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Lava Jato cria comissão para se salvar da crise dos delatores pagos

Para o advogado Cristiano Zanin, da defesa de Lula, os delatores “são pagos para sustentar versões, e os pagamentos põem em xeque a voluntariedade exigida pela lei no processo de colaboração”

A Lava Jato em Curitiba criou uma comissão especial para debater formas de “blindar” as delações premiadas que passam por questionamento pelas defesas dos réus da operação – inclusive Lula – desde que ficou provado que os colaboradores receberam dinheiro para ajudar o Ministério Público Federal.

Segundo a Folha de S. Paulo deste sábado (25), pagar delatores para colaborar com a Lava Jato é uma “prática” que “nunca foi segredo para os procuradores do outro lado da mesa e sempre foi considerada essencial para assegurar a cooperação dos executivos”.

Há alguns meses, um ex-executivo da OAS entrou na Justiça trabalhista porque, diferente dos colegas delatores, ele foi demitido da empresa sem receber pagamentos por ter cooperado com a Lava Jato. Mais recentemente descobriu-se que a Odebrecht lançou mão do mesmo expediente: paga o salário mesmo após demissão, mais indenização e as perdas decorrentes da Lava Jato para quem ajudou a fazer a delação do grupo.

A procuradora encarregada da comissão especial é Samantha Dobrowolski, que disse à Folha que o MP não tinha como “se imiscuir nas tratativas das empresas com seus funcionários.”

Durante julgamento de Lula em Curitiba, a defesa tentou trazer informações sobre esses pagamentos à tona, mas o então juiz Sergio Moro impediu. Em julho de 2018, Moro alegou que não via “pertinência a uma coisa que é feita pela empresa e uma coisa que é feita no acordo [de colaboração].”

Para o advogado Cristiano Zanin, da defesa de Lula, os delatores “são pagos para sustentar versões, e os pagamentos põem em xeque a voluntariedade exigida pela lei no processo de colaboração.”

 

 

 

 

 

 

*Com informações do GGN

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Big Data alerta: Manifestações pró-Bolsonaro amanhã podem surpreender

De acordo com a equipe da BITES, especializada em captura e análise de grandes quantidades de dados (Big Data), as manifestações de domingo (26) “podem surpreender e iniciar um novo ciclo dentro do universo bolsonarista”.

Abaixo, a íntegra da análise da BITES:

O interesse pelas manifestações de domingo, dia 26 de maio, parece não ter aumentado na véspera do evento, como era de se esperar. Mesmo diante dessa latência, considerando o intervalo de cinco dias anteriores aos atos, até às 20h de hoje, o volume de menções, no Twitter, a protestos, manifestações ou as hashtags de apoio ao 26 de maio era seis vezes maior que as menções aos protestos do dia 15.

Foram 1,2 milhão de posts contra 206 mil para os atos da semana passada. Os dados do Sistema Analítico BITES indicam, até agora, mesmo com algum arrefecimento da oposição ao centrão, após a aprovação da MP 870, e as dúvidas sobre as pautas da manifestação, que os atos do próximo domingo podem surpreender por sua consistência e capilaridade.

A peculiaridade do evento deste dia 26 é a inexistência de uma pauta unificada, nem lideranças fortes facilmente identificáveis. Isso demonstra que, com o desembarque da mobilização de grupos responsáveis pelas manifestações contra Dilma Rousseff, como o MBL e o Vem Pra Rua, há um vácuo no bolsonarismo a ser ocupado. E como o poder não permite o vazio, alguém assumirá a posição.

Lobão só perdeu seguidores desde o dia 10 de maio – 42,9 mil até agora. Da base de Kim desembarcaram 100,7 mil seguidores desde 18 de maio.* No mesmo período, o empresário Luciano Hang, da Havan, ganhou 44,4 mil; Allan dos Santos, do site bolsonarista Terça Livre, 8,9 mil; Olavo de Carvalho, 16,3 mil. Os três apoiam as manifestações.

Mesmo sem declarar apoio público, Bolsonaro pode terminar o domingo mais conectado aos aliados fiéis. A possível cristalização da relação irá se refletir diretamente nos próximos passos do governo junto ao Congresso Nacional, especialmente no debate da reforma da Previdência e em projetos ligados à pauta de costumes.

A propaganda das manifestações se alastra pelo Whatsapp. Em uma centena de grupos monitorados por BITES nessa plataforma digital há uma intensa atividade em torno do próximo domingo, incluindo a divulgação de uma lista de manifestação em 350 cidades.

