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Luis Nassif: Alexandre de Moraes e os empresários conspiradores

Fala sério! Alguém pode acreditar que Alexandre Moraes, um ex-Secretário de Segurança do maior estado do país, ex-Ministro da Justiça, Ministro do Supremo Tribunal Federal, ordenasse uma operação de busca e apreensão contra grandes empresários baseado apenas em notícias de jornal?

É a maneira com que a mídia está tratando a operação que flagrou empresários maquinando golpes em um grupo de WhatsApp.

Para que essa versão fosse verossímil, teria que se acreditar que a Polícia Federal estava passeando pelo WhatsApp, sem nenhum objetivo maior, e por coincidência deu de cara com as conversas do grupo conspirador.

Ora, há muito tempo Moraes comanda as investigações sobre as fake news. E, por trás dos agentes, há financiadores, que ainda não foram denunciados.

O que levou a mídia em geral a supor que a decisão de Moraes se baseou em notícias de jornal?

  • Dor de cotovelo, pelo furo ter sido dado pelo Metrópoles, jornal digital de Brasília.
  • Críticas dos advogados, pelo fato de Moraes ter decretado sigilo na operação e nos documentos apreendidos.
  • Pressão dos empresários.
  • Receio de repórteres de investirem contra a maioria. Exceção para comentaristas da CNN, como Brasília Rodrigues e Gustavo Uribe.

Nas próximas semanas se verá a extensão do envolvimento dos empresários com a máquina de ódio de Bolsonaro. Sem se esquecer que houve um pedido de um conjunto de entidades da sociedade civil.

*Com GGN

 

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Randolfe pede ao STF cópias das mensagens entre Aras e empresários bolsonaristas

Jota – O senador Randolfe Rodrigues (REDE) solicitou nesta terça-feira (23/8) uma cópia das mensagens entre o procurador-geral da República Augusto Aras e empresários bolsonaristas que foram alvo mais cedo de mandados de busca e apreensão. A informação foi adiantada pelos jornalistas Guilherme Amado e
Paulo Cappelli, do Portal Metrópoles, e confirmada pelo JOTA com o próprio senador.

“Estou peticionando neste momento e pedindo acesso às mensagens, para ser compartilhada com o Senado e orientar eventual pedido de impeachment do procurador-geral da República”, afirmou. Leia aqui a petição, assinada também pelos senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Humberto Costa (PT-PE) e Fabiano Contarato (PT-ES).

Conforme o JOTA noticiou com exclusividade mais cedo, nos celulares apreendidos pela Polícia Federal com empresários bolsonaristas há troca de mensagens com Augusto Aras. A informação foi confirmada por fontes da PF, do Ministério Público Federal (MPF) e do Supremo Tribunal Federal (STF).

A notícia de que esses empresários trocavam mensagens com Aras traz constrangimento para ele, que também é o procurador-geral eleitoral. Ainda segundo fontes do MPF, PF e STF, nas mensagens haveria críticas à atuação do ministro Alexandre de Moraes e também comentários sobre a candidatura Bolsonaro. As mensagens ainda são mantidas sob sigilo, mas já viraram tema de conversas entre ministros do STF.

A PF cumpriu nesta terça oito mandados de busca e apreensão expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga atos antidemocráticos, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará. A operação se deu contra empresários que participavam de um grupo de mensagens por aplicativo em que foi feita uma defesa de um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022.

Momentos depois, a PGR se queixou de que Moraes só comunicou a operação depois de iniciada. Posteriormente, Moraes divulgou prints das certidões em que uma assessora da PGR e do gabinete da vice-procuradora-geral da República dão ciência da decisão que autorizava a operação e que receberam uma cópia.

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TSE derruba vídeos em que Bolsonaro mente a embaixadores e faz ameaças golpistas

Decisão é do ministro Mauro Campbell Marques, que acatou pedido feito pelo PDT de Ciro Gomes.

Segundo Mônica Bergamo, Folha, Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que sejam retirados do ar vídeos que reproduzem a apresentação feita pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) a dezenas de embaixadores estrangeiros em julho deste ano, no Palácio da Alvorada

Na ocasião, o mandatário repetiu teorias da conspiração sobre urnas eletrônicas, desacreditou o sistema eleitoral, atacou ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e promoveu novas ameaças golpistas.

