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Vídeo: Libertações na Palestina escancaram assimetrias do genocídio

Como parte das condições para o estabelecimento de um cessar-fogo no conflito em Gaza, uma das medidas acordadas foi a troca de um certo número de palestinos detidos em prisões israelenses pelos cidadãos israelenses que estavam sendo mantidos como reféns por parte da organização da Resistência do povo palestino conhecida como Hamas.

Nesta oportunidade, pôde-se evidenciar mais uma das aberrantes assimetrias que vêm caracterizando este conflito desde que o mesmo foi desatado há mais de 75 anos, quando os colonizadores de origem europeia, organizados sob a direção de sionistas também europeus, decidiram ocupar aquelas terras e montar ali seu próprio Estado.

Mas, como o povo palestino já vivia por ali há milênios, os sionistas europeus decidiram que eles teriam de ser expulsos, ou eliminados. E é a isto que eles têm se dedicado com afinco desde, pelo menos, a metade do século passado.

Porém, trata-se de um confronto marcado por grandes e inocultáveis assimetrias. Primeiramente, do ponto de vista militar, o sionista Estado de Israel está entre as potências mais bem armadas de todo o planeta. Suas forças armadas, conhecidas pelas siglas IDF, são financiadas como nenhuma outra pelos Estados Unidos, pela Alemanha e por todos os grandes países da Europa ocidental.

Já os palestinos estão quase que inteiramente desarmados, dispondo nada mais do que algumas poucas armas que lhes chegam a duras penas por contrabando.

Em decorrência do anterior, uma outra assimetria que se torna impossível de não ser observada é o número de mortos de cada parte nos confrontos que vão acontecendo.

Se nos limitarmos tão somente ao período iniciado em 7 de outubro de 2023 até o presente, vamos nos dar conta de que pelos cerca de 1.100 israelenses que perderam a vida em função das ações armadas, o número de palestinos já ultrapassou a casa dos 62.000, ou seja, uma proporção quase que de 62 mortos palestinos por cada morte israelense. Uma nítida assimetria.

Agora, com a consecução das primeiras trocas de prisioneiros, outra assimetria assombrosa se fez visível. O estado físico e mental dos prisioneiros em poder de cada bando.

Enquanto a maioria dos cidadãos israelenses que foram liberados podiam ser vistos e percebidos como tendo sido tratados dentro de um nível apropriado de humanidade, os palestinos que saíam das masmorras israelenses se mostravam mais parecidos a zumbis, a mortos-vivos, em razão da precariedade de suas condições de saúde e mental.

É sobre este último aspecto que o vídeo deste enlace trata (embaixo).

Por isso, recomendamos que o vejam com atenção, que discutam com o maior número possível de outras pessoas o significado do que está ali exposto, e procurem divulgá-los a quantas mais pessoas puderem.

*Jair de Souza/Viomundo

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Política

A ameaça de Eduardo a Moraes: “Iremos punir você, custe o que custar”

A declaração ocorre em um momento de crescente pressão sobre aliados de Bolsonaro.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, desta vez com ameaças diretas. Em uma postagem feita nas redes sociais, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que o magistrado “será punido” e que “pagaria por toda a maldade que cometeu, custe o que custar”.

A postagem de Eduardo Bolsonaro foi feita em um tom de retaliação, sugerindo que haveria uma “ditadura real” no Brasil, que, segundo ele, “prende mães de família, idosos e trabalhadores inocentes”. Usou o filme “Ainda Estou Aqui”, que denuncia a ditadura militar assassina que ele defende, para defender os terroristas do 8 de janeiro. Fez negacionismo do regime militar, chamando aquela corja de “ditadura inexistente”.

A declaração ocorre em um momento de crescente pressão sobre aliados do ex-presidente Bolsonaro, alvos de investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. O inelegível foi formalmente denunciado pelo PRG Paulo Gonet.

O discurso de Eduardo reflete a estratégia de setores da extrema-direita, que tentam deslegitimar o Judiciário e mobilizar sua base com narrativas de perseguição política. É também um apito de cachorro contra Moraes.

A investigação da Polícia Federal sobre a conspiração golpista que levou ao indiciamento de 37 pessoas aponta que Alexandre de Moraes era o primeiro alvo do plano chamado Punhal Verde e Amarelo, que também previa o assassinato do presidente Lula e do vice Geraldo Alckmin.

