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Irã ataca Israel com mísseis e drones, 4 pessoas morreram

Exército israelense emitiu comunicado sobre a ofensiva do Irã.

O Exército israelense afirmou nesta terça-feira (1) que o Irã lançou mísseis contra Israel, após os Estados Unidos alertarem que um ataque da República Islâmica era iminente. Quatro pessoas morreram até o momento.

“Há pouco, mísseis foram lançados do Irã em direção ao Estado de Israel”, disse o Exército em comunicado, acrescentando que sirenes de ataque aéreo soaram em todo o país, incluindo Jerusalém. (AFP)

*Matéria em atualização

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Irã dá indícios sobre como responderá a ataques de Israel a seus representantes

Líder Supremo do Irã, Ali Khamenei, alertou Israel sobre “golpes esmagadores”

Israel está intensificando os ataques contra representantes apoiados pelo Irã em várias frentes, com “uma operação terrestre limitada” em sua fronteira norte com o Líbano visando o Hezbollah, e ataques de longa distância contra militantes Houthi dentro do Iêmen, enquanto os temores de um conflito regional devastador aumentam.

Junto com o Hamas, que atacou Israel em 7 de outubro, o Hezbollah e o movimento Houthi fazem parte do “Eixo da Resistência” do Irã, uma aliança de milícias islâmicas que abrange o Iraque, a Síria, o Líbano, Gaza e o Iêmen.

O Hezbollah e os Houthis lançaram ataques regulares contra Israel no ano passado e prometeram continuar lutando até que a guerra em Gaza termine.

Na segunda-feira (30), o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu mirou publicamente o Irã, enquanto sua longa guerra sombria é empurrada para o aberto.

Em um discurso televisionado, ele disse ao povo iraniano que “Israel está com vocês”, dirigindo-se diretamente a eles “sem filtros, sem intermediários”, e repetiu seu apelo aos iranianos para rejeitarem seu governo.

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Forças de paz da ONU alertam que travessia de Israel para o Líbano viola soberania do país

Israel iniciou incursões terrestres em território libanês. ONU não descarta retirada das forças de paz em caso de invasões.

As forças de paz da Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) no sul do Líbano alertaram nesta terça-feira (1º) que qualquer travessia para o país violaria sua soberania, informa O Globo. Israel iniciou durante a madrugada uma incursão terrestre em território libanês, após anunciar que faria “incursões terrestres limitadas” no país. O governo israelense considera que iniciou uma nova fase nos ataques contra o Hezbollah.

“Qualquer travessia para o Líbano é uma violação da soberania e integridade territorial libanesa. Civis devem ser protegidos, infraestrutura civil não deve ser alvo e o direito internacional deve ser respeitado”, diz o comunicado da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL). Diante do “desenvolvimento perigoso” das ações israelenses no Líbano, o órgão pediu “a todos os envolvidos que evitem ações que aumentem o conflito, pois isso resultará apenas em mais violência e derramamento de sangue”.

Na última segunda-feira (30), o porta-voz do secretariado-geral da ONU, Stéphane Dujarric, afirmou que as forças da UNIFIL, compostas por cerca de 10 mil soldados de 50 nacionalidades, estão equipadas em suas bases e não realizam patrulhas noturnas devido à intensidade dos combates. Ele não excluiu a possibilidade de retirada dessas forças do território libanês em caso de invasão terrestre por Israel.

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Bombas fabricadas nos EUA teriam sido usadas em ataque contra Nasrallah

Artefatos são conhecidos como “destruidoras de bunkers”, por sua capacidade de penetrar no solo antes de explodir.

Bombas de cerca de 900 quilos fabricadas nos Estados Unidos provavelmente foram usadas no ataque israelense que matou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em Beirute na noite de sexta-feira (27), de acordo com uma análise de imagens feita pela CNN e especialistas em munições.

Um vídeo publicado pelos militares israelenses no sábado (28) mostrou jatos que teriam sido usados ​​para realizar o ataque carregando pelo menos 15 bombas de cerca de 907 quilos, incluindo a BLU-109, fabricada nos EUA, segundo Trevor Ball, ex-técnico sênior de artilharia explosiva do Exército dos EUA, que analisou as imagens para a CNN.

