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“Descuido de servidores” permitiu invasão ao sistema do CNJ, diz Delgatti

O hacker Walter Delgatti Neto, preso preventivamente nesta quarta-feira (2) em operação que também teve como alvo a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli, disse em depoimento à Polícia Federal que o descuido de servidores do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com senhas de acesso permitiu a invasão ao sistema do órgão. Zambelli foi apontada por Delgatti como mandante das invasões ao sistema do CNJ.

O descuido de servidores do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) permitiu o acesso do hacker Walter Delgatti Neto ao sistema do órgão. “Os servidores confiavam demais que o sistema não seria invadido”, disse o hacker em depoimento à Polícia Federal, diz o Metrópoles.

No depoimento, o hacker contou que conseguiu acesso ao repositório de códigos-fonte usados pelos desenvolvedores do sistema do CNJ, o GitLab, usando um bug em outro site.

Nesse repositório, ele localizou uma plataforma auxiliar onde os desenvolvedores do sistema trocavam mensagens. Ele passou a acompanhar as conversas para entender o funcionamento dos códigos.

Delgatti analisou linhas de códigos por três meses e percebeu que muitas senhas usadas “eram muito frágeis, a exemplo de ‘123mudar’, ‘cnj123’ e ‘p123456’, ou seja, de fácil dedução”.

Foi assim que ele conseguiu acesso ao primeiro usuário que usou para entrar no sistema. O usuário “rosfran.borges” acabou sendo descoberto, e seu acesso foi bloqueado.

O hacker contou que o servidor Rosfran Borges “não teve qualquer participação na invasão, não tendo fornecido sua senha”, mas, na plataforma usada para as mensagens dos desenvolvedores, foi xingado por conta da invasão.

Uma das senhas “123mudar” era exatamente do conjunto de protocolos que dava acesso a diretórios de informações do CNJ, o LDAP.

“Em alguns bancos de dados, a senha não era um ‘hash’ [uma senha criptografada], mas a senha em si, o que demonstrou um descuido por parte dos administradores, haja vista possibilitar combinações em outros sistemas”, disse Delgatti.

A operação desta quarta-feira também cumpriu mandados de busca e apreensão nos endereços da deputada Carla Zambelli. Ela foi apontada por Delgatti como mandante das invasões ao sistema do CNJ.

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Conselho de Ética: relator aceita denúncia contra Zambelli, alvo da PF

Em meio a idas e vindas, o deputado João Leão (PP-BA) votou pela admissibilidade da representação contra Carla Zambelli no Conselho de Ética da Câmara. A deputada é acusada de ter extrapolado as prerrogativas parlamentares ao xingar o deputado Duarte Júnior (PSB-MA) durante uma audiência da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, em abril.

No início da reunião, Leão chegou a pedir para adiar a leitura de seu parecer referente à representação contra Carla Zambelli no Conselho de Ética da Câmara. Isso porque a parlamentar não estava presente, após ser alvo de mandados de busca e apreensão pela PF mais cedo, diz Lauro Jardim, O Globo.

Leão alegou que queria Zambelli antes de apresentar seu relatório. Mas durante a reunião foi informado que a deputada se encontrava na Câmara e voltou atrás. Leão decidiu ler o parecer e ainda tentou mais uma alternativa para amenizar a situação. Ele perguntou à deputada se ela topava um acordo para pedir desculpas públicas ao colega.

Zambelli, que neste momento já acompanhava a reunião no Conselho de Ética, topou o acordo. Mas o deputado Mário Heringer (PDT-MG) alertou que não havia possibilidade regimental para tal. Em seguida, o próprio denunciante, Duarte Júnior (PSB-MA) também afirmou não ter condições de aceitar o pedido de desculpas.

A deputada bolsonarista agora vai preparar sua defesa ao Conselho de Ética.

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Hacker afirma que Bolsonaro perguntou se ele conseguia invadir urnas eletrônicas

Preso preventivamente na manhã desta quarta-feira (2/8), em São Paulo, Walter Delgatti, conhecido como o “hacker da Vaza Jato”, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) perguntou se o investigado, munido de “código-fonte”, conseguiria invadir urnas eletrônicas. Contudo, o delator afirmou que “isso não foi adiante, pois o acesso dado pelo TSE [Tribunal Superior Eleitoral] foi apenas na sede do tribunal”, e Delgatti não poderia ir lá, segundo o Metrópoles.

A reunião entre os dois teria ocorrido no Palácio do Planalto, intermediada pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), também alvo da operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta manhã. A força-tarefa investiga a atuação de suspeitos na invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), bem como na inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).

As ações ocorrem no âmbito de inquérito policial instaurado para apurar a invasão ao sistema do CNJ. O processo tramitou na Justiça Federal, mas teve declínio de competência para o Supremo Tribunal Federal (STF), em razão do surgimento de indícios de possível envolvimento de pessoa com prerrogativa de foro.

Os crimes apurados ocorreram entre 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ — e possivelmente de outros tribunais do Brasil — 11 alvarás de soltura de presos por motivos diversos, além de um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do STF Alexandre de Moraes.

As inserções fraudulentas ocorreram após uma invasão criminosa aos sistemas, com uso de credenciais falsas e obtidas de forma ilícita. Assim, os criminosos conseguiram ter controle remoto das informações.

Os fatos investigados configuram, em tese, os delitos de invasão de dispositivo informático e de falsidade ideológica.

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Mortes no Guarujá: Tarcísio adota tom linha-dura e se reaproxima do bolsonarismo

Tarcísio faz defesa enfática da operação que matou 14 pessoas no litoral e agrada a bolsonaristas que estavam insatisfeitos com sua postura.

São Paulo – A defesa enfática que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem feito da operação policial que já deixou ao menos 14 mortos no Guarujá, litoral paulista, o reaproximou do bolsonarismo, base que o ajudou a se eleger no ano passado e que vinha disparando fogo amigo nos últimos meses, segundo o Metrópoles.

Além do apoio incondicional à Polícia Militar (PM), que reagiu ao assassinato de um soldado da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) na quinta-feira (27/7), Tarcísio escolheu palavras-chave do vocabulário bolsonarista para responder a questionamentos sobre possíveis excessos das forças de segurança.

Por mais de uma vez, o governador falou em “guerra” contra o tráfico de drogas na Baixada Santista para justificar os confrontos letais após a morte do PM da Rota, e disse que “não podemos sucumbir a narrativas” quando foi indagado sobre denúncias de abusos e tortura durante a operação policial no litoral.

“Essa guerra [com o narcotráfico] destrói a sociedade. Essa guerra não é só da polícia. Essa guerra não é só do governo do estado. Essa guerra é de todo mundo. Essa guerra é de todos”, disse Tarcísio nessa terça-feira (1º/8), após cobrar respeito à Polícia Militar.

Tarcísio já havia negado excessos da PM na ação e dito que “não existe combate ao crime sem efeito colateral”, em referência aos 14 mortos em supostos tiroteios com policiais. O governador enfatizou que o crime organizado anda fortemente armado e ressalvou que “ninguém quer o confronto”.

A palavra “narrativa” voltou a ser usada até mesmo na hora de prometer que eventuais abusos da polícia serão investigados e punidos. “Agora fica sempre essa narrativa de que há excesso, há excesso, há excesso. Se houver excesso, nós vamos investigar.”

O tom linha-dura adotado por Tarcísio agradou à base bolsonarista em São Paulo, que andava profundamente irritada com o governador, tanto pela falta de espaço no governo paulista quanto pelas decisões políticas dele.

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Vídeo: Sâmia chama Salles de “golpista e covarde” por elogio à ditadura

Nesta terça-feira (1º), durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o deputado Ricardo Salles (PL), relator do colegiado, causou polêmica ao defender a ditadura militar. A deputada Sâmia Bomfim (PSOL) reagiu veementemente às declarações, chamando Salles de “covarde e golpista”.

As declarações de Salles ocorreram durante o depoimento do general Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. O deputado perguntou a opinião do militar sobre a ditadura militar e elogiou o golpe de 31 de março de 1964, que culminou no período ditatorial.

Sâmia Bomfim criticou duramente as falas do relator, destacando os horrores vividos por milhares de brasileiros e brasileiras durante o regime militar. A parlamentar ressaltou que muitas mães até hoje não têm informações sobre o paradeiro de seus filhos, que foram perseguidos e torturados na ditadura. Além disso, ela enfatizou que o período ditatorial não permitia debates democráticos, o que torna absurdo qualquer elogio a tal regime.

A deputada também fez críticas ao presidente da CPI, Tenente-Coronel Zucco (Republicanos), por não ter repreendido as falas de Ricardo Salles. Ela ressaltou a importância do presidente da CPI defender o estado democrático de direito e apontou que é papel dele repreender parlamentares que atentam contra a democracia.

*247

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CPI de 8/1: Torres deve depor na semana que vem e não ficará calado

Juliana Dal Piva*

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, deve depor na CPI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de Janeiro na próxima quinta-feira (10). A coluna apurou que a expectativa é que ele responda às perguntas dos senadores.

No entanto, seguirá a mesma linha de depoimentos anteriores ao Judiciário, no qual não fez acusações a seus antigos colegas de governo nem mesmo a Jair Bolsonaro (PL).

Ele tem negado que as blitze no segundo turno tenham sido uma interferência com fins eleitorais e também diz desconhecer quem é o autor da minuta golpista encontrada em sua casa durante busca e apreensão em janeiro.

Torres foi ministro da Justiça até dezembro de 2022 e passou a comandar a segurança pública da capital federal na primeira semana de janeiro, época dos ataques contra as sedes dos três Poderes.

No domingo dos atos golpistas, 8 de janeiro, Torres estava em Orlando, nos EUA, e foi demitido da Secretaria de Segurança Pública do DF. Jair Bolsonaro também estava na mesma cidade. Os dois negam, porém, que tenham se encontrado.

Logo depois dos ataques, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a prisão preventiva de Torres, após um pedido da PF (Polícia Federal). Torres voltou dos EUA e foi levado à prisão no Batalhão da Polícia Militar no DF assim que chegou ao Aeroporto Internacional de Brasília.

Em 11 de maio, ele foi liberado para responder o processo em liberdade, mas permanece sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.

*Uol

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Além de defender chacinas, Tarcísio decide tirar livros das escolas de São Paulo

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), que nos últimos dias tem se notabilizado por defender a chacina promovida pela Polícia Militar em uma comunidade no Guarujá – episódio que matou 12 pessoas -, tomou a decisão de não participar do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que possibilita a aquisição de livros didáticos com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, do Ministério da Educação.

Portanto, a partir de 2024, a rede pública de ensino do estado de São Paulo passará a adotar somente conteúdo didático digital, excluindo o uso dos livros impressos a partir do 6º ano do ensino fundamental. A decisão já foi confirmada pela Secretaria de Educação do Estado, sob o comando de Renato Feder, na tarde desta segunda-feira (31), informa a Folha de S. Paulo.

Ao optar por não participar do PNLD 2024, que fornecerá livros para o ensino fundamental 2 (do 6º ao 9º ano) ainda neste semestre, para serem distribuídos no próximo ano, o governo paulista abriu mão de uma soma aproximada de R$ 120 milhões. Essa cifra refere-se apenas ao material do fundamental 2, de acordo com informações da Abrelivros (Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais). Mais de 1,4 milhão de estudantes não receberão os tradicionais livros didáticos impressos no próximo ano, e somando todas as disciplinas, mais de 10 milhões de livros deixarão de ser distribuídos.

Ângelo Xavier, presidente da associação, expressou preocupação e questionou a decisão junto à Secretaria de Educação. Ele apontou que, em 80 anos do programa nacional de livros, esta é a primeira vez que São Paulo fica de fora. “Essa é uma decisão muito grave e de gabinete, sem consulta às escolas”, afirmou Xavier.

“Não entendemos por que abrir mão do PNLD. Além disso, adotar apenas material didático digital vai na contramão do mundo e de vários estudos, que apontam a menor retenção de aprendizado. Isso também amplia o uso de tela na infância e na adolescência, em um momento em que vemos os prejuízos do uso excessivo de tecnologia”.

A Secretaria de Educação foi consultada e respondeu com uma nota: “a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo esclarece que continua ativa no Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) para a distribuição de livros literários. A Educação de SP possui material didático próprio, alinhado ao currículo do Estado, que é utilizado em suas 5.300 escolas, garantindo a coerência pedagógica.

Para os anos iniciais, será adotado o material digital com suporte físico, enquanto para os anos finais e ensino médio, o material será 100% digital. Todas as iniciativas pedagógicas lançadas pela Secretaria têm como base o material próprio, como é o caso do Provão Paulista, que será utilizado como forma de ingresso em 2024 nas universidades públicas do Estado, como a USP e a Unicamp”.

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Gastos de R$ 344 mil com táxi aéreo engordaram a polpuda pré-campanha de Moro

O diretório estadual do União Brasil no Paraná pagou, em 4 de agosto de 2022, um montante de R$ 344,6 mil à empresa Táxi Aéreo Hércules, sediada em Curitiba, em benefício da pré-campanha de Sergio Moro ao Senado. Quitada com verba do fundo partidário, a despesa permaneceu inédita até o último dia 26, quando foi informada pelo próprio partido ao TRE do Paraná em sua prestação de contas anual, diz Lauro Jardim, O Globo.