Segundo a PF, o ministro poderia ter sido vítima de sequestro e prisão arbitrária, além de execução. O plano ainda incluía um levantamento detalhado dos deslocamentos de Alexandre de Moraes; a identificação dos horários e itinerários de suas agendas oficial e pessoal; a formação de quatro equipes, totalizando seis pessoas, para a execução do atentado; o uso de um telefone descartável para cada um dos seis envolvidos.

A declaração de Eduardo Bolsonaro pode ter implicações legais. Especialistas em direito penal e constitucional apontam que o deputado pode ter cometido crimes como ameaça (artigo 147 do Código Penal), incitação ao crime (artigo 286) e atenta contra a segurança nacional, previsto na Lei 7.170/1983.

Alexandre de Moraes pediu à PGR (Procuradoria-Geral da República) que analise e emita parecer sobre a apreensão do passaporte do deputado. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), e o deputado Rogério Correia (PT-MG) solicitaram a investigação criminal de Eduardo por promover reações contra o STF junto a políticos norte-americanos.

Também pediram a apreensão do seu passaporte para interromper as “condutas ilícitas em curso”. Os parlamentares afirmaram que Moraes já despachou o caso para a PGR. Com DCM.

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Mundo

China responde a Trump com tarifas sobre produtos agrícolas e medidas contra 26 empresas dos EUA

Taxação de produtos agrícolas de 10 e 15%, proibição de exportações e de comercialização são as novas contramedidas da China.

China volta a responder Trump com tarifas sobre produtos agrícolas e medidas contra 26 empresas dos EUA
Presidente chinês Xi Jinping e primeiro-ministro Li Qiang participam da cerimônia de abertura da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) no Grande Salão do Povo em Pequim, em 4 de março de 2025 – Pedro Pardo / AFP

No dia seguinte à decisão anunciada por Donald Trump de dobrar a taxação a todos os produtos chineses de 10% para 20%, a China implementou uma série de medidas sobre produtos e empresas dos Estados Unidos (EUA).

O Ministério do Comércio da China emitiu três anúncios que afetarão os negócios de 26 empresas estadunidenses na China. Já a Comissão Tarifária do Conselho de Estado anunciou que, a partir de 10 de março de 2025, a China implementará uma tarifa de 15% para frango, trigo, milho e algodão dos EUA, e outra de 10% sobre sorgo, soja, carne suína, carne bovina, produtos aquáticos, frutas, vegetais e laticínios.

A China já havia reagido ao primeiro tarifaço de 10%. “A imposição unilateral de tarifas pelos EUA prejudica o sistema de comércio multilateral, aumenta a carga sobre empresas e consumidores americanos e prejudica a base da cooperação econômica e comercial entre a China e os EUA”, afirmou a Comissão em um comunicado.

Novas proibições para empresas estadunidenses
Em um primeiro documento do ministério chinês emitido nesta terça (4), a China incluiu dez empresas estadunidenses no sistema de Listas de Entidades Não Confiáveis, o que significa que as empresas não poderão comercializar com a China e nem investir.

O sistema é utilizado, de acordo com o governo chinês, para garantir “as regras econômicas e comerciais internacionais e o sistema de comércio multilateral, se opor ao unilateralismo e ao protecionismo comercial e salvaguardar a segurança nacional da China, os interesses públicos sociais e os direitos e interesses legítimos das empresas”.

Em comunicado à parte, a corporação Illumina Inc. também foi incluída nesse mesmo mecanismo, mas com a medida específica de proibição de exportação de sequenciadores genéticas (máquinas que identificam a sequência de informações genéticas de organismos) para a China.

A terceira medida colocou outras 15 empresas na Lista de Controle de Exportação.

Quais são as companhias
As primeiras dez vendem armamento ou fornecem serviços de vigilância ou análise de dados para Taiwan. De acordo com o Ministério do Comércio chinês, a decisão tem base em diversas leis, como a de Segurança Nacional, a de Sanções Antiestrangeiras.

As ações, ainda segundo o ministério, prejudicam “seriamente a soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvimento da China”.

As companhias são da indústria armamentista e/ou aeroespacial (Cubic Corporation, TCOM, L.P, Teledyne Brown Engineering,Inc., S3 AeroDefense e ACT1 Federal); aviação (Stick Rudder Enterprises LLC ); da construção naval e defesa (Huntington Ingalls Industries Inc; de análise de dados (Exovera e TextOre), e de engenharia (Planate Management Group)

Algumas destas empresas já tinham sido objeto das chamadas contramedidas em setembro de 2024. Elas foram implementadas em resposta ao anúncio do Departamento de Estado dos EUA de uma aprovação de venda de armamento militar a Taiwan em um valor de US$ 228 milhões , que acabou se confirmando em outubro por um valor muito maior, US$ 2 bilhões.

