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Após cair nas pesquisas, Russomanno tira Bolsonaro de jingle

Após o deputado Celso Russomanno (Republicanos) cair e oscilar negativamente nas pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo, suas propagandas do horário eleitoral deixaram de mencionar o presidente da República, Jair Bolsonaro.

Os programas que foram ao ar no horário político anteontem e ontem não usaram nem trechos do jingle em que Bolsonaro era citado. Nas inserções, Russomanno critica o governador João Doria (PSDB) e o também tucano Bruno Covas, prefeito e principal oponente do parlamentar, segundo as pesquisas.

Na estreia da propaganda eleitoral gratuita de rádio e TV, no dia 9, o jingle do candidato citava Bolsonaro três vezes. “Com Russomanno e Bolsonaro, quem ganha é a nossa cidade”, dizia um trecho da música. Já no refrão, repetido duas vezes, constava o trecho “e Bolsonaro apoiando”.

As propagandas mais recentes da música não trazem versos que citam o presidente. A mudança de abordagem ocorre após a publicação de pesquisa Datafolha que, no dia 22, mostrou que Russomanno caiu de 27% para 20%, enquanto Covas oscilou positivamente de 21% para 23%.

Além disso, em São Paulo, pesquisa Ibope/TV Globo/Estadão divulgada no dia 15 aponta que 48% classificam a gestão Bolsonaro como péssima ou ruim e 26% como ótima ou boa, o que também pode ter reflexo na transferência de votos.

As novas propagandas de Russomanno também têm feito alusões ao fato de que Doria descumpriu uma promessa feita durante a campanha de 2016, segundo a qual iria terminar o mandato de prefeito.

Como é Covas, então vice, quem está concluindo a gestão, o prefeito tucano é chamado nas peças de “BrunoDoria”. O apelido já era usado na campanha, mas ganhou mais ênfase.

Ao Estadão, o marqueteiro Elsinho Mