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China aciona freio e não se compromete com entrega ao Brasil de insumos para vacinas

Em reunião com três ministros e representantes da Fiocruz e do Butantan, embaixador chinês afirma que Brasil é prioridade, mas país tem dificuldade para entregar os produtos por causa da demanda mundial e da vacinação interna.

Após declarações de Bolsonaro de que a China criou guerra bacteriológica, ela aperta o pé no freio e não se compromete com prazos para entrega dos insumos, Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para a fabricação das vacinas contra a covid, dos quais é a principal fornecedora mundial.

De acordo com O Globo, a China evita falar em prazos para a entrega de insumos e imunizantes ao Brasil, devido à forte demanda internacional por esses produtos. O país também alega que é preciso dar um ritmo mais rápido à vacinação da população do país asiático.

Essa foi a mensagem que o embaixador chinês em Brasília, Yang Wanming, passou ao governo brasileiro. O embaixador se reuniu com os ministros da Economia (Paulo Guedes), das Relações Exteriores (Carlos França) e da Saúde (Marcelo Queiroga), além de representantes do Butantan e da Fiocruz.

A conversa, virtual, ocorreu nesta sexta-feira, dois dias depois de o presidente Jair Bolsonaro cometer mais uma gafe envolvendo a China. Sem citar o nome do país, Bolsonaro disse que o coronavírus havia sido criado em laboratório, como parte de uma guerra química, irritando Pequim.

Segundo fontes que acompanharam a reunião, Yang Wanming reiterou que Pequim tem o Brasil como destino preferencial e que trabalha para acelerar os envios. Mas evitou falar em prazos. Os ministros agradeceram a ajuda da China no combate à pandemia de Covid-19.

O Itamaraty vem tentando, insistentemente, conseguir a liberação das exportações chinesas. O Brasil espera o fornecimento de IFAs para fabricar 60 milhões de doses da vacina Oxford-AstraZeneca, além de outras 30 milhões de doses do imunizante da Sinopharm. A expectativa é que os produtos sejam entregues ainda neste semestre.

Perguntado sobre o tema, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, disse que o governo brasileiro vem conversando com autoridades chinesas para tentar acelerar a entrega dos produtos. Ele não participou da reunião com o embaixador, mas ressaltou que o assunto é tido como prioritário no governo.

Não tive a oportunidade de participar da reunião, mas é importante mencionar que ela não é uma iniciativa isolada. A gente está sempre conversando, quer seja com a embaixada brasileira em Pequim, quer seja com o embaixador chinês aqui no Brasil, sempre com o objetivo de garantir que esse IFA chegue ao país. Não temos a confirmação ainda dessas doses (do insumo) — afirmou Cruz.

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Vivaldo Barbosa: O governador é o culpado

O Governador do Rio diz que não autorizou, mas na hora que a Polícia Civil lhe comunicou que ia fazer a operação no Jacarezinho, cedo de manhã, assim falou o Governador, e ele não a proibiu, chancelou a operação, concordou com ela e ela se realizou. É assim que acontece nas hierarquias, na administração ou no Exército. Ainda mais que a operação não foi de polícia judiciária para cumprir ordens do juiz, mas de polícia civil, investigativa.

Não se faz operação como essa em lugares populosos. Jamais.

O Supremo já havia proibido esse tipo de operação policial. Aliás, quem proibiu a polícia de fazer tais operações foi Leonel Brizola, lá atrás. Desde a campanha Brizola dizia: “Minha polícia jamais vai abrir portas de barraco a butinaço”.

Brizola foi duramente criticado, o conservadorismo, a direita, especialmente incrustados na mídia, procuraram incendiar setores da polícia contra ele. Mentiram ao dizer que ele proibiu a polícia de subir morro. E setores da esquerda também. Brizola sabia das consequências dramáticas para os jovens, os negros, os pobres.