Adotando um tom manso, como se buscasse dar um verniz de seriedade a mais um conjunto de ilações sem provas ou indícios ao sistema eleitoral, o chefe do Executivo concentrou suas críticas nos ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, acusando o grupo de querer trazer instabilidade ao país.

Fachin era então presidente do TSE. Barroso presidiu a corte eleitoral, e Moraes já estava previsto como nome que comandaria o tribunal durante as eleições.

A decisão, proferida na terça-feira (23), é assinada pelo ministro Mauro Campbell, corregedor-geral da Justiça Eleitoral. O magistrado determinou a remoção de vídeos publicados nas contas de Bolsonaro no Instagram e no Facebook sob pena de imputação em crime de desobediência.

O decisão acata um pedido feito pelo PDT de Ciro Gomes, que acusou a chapa de Jair Bolsonaro e de seu candidato vice, Walter Braga Netto, de abuso do poder político e de uso indevido dos meios de comunicação social.

“A ninguém é permitido veicular informações descontextualizadas com ataques infundados ao sistema eletrônico de votação e à própria democracia, incutindo-se no eleitorado falsa ideia de fraude”, afirma Mauro Campbell Marques.

Em um tom duro, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral ainda destaca que grande parte das declarações de Bolsonaro já foram veementemente refutadas pelo TSE.

“Nota-se que longe de adotar uma posição colaborativa com o aperfeiçoamento do sistema eleitoral, o representado [Bolsonaro] insiste em divulgar deliberadamente fatos inverídicos ao afirmar que há falhas no sistema de tomada e totalização de votos no Brasil”, segue o ministro.

A sentença também determina que EBC (Empresa Brasil de Comunicação), estatal que transmitiu o evento, remova de seus sites e redes sociais todo e qualquer conteúdo que reproduza o discurso de teor golpista feito pelo presidente da República na ocasião.

Facebook, Google e Instagram foram intimados nominalmente a promover a imediata retirada das postagens do ar. Citada na sentença, uma publicação feita em uma das páginas de Bolsonaro já não está mais disponível.

A decisão do TSE é celebrada pelo advogado Walber Agra, coordenador da campanha de Ciro Gomes.

“Essa decisão vai no sentido da linha adotada pela Justiça Eleitoral em defesa da democracia e da integridade eleitoral. Não esperaria outra medida que não a defesa contra achincalhe às instituições democráticas”, afirma ele à coluna. A ação do PDT também pedia a derrubada da chapa Bolsonaro-Braga Netto.

O MPE (Ministério Público Eleitoral) também tinha pedido ao TSE que multasse o presidente Jair Bolsonaro por propaganda eleitoral antecipada. Pedia ainda a retirada da internet de discurso contra as urnas durante reunião com embaixadores estrangeiros.

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Moraes rebate Aras e mostra aviso à PGR sobre ação contra empresários

Procurador-geral da República afirmou, nesta terça-feira (23/8), que procedimento de intimação foi “não usual”.

Segundo o Metrópoles, o gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes emitiu, durante a tarde desta terça-feira (23/8), “nota de esclarecimento” sobre o processo de intimação da Procuradoria-Geral da República (PGR) acerca da operação deflagrada contra empresários que mencionaram golpe de Estado caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito.

Na nota, Moraes rebate o procurador-geral, Augusto Aras, que reclamou pelo fato de a intimação da PGR ter ocorrido apenas na véspera da operação. “A Procuradoria-Geral da República foi intimada pessoalmente da decisão referente à Pet. 10.453”, reforça a nota, numa referência à petição de busca contra os empresários.

Segundo o ministro do Supremo, a intimação foi feita às 14h41 dessa segunda-feira (22/8), “com a entrega da decisão proferida para a Assessoria de Apoio aos Membros da Procuradoria-Geral da República no STF“.

A PGR, por sua vez, afirma que não houve intimação pessoal da ordem, conforme previsão legal, “apenas entrega — em procedimento não usual — de cópia da decisão, na tarde dessa segunda-feira (22)”, em sala situada nas dependências do STF, onde funciona unidade de apoio aos subprocuradores-gerais da República e ao PGR.

“A referida decisão, posteriormente, foi encaminhada ao Gabinete da Vice-Procuradora-Geral da República às 15h35, onde recebida às 16h40 do mesmo dia, conforme também consta em certidão anexa”, ressalta a nota de Moraes.