As bombas, conhecidas como “destruidoras de bunkers” por sua capacidade de penetrar no solo antes de explodir, também foram equipadas com Joint Direct Attack Munition (JDAM), de fabricação americana.

Esse é um kit de orientação que converte bombas não guiadas em munições “inteligentes” que podem atingir um alvo com precisão, também conforme informações de Ball.

Em um avião equipado com bombas, retratado decolando no vídeo, Ball identificou pelo menos quatro BLU-109 com kits JDAM.

Outros tipos de bombas grandes podem ter sido usadas na operação, acrescentou Ball, mas apenas as BLU-109 eram visíveis nas imagens.

As munições têm 242 quilos de explosivos, menos que as MK84, outro tipo de bomba de 900 quilos frequentemente usada pelos militares israelenses. “As BLU-109 são mais leves em explosivos e apresentam maior precisão contra alvos do que uma MK84”, comentou o especialista.

Vídeos e imagens localizadas geograficamente como sendo o local onde aconteceu o ataque nos subúrbios ao sul de Beirute, conhecido como Dahiyeh, mostram um buraco, cercado por destroços de edifícios.

Uma análise com vídeo e imagens de satélite confirmou que quatro prédios de apartamentos de vários andares foram destruídos.

Duas autoridades da Defesa israelense disseram ao New York Times que 80 bombas foram usadas no ataque contra Nasrallah. Ball destacou à CNN que esse número era plausível, mas que era difícil afirmar apenas com base nas imagens disponíveis da cratera.

“É possível que houvesse mais crateras semelhantes. Também não se sabe quão profundas ou extensas eram as instalações subterrâneas. Isso torna extremamente difícil estimar com exatidão o número de munições usadas”, pontuou.

Justin Bronk, pesquisador sênior de poder e tecnologia aérea do Royal United Services Institute, em Londres, que também analisou imagens para a CNN, afirmou que os aviões da Força Aérea Israelense carregavam kits de orientação JDAM.

Ele também pontuou que o buraco causado pelo ataque condizia com o uso de bombas BLU-109 de 900 quilos.

“[A bomba] se encaixa no perfil de ataque e nas configurações necessárias para produzir esse tipo de buraco”. Ele acrescentou que a combinação da bomba BLU-109 e do kit JDAM era “o que se esperaria na busca de um alvo como esse”.

Alvo no subsolo
Os militares de Israel não divulgaram imagens mostrando o momento em que lançaram as bombas, mas vídeos que circularam nas redes sociais na sexta mostraram enormes explosões em Dahiyeh, onde foi realizado o ataque à sede subterrânea onde estaria Nasrallah.

Bronk disse à CNN que as várias nuvens de fumaça vistas em um dos vídeos iam de acordo com os múltiplos impactos quase simultâneos de bombas de 900 quilos, que têm configurações de detonação no subsolo.

Em fala a repórteres no sábado (28), brigadeiro-general Amichai Levin, comandante da base aérea israelense de Hatzerim, afirmou que “dezenas de munições atingiram o alvo em segundos com altíssima precisão”, complementando que isso era o “necessário para atingir este subsolo”.

Utilização das bombas em Gaza e destruição
Os militares israelenses têm usado, diversas vezes, bombas de 900 quilos durante o conflito na Faixa de Gaza. Especialistas em armas e em guerra culpam o uso extensivo de munições tão pesadas pelo enorme número de mortos.

A utilização de bombas dessas bombas, que são majoritariamente fabricadas pelos EUA, pode causar um elevado número de vítimas devido à escala do seu impacto.

O raio de explosão da arma, ou raio de fragmentação letal – área de exposição a ferimentos ou morte em torno do alvo – é de até 365 metros, ou o equivalente a 58 campos de futebol.

Em maio, o governo do presidente americano, Joe Biden, disse que suspendeu o envio de bombas para Israel devido a preocupações quanto ao seu potencial uso na incursão de Rafah e ao risco de danos a civis.