A Polícia Civil atuou de uniforme, fardada, com armas pesadas. Isto é uma aberração. Polícia Civil é investigativa, deve atuar às escondidas para identificar os culpados e ir em cima deles. Igualmente horrorosas foram as justificativas dadas pelos chefes da Polícia. Falaram em ativismo judicial, que estão impedidos de atuar, acusaram analistas de pedirem investigação, inteligência, que o tráfico cresce porque não atuam e outras excrescências. Assumiram atitudes políticas para se justificarem. É assim que acontece quando não há autoridade: florescem mentalidades como essa no vazio. Há uma onda de autoritarismo que ronda o Brasil e atinge em cheio as atividades policiais. E o Governador do Rio não tem autoridade política nem autenticidade. Seus antecessores imediatos, idem.

Está dizendo a Polícia Civil que fez a operação porque o tráfico estava recrutando jovens, crianças para o crime. Isto já é sabido há muito tempo. Contra isto, há mil maneiras de a Polícia atuar, menos disparar tiros a esmo. Sabendo que havia crianças e jovens do outro lado, eles investiram e dispararam com a possibilidade de atingir crianças? O mais grave é que a operação foi feita pelas autoridades policiais, ao contrário de Vigário Geral e Candelária, feitas por grupos de fora e contra o Governo e os dirigentes da Polícia.

Os chefes disseram que avisaram o Ministério Público da operação. Se o Ministério Público foi avisado e não tomou providências para evitá-la, ficou igualmente responsável.

A repercussão internacional é grande e de maneira negativa para o Brasil e para o povo brasileiro, especialmente para o Rio. Já temos tanta coisa negativa circulando pelo mundo!… A ONU pediu investigação independente para apurar as responsabilidades. Se for possível fazer uma investigação independente com as instituições que temos hoje em dia, o primeiro culpado a ser apontado já é bem claro: o Governador.

Fui Secretário de Justiça de Brizola, encarregado de cuidar de criar situações de democracia e proteção aos direitos humanos, trabalhamos ainda no final da ditadura, com o SNI e o Governo Federal da época, dirigido por um General, em cima. Sei muito bem quanto é necessário um governante que tenha legitimidade, autenticidade política e procure implantar na administração os valores republicanos. Quanta falta nos faz.

*Vivaldo Barbosa

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Bolsonaro não voltou a prescrever cloroquina, fez pior, disse, toma quem quiser

Não foi por acaso que Bolsonaro deu essa declaração com “todo jeito” para indicar cloroquina. Isso tem método, tem compasso, tem movimento ensaiado com uma unidade de tempo. Essa genialíssima forma de tirar o corpo fora jogando nas costas da população a partir dos “médicos”, a responsabilidade de optar por um remédio que, além de ser ineficaz, é perigoso para a saúde, ele assovia uma outra melodia, esperando que a polifonia bolsonarista ganhe um conjunto sonoro na sua instrumentalização marota.

Qual o efeito que Bolsonaro quer tirar desse saco de gatos? É criar um ambiente variado em que ele finge não ser o principal propagandista da cloroquina no Brasil e joga nas costas da própria sociedade a responsabilidade de um ato suicida que, lógico, segundo ele, foi receitado por algum médico. Mas que médico é esse que vai receitar tratamento precoce com cloroquina?

Esse médico pertence a uma parcela mínima de irresponsáveis. E Bolsonaro, sabendo da realidade dos brasileiros, diz que cada um é responsável pela escolha da melhor maneira de se tratar, e os defende “não encha o saco de quem optou por uma linha diferente da sua, taokei?

“Uns médicos receitam Cloroquina; Outros a Ivermectina; e o terceiro grupo (o do Mandetta), manda o infectado ir para casa e só procurar um hospital quando sentir falta de ar (para ser intubado). Portanto, você é livre para escolher, com o seu médico, qual a melhor maneira de se tratar. Escolha e, por favor, não encha o saco de quem optou por uma linha diferente da sua, tá ok?”, escreveu.