“Por fim, importante ressaltar que esse procedimento de intimação é rotineiro, a pedido da própria PGR, conforme demonstram inúmeros inquéritos e petições que tramitam nesse Gabinete”, destaca a nota.

Moraes atendeu a pedidos da Polícia Federal (PF), no âmbito do inquérito das milícias digitais, para determinar a operação desta terça.

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“Golpe envolve o próprio procurador-geral da República”, diz Rogério Correia

O deputado do PT-MG destacou o fato de Augusto Aras ter trocado “mensagens com empresários bilionários que planejavam sabotagem contra o processo eleitoral”.

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) alertou, nesta terça-feira (23), para uma possível participação do procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, no estímulo a um golpe de Estado no País defendido por empresários bolsonaristas alvos de uma operação da Polícia Federal nesta terça.

“Aras é procurador eleitoral e estava trocando mensagens com empresários bilionários que planejavam sabotagem contra o processo eleitoral. É muito sério! Ministro Moraes acertou em cheio e desmonta golpe que envolve o próprio Procurador Geral da República”, escreveu o parlamentar.

O chefe da PGR trocou mensagens com empresários. Em discurso de posse na Procuradoria em 2019, Aras homenageou o empreiteiro bolsonarista Meyer Nigri, fundador da Tecnisa e um dos investigados pela PF.

*Com 247

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Celulares apreendidos mostram troca de mensagens entre Aras e empresários bolsonaristas

Aras, além de PGR, é o procurador-geral-eleitoral. Troca de mensagens pode trazer embaraços para ele nesta posição.

JOTA – Nos celulares apreendidos pela Polícia Federal com empresários bolsonaristas há troca de mensagens com o procurador-geral da República, Augusto Aras. A informação é confirmada por fontes da PF, do Ministério Público Federal (MPF) e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ainda segundo fontes do MPF, PF e STF, nas mensagens haveria críticas à atuação do ministro Alexandre de Moraes e também comentários sobre a candidatura de Jair Bolsonaro. As mensagens ainda são mantidas sob sigilo, mas já viraram tema entre ministros do STF.

Aras, além de PGR, é também o procurador-geral-eleitoral. E a troca de mensagens com empresários que se tornaram alvo do inquérito que investiga atos antidemocráticos pode trazer embaraços para ele nesta posição. Especialmente porque o que levou à deflagração da operação foram mensagens desses empresários com defesa de Bolsonaro e críticas à eleição do ex-presidente Lula.

Segundo a PGR, o relator do processo no STF, o ministro Alexandre de Moraes, autorizou as buscas e só comunicou a PGR depois de iniciada a operação da PF na manhã desta terça-feira. No entanto, fontes ligadas a Moraes defendem que a PGR foi informada da operação na segunda-feira (22/8).

Um dos amigos de Aras é o empresário Meyer Nigri, da construtora Tecnisa, que foi citado nominalmente no discurso de posse de Aras como PGR. “Não posso deixar de cumprimentar um amigo de todas as horas neste momento em que vivenciamos. E faço uma homenagem especial ao amigo Meyer Nigri, em nome de quem cumprimento toda a comunidade judaica, que comemorou 5.780 anos nos últimos dias”, disse Aras. E acrescentou no seu discurso: “Ficaria difícil para mim nominar cada amigo. Então peço vênia para, em nome de Meyer Nigri, cumprimentar a todos presentes, especialmente aos amigos da Bahia aos quais não teria como nominar um a um e a todos os colegas e amigos aqui presentes”.

De acordo com assessores de Aras, o procurador-geral da República tem conhecidos e amigos no mundo empresarial e, portanto, há conversas entre eles. Os assessores reiteram que Aras soube somente nesta terça-feira (23/8) da operação e, portanto, não trocou informações sobre as diligências policiais. E afirmam que as mensagens enviadas por Aras a um dos empresários, agora alvo da investigação, são comentários apenas “superficiais”.

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PF avalia pedir prisão dos empresários bolsonaristas que trocaram mensagens golpistas

Foram alvos de busca e apreensão Luciano Hang, o Véio da Havan, Marco Aurélio Raimundo, da Mormaii, e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu

Os empresários bolsonaristas que trocaram mensagens de teor golpistas em um grupo do WhatsApp e que foram alvos de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (23) podem ser presos a depender do que for apreendido nas buscas. As informações são das jornalistas Julia Dualibi e Andréia Sadi, no G1.