O grupo pró-Bolsonaro que vai às ruas domingo certamente não terá a mesma força que as manifestações antipetistas de 2015 e 2016. Apesar disso, terá capilaridade e espontaneidade. A partir de domingo, haverá uma busca por líderes alinhados às causas desse novo ciclo.

No Google, as buscas pelos protestos ou por Bolsonaro não cresceram consideravelmente nos últimos dias. Desde o dia 19, as buscas pela palavra-chave 26 de maio ou por manifestações e protestos se mantêm estáveis. O volume de buscas está abaixo do volume no dia 15 – mas ainda acima das buscas nas vésperas da manifestação de estudantes.

As buscas pelo próprio Bolsonaro estão num patamar abaixo de 40% do volume de buscas sobre ele no dia 16, dia seguinte ao protesto contra ele. Pode parecer indício de fracasso – mas é amanhã que deve começar a aparecer, de forma mais consistente, esse interesse pelos eventos.

A conferir.

 

 

 

 

 

*Com informações do A Postagem

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O nefasto 26 de maio: Bolsonaristas, militares e empresários irão às ruas defender a Reforma da Previdência

Direitistas bolsonaristas, liberais, militares e empresários milionários sairão às ruas exigindo a aprovação da reforma da previdência, que obrigará milhões de pessoas a trabalhar até morrer. Por trás das divergências entre as instituições do regime burguês degradado, todos (inclusive o Legislativo, o Judiciário, a Lava Jato e a grande mídia) confluem em aplicar duros ajustes neoliberais contra os trabalhadores. São verdadeiros inimigos do povo.

A convocatória do reacionário ato do dia 26 mudou nos últimos dias. O esforço foi ressignificá-lo, colocando-o no interior do que é permitido pelo regime democrático burguês, ao mesmo tempo em que se preserva a defesa de Bolsonaro como pano de fundo. A mudança de alvo, do inicial “fechamento do Congresso” e impeachment de diversos membros do STF e do Congresso os reacionários passaram ao seu verdadeiro inimigo: os trabalhadores e seu direito de se aposentar.

Desde o final de semana passado as facas foram cuidadosamente afiadas. Hashtags foram erguidas com ajuda de robôs; xingamentos e memes disparados entre membros do golpismo e de toda direita, houve divisão no PSL. A mídia respondeu com agressivos editoriais exigindo que Bolsonaro respeitasse as instituições, e, sobretudo respeitasse a ordem de prioridades e parasse de atirar em direções que não fossem a reforma da previdência.

Olhando a superfície dos eventos alguns dias atrás parecia que estávamos em poucos segundos antes de uma sangrenta batalha campal. Mas esta aparência ocultava o real objetivo. Detrás do barulho as hostes bolsonaristas realizavam sua disputa de poder com outras alas dentro do governo e do regime político mas ao mesmo tempo afiavam suas facas para o verdadeiro inimigo.

Bolsonaro decidiu anteontem separar-se do evento dizendo que nem ele, nem seus ministros iriam. Enquanto isso Rodrigo Maia atuava para garantir a MP870 e diversas composições para que a reforma da previdência seguisse sua tramitação. E consequentemente todos memes e convocatórias começaram a mudar, querem colocar gente na rua para garantir pressão para trucidar o direito de nos aposentarmos.

 

 

 

 

 

*Com informações do Esquerda Diário

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Bolsonaro favorece milícias com o novo decreto das armas, diz procuradoria

A Procuradoria Federal dos Direitos dos Cidadãos emitiu nota na sexta (24) à noite informando que o novo decreto de Jair Bolsonaro, apesar de ter sido vendido como um “recuo” do governo para corrigir inconstitucionalidades, acabou acentuando ainda mais a flexibilização do porte e posse de armas no País.

Ao contrário do divulgado, Bolsonaro não retirou a possibilidade de cidadãos comuns terem acesso a um fuzil. Além disso, as milícias e outras organizações criminosas serão favorecidas com a falta de controle sobre a venda de munição, entre outros pontos.

Leia a nota técnica – enviada ao Congresso – abaixo.

Da PFDC – Ministério Público Federal

Novo decreto de armas segue inconstitucional e acentua ilegalidades da normativa anterior
O novo decreto de armas – publicado pelo governo federal em 21 de maio para supostamente retificar problemas na normativa anterior –não só manteve a inconstitucionalidade e a ilegalidade do Decreto 9.785/2019, como em diversos aspectos agravou as ilegalidades que marcam a medida.