Trocando em miúdos, Bolsonaro abandonou a luta dos bufões e resolveu usar uma espécie de influxo para sair do papel de protagonista que estimulou o uso da cloroquina para que as pessoas se arriscassem numa desobediência ao isolamento social, uso de máscaras, entre outras orientações da ciência, buscando uma suposta convergência de sentimentos que davam à cloroquina status de remédio universal eleito pelo povo brasileiro para combater a covid.

Ou seja, seu entusiasmo pela cloroquina murchou em três dias de CPI, dois dos quais teve dois ex-ministros, Mandetta e Teich, dizendo que saíram do ministério da Saúde porque são contrários à indicação da cloroquina seguindo a orientação da ciência e o terceiro, Queiroga, optou pelo famoso, nem sim, nem não, muito pelo contrário, justamente para não ter que confirmar o que os seus antecessores acusaram Bolsonaro de fazer.

O perdido que Pazuello deu na CPI com a lorota de que havia risco de estar reinfectado, não colou, claro, até porque foi dito por boca própria sem apresentar nenhuma evidência do chute. Mas não deixou de mostrar que Bolsonaro, naquele momento, isso já no primeiro dia, encontrava-se com as luvas arreadas, mandando Pazuello dar linha na pipa porque o bicho estava pegando na CPI.

Lógico que Pazuello ganhou um fôlego de 15 dias para arrumar uma história qualquer e não colocar a própria cabeça no lugar da de Bolsonaro na guilhotina que está brilhando de tão afiada.

Por isso, essa nova tática boboca para tentar, depois de um ano receitando cloroquina, dizer que foi opção de cada um, a partir de cada médico numa ridícula conversa fiada genérica para ver se consegue alguma coisa na CPI, o que, claro, é absolutamente inútil para quem se transformou em garoto propaganda da cloroquina no Brasil.

Dessa nova conversa fiada de Bolsonaro, até a ema riu.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Filha de Beth Carvalho pede a Bial que entreviste Lula, Globo corta a frase e Bial vira ídolo dos bolsonaristas

Segundo o jornalista do Uol, Maurício Stycer, a Globo fez uma edição grosseira em uma entrevista de Bial com a filha de Beth Carvalho, Luana Carvalho.

O motivo para a Globo manejar a entrevista em sua peneira foi um só, picotar a entrevista no momento em que Luana cobra de Bial uma entrevista com Lula.

Por si só a notícia não só choca, pela aventura golpista de censurar a fala de um convidado da Globo, como se transforma num grande escândalo contra o próprio Bial que não perdeu tempo para chamar Lula de mentiroso quando, no programa Manhattan Connection, por que não entrevistaria Lula e ele respondeu que precisaria de um detector de mentiras.

De imediato essa revelação enterra por completo a suposta autonomia que a Globo dá aos seus entrevistadores, mas soterra de vez qualquer falácia de Bial na hora de se vender como autônomo, independente e, sobretudo dono do próprio nariz.

Se a fala da filha de Beth Carvalho foi censurada e Bial aceitou, é porque não passa de um sabujo dos Marinho, que não tem qualquer independência. Se ele tivesse um mínimo de autonomia, a Globo jamais faria isso. E se ele tivesse caráter, jamais aceitaria isso.

Ao final da entrevista, gravada no último dia 29, Luana disse a Bial que a homenagem foi linda, e que “seria legal se essa homenagem se estendesse a uma entrevista com Lula, sem polígrafo”.

Trocando em miúdos, Lula tinha razão quando disse que aceitaria ser entrevistado pela Globo, mas ao vivo, para evitar cortes, o que prova que isso não era teoria da conspiração.

A Globo desrespeita não só a Luana, mas a memória de Beth Carvalho quando mutila um desejo revelado por sua filha.

E por último, escancara que a Globo tem lado, e é o oposto de Lula, sempre e de forma extremamente desonesta.

O que não se pode deixar de pontuar é que, num embate direto com Bial pela grosseria que este cometeu com Lula e por isso foi criticado pelo jornalista Maurício Stycer, dá a ele razão e desmonta de vez a imagem de bom moço de Pedro Bial.