A operação foi determinada pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Ainda nesta terça-feira a Polícia Federal deve tomar depoimento dos empresários bolsonaristas que articulam um golpe.

Segundo fontes ouvidas pelas jornalistas, os investigados são suspeitos de atentar contra o Estado Democrático de Direito.

Ao G1, outra fonte revelou que a PF não tinha acesso ao grupo de WhatsApp até que a conversa foi revelada pelo site Metrópoles. Por causa disso, foi necessário obter mais informações para compreender o teor das mensagens. O prazo para ouvir os alvos de busca é de 5 dias.

Entre eles estão Luciano Hang, da Havan, José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, do Barra World Shopping, André Tissot, do Grupo Serra, Meyer Nirgri, da Tecnisa, Marco Aurélio Raimundo, da Mormai, e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu.

As conversas entre os empresários foram reveladas pelo site Metrópole.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (SF) foi quem autorizou as buscas. Os mandados estão sendo cumpridos nesta terça-feira (23) em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.

*Com Forum

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Ministros do STF veem operação contra bolsonaristas com potencial de elevar temperatura entre Bolsonaro e Judiciário

Integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) acreditam que a operação deflagrada hoje contra empresários bolsonaristas tem o potencial de elevar novamente a temperatura entre o presidente e o Judiciário. A avaliação foi feita por três magistrados à coluna.

Segundo Bela Megale, O Globo, esse sentimento é compartilhado por parte dos membros do Palácio do Planalto, que classificaram a ordem de busca e apreensão do ministro Alexandre de Moraes contra os executivos suspeitos de compartilharem mensagens golpistas num grupo de WhatsApp como “provocação”. Na campanha do presidente, no entanto, a ordem é ignorar o acontecido e tentar manter os ânimos do chefe sob controle.

O governo e o próprio Bolsonaro têm tentado vender a imagem de que uma trégua foi feita entre ele e o Judiciário, em especial Alexandre de Moraes. Um ministro do Supremo destacou à coluna, no entanto, que o papel do Poder Judiciário é de “julgar e não fazer acordos”.

A preocupação em todos esses segmentos inclui também o 7 de setembro. Dois magistrados do STF relataram que receberam sinalizações dos bombeiros do Palácio de que, na data, o tom das falas de Bolsonaro seria ameno em relação aos ministros e à corte. Com a operação da PF, no entanto, há a leitura de que o clima pode voltar a escalar por parte do presidente.

Os auxiliares de Bolsonaro que buscam costurar um armistício com Moraes defendem que o presidente não reaja para que o ministro acate parte das sugestões sobre as urnas feitas pelas Forças Armadas. Nesta terça-feira, acontece a reunião entre o presidente do TSE e o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, que defenderá as medidas. A expectativa no governo é que as propostas sejam abraçadas pelo TSE antes do 7 de setembro.

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Moraes manda PF identificar grupo “Caçadores de ratos do STF”

Com 159 integrantes, grupo contava com a participação do empresário Ivan Rejane, que foi preso por ameaçar ministros do STF.

Segundo o Metrópoles, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), requisitou, nesta segunda-feira (22/8), que a Polícia Federal (PF) identifique e analise a atividade do grupo “Caçadores de ratos do STF”, no aplicativo de mensagens Telegram.

Ao todo, a comunidade virtual possui 159 integrantes — entre os quais consta o empresário Ivan Rejane Fonte Boa Pinto (foto em destaque). Ele está preso desde 22 de julho, a pedido de Moraes, sob a acusação de realizar ameaças a ministros da Corte e membros de partidos de esquerda.

A Procuradoria-Geral da União apontou que a ausência da identificação dos supostos integrantes do grupo impossibilita associar o empresário a eventual organização criminosa.

Já a PF indicou, anteriormente, que não teve tempo suficiente para identificar os membros da comunidade. Na ocasião, os investigadores se colocaram à disposição para eventuais “novas pesquisas e diligências”.

Ameaças

Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), Ivan Pinto foi candidato a vereador de Belo Horizonte (MG) em 2020, com o nome de Ivan Papo Reto, pelo PSL (hoje, União Brasil). Ele não conseguiu se eleger.

