consultas irregulares entre 2019 e 2021, repassando autoridades, jornalistas e opositores.
Flávio Bolsonaro negou envolvimento com a Abin, indicando que a divulgação do relatório visava prejudicar a candidatura de Ramagem à prefeitura do Rio. Carlos e Jair Renan também negaram irregularidades.

Observação: As informações são baseadas em relatórios da PF e reportagens, mas as peças judiciais independentes de análises do Ministério Público e do STF. A investigação expõe um padrão de uso indevido da Abin, mas as defesas dos envolvidos contestam as acusações, alegando falta de provas ou motivações políticas.


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Vídeo: Irã atinge hospital de Israel após ataque a instalações nucleares iranianas

Na madrugada de 19 de junho de 2025, um míssil iraniano,  atingiu o Centro Médico Soroka, o principal hospital do sul de Israel, localizado em Beersheba, causando danos estruturais extensos e ferindo dezenas de pessoas. Segundo as Forças de Defesa de Israel, o ataque fez parte de uma ofensiva com dezenas de mísseis lançados pelo Irã, que também atingiram áreas civis em Tel Aviv e Jerusalém.

Relatos indicam que 129 pessoas ficaram feridas no total, com pelo menos 44 no entorno do hospital, a maioria com ferimentos leves causados por estilhaços ou desabamentos. O hospital, com mais de mil leitos, foi evacuado, e pacientes foram transferidos para outras unidades.

O Irã alegou que o alvo era um centro de comando militar ou parque tecnológico próximo ao hospital, e que o Soroka foi atingido indiretamente por uma “onda de choque” de um míssil balístico. Israel, no entanto, acusou Teerã de atacar deliberadamente alvos civis, classificando o incidente como “crime de guerra”.

Israel diz que o Irã “pagará o preço total”, enquanto o ministro da Defesa, Israel Katz, intensificou a retórica, afirmando que o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, “não pode mais existir”.

Imagens divulgadas mostram janelas quebradas, fumaça intensa e correria no local, com equipes de emergência evacuando pacientes. O ataque ocorreu no sétimo dia de um conflito direto entre os dois países, iniciado por uma ofensiva surpresa de Israel contra alvos militares e nucleares iranianos, incluindo o reator de Arak. Em resposta, Israel intensificou bombardeios a instalações iranianas, como o complexo nuclear de Natanz.

O incidente elevou tensões regionais, com temores de uma escalada envolvendo os EUA, que enviaram aviões-tanque à Europa. O hospital Soroka, estratégico por atender cerca de 1 milhão de pessoas e estar a 35 km de Gaza, ficou fora de operação para novos pacientes, exceto em casos graves.


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PF identificou mais de 60 mil acessos ilegais feitos pela ‘Abin paralela’ entre 2019 e 2021; Bolsonaro fez uso

A Polícia Federal (PF) descobriu que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) realizou 60.734 acessos indevidos a dados de geolocalização entre os anos de 2019 e 2021. As atividades utilizaram o sistema conhecido como “First Mile”, adquirido sem licitação por R$ 5,7 milhões, e sem autorização judicial.

O sigilo da investigação foi suspenso nesta quarta-feira (18) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o relatório final enviado à Corte, o sistema foi utilizado de maneira sigilosa para rastrear, em tempo real, a posição de celulares — incluindo os de figuras públicas como o próprio ministro, o também ministro do STF Gilmar Mendes, o ex-deputado federal Jean Wyllys e o jornalista Leandro Demori.

Segundo o portal de notícias g1, a PF apontou que parte dessas consultas ilegais teve como finalidade proteger e garantir a segurança de membros do chamado “núcleo político” do governo Jair Bolsonaro (PL), do qual faziam parte o ex-presidente e um de seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro.

Segundo o relatório, a estrutura de inteligência paralela dentro da Abin foi usada com propósitos pessoais, políticos e eleitorais por esse grupo, inclusive para espionar opositores e acessar dados sigilosos de investigações relevantes.

Espionagem sob o comando de Bolsonaro
O inquérito da Polícia Federal sobre a chamada “Abin paralela” aponta que Jair Bolsonaro tinha conhecimento direto das ações de espionagem contra adversários e até contra ex-integrantes de sua própria gestão.

Conforme os investigadores, essas ações visavam atender aos interesses do “núcleo político” da suposta organização criminosa instalada no topo da administração federal.

Entre os alvos monitorados estava o advogado Roberto Bertholdo, preso em 2020 durante apurações sobre irregularidades no setor de saúde do estado do Rio de Janeiro.

Segundo o relatório da PF, o objetivo da vigilância contra Bertholdo e Giacomo Romeis, da Secretaria Especial de Relações Governamentais, era, no fim, atingir o então ministro Onyx Lorenzoni.