O fato é que, de forma instantânea, assim que a notícia foi dada pelo Uol, Bial se transformou no novo bibelô dos bolsonaristas que já o comparam com outros dois ex-globais, Leda Nagle e Alexandre Garcia. Que triunfo!

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Vídeo: Bastaram três dias de CPI para Bolsonaro ir à lona e passar a atacar o relator Renan Calheiros

Três dias de CPI foram suficientes para detonar Bolsonaro. Certamente é uma semana que não será esquecida pelo clã. E no lugar de fazer sua defesa, nem Bolsonaro, nem os filhos dizem nada, nenhuma palavra daquelas cheias de exclamação. O que se viu foi um projeto organizado por Carluxo para puxar a brasa para a maquete do pai. Mas Bolsonaro, lógico, ia fazer o dever de casa para contribuir de alguma forma com a tentativa de criar cortina de fumaça para desviar a atenção da CPI que, com certeza, está fazendo brotar o seu impeachment.

Assista:

*Da redação

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Política

A tentativa furada de Fabio Wajngarten de acusar Pazuello para salvar Bolsonaro é prova de desespero do Planalto

Se a informação de Mônica Bergamo, na Folha, se confirmar, de que Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secom, usará Pazuello como escudo humano de Bolsonaro, ideia que certamente saiu da cabeça de algum gênio do Palácio do Planalto, terá efeito de gasolina na fogueira da CPI contra Bolsonaro.

Wajngarten será sabatinado na quarta (12). Ele isenta Bolsonaro de responsabilidade e aponta o dedo para Pazuello. À Veja, ele disse que o presidente era mal assessorado e coloca a culpa pelo fracasso no Ministério da Saúde.

Uma coisa é ficar na mídia usando frases cretinas para tirar o foco da CPI, outra é uma declaração oficial aos senadores que estão no comando da CPI da Covid. Esse é um gesto camicase que tenta o Planalto para forjar uma história sem pé nem cabeça.

Bolsonaro sempre afirmou que não dá uma vírgula de espaço a qualquer ministro, fora Paulo Guedes, em que a última palavra seja dele. Portanto, Fabio Wajngarten vai depor na CPI carregando uma mentira a tiracolo, o que pode lhe custar caro. Pior, agravando ainda mais a situação de Bolsonaro, que é tentar atrapalhar a investigações da CPI, como fazem criminosos confessos quando se veem cercados pela polícia.

Como aqui se vem dizendo, a situação de Bolsonaro é insustentável, se correr, o bicho pega e, se parar, o bicho come.

Todas as vezes em que se move, ele afunda, mas se não se mover, afunda do mesmo jeito. Bolsonaro não tem mais chão e pisa sobre o seu próprio atoleiro cada vez mais mole.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Em nova oferta ao governo Bolsonaro, Pfizer cobra R$ 1 bilhão a mais pelo mesmo número de vacinas

Preço é 20% maior do que o negociado no primeiro contrato com a farmacêutica. Ministério da Saúde negou ao menos 3 ofertas do imunizante em 2020.

A farmacêutica Pfizer, uma das desenvolvedoras da vacina contra a Covid-19, fez uma nova oferta ao governo de Jair Bolsonaro de 100 milhões de doses do imunizante. O valor cobrado, no entanto, será 20% superior do que o negociado no primeiro contrato do laboratório norte-americano com o Ministério da Saúde.

Segundo reportagem de Mariana Hallal, do Estado de S.Paulo, a oferta para nova compra totaliza mais de R$ 6,6 bilhões, cerca de R$ 1 bilhão a mais do que o valor anterior. O governo publicou nesta quinta-feira (6) no Diário Oficial da União o extrato de dispensa de licitação, que cita o valor bilionário.

Em nota técnica da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, há o pedido de compra do imunizante pelo governo, mas com a observação de que o valor está acima do que foi pago no contrato anterior e pede que o preço seja negociado.

O governo de Jair Bolsonaro recusou ao menos três ofertas formais de vacinas da Pfizer ao longo de 2020. A primeira delas foi feita em agosto, quando a farmacêutica colocou à disposição do Brasil 70 milhões de doses para serem entregues em dezembro. As outras duas ofertas formais, feitas através de documentos, foram confirmadas pelo laboratório.

*Com informações da Forum

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Opinião

Aberta a temporada de massacre de pretos pobres. Orgulhoso, governador?

Reinaldo Azevedo, publicado no Uol – O massacre praticado na favela do Jacarezinho, no Rio, é muito mais grave do que parece. A operação comandada pelo delegado Rodrigo Oliveira, que discursa como candidato a juiz dos juízes (leia post) — se também a deputado, ainda veremos —, não tem precedentes em violência, no número de mortos e na politização da tragédia. Trata-se de um claro desafio ao Supremo Tribunal Federal.

Diga-se o óbvio: uma operação policial que resulta em 25 mortos — um deles policial — é, por si, um desastre. Nada justifica. Nada explica. Na era da necropolítica, coube a Oliveira, subsecretário de Planejamento e Integração do Estado do Rio, fazer digressões sobre o ativismo judicial. Referia-se, claro!, à liminar concedida pelo ministro Edson Fachin, endossada pelo pleno do Supremo, que limita ações policiais dessa natureza durante a pandemia.

Vamos ver. A Polícia Civil montou uma operação de guerra para executar 21 mandados de prisão. Os alvos seriam pessoas supostamente envolvidas com tráfico de drogas, roubo de cargas e de transeuntes e aliciamento de menores para o narcotráfico. Como se nota, seria uma quadrilha, digamos, multidisciplinar. A proteção aos menores confere uma embalagem humanista à investida. Como se crianças, em casos assim, estivessem sob proteção. Duas pessoas foram atingidas por bala perdida no metrô.

Querem uma evidência escancarada do desastre? Dos 21 mandados, só três foram cumpridos, com a efetivação das prisões. Outros três alvos da lista foram mortos. E os demais não foram encontrados. Ocorre que se contaram 24 corpos. Enquanto escrevo este texto, não se conhecem suas respectivas identidades.

Dois corpos foram encontrados no cômodo de uma casa, dilacerados, com pedaços espalhados ao chão. Numa outra residência, num quarto, mais um morto, ao lado de uma garota de oito anos, viva, mas coberta pelo sangue da vítima. Sabem como é… A tal operação foi desfechada para proteger menores!

Vídeos que moradores publicaram nas redes sociais evidenciam o desatino. Corpos foram arrastados de dentro das casas e largados ao relento, modificando a cena do crime, o que, obviamente, impede a perícia. A Polícia Civil se apoia no Ministério Público, que estaria acompanhando a investigação. Este, por sua vez, disse não ter sido previamente avisado e promete apurar o corrido. É mesmo? Os mandados de prisão, expedidos pela Justiça, não representam um sinal verde para o tal Oliveira fazer o que fez.

IMAGENS CORRERAM O MUNDO

As imagens do massacre foram parar nas páginas virtuais dos mais importantes veículos de comunicação do planeta. E com razão. Eis mais uma evidência da rotina de horror e morte que toma conta do país. Morre-se, por aqui, às pencas de Covid-19. Morre-se, por aqui, às pencas em razão da ação de bandidos. Morre-se, por aqui, às pencas em razão da ação de forças policiais.

Morre-se, em suma, às pencas por aqui.

EXCLUDENTE DE ILICITUDE NA PRÁTICA

Eis aí, meus caros: lembram-se do tal pacote anticrime de Sergio Moro, ainda o herói de alguns tolos? Trazia a tal “excludente de ilicitude”, que sempre traduzi como “licença para matar pobres e pretos”. Essa é a manifestação prática do instrumento legal homicida que ele defendia. Ou há alguém que acredite que os que cometeram abusos nessa operação serão punidos? A carne negra segue sendo a mais barata do mercado.