Ataques no Líbano
Os ataques de Israel no Líbano continuaram em ritmo acelerado durante o último fim de semana, matando mais de 100 pessoas e ferindo mais de 350 outras no país no domingo (29).

Os militares israelenses disseram que estavam atacando o Hezbollah, inclusive em ataques contra aproximadamente 45 alvos perto de uma vila no sul do Líbano.

Pelo menos 12 locais em Beirute foram atingidos entre sexta e a manhã desta segunda-feira (30), de acordo com a análise da CNN.

Um ataque destruiu um andar de um edifício de apartamentos próximo do cruzamento da cidade de Cola, um importante centro de transportes no centro de Beirute, marcando a primeira vez que, em quase um ano de conflito, um local dentro dos limites da capital foi atingido.

 

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Rússia lança ondas de ataques de drones em Kiev, dizem militares da Ucrânia

Destroços de drones caíram perto de prédio residencial com serviços de emergência trabalhando no local, segundo o prefeito

A Rússia lançou várias ondas de drones visando Kiev na manhã desta segunda-feira (30), com unidades de defesa aérea defendendo a cidade com sucesso durante o ataque que durou mais de cinco horas, disseram os militares ucranianos.

Testemunhas da Reuters ouviram inúmeras explosões na capital ucraniana, no que pareciam sistemas de defesa aérea em operação, e viram objetos sendo atingidos no ar.

Todos os drones que a Rússia lançou contra Kiev foram destruídos por sistemas de defesa ou neutralizados por guerra eletrônica, disse Serhiy Popko, chefe da administração militar de Kiev, no aplicativo de mensagens Telegram.

De acordo com informações preliminares, não houve vítimas nem danos relatados, ele acrescentou. O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, disse que destroços de drones caíram perto de um prédio residencial com serviços de emergência trabalhando no local.

A força aérea ucraniana disse nesta segunda-feira que abateu 67 dos 73 drones e um dos três mísseis lançados pela Rússia durante o ataque.

O governador Ruslan Kravchenko não relatou danos à infraestrutura crítica ou residencial na região ao redor da capital. Ele disse que o ataque causou incêndios em cinco distritos da região, mas não houve vítimas.

O governador de Mykolaiv, Vitaliy Kim, disse que o ataque causou um incêndio em uma instalação de infraestrutura crítica na região sul.

A Rússia lançou vários ataques aéreos contra Kiev e Ucrânia ao longo de setembro, visando a infraestrutura energética, militar e de transporte da Ucrânia, em ataques que mataram dezenas de civis.

A Rússia nega ter como alvo civis na invasão em grande escala que chamou de “operação especial” quando foi lançada em fevereiro de 2022.

(Reportagem de Gleb Garanich, Valentyn Ogirenko, Pavel Polityuk, Sergiy Karazy e Anastasiia Malenko, em Kiev)

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Morte de líder do Hezbollah acirra conflito e põe Israel em alerta

Em mais um episódio da escalada nas tensões no Líbano, ataque de Israel à cúpula do Hezbollah matou principal líder da organização.

A crise no Líbano escalou entre a noite de sexta-feira (27/9) e o início deste sábado (28/9). Um ataque massivo do Exército israelense atingiu uma base do Hezbollah em Beirute e matou os principais líderes da organização, entre eles o chefe do grupo, Hassan Nasrallah.

Após o episódio, a preocupação em torno de um acirramento da violência no Oriente Médio cresceu. Mesmo com a perda de seu principal nome, o Hezbollah prometeu continuar a guerra contra Israel “em apoio a Gaza e à Palestina, e em defesa do Líbano”.

Israel, por sua vez, não deu trégua. Após bombardear a base do grupo xiita, militares voltaram a lançar ataques aéreos na região de Dahieh, em Beirute. Segundo o Exército, a operação matou Hassan Khalil Yassin, que integrava o núcleo de inteligência do Hezbollah, diz o Metrópo9les.

Ainda neste sábado, sirenes de alerta soaram em Tel Aviv. O governo israelense informou que tratava-se de um míssil lançado do Iêmen, que foi interceptado.

Em uma mensagem divulgada pelo seu porta-voz, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres demonstrou preocupação com o acirramento do conflito. “O secretário-geral está profundamente preocupado com a dramática escalada dos acontecimentos em Beirute nas últimas 24 horas”, diz o comunicado.

“Este ciclo de violência deve parar agora, e todos os lados devem recuar do abismo. O povo do Líbano, o povo de Israel, assim como a região mais ampla, não podem se dar ao luxo de uma guerra total”, disse.

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Israel afirma que ‘desmantelou’ comando do Hezbollah, mas vai continuar a atacar o Líbano

Porta-voz das Forças de Defesa de Israel disse que o país deve promover novos ataques no Líbano para atingir estruturas do Hezbollah mesmo em bairros super habitados

O Exército de Israel afirmou neste sábado (28) que “desmantelou” o grupo extremista Hezbollah, ao “eliminar” grande parte de seus comandantes em um ataque realizado em Beirute, no Líbano. O ataque que ocorreu neste sábado (28), além de Sayyed Hassan Nasrallah, que liderava o Hezbollah desde 1992 e teve sua morte confirmada pela organização na manhã de hoje, Israel declarou que também “eliminou” outros líderes importantes do grupo, embora ainda não tenha fornecido uma lista detalhada dos nomes ou cargos dos demais alvos atingidos na operação.

Este ataque, considerado um dos mais significativos contra o Hezbollah, intensifica ainda mais a tensão na região, já que o grupo tem sido um dos principais adversários de Israel, com o apoio do Irã e envolvimento em conflitos no Oriente Médio por décadas.

Veja a lista de mortes divulgadas por Israel:

  • Ibrahim Muhammad Qahbisi, chefe do Comando de Mísseis e Foguetes;
  • Ibrahim Aqil, chefe de Operações e comandante da Força Radwan;
  • Fuad Shukr, comandante militar de mais alta patente na organização e chefe da unidade estratégica da organização;
  • Ali Karki, comandante do Hezbollah da fronteira sul do Líbano, que faz divisa com Israel;
  • Wissam al-Tawil, comandante da Força Radwan.
  • Abu Hassan Samir, chefe da unidade de Treinamento da Foça Radwan;
  • Muhammad Hussein Srour, comandante do Comando Aerial;
  • Sami Taleb Abdullah, comandante da unidade Nasser;
  • Mohammed Nasser, comandante da unidade Aziz.

De acordo com o serviço de inteligência do Exército israelense, o Hezbollah tem ainda um outro líder do mais alto comando que está vivo, Abu Ali Rida, que é comandante da unidade Bader.

Um porta-voz das Forças de Defesa de Israel disse que o país deve promover novos ataques no Líbano para atingir estruturas do Hezbollah mesmo em bairros habitados.

Israel vem atacando o Líbano mais intensamente há uma semana, que já deixaram mais de 700 mortos e provocaram o mais êxodo do país desde a guerra de 2006, também entre Israel e Hezbollah.

O Exército de Israel informou que enviou duas brigadas para o norte de Israel e está acionando três batalhões da reserva para uma possível incursão terrestre no Líbano. Por enquanto, porém, essa incursão não foi confirmada.

Apesar das mortes e dos milhares de desabrigados, o Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse, neste sábado, que a guerra não é contra o povo libanês.

“Ele (Nasrallah) foi o assassino de milhares de israelenses e cidadãos estrangeiros. Ele era uma ameaça imediata às vidas de milhares de israelenses e outros cidadãos”, declarou o ministro. “Ao povo do Líbano, eu digo: Nossa guerra não é com vocês. É hora de mudar”.

Os conflitos no Oriente Médio começaram em 7 de outubro do ano passado, quando o Hamas, da Faixa de Gaza, atacou uma festa rave em Israel e outros pontos do país, deixando mais de 1.200 mortos e sequestrando centenas de israelenses.

Israel passou a atacar a Faixa de Gaza na sequência, alegando que o alvo eram integrantes do Hamas. No entanto, os ataques que ocorrem desde então devastaram a região da e deixaram mais de 40 mil palestinos mortos, a grande maioria de civis.