Na Corte, Moro é alvo de dois pedidos de cassação, movidos por PL e PT. As siglas alegam que o ex-juiz da Lava-Jato praticou abuso de poder econômico enquanto era pré-candidato à Presidência e, depois, ao cargo de senador. O teto de gastos estipulado pela Justiça Eleitoral antes do início oficial da campanha era de R$ 4,4 milhões, mas as ações contra Moro indicam que teriam sido investidos mais de R$ 19 milhões na pré-candidatura dele.

Os gastos com táxi aéreo feitos pelo União Brasil, atual partido de Moro, são referentes a seis voos que conduziram Moro, seus auxiliares e seus correligionários entre municípios paranaenses (além de Curitiba, Londrina, Maringá e Paranavaí) e também a São Paulo.

As viagens aconteceram entre 20 e 31 de julho do ano passado, duas semanas antes do início da campanha eleitoral, em 16 de agosto. A mais barata delas custou R$ 41,6 mil (Curitiba x Maringá x Curitiba, em 20 de julho) e a mais cara R$ 89,6 mil (Curitiba x Londrina x São Paulo x Curitiba, entre 22 e 23 de julho). Há voos de carreira disponíveis para os seis trechos em questão.

Além de Moro, segundo a legenda informou ao TRE, voaram Felipe Francischini (deputado e presidente estadual da sigla); Luis Felipe Cunha (eleito primeiro suplente de Moro em outubro) e quatro assessores. Nos registros, Moro foi classificado como “pré-candidato Sergio Moro” pelo União Brasil — o que associa o investimento à pré-campanha.

A nível local, no Paraná, o União Brasil informou ao TRE que desembolsou R$ 1,8 milhão com Moro entre janeiro e dezembro de 2022 — numa planilha detalhada mês a mês, a conta aparece como se fosse referente ao mês de setembro.

O valor corresponde a 40% do teto de R$ 4,4 milhões da pré-campanha, só que o diretório nacional da sigla também fez investimentos no período. E, junto com o União Brasil, o Podemos também engordou a polpuda pré-campanha de Moro antes de 16 de agosto: o ex-juiz ia concorrer a presidente pelo partido e, antes de desistir e trocar de filiação, também utilizou recursos partidários para financiar seus primeiros compromissos políticos.

A expectativa do PL e do PT é que despesas como a do táxi aéreo sejam apresentadas ao TRE por União Brasil e Podemos nas próximas semanas. Há uma ordem para que o atual e o antigo partidos de Moro informem ao Judiciário tudo o que foi gasto na pré-campanha, mas ambos aguardam a expedição das intimações para cumprir a determinação.

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Delgatti diz que Bolsonaro ordenou que ele invadisse urnas eletrônicas, diz jornalista

Joaquim de Carvalho*

O depoimento de Walter Delgatti Neto é mais explosivo do que a parte até aqui vazada e que dá conta de que Carla Zambelli pediu para o hacker invadir as urnas eletrônicas ou, caso não conseguisse, a conta de e-mail e o telefone de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na trama para desmoralizar o sistema eleitoral brasileiro, está implicado o próprio Jair Bolsonaro, que, com intermediação de Carla Zambelli, conversou por telefone com Delgatti.

O depoimento do hacker é mantido em sigilo, mas é seguro afirmar que a Polícia Federal, a partir de suas declarações, iniciou uma investigação que comprova a veracidade de pelo menos parte do que Delgatti disse.

Segundo ele, em setembro de 2022 foi chamado para uma conversa com Carla Zambelli num restaurante da rodovia dos Bandeirantes, no interior de São Paulo, entre Campinas e Ribeirão Preto.

Nesse encontro, a deputada federal, que na época era muito próxima de Bolsonaro, teria feito o pedido. Bolsonaro e Carla se distanciaram depois do episódio em que a deputada teve vídeo divulgado no qual aparece perseguindo um eleitor do PT com arma em punho, na véspera do segundo turno.

A PF já tem as imagens do encontro, mas, ao contrário do que Delgatti disse, o posto não fica na Bandeirantes, mas na rodovia Anhanguera, e o restaurante é da rede Frango Assado.

No depoimento aos policiais, Delgatti havia feito a ressalva de que não sabia ao certo qual era a rodovia. Ele estava em um apartamento em Ribeirão Preto quando um assessor de Carla Zambelli telefonou e propôs o encontro.

Delgatti, que já tinha sido levado por Carla Zambelli para uma reunião de duas horas e meia com Bolsonaro no Palácio do Alvorada, concordou, e um motorista da deputada foi buscá-lo em casa e o levou para o restaurante na estrada.

O objetivo era invadir as urnas eletrônicas, para provar que o sistema era falho, mas Delgatti não conseguiu.