Cláudio Castro assumiu interinamente o governo do Rio no dia 28 de agosto do ano passado, com o então afastamento de Wilson Witzel, que terminou impichado. No dia 1º deste mês, foi empossado como governador efetivo. No sexto dia do que pode ser chamado o seu mandato, já se pode dizer que entrou para a história com o maior morticínio praticado pela Polícia numa ação oficial.

Castro pode se orgulhar de ter superado o massacre havido no Morro do Fallet no dia 8 de fevereiro de 2019, quando Witzel tinha pouco mais de um mês de mandato. A Polícia Militar matou 15 pessoas. Atenção! Treze estavam amontoadas num único cômodo. As evidências de um massacre são escandalosas. Um inquérito conduzido pela própria PM chegou à conclusão de que não houve excessos.

No dia 18 de abril deste ano, o Ministério Público do Rio pediu arquivamento da investigação.

Estava aberto o caminho para um novo massacre. E ele veio. Nada de 15 mortos. Agora, são 24.

Está aberta a temporada de caça aos pobres e pretos. Em que número se pode apostar na próxima investida?

*Foto/arte destaque: Uol

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Na CPI Queiroga mostra conivência com Bolsonaro e falta de domínio sobre contratos de vacinas

O ministro da Saúde se recusou a emitir uma opinião sobre a defesa da cloroquina e ivermectina por Bolsonaro, entre outras polêmicas.

O ministro da Saúde Marcelo Queiroga depôs aos senadores da CPI da Covid desde às 10h desta quinta (6). Durante a primeira rodada de perguntas, feitas pelo relator Renan Calheiros (MDB), Queiroga usou o pouco tempo de casa para fugir de algumas perguntas e se negou a criticar a postura negacionista e as manobras diversionistas de Jair Bolsonaro na gestão da pandemia do novo coronavírus.

Queiroga repetiu inúmeras vezes que seu papel como ministro não é o de fazer “juízo de valor sobre as opiniões do presidente”. Além de poupar Bolsonaro, ele não quis avaliar a gestão dos antecessores no Ministério. Se negou a dizer se é contra ou a favor da cloroquina e da ivermectina, e demonstrou falta de domínio sobre contratos de aquisição de vacinas.

No começo da oitiva, Calheiros questionou Queiroga sobre o que faltou ao Brasil para evitar que o surto sanitário iniciado em março de 2020 tivesse se transformado numa verdade tragédia humanitária, levando a vida de mais de 410 mil brasileiro até aqui. Queiroga se disse incapaz de avaliar o que foi feito por seus antecessores no Ministério da Saúde. Pressionado, culpou as novas variantes do vírus – “o colapso decorre de imprevisibilidade biológica” – e a falta de um “SUS fortalecido” pelo desastre na pandemia. Segundo ele, quando a crise estourou, os hospitais não estavam preparados para a sobrecarga e os profissionais de linha de frente tampouco estavam devidamente capacitados.

Com o tempo, a resistência de Queiroga em analisar o que o governo federal fez no primeiro ano de pandemia passou a irritar os senadores, que começaram a questionar se ele tomou pé da situação da Pasta que comanda há mais de 40 dias. Queiroga revelou, por exemplo, que ainda não tem domínio sobre a lei de compra de vacinas e tampouco conhece os termos do primeiro contrato de compra de imunizantes assinado com a Pfizer, por 100 milhões de doses. A informação veio à tona quando Renan questionou sobre a vacina Sputnik, que ainda não foi aprovada pela Anvisa, mas está em uso em outros países.

Ele não soube explicar por que o governo dispensou a oferta de 70 milhões de vacinas da Pfizer, em agosto de 2020, com previsão de começar a entrega em dezembro daquele ano. Amenizando a situação, Queiroga disse que “o fato de assinarmos o contrato não significa que seriam entregues.”