Em apoio ao Hamas, o Hezbollah também começou a atacar Israel ainda no ano passado. O conflito entre o exército israelense e o grupo libanês permanece desde então, mas se intensificou na semana passada, após explosões em série de pagers e walkie-talkies de membros do Hezbollah, que acusam Israel pelo ataque.

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Milei leva metade da Argentina à pobreza

PIB em retração, explosão da pobreza, indigência e fome. Os resultados da política de extrema direita de Javier Milei.

O número de argentinos vivendo abaixo da linha da pobreza explodiu no primeiro semestre deste ano. A política neoliberal de austeridade do presidente Javier Milei levou 15,7 milhões de pessoas para o patamar abaixo da linha da pobreza. Os reflexos da política de extrema direita foram divulgados ontem (27) pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos do país (Indec). O estudo, que abrange 31 aglomerados urbanos, aponta que mais da metade das pessoas (52,9%) estão em situação de pobreza. Isso significa também que 4,3 milhões de famílias, ou 42,5% delas, estão em situação de insegurança.

Javier Milei completou 10 meses de mandato. Agora, ele enfrenta os resultados de sua política. Uma Argentina assolada por uma grave crise econômica e social. O país sofre com altos índices de endividamento, câmbio desvalorizado, reservas internacionais escassas e uma inflação alarmante de 236%.

Durante os primeiros seis meses do governo Milei, 3,4 milhões de pessoas caíram na faixa da pobreza, um aumento de 11,2% em relação ao segundo semestre de 2023, quando 12,3 milhões de pessoas (41,7% da população) estavam nessa condição.

Milei e indigência
Para classificar quem está abaixo da linha da pobreza, o Indec calcula o rendimento das famílias e o acesso a necessidades básicas. Isso inclui alimentos, vestuário, transporte, educação e saúde. Além do aumento da pobreza, a pesquisa aponta que 5,4 milhões de pessoas (18,1% da população) estão em situação de indigência, ou seja, sem acesso a uma cesta de alimentos suficiente para suprir as necessidades diárias de energia e proteína. No segundo semestre de 2023, esse número era de 3,5 milhões (11,9%).

Quando se observam as famílias, 1,4 milhão delas foram consideradas indigentes (13,6%) no primeiro semestre deste ano, comparadas às 870 mil registradas no fim de 2023 (8,7%). A alta nos preços continua sendo um dos maiores desafios para os argentinos. No primeiro semestre, a inflação acumulada no país foi de 79,8%, gerando ceticismo nas ruas quanto à relação entre o índice geral e o custo da cesta de produtos consumidos pela população, especialmente a mais vulnerável.

Recessão e desemprego
O agravamento da crise social está ligado à recessão econômica. No primeiro trimestre de 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) argentino recuou 5,1%, seguido de uma queda de 1,7% no segundo trimestre. Esse cenário recessivo tem contribuído para o aumento do desemprego, especialmente no setor privado, que demitiu cerca de 177 mil funcionários entre novembro de 2023 e abril de 2024, segundo um relatório do Centro de Estudos de Política Econômica (Cepa).

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Hezbollah confirma morte de Hassan Nasrallah, líder do grupo

Líder do Hezbollah foi atingido por ataque com mísseis em Beirute na sexta-feira (27)

O Hezbollah do Líbano confirmou neste sábado (28) que o seu líder Sayyed Hassan Nasrallah foi morto e prometeu continuar a batalha contra Israel.

A morte ocorreu durante um ataque aéreo massivo de Israel no que disse ser a “sede central” do Hezbollah no sul de Beirute na sexta-feira (27).O grupo disse que Nasrallah foi morto após um “traiçoeiro ataque aéreo sionista nos subúrbios do sul”.

O chefe do exército de Israel, Herzi Halevi, disse que o ataque foi realizado “após um longo período de preparação” e “no momento certo, de forma muito contundente”. Halevi também alertou que este não era o fim da “caixa de ferramentas” de Israel e que há “mais ferramentas no futuro”.