Em vídeo para promover manifestações bolsonaristas a serem realizadas em 7 de setembro de 2022, Ivan cita nominalmente os ministros do STF e faz ameaças. “Sumam do Brasil. Nós vamos pendurar vocês de cabeça para baixo”, afirmou.

Em outro vídeo que circula pelas redes sociais, o empresário diz: “Se eu fosse vocês, Barroso, Fux, Fachin, Moraes, Lewandowski, Mendes, eu ficava nos Estados Unidos, em Portugal, na Europa, na puta que te pariu. Até vocês duas, vadias, Cármen Lúcia e Rosa Weber. Sumam do Brasil”.

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Aliado de Lira, prefeito afastado de cidade no Alagoas é preso pela PF

A PF (Polícia Federal) prendeu preventivamente na manhã de hoje o prefeito afastado de Rio Largo (AL), Gilberto Gonçalves (PP), por acusações de que estaria atrapalhando as investigações da corporação na Operação Beco da Pecúnia, que apura possíveis desvios de recursos públicos federais, lavagem de dinheiro e organização criminosa com recursos do Fundeb (Fundo Nacional de Educação Básica) e do SUS (Sistema Único de Saúde) no município.

Gonçalves é aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e está afastado desde 11 de agosto, quando a PF cumpriu 35 mandados de busca e apreensão em Rio Largo.

“De acordo com a investigação, além dos crimes já referidos, identificou-se uma atuação visando impedir ou embaraçar a investigação que envolve organização criminosa”, disse a PF.

A prisão de hoje foi efetuada durante a segunda fase da operação da PF e contou com a participação de 12 agentes. Além da detenção, também foi cumprido mais um mandado de busca e apreensão.

Celular jogado pela janela em ação da PF

Durante a operação da PF no dia 11 de agosto, um dos alvos jogou o celular pela janela para tentar evitar a apreensão do equipamento pelos agentes, segundo a PF.

De acordo com as investigações, há suspeita de ilegalidades nas contratações e pagamentos pela prefeitura de Rio Largo a duas empresas. Compras para a aquisição de material de construção, peças e serviços para veículos atingiram o valor de R$ 20 milhões.

Por meio de nota, a PF disse que, entre 2019 e 2022, foram realizados 245 saques de R$ 49 mil “na boca do caixa” de contas das duas empresas.

Essas retiradas, segundo a corporação, ocorreram após o recebimento de recursos de Rio Largo e teriam como objetivo burlar o sistema de controle do BC (Banco Central) e do Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) — segundo a PF, os órgãos preveem a obrigatoriedade das instituições bancárias informarem automaticamente transações com valores iguais ou superiores a R$ 50 mil.

Prefeito já foi alvo de pedido de prisão

Segundo informações da revista Piauí, Gonçalves já foi alvo de um pedido de prisão enviado à Justiça no mês passado. O pedido se deu no âmbito das investigações da operação de hoje da PF, mas a defesa do prefeito conseguiu a suspensão temporária das apurações.

Isso porque prefeitos só podem ser processados criminalmente na segunda instância, devido à prerrogativa do foro privilegiado. Agora, a revista diz que os investigadores aguardam uma nova decisão para dar continuidade ao caso na segunda instância.

Ainda de acordo com a Piauí, as duas empresas envolvidas no caso são a Litoral Construções e Serviços Ltda e Reauto Serviços e Comércio de Peças.

Lira nega envolvimento com o caso

Em entrevista à Jovem Pan no início deste mês, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), disse que não tem relação com as suspeitas de desvios em Rio Largo.

“Parlamentar tem responsabilidade na indicação, não na execução. Não faz licitação, não faz pagamento, fiscalização. Para isso existem órgãos de controle e quem errar, órgãos estarão atentos. Que ilações não sejam propagadas com má-fé e ma índole”, disse.

Isso porque prefeitos só podem ser processados criminalmente na segunda instância, devido à prerrogativa do foro privilegiado. Agora, a revista diz que os investigadores aguardam uma nova decisão para dar continuidade ao caso na segunda instância.

Ainda de acordo com a Piauí, as duas empresas envolvidas no caso são a Litoral Construções e Serviços Ltda e Reauto Serviços e Comércio de Peças.

*Com Uol

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