De “diferente” em relação aos ministros Luiz Henrique Madetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello, Queiroga disse que vai assinar mais um contrato com a Pfizer, por mais 100 milhões de doses – com previsão de receber 35 milhões em setembro – e está trabalhando em dois protocolos: um sobre o atendimento hospitalar dos pacientes com Covid e outro acerca de restrições à mobilidade. Além disso, prometeu adotar uma postura mais “ativa” do Ministério em relação à testagem. Segundo ele, até aqui, a Pasta vinha enviando os testes diagnósticos para os estados e municípios apenas quando requisitados. Ele também pretende trocar os testes do tipo RT-PCR para “teste antígeno, mais rápido”.

Por conta do protocolo em desenvolvimento para atendimento em hospitais, Queiroga se recusou a dizer se é a favor ou contra o uso de remédios como cloroquina e ivermectina, que não têm eficácia compravada no tratamento de casos graves e moderados do novo coronavírus, mas que são propagados constantemente por Bolsonaro. Ontem mesmo o presidente da República chamou de “canalha aqueles que são contra o tratamento precoce e não oferecem alternativa. O que eu tomei [quando estava com Covid], todo mundo sabe.” Queiroga respondeu à CPI que a cloroquina divide opiniões na própria comunidade médica e que, como ministro da Saúde, ele será a “última instância” a se manifestar sobre a polêmica, no “momento oportuno”.

Com Eduardo Pazuello, o Ministério da Saúde emitiu uma portaria “recomendado” a cloroquina para tratamento de Covid, a despeito dos efeitos colaterais. Queiroga disse que a portaria não foi suspensa na sua gestão “porque não é tão simples assim”.

Sobre o fato de Bolsonaro defender a cloroquina, assim como atacar a China, que é o país que importa insumos para o Brasil, entre outras posturas do presidente da República, Queiroga se recusou a comentar. Ele disse que Bolsonaro lhe deu “autonomia” para trabalhar e que questões referentes à promoção de falsos “tratamentos precoce” não seriam questões “decisivas no enfrentamento à pandemia. O que é decisivo é a vacinação e as medidas não farmacológicas.”

O médico foi perguntado, ainda, sobre a nova ameaça de Bolsonaro, que na última quarta (5) avisou que pode publicar um decreto para impedir o “lockdown” determinado por estados e municípios. O ministro disse que não foi consultado sobre o tema, mas que Bolsonaro conversou com ele sobre “garantir a liberdade” das pessoas, e Queiroga teria concordado. Quanto ao mérito do decreto, na visão do ministro, o Brasil é um “país continental” e uma política nacional de distanciamento social seria ineficaz porque a sociedade não iria aderir. Ele defendeu, contudo, que estados e municípios possam usar a “medida extrema” em “casos pontuais”.

Renan Calheiros questionou se ele teria conhecimento sobre o “assessoramento paralelo” de Jair Bolsonaro nas questões da pandemia, que foi denunciado à CPI pelo ex-ministro Mandetta. Queiroga negou conhecimento, mas para Renan, o fato de Bolsonaro estar estudando um decreto anti-lockdown sem a consulta do Ministério da Justiça prova que o gabinete paralelo ainda está em operação.

A respeito da falta de uma campanha de comunicação nacional, mais firme e clara a respeito da gravidade da pandemia e medidas de mitigação, Queiroga disse que há duas em andamento, uma sobre vacinação e outra sobre prevenção, ao custo de mais de 20 milhões de reais, com inserções em nível nacional e “internacional”.

*Do GGN

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A tática de Bolsonaro é soltar frases e ações estrambóticas para tirar o foco da CPI

Uma CPI para ter um resultado eficiente, ou seja, para oferecer uma resposta contundente à sociedade, ela tem que ser não só simpática à causa do povo, mas também assumir uma proporção à altura do que se pretende como resultado.

Para Bolsonaro sofrer um impeachment depende da toada do mutirão, porque ele é, antes de mais nada, um ato político, mesmo que apresente numa certa divisão características de um processo legal.