Já a Illumina, de acordo com o Ministério do Comércio, “violou os princípios normais de negociação do mercado, interrompeu transações normais com empresas chinesas, adotou medidas discriminatórias contra empresas chinesas e prejudicou seriamente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas”.

As outras 15 empresas possuem todas laços (em maior ou menor grau) com o Complexo Militar Industrial dos EUA. As medidas implementadas pela China nesta terça proibiram as empresas chinesas de exportar para essas empresas os chamados bens de dupla utilização (que podem ser utilizados tanto para fins pacíficos como militares).

Veja a lista abaixo:

  • Leidos
  • Gibbs & Cox, Inc.
  • IP Video Market Info, Inc.
  • Sourcemap, Inc.
  • Skydio, Inc.
  • Rapid Flight LLC
  • Red Six Solutions
  • Shield AI, Inc.
  • HavocAI
  • Neros Technologies
  • Group W
  • Aerkomm Inc.
  • General Atomics Aeronautical Systems, Inc.
  • General Dynamics Land Systems
  • AeroVironment

*BdF

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Política

Apavorado, Eduardo Bolsonaro não deve mais retornar ao Brasil

Deputado, que está nos EUA, é alvo de representação na PGR que pede a apreensão de seu passaporte e pode até mesmo ser alvo de prisão preventiva.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está em pânico com a possibilidade de ter seu passaporte apreendido e de ser alvo de uma prisão preventiva.

“Morando” nos Estados Unidos, o filho de Jair Bolsonaro se tornou alvo de representações na Procuradoria-Geral da República (PGR) por conspirar junto a parlamentares de extrema direita estadunidenses sanções ao Brasil e ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como uma forma de coagir o judiciário brasileiro contra a iminente condenação de seu pai, que deve ser preso por tentativa de golpe de Estado.

A atuação do parlamentar contra o seu próprio país vem sendo vista por deputados governistas brasileiros como um crime de lesa-pátria e até mesmo uma tentativa de interferir no inquérito dos atos golpistas e nas decisões judiciais relacionadas à tentativa de golpe – o que justificaria a apreensão de seu passaporte e, em última instância, medidas cautelares mais duras, como é o caso da prisão preventiva.

Nos últimos dias, Eduardo Bolsonaro tem feito publicações em série nas redes sociais sobre o risco que corre de ter seu documento de viagem retido e vem se vitimizando com a narrativa de que seria alvo de “perseguição” e de que haveria uma “ditadura” no Brasil. Em meio a este clima de apreensão, parece ser cada vez mais certo que o deputado extremista de direita passe a viver definitivamente nos EUA e não retorne ao seu país, para escapar da Justiça, segundo a Forum.

Após o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, que está foragido nos EUA, sugerir que Eduardo permaneça no país, foi a vez de Paulo Figueiredo, neto do ditador João Figueiredo, que também vive no país da América do Norte e que foi indiciado pela Polícia Federal (PF) no âmbito do inquérito da trama golpista, publicar uma enquete em suas redes sociais perguntando se seus seguidores acham que Eduardo deve “voltar ao Brasil ou deveria se exilar nos EUA e usar sua influência para lutar daqui de fora contra o regime brasileiro”.

Mais de 70% dos seguidores do neto do ditador responderam que o filho de Bolsonaro deveria permanecer nos EUA e a enquete foi compartilhada pelo próprio Eduardo Bolsonaro, em uma clara sinalização de que ele deve abandonar seu mandato parlamentar no Brasil e ficar, covardemente, em território norte-americano para fugir de eventuais decisões judiciais contra ele.

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Brasil

Estrangeiro com tatuagens de símbolos nazistas é agredido em bloco no RJ

Caso ocorreu no bloco Marimbondo Não Respeita

Um estrangeiro, de nacionalidade ainda não identificada, com duas suásticas tatuadas no corpo, além da sigla da Polícia do Estado da Alemanha nazista, a SS, e um Sol negro, foi agredido em um bloco de carnaval no Centro do Rio de Janeiro na tarde desta segunda-feira (3). Os símbolos são associados ao regime totalitário liderado por Adolf Hitler.