O entendimento está em uma Nota Técnica encaminhada nesta sexta-feira (24) pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) ao Congresso Nacional, como subsídio aos parlamentares que irão analisar a matéria. O conjunto de argumentos também foi enviado à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que deverá se posicionar sobre o tema nas ações de inconstitucionalidade sobre a matéria apresentadas ao Supremo Tribunal Federal.

A análise se soma ao posicionamento que a PFDC – órgão que integra o Ministério Público Federal – já havia expressado a essas autoridades acerca do Decreto 9.785/19, publicado em 7 de maio e que alterou, de forma inconstitucional e ilegal, a política pública brasileira relativa à posse, comercialização e porte de armas de fogo e munições no país.

De acordo com a Procuradoria, longe de rever essas inconstitucionalidades, o novo decreto de armas ressalta os vícios impostos pelo Decreto 9.785/19, além de agravar algumas de suas ilegalidades.

 

 

 

 

 

*Com informações do GGN

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Cresce avaliação negativa de Bolsonaro: em cinco meses subiu 16%

Em cinco meses, avaliação negativa do governo Bolsonaro sobe 16%, revela XP

Em duas semanas, subiu de 31% para 36% o percentual de brasileiros que consideram o governo Bolsonaro ruim ou péssimo. Até a expectativa para o restante do mandato é ruim.

Em apenas cinco meses, o percentual de brasileiros que consideram o governo de Jair Bolsonaro ruim ou péssimo aumentou de 20% para 36%, de acordo com dados da rodada extraordinária da pesquisa XP/Ipespe, divulgados nesta sexta-feira (24).

Segundo a pesquisa, o percentual dos que consideram o governo ótimo ou bom também caiu de 40% para 34%, entre janeiro e maio.

Somente entre a primeira e a segunda semana de maio, quando a nova rodada da pesquisa foi feita, o percentual dos que consideram o governo ruim ou péssimo aumentou de 31% para 36%.

O período coincide com a abertura dos sigilos bancários e fiscal do senador Flávio Bolsonaro, o filho mais velho do presidente, investigado pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro por suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro e peculato quando exerceu o mandato de deputado estadual na Assembleia Legilsativa do Rio (ALERJ). E também com a Greve Nacional da Educação, que levou milhões de pessoas às ruas no dia 15 de maio para protestar contra a reforma da Previdência e o corte de gastos na educação.

Nessas duas semanas, o percentual dos que avaliam a atual administração como ótima ou boa oscilou negativamente de 35% para 34%.

Futuro incerto

Também caiu o percentual dos brasileiros que esperam que o restante do mandato de Bolsonaro seja ótimo ou bom (de 51% para 47%) e aumentou 4% (de 27% para 31%) os que esperam que seja ruim ou péssimo.

 

 

 

 

 

*Com informações do A Postagem

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Vídeo de Bolsonaro ironizando japoneses por ‘tamanho do pênis’ viraliza

Ao comentar sobre a possibilidade da reforma da Previdência não ser aprovada como o governo deseja, Jair Bolsonaro voltou a ser preconceituoso em relação aos japoneses, dizendo que “se for uma reforma de japonês, ele vai embora. Lá (no Japão), tudo é miniatura”, declarou nesta sexta-feira (24), em Petrolina (PE)

“Se não tiver reforma, ele (Paulo Guedes) tem que ir para a praia. Não precisa mais de ministro da Economia. Vai fazer o que em Brasília?”, questionou Bolsonaro, segundo a Folha de S. Paulo.

Há poucas semanas, no aeroporto de Manaus, Bolsonaro havia ridicularizado um estrangeiro de origem asiática, dizendo: “Tudo pequenininho aí?”. Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, compartilhou o vídeo, que viralizou nas redes sociais.

 

https://youtu.be/kxwSdVYPEmQ

 

 

 

 

 

*Com informações do 247

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Jair fora de si: Porque o tsunami está por vir

“As investigações em curso podem ajudar a esclarecer se há ligação entre o tráfico internacional de armas e o decreto de Jair Bolsonaro, que amplia o porte de armas.”

Certamente o povo brasileiro não está preparado para assistir a cenas de Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e outras pessoas da família sendo presos. Isso seria inimaginável até a semana passada, mas essa hipótese, ainda turva, surge no horizonte.

O Ministério Público e a Polícia Civil do Rio de Janeiro avançam sobre o crime organizado no Estado, penetram nos subterrâneos da família Bolsonaro e põem o presidente da República, recém-eleito e empossado, em situação dramática.

As poses de Jair Bolsonaro e seus filhos em fotografias com “milicianos” fizeram sucesso nas redes sociais durante a campanha eleitoral. Agora devem juntar-se a outras provas da intimidade da família do presidente da República com os “milicianos”.

Os investigadores devem apresentar à Justiça, em breve, uma das mais poderosas organizações criminosas do país e revelar a maior fraude eleitoral da história das eleições no Brasil, montada com fake news.

A “direita compenetrada”, ao dar sinais de que tem ao alcance informações espantosas sobre Jair Bolsonaro e sua família, já deve ter tomado decisão e esquadrinhado a operação que vai apeá-lo do poder. Os editoriais dos jornais e das revistas têm demonstrado isso.

Depois do namoro firme da “direita compenetrada” com a extrema direita caricata até recentemente, e de andar de mãos dadas pelas ruas das cidades, com suas máscaras, no golpe de Estado de 2016, para derrubar a presidente Dilma, agora solta a mão, se despede, como se não tivesse nenhuma responsabilidade com o agravamento da crise econômica e com a tragédia social e moral do país.

Além de desastroso, absolutamente incapaz de tomar qualquer iniciativa para reverter a crise, Jair Bolsonaro tornou-se nitroglicerina pura aos olhos do poder econômico. Um perigo iminente, com a aproximação do calor das investigações do Ministério Público e da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Os sintomas são cada vez mais evidentes.

O fio da meada é a decretação das prisões, em flagrante, convertida em prisão preventiva, de Alexandre Motta Silva, proprietário do apartamento onde foram encontrados 117 fuzis, de uso restrito, e do ex-policial militar, Ronnie Lessa, (acusado de matar Marielle Franco). Os dois respondem a processo por tráfico de armas.

Nas investigações do submundo do crime organizado no Rio de Janeiro, chegaram a um grande volume de dinheiro movimentado pelo filho do presidente, Flávio Bolsonaro. Por meio de uma imobiliária, os negócios renderam R$ 9 milhões, sem origem declarada, a compra de 19 imóveis e ligações com a empresa MCA Participações, com sede no Panamá, conhecido paraíso fiscal.

Estranhamente surgiram nessa história três personagens norte-americanos nos negócios imobiliários de Flávio Bolsonaro: o corretor Glenn Dillard e dois investidores, Charles Eldering e Paul Maitinho, que também passaram a fazer parte do rol de investigados.

Essas informações, constantes nos documentos em poder do Ministério Público, divulgados pela imprensa, despertaram fortes suspeitas de crime de lavagem de dinheiro.

Em 2008, o deputado Marcelo Freixo, do PSol, presidiu a CPI das Milícias, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, produziu um relatório pedindo o indiciamento de 225 políticos, policiais, agentes penitenciários, bombeiros e civis.

No fluxo do combate ao crime organizado no Rio de Janeiro, em 2011, Marcelo Freixo presidiu outra CPI na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que investigou o tráfico de armas no Estado. Consta no relatório aprovado na Comissão, com voto contrário do deputado Flávio Bolsonaro, que 2.024 pessoas foram indiciadas, processadas ou presas na década passada, no Estado, envolvidas com o crime de tráfico de armas. Entre elas, 82 policiais militares, 32 bombeiros, 29 policiais civis, quatro agentes penitenciários, três policiais federais, 88 militares das forças armadas (65 do Exército, 12 da Marinha, 11 da Aeronáutica), dois guardas municipais e 250 civis, além de 1.531 pessoas sem qualificação.

Os próximos meses devem trazer à tona muitas surpresas. Os indícios são cada vez mais evidentes de que a organização criminosa formada por “milicianos”, acusada de construir ilegalmente os três edifícios que desabaram no Rio de Janeiro, matando 24 pessoas, pode ser a mesma que comanda o tráfico de armas no Estado.

As investigações em curso podem ajudar a esclarecer se há ligação entre o tráfico internacional de armas e o decreto de Jair Bolsonaro, que amplia o porte de armas.

A campanha contra o Estatuto do Desarmamento, liderada por Jair Bolsonaro, e o decreto se complementam, favorecendo o comércio clandestino de armas.

Uma CPI para investigar o tráfico internacional de armas no Brasil está sendo cogitada na Câmara dos Deputados, a fim de levar para o âmbito federal as investigações. Isso poderia contribuir politicamente com as instituições públicas que estão atuando no Rio de Janeiro.

Certamente ao perceber o que está por vir, o Congresso, arrastado pelo “Centrão”, virou as costas para o capitão e toca agenda própria. Os líderes do Governo e do PSL, partido de Jair Bolsonaro, estão sendo ignorados nas reuniões. Militares mais graduados das Forças Armadas, da ativa, e os da assessoria direta do presidente, têm demonstrado frieza nos últimos dias e discreto recuo.

Até Olavo de Carvalho, mentor de Jair Bolsonaro, disse que não vai mais se meter no governo. Bateu em retirada, entrou na toca, depois de derrotado no embate com militares, e ridicularizado em matérias de capa das revistas Veja e Istoé.

Para completar o isolamento, o Ministério Público deu um tiro fatal no decreto que amplia o porte de armas, a “menina dos olhos” da campanha eleitoral de Jair Bolsonaro. Foi implacável numa nota técnica enviada à Câmara e ao Senado afirmando que o decreto é inconstitucional.

Como se estivesse em estado de surto, após ser informado sobre a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico, do filho Flávio Bolsonaro, de Fabrício Queiroz, e mais 94 pessoas envolvidas, entre essas, “milicianos amigos íntimos da família”, no maior escândalo a céu aberto no Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro viajou para o Texas, sem agenda com nenhuma autoridade dos Estados Unidos, para participar de uma cerimônia insignificante, desgastada por causa dele mesmo, e bater na porta de George W. Bush, “senhor da guerra”, sem ser convidado, para posar ao lado dele numa foto.

Em New York, onde o prefeito Bill de Blasio rejeitou a presença dele, recentemente, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o presidente do Senado, David Alcolumbre, e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, se encontraram para participar de um evento, no mesmo período.

Uma oportunidade interessante para conversas sussurradas, num bom restaurante, entre os três chefes de poderes da República, sobre qual caminho seguir caso a evolução dos acontecimentos, nos próximos meses, leve à necessidade de afastar Jair Bolsonaro.

O texto divulgado pelo presidente da República nas redes sociais e a convocação de uma manifestação para o dia 26 de junho lembram os ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor, candidatos inventados pela elite econômica e pela mídia para barrar Brizola e Lula .

O primeiro renunciou alegando sabotagem de “forças ocultas”, como insinua Jair Bolsonaro, E o segundo chamou uma manifestação de apoiadores vestidos de verde e amarelo. O povo foi às ruas, mas de preto e em protesto.

No Senado, será apresentada uma representação contra Flávio Bolsonaro, no Conselho de Ética e o Judiciário do Rio de Janeiro mandou ampliar as investigações sobre ele. Tudo indica que essas duas frentes levarão à cassação do mandato e prisão dele.

A primeira dama Michelle Bolsonaro, por sua vez, deverá ser convocada para depor sobre os cheques recebidos de Fabrício Queiroz, que curiosamente está desaparecido, despertando suspeitas até de ter sido morto.

Paulo César Farias, homem de confiança de Fernando Collor de Melo, estava sendo investigado, na época, no chamado “Esquema PC”, por ser o homem forte da “ República de Alagoas”. PC Farias foi fuzilado junto com a namorada, num hotel em Maceió.

Ex-assessores de Jair Bolsonaro, também irão depor, para explicar como eram aplicadas as verbas de gabinete, quando Jair Bolsonaro era deputado federal.

Esse liame de relações perigosas com o dinheiro público e com “milicianos” suspeitos de envolvimento com o tráfico de armas fará a tempestade perfeita sobre Jair Bolsonaro nos próximos meses.

Ele sentiu que o pior está por vir. E já deve ter percebido que a “direita compenetrada” está tramando o descarte dele.

Por isso Jair está fora de si.

 

 

 

 

*Do Congresso em Foco/Laurez Cerqueira

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Haddad: “Colocaram um burro na presidência que só quer armar a população”

Caravana Lula Livre, comandada pelo ex-ministro da Educação e pela presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, está em Santarém, Pará.

Comandada pelo ex-ministro da Educação, Fernando Haddad (PT) e pela deputada federal e presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, a Caravana Lula Livre chegou nesta sexta-feira (24) em Santarém, no Pará.