O que designa mesmo um determinado desfecho de uma CPI é o tamanho que ela ganha a partir de sua natureza. E o que não falta no catálogo imenso de crimes na CPI da Covid, é crime que sirva como prova cabal de excepcionalidade para que o povo cobre a cabeça do governante.

Para se atingir esse objetivo, a CPI tem que ter um foco bem claro que dê ganho diário de musculatura que equivalha ao peso do crime. Isso só é possível com um conjunto de movimentos que desaguam numa maior exposição daquilo que está virtualmente sendo investigado.

Por isso é fundamental a construção de uma escala de valores de cada palavra dos depoentes e sublinhar as mais determinantes que se somarão dia após dia para que o drama ganhe a mesma dimensão do palco da CPI para as ruas, melhor dizendo, do palco da CPI para as casas das pessoas.

Para isso ocorrer, tem que haver muita visibilidade e, consequentemente, promover um debate sobre a gravidade dos fatos apresentados.

Bolsonaro já percebeu, logo nos dois primeiros dias, que no palco ele perdeu muito e perderá ainda mais no decorrer da Comissão Parlamentar de Inquérito. Ele chegou a reclamar da sua tropa de choque que está imobilizada e não consegue defendê-lo e nem obstruir os trabalhos da CPI, principalmente os do relator Renan Calheiros que Bolsonaro tentou a todo custo e em vão tirar da relatoria.

Então, vendo que nesse terreno já se anuncia uma goleada história que a cada dia enumera um compêndio de crimes do governo na pandemia, a literatura do absurdo de Steve Banner tem que entrar em campo de forma sistemática para produzir falácias que passam a ser marteladas pela grande mídia e, com isso, não deixar a CPI ficar muito próxima das manchetes. Quem deve ocupar as manchetes com suas insanidades sinfônicas é Bolsonaro.

A última palavra, por mais absurda que seja, tem que ser a dele. Por isso, Carluxo, o mais aloprado soprador de sandices do pai, passa agora a prestar um serviço que transformará as declarações de Bolsonaro no fator principal de notícias da mídia.

Se puder, deverá ocupar completamente as garrafais dos jornalões e da própria análise dos articulistas políticos da grande mídia e na mídia independente, ditando ritmicamente e entoando, para ser mais direto, pautando apenas com frases de efeito, o debate nacional.

Este é o valor “científico” dos pombos que Bolsonaro solta. O que dá na caixola, ele fala, mesmo que não tenha condição de cumprir uma linha do que anuncia, pior, como usou ontem, um mesmo fato para criar dois quando pela manhã insinua que a China fez guerra bacteriológica e, mais tarde, respondendo a um simpático colaborador da farsa, afirma que hora nenhuma citou a palavra China.

E o que fez a mídia tradicional e a alternativa como a nossa aqui? Repercutimos as porcarias absolutas que ele fala para vendar os olhos da sociedade e, no dia seguinte, ele sequer toca no assunto, porque a intenção é ganhar um pedaço de terreno proporcional a uma fração.

A intenção de Bolsonaro é que suas declarações alcancem todos, mais do que os fatos graves que a CPI vem revelando sobre o governo que está sob sua batuta, o que acaba por provocar uma dispersão da CPI e muitas vezes levar à fadiga pela própria preguiça que uma CPI pode provocar na população.

É muito importante uma evolução tonal que a cada dia a imprensa aumente um tom para que mantenha o fôlego da CPI, ao mesmo tempo em que aumenta o fogo da chaleira do impeachment até que ele apite no seio da sociedade.

Amanhã, com certeza, Bolsonaro vai criar uns cinco fatos, se necessário uns dez, mas a tática dele, sobretudo nos dias de CPI, será a mesma, criar um absurdo maior que, naturalmente, levará a sociedade a discutir mais uma bravata histriônica do bufão e seus blefes, contanto que a própria CPI fique sempre em segundo plano na relação entre declarações idiotas de Bolsonaro e revelações criminosas do seu governo.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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