As FDI continuaram a atacar edifícios de Beirute na sexta-feira, alegando que foram usados ​​pelo Hezbollah como centros de comando e locais de produção e armazenamento de armas. Pelo menos seis pessoas morreram e 91 ficaram feridas nos ataques de Israel em Beirute, disse o Ministério da Saúde libanês, acrescentando que a contagem de vítimas “não era definitiva”.

Nasrallah transformou o Hezbollah numa das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio. Filho de um dono de mercearia e de sua esposa, nasceu em Beirute, em agosto de 1960, ele passou o início da adolescência sob a sombra da guerra civil do Líbano, segundo a CNN.

Quando Israel invadiu o Líbano em 1982, em resposta aos ataques da Organização de Libertação da Palestina, Nasrallah reuniu um grupo de combatentes para resistir à ocupação – que evoluiria para o Hezbollah. O grupo já estava se recuperando depois que as explosões atingiram pagers e walkie-talkies de propriedade de membros do Hezbollah.

Resposta do Irã: O Líder Supremo do Irã, Ali Khamenei, enviou uma mensagem de segurança ao Hezbollah, dizendo que “todas as forças de resistência regionais” estão ao lado do grupo. Na sua primeira mensagem desde que os militares israelenses reivindicaram o assassinato de Nasrallah, Khamenei disse que Israel era “demasiado pequeno para causar danos significativos” ao grupo libanês. O destino da região, disse ele, “será determinado pelas forças de resistência, no topo das quais está um Hezbollah vitorioso”.

Israel continuou a atacar o Líbano neste sábado (28), com Beirute novamente como alvo. Os ataques aéreos israelenses atingiram vários locais no leste e no sul do Líbano, informou a Agência Nacional de Notícias Libanesa (NNA). As áreas atingidas incluem cidades de Baalbek, no leste, e Nabatiyeh, no sul, disse a NNA, acrescentando que um número não especificado de pessoas foi morta nos ataques.

Num comunicado na manhã deste sábado, os militares israelenses disseram que conduziram “ataques extensos” nas últimas duas horas na área de Beqaa e no sul do Líbano, alegando que tinham como alvo lançadores do Hezbollah, instalações de armazenamento de armas e locais de infraestrutura.

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Enquanto massacra os palestinos e bombardeia o Líbano, Netanyahu ameaça o Irã e é vaiado na ONU

Primeiro-ministro de Israel discursou nesta sexta-feira na ONU e foi vaiado durante sua fala.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ameaçou o Irã nesta sexta-feira (27), em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), informa o jornal O Globo. Netanyahu culpou o país vizinho pela escalada na região e disse que responderá com fogo em caso de novos ataques em território israelense. Ele também justificou os massacres cometidos por Israel em Gaza e no Líbano.

“As milícias do Irã na Síria e no Iraque bombardearam Israel dezenas de vezes no último ano. Abastecidos pelo Irã, terroristas palestinos na Judeia e Samaria [como Israel chama a Cisjordânia] perpetraram vários ataques lá e por Israel. Pela primeira vez, o Irã atacou diretamente Israel a partir do seu próprio território, disparando 300 drones, mísseis de cruzeiro e balísticos contra nós. Eu tenho uma mensagem para os tiranos em Teerã: se vocês nos atacarem, nós vamos atacar vocês. Não há um lugar no Irã que Israel não possa atingir”, disparou Netanyahu.

O discurso do primeiro-ministro israelense foi boicotado por delegações de diferentes países presentes na Assembleia Geral da ONU. O presidente da sessão precisou pedir silêncio para as pessoas que vaiavam Netanyahu. Ele afirmou que nem pretendia comparecer ao evento, mas que precisava “esclarecer” as coisas.

“Eu não pretendia vir aqui neste ano. Meu país está em guerra, lutando pela sua vida. Mas após ouvir as mentiras e calúnias levantadas por muitos dos porta-vozes neste púlpito, eu decidi vir aqui e esclarecer as coisas. E aqui está a verdade: Israel busca a paz (…).Israel fez a paz e vai fazer a paz de novo”, disse Netanyahu, enquanto seu país continuava atacando pontos no Oriente Médio. As Forças Armadas de Israel (FDI) voltaram a bombardear alvos no Líbano e na Síria na manhã desta sexta-feira.