O caso ocorreu no bloco Marimbondo Não Respeita, que desfila na Avenida Franklin Roosevelt, no Centro da capital fluminense. As informações foram dadas inicialmente pelo jornal “O Globo”.

Os foliões perceberam as tatuagens do estrangeiro logo na concentração do bloco. Segundo “O Globo”, um folião contou que foi até o estrangeiro e disse que ele não era bem-vindo no bloco. Ele respondeu que não era nazista, mas a briga começou. Outros foliões pediram calma e retiraram o homem do cortejo.

Homem possui suástica tatuada na nuca
O homem possui uma suástica tatuada na nuca e outra na testa, além do símbolo SS no rosto. A sigla é como ficou conhecido o Schutzstaffel, organização paramilitar e de segurança a serviço de Hitler. O homem também tinha um Sol negro no braço esquerdo, símbolo que é uma junção de três símbolos associados à ideologia nazista: a roda solar, a suástica e a runa da vitória, utilizada pelas antigas tribos germânicas.

Após a confusão, os foliões pediram que o estrangeiro fosse retirado do cortejo, e ele foi removido do local, de acordo com o ICL.

A Polícia Militar foi acionada, mas informou que nenhuma ocorrência foi registrada na área. A Secretaria Municipal de Saúde também foi consultada, mas, sem a identificação do indivíduo, não foi possível confirmar se ele recebeu atendimento médico em alguma das unidades de emergência.

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Política

Dilma fica emocionada com Oscar. Filme foi possível graças à Comissão Nacional da Verdade, instituída em seu governo

A ex-presidenta Dilma Rousseff celebrou a conquista histórica do filme Ainda Estou Aqui no Oscar de Melhor Filme Internacional e destacou a importância da obra como um tributo à memória e à democracia. Em uma série de publicações nas redes sociais, Dilma parabenizou a equipe do longa e relembrou que o filme só foi possível graças ao trabalho da Comissão Nacional da Verdade, criada durante seu governo para investigar os crimes cometidos pela ditadura militar.

“O Oscar de Melhor Filme Internacional para Ainda Estou Aqui é um reconhecimento da força da cultura brasileira. Uma homenagem merecida ao nosso cinema, ao diretor Walter Salles, às atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, ao ator Selton Mello e a toda a equipe do filme”, escreveu Dilma.

Em outra publicação, ela ressaltou o impacto histórico da premiação. “Nossa emoção é ainda maior porque a premiação celebra uma obra que presta tributo à civilização, à humanidade e aos brasileiros que sofreram com a extinção das liberdades democráticas, lutando contra a ditadura militar”, afirmou.

O papel da Comissão Nacional da Verdade
Dilma Rousseff destacou que a história de Rubens Paiva e da luta de Eunice Paiva pela justiça puderam ser contadas com profundidade graças ao trabalho da Comissão Nacional da Verdade (CNV). Criada em 2011, a CNV teve a missão de investigar as graves violações de direitos humanos cometidas pelo Estado brasileiro entre 1946 e 1988, com ênfase nos crimes praticados durante a ditadura militar.

“É motivo de orgulho saber que a história de Rubens Paiva e de sua família — especialmente a busca incansável de Eunice Paiva pela verdade e pela justiça — pôde ser contada graças ao trabalho da Comissão Nacional da Verdade, que criei durante meu governo para investigar os crimes da ditadura”, escreveu a ex-presidenta.

O relatório final da CNV, publicado em 2014, apontou a responsabilidade do Estado brasileiro em centenas de casos de assassinatos e desaparecimentos forçados, incluindo a execução de Rubens Paiva. O documento trouxe à tona documentos, testemunhos e provas que desmentiram as versões oficiais divulgadas pelo regime militar e serviram como base para narrativas como a de Ainda Estou Aqui.

A conquista histórica do cinema brasileiro
A premiação de Ainda Estou Aqui marca a primeira vitória do Brasil na categoria de Melhor Filme Internacional. O longa, dirigido por Walter Salles e baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, retrata a luta de Eunice Paiva, advogada e defensora dos direitos humanos, após o desaparecimento e assassinato de seu marido, Rubens Paiva, um dos casos mais emblemáticos da repressão militar, diz o 247.

Ao receber a estatueta, Walter Salles dedicou o prêmio à protagonista da história. “Uma honra tão grande. Isso vai para uma mulher que teve uma perda tão grande. Esse prêmio vai para ela, Eunice Paiva, e para as mulheres extraordinárias que deram vida a ela, Fernanda Torres e Fernanda Montenegro”, declarou.

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Brasil

Ganhar um Oscar em pleno carnaval levando a Sapucaí a uma explosão de alegria, é a cara do Brasil.

Em que país no mundo se comemora um Oscar como no Brasil? Não existe.

A cultura brasileira é única, antropofágica e, potencialmente, popular.

Não foi a vitória da grana, mas da história que os militares tentaram apagar ao se vingarem de Dilma que, com coragem, bancou a Comissão da Verdade.

O mundo viu o que é o Brasil.

Mesmo diante de uma trágica ditadura, contada em detalhes, o país encontra na alegria a forma de denunciar crimes hediondos.

Está rodando o mundo a maneira Ganhar um Oscar em pleno carnaval levando a Sapucaí explodir de alegria, é a cara do Brasil com que os brasileiros, em pleno carnaval, receberam a notícia do 1º Oscar. Nunca se viu nada igual.

Brasil nas ruas, na maior festa popular do mundo, explodindo de alegria pela vitória, através da cultura, do bem contra o mal, sem sombra de dúvida, deixa o caminho aberto para outras glórias.

O povo brasileiro tem orgulho de sua cultura no sentido mais profundo, complexo e poético. Isso surpreendeu o mundo.

Esse clima de copa do mundo que tomou o Brasil na noite deste domingo (02), mostra como o filme Ainda Estou Aqui é representativo para o povo brasileiro.


Apoie o Antropofagista com qualquer valor

PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente


 

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Mundo

Brasil ganha seu primeiro Oscar. Melhor Filme Internacional: “Ainda Estou Aqui”

O filme Ainda Estou Aqui concorria ao Oscar de Melhor Filme Internacional com grandes produções como Emília Perez e Flow.

Sucesso de crítica e de bilheteria, o filme brasileiro Ainda Estou Aqui fez história neste domingo (2/3) ao ser a primeira produção 100% brasileira a vencer a categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025. Dirigido por Walter Salles, o filme é estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello e desbancou o favorito à premiação, Emilia Pérez.

Além de Emilia Pérez (França), os outros filmes que concorreram na categoria foram A Garota da Agulha (Dinamarca), A Semente do Fruto Sagrado (Alemanha) e Flow (Letônia).

Com a vitória na categoria, Ainda Estou Aqui tornou-se o filme brasileiro de maior destaque na história do Oscar, ultrapassando Central do Brasil (1999), que foi indicado ao prêmio, mas acabou derrotado pelo longa italiano A Vida é Bela.

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Econômico, geopolítico, nuclear: os 3 eixos da “pressão máxima” de Trump contra o Irã

As agressões de Trump ao Irã buscam garantir o apoio de ultraconservadores e do lobby pró-Israel, com impactos regionais além do bilateral.

O governo Trump retomou sua estratégia de “pressão máxima” sobre o Irã, numa tentativa de forçar não apenas a renegociação do acordo nuclear, mas também de restringir sua margem de manobra na região, com o objetivo claro de minar sua influência geopolítica na Ásia Ocidental.

Isso foi estabelecido em 4 de fevereiro, quando o presidente dos EUA assinou um “Memorando Presidencial sobre Segurança Nacional”, no qual ordenou ao Secretário do Tesouro que intensificasse medidas econômicas punitivas para sufocar a economia do país mencionado.

Apesar da dureza da decisão, Trump expressou seu arrependimento ao assinar o memorando, dizendo: “Estou dividido sobre essa questão. Todos querem que eu assine. Eu assinarei. É muito duro para o Irã.” Durante a cerimônia, ele acrescentou que esperava que o documento “dificilmente precisasse ser usado”.

Isso acrescenta nuances à postura do republicano por mostrar que, embora ele esteja adotando uma linha dura, está deixando em aberto a possibilidade de moderação ou negociação no futuro.

A ênfase em “zerar” as exportações de petróleo do país impacta diretamente sua economia e também introduz uma fonte de tensão nos mercados globais de energia. Estados como China, Índia e Turquia, que mantiveram relações comerciais com a República Islâmica apesar dessas medidas, serão forçados a manobrar em meio à pressão.

A ordem presidencial também aprofunda a ofensiva contra as redes financeiras e logísticas iranianas em solo americano, em uma tentativa de justificar, sob o pretexto da segurança nacional, uma política de assédio sustentado: “O procurador-geral tomará todas as medidas legais disponíveis para investigar, interromper e processar redes financeiras e logísticas, bem como agentes ou grupos de fachada dentro dos Estados Unidos que sejam patrocinados pelo Irã ou por um representante terrorista daquela nação.”

Estratégia eleitoral
A medida faz parte da estratégia eleitoral de Trump, que usa retórica anti-iraniana para garantir o apoio de setores ultraconservadores e do lobby pró-Israel .

A linguagem do documento reflete a intransigência do governo Trump, que descarta explicitamente qualquer negociação nos termos atuais. Ao proclamar o fim da “tolerância” em relação ao Irã e enfatizar que nunca será capaz de desenvolver uma arma nuclear, a Casa Branca tenta projetar uma imagem de força.

No entanto, um olhar mais atento às ações tomadas em menos de um mês de governo sugere que essa dureza inicial não é apenas retórica, mas uma continuação da estratégia de “pressão máxima” implementada no primeiro mandato. Além das declarações bombásticas feitas por Mike Pompeo na época, essa política buscava forçar Teerã a sentar-se à mesa de negociações em condições favoráveis ​​a Washington.

Um exemplo dessa abordagem pode ser visto no relacionamento com o México, quando Trump impôs tarifas como medida de pressão, mas logo depois conversou com a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, o que levou a uma pausa nas restrições e abriu espaços para negociação.

Agressão e negociação
O primeiro pacote de sanções implementado sob este novo mandato levantou dúvidas sobre a seriedade e o impacto real da política de “pressão máxima”.

O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) anunciou medidas contra um pequeno grupo de navios envolvidos no comércio de petróleo iraniano, incluindo o CH Billion, um Aframax de 21 anos e dois outros navios, o Gioiosa e o Star Forest.

Esta decisão também afeta diversas entidades e indivíduos ligados à exportação de petróleo bruto do país persa para a China. O OFAC disse que a última repressão tem como alvo embarcações que operam em águas internacionais na costa de Cingapura, de onde transportam petróleo iraniano para a China.

Analistas de energia, no entanto, acreditam que esse pacote de sanções não constitui uma verdadeira campanha de “pressão máxima”, mas sim uma ação limitada com impacto marginal no mercado de petróleo.

Incertezas
Inicialmente, os mercados reagiram com incerteza à possibilidade de interrupções na cadeia de suprimentos. No entanto, a perspectiva moderou-se quando, após a ação executiva agressiva, Trump expressou sua disposição de negociar um novo acordo nuclear com o Irã que permitiria ao país “crescer e prosperar pacificamente”.

Ele também postou em suas redes sociais: “Relatos de que os Estados Unidos, trabalhando em conjunto com Israel, vão explodir o Irã em pedaços são muito exagerados.”

Esse abrandamento da retórica sugere que, embora Trump mantenha uma retórica agressiva, ele também pode estar explorando vias alternativas de negociação com Teerã. Em suma, a estratégia parece visar o enfraquecimento, deixando a porta ao diálogo entreaberta, num jogo de pressão e cálculo político.

*Opera Mundi

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Política

Vídeo: Policiais civis realizam abordagem fantasiados de Power Rangers

Um homem supeito de roubar celulares foi preso ontem; secretário de Segurança e governador comemoram.

A Polícia Civil de São Paulo está circulando pelos blocos de rua durante o Carnaval fantasiada de Power Rangers. Na tarde do sábado (1º), um homem suspeito de roubar sete celulares em um bloco de Carnaval na Zona Sul de São Paulo foi preso por policiais civis com a fantasia do seriado de TV.

Seis agentes vestiam as roupas coloridas da série norte-americana para circular sem serem percebidos pelos foliões. Este é o segundo ano que a Polícia Civil usa agentes disfarçados nos blocos em São Paulo.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o suspeito estava acompanhado de outro homem. Os agentes perceberam a atitude da dupla e realizaram a abordagem. Um dos criminosos conseguiu fugir, enquanto o outro foi detido pelos policiais. Com ICL.

Power Rangers disfarçados
O próprio secretário de segurança de São Paulo publicou vídeo sobre o assunto. No post, Guilherme Derrite escreveu: “Esse não contava com os Power Rangers da nossa Polícia Civil e nossos policiais militares no apoio, num belo trabalho em equipe. O grito de Carnaval virou o grito de alívio da população que não aguenta mais a impunidade. Mais um entregue para a Justiça e 7 celulares recuperados.”

Veja o vídeo:

https://twitter.com/i/status/1895970208273297873