A corporação afirma que a operação era “devidamente acompanhada por Jair Bolsonaro”, conforme anotação com o título “PR Presidente”, feita por Alexandre Ramagem, que na época era diretor da Abin e hoje é deputado federal.

Essa anotação, registrada em 5 de maio de 2020 e alterada pela última vez em março de 2023, continha mensagens encaminhadas ao presidente da República.

De acordo com a PF, as ações executadas “no interesse do núcleo político” eram relatadas diretamente ao ex-presidente.

*Sputnik


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Política

PF revela como Abin paralela e trama golpista se conectam

Relatório final detalha elo entre estrutura clandestina, Gabinete do Ódio e tentativa de ruptura institucional.

Um dos episódios mais graves da história da inteligência estatal brasileira foi desvendado no relatório final do Inquérito Policial 2023.0022161, produzido pela Polícia Federal. O documento revela a existência de uma estrutura clandestina dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), operada com recursos públicos para fins políticos, ilegais e com desvio de finalidade institucional.

A investigação, conduzida pela Divisão de Operações de Inteligência Cibernética da PF, identificou a atuação de uma organização criminosa (ORCRIM) no interior da Abin, com comando político vinculado ao entorno direto do ex-presidente Jair Bolsonaro. O núcleo da operação era liderado por Alexandre Ramagem, então diretor-geral da agência e hoje deputado federal.

Sob a gestão de Ramagem, o grupo estruturou um sistema de vigilância ilegal, sabotagem institucional e disseminação de desinformação. Parte essencial desse aparato envolvia o uso do sistema First Mile, ferramenta de espionagem eletrônica capaz de rastrear dispositivos móveis sem autorização judicial. A PF foi categórica:

“Todas as 60.734 consultas realizadas na solução First Mile durante a vigência do contrato com a Abin foram, assim, ilegais, em qualquer contexto”.

Abin paralela e Carlos Bolsonaro
O relatório aponta que o núcleo político responsável pelo uso da Abin paralela operava com objetivos eleitorais e repressivos, e tinha como elo com o Palácio do Planalto o vereador Carlos Bolsonaro, figura central do chamado “gabinete do ódio”. A estrutura atuava no monitoramento de ministros do STF, parlamentares, jornalistas e adversários políticos — além de proteger aliados, como Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente.

A PF vincula diretamente essas ações à tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, em conexão com os ataques de 8 de janeiro de 2023:

Delação de Cid e provas técnicas

A colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi decisiva para destravar a apuração. A delação revelou detalhes da atuação da estrutura paralela e foi complementada por 104 laudos periciais e mais de 250 relatórios técnicos, a partir da análise de cerca de 200 dispositivos eletrônicos.

A PF também demonstrou que os responsáveis omitiram a natureza intrusiva do sistema First Mile no momento da contratação, que custou R$ 5,7 milhões e foi justificada como apoio à intervenção federal no Rio de Janeiro. Na prática, o sistema foi desviado para espionagem de adversários.

“A motivação para aquisição foi seu uso prioritariamente na intervenção do Rio de Janeiro. Entretanto, os responsáveis pela contratação não enfrentaram a natureza real do sistema […] em flagrante violação aos limites da atividade de inteligência no Brasil”.

Hierarquia, sabotagem e obstrução

A PF detalhou a cadeia de comando e divisão de tarefas da organização, apontando o envolvimento de servidores da Abin, policiais federais cedidos e oficiais de inteligência. A operação era organizada em estruturas como as “Turmas de Buscas” e “Grupos de Consulta”.

Houve, segundo o relatório, obstrução das investigações por meio da formatação de celulares, ocultação de logs e intimidação de servidores que colaboraram. Também foram identificadas ações políticas no Congresso destinadas a desacreditar o inquérito e blindar os envolvidos.

Aparato estatal cooptado

O relatório sustenta que a Abin foi parcialmente convertida em instrumento de perseguição política e ataque a instituições democráticas:

“A estrutura clandestina de inteligência implementada sob a Direção de RAMAGEM era integrada por policiais federais e outros servidores cedidos à Abin […] utilizada para influenciar o resultado das eleições presidenciais de 2022”.

Crimes e pendências no STF

Com base nas evidências reunidas, a PF imputou a dezenas de investigados crimes como organização criminosa, interceptação ilegal, violação de sigilo funcional, corrupção, prevaricação e embaraço à investigação. Parte dos agentes envolvidos ainda ocupa cargos estratégicos na estrutura atual da Abin, o que, segundo os investigadores, compromete o ambiente institucional.

O caso aguarda deliberação no Supremo Tribunal Federal, que poderá determinar novas ações penais e avaliar o impacto institucional de uma das mais profundas crises da história da inteligência brasileira.

*Cleber Lourenço/ICL


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