Entretanto, como resultado de suas tentativas, ele conseguiu acessar o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e registrar um mandado de prisão assinado por Alexandre de Moraes contra o próprio Alexandre de Moraes.

O mandado foi descoberto em 5 de janeiro – três dias antes da invasão das sedes dos três poderes, em Brasília – e provocou uma mudança no sistema de informática do CNJ.

Ao contrário do que se disse até aqui, essa invasão foi um fato grave. Tendo acesso ao sistema, um hacker poderia emitir mandados, mas também revogar outros. Ou usar o acesso para outros serviços da Justiça, como bloqueio ou desbloqueio de automóveis, por exemplo.

A Polícia Federal apura como Delgatti conseguiu esse acesso. Um engenheiro de programação do CNJ foi investigado, sob a suspeita (não comprovada) de que teria fornecido suas credenciais ao hacker.

O nome do servidor está no inquérito, mas, como sua participação não está comprovada, será mantido em sigilo.

Pelo que contou Delgatti aos policiais, a conversa com Bolsonaro em torno da “missão” para invadir as urnas eletrônicas se deu por celular novo que Carla Zambelli retirou de uma caixa e colocou chip que também estaria sendo usado pela primeira vez – e talvez única.

Bolsonaro também teria pedido a Delgatti que assumisse uma gravação clandestina que ele teria do próprio Alexandre de Moraes.

Delgatti disse aos policiais que acredita que essa gravação nem existisse, mas fizesse parte do suposto plano para o senador Marcos do Val (Podemos-ES) gravar Alexandre de Moraes.

Não está claro se a conversa foi no próprio restaurante ou se em momento posterior, já que Delgatti, após a conversa, foi para Brasília e ficou hospedado no apartamento funcional da deputada, onde também residiam a mãe e o filho de Carla Zambelli.

Delgatti contou que recebeu depósitos em sua conta bancária feitos por assessores de Carla Zambelli, o que comprovará o vínculo entre eles.

Houve também, segundo seu depoimento, entrega de dinheiro vivo, que é mais difícil de ser rastreado, mas não impossível.

A Polícia pode buscar saques em espécie de assessores de Carla Zambelli e confrontar com depósitos na conta de Walter Delgatti.

A investigação é sigilosa, e está sob jurisdição do Supremo Tribunal Federal.

Bolsonaro, assim como Carla Zambelli, está no centro da investigação, sob a suspeita de mandar invadir o sistema de informática do Poder Judiciário.

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Alckmin se junta a Haddad e também devolve presente da Arábia Saudita: “Valor elevado”

Postura contrasta com a de Jair Bolsonaro, que tentou se apropriar ilegalmente de presentes milionários dados por autoridades estrangeiras ao Estado brasileiro.

O vice-presidente e ministro da Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, decidiu, a exemplo do que fez nesta segunda-feira (31) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, devolver um presente valioso que havia recebido do ministro de Investimentos da Arábia Saudita, Khalid Al Falih. Ambos estiveram com a autoridade árabe no Fórum de Investimentos Brasil – Arábia Saudita, em São Paulo (SP).

Contrastando com a postura de Jair Bolsonaro, que tentou se apropriar ilegalmente de presentes milionários dados por autoridades estrangeiras ao Estado brasileiro, Alckmin, que havia postado uma foto segurando o objeto recebido – uma escultura de camelo feita com metal e pedras preciosas -, decidiu devolvê-lo, em vez de incorporá-lo ao acervo da União, para respeitar normativos que vedam o recebimento de presentes de valor elevado.

“A despeito disso, com as necessárias escusas, informamos que normativos nacionais brasileiros impossibilitam a concretização de recebimento de presentes de elevado valor, por autoridades públicas, ainda que utilizadas apenas para a demonstração de respeito e da possibilidade de convergência de interesses em ações conjuntas de interesse recíproco”, diz ofício assinado pelo chefe de gabinete de Alckmin, Pedro Guerra.

“Nesse sentido, reafirmamos nossos votos de consideração e de agradecimentos pela relevante demonstração de apreço e respeito, ao tempo em que informamos sobre a restituição desse valioso item, para que retorne ao seu acervo original”, prossegue o documento.

Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, devolverá à Arábia Saudita uma escultura de uma onça feita em ouro que havia ganhado de Khalid Al Falih, ministro de Investimento do país.

A princípio, o objeto, cujo valor ainda não foi calculado, seria incorporado ao acervo da União e já não ficaria com Haddad em caráter pessoal. Em nota, entretanto, o Ministério da Fazenda informou que o presente será devolvido pois não foi dado com aviso prévio, conforme manda o protocolo.

*Com Forum

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