Ambos participaram de um ato em defesa da educação, na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Em discurso, Haddad ressaltou a relevância das práticas de inclusão dos governos do PT. “A imprensa dizia que nós, com a política de colocar os negros e pobres na universidade, íamos acabar com a qualidade. Falavam que era um lugar de mérito e que não podia entrar qualquer um”, destacou.

“Vocês mostraram para essa elite do que são capazes. Do que foi o dia 15 de maio. Eles acharam que as ruas e a bandeira eram deles. Vocês demonstraram que tem um projeto de país muito mais sofisticado que eles. Eles falavam que a gente ia colocar gente sem inteligência e capacidade na universidade, mas foram eles que colocaram um burro na presidência, que só quer armar a população”, acrescentou Haddad.

O ex-ministro da Educação também ressaltou a importância da luta pela liberdade do ex-presidente Lula, outro objetivo da caravana.

“Fazemos justiça para todos, mas também para cada um. E se tivermos um injustiçado, temos que olhar para ele. E hoje, infelizmente, temos um preso político nesse país, que é o ex-presidente Lula”, afirmou.

Haddad mencionou, ainda, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta (23), de criminalizar a homofobia. “Nosso Brasil é o Brasil que se expressou pela decisão de ontem no STF, de que não vamos aceitar nenhuma descriminação ou preconceito”.

Gleisi Hoffmann também destacou a importância da luta pela educação. “Uma das coisas mais importantes é que mudamos o perfil do ensino universitário brasileiro. Hoje, 70% dos alunos vêm de família de baixa renda e isso graças à força da educação da escola pública, que foi importante para que o filho do trabalhador, filho daqueles que dão duro para construir esse país, dos negros, da população indígena pudessem chegar a universidade”, disse Gleisi.

 

 

 

 

 

*Com informações da Agência PT de Notícias

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“Bolsonaro é como Nero, incendeia todo o país. Não quer construir, apenas destruir”, diz Lula em entrevista a uma revista alemã

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comparou o presidente Jair Bolsonaro a Nero, o imperador que ateou fogo em Roma. “Bolsonaro é como o imperador romano Nero: incendeia todo o país. Não quer construir, apenas destruir”, disse Lula em entrevista em Curitiba à revista alemã Der Spiegel. Para Lula, feito prisioneiro político em 7 de abril de 2018, Bolsonaro é um “perigo” para o país.

Lua afirmou ao jornalista Von Jens Glüsingque é alvo de um “processo político” e que a Justiça ainda não conseguiu provar sua culpa. “Queriam impedir minha candidatura”, afirmou. A entrevista foi publicada na edição online da Der Spiegell desta sexta-feira (24).

O imperador romano Nero Cláudio César Augusto Germânico, que governou entre os anos de 54 a 68 da era cristã, ficou conhecido por causa do incêndio que devastou Roma no ano de 64, apesar de não haverem evidências de que ele tenha sido o responsável pelo fato.

Desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que Lula tem o direito a conceder entrevistas, ele já concedeu quatro entrevistas à veículos de imprensa. Para a Der Spiegel, Lula reafirmou que é alvo de um “processo político” que visava impedir sua candidatura à Presidência da República na última eleição.

 

 

 

 

 

*Com informações do 247

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Governo vai gastar R$ 7,1 milhões em carros de luxo blindados para as famílias Bolsonaro e Mourão

Entre as exigências para os 39 automóveis de luxo estão suportes para armas letais, pneus à prova de bala, e equipamentos de varredura e monitoramento. O preço de cada carro chega a R$ 270 mil.

Coluna do jornalista Guilherme Amado, no site da revista Época desta quinta-feira (23), revela que, em regime de urgência, o Palácio do Planalto pretende gastar R$ 7,1 milhões para comprar carros de luxo blindados para as famílias de Jair Bolsonaro (PSL) e Hamilton Mourão (PRTB).

O pregão será aberto em duas semanas e prevê o uso de até 39 veículos. Entre as exigências para os automóveis de luxo estão suportes para armas letais, pneus à prova de bala, e equipamentos de varredura e monitoramento.

O preço de cada carro chega a R$ 270 mil. Entre as opções para o pregão, o edital prevê modelos como Audi A6, Ford Fusion, Honda Accord ou “superiores”.

 

 

 

 

 

*Com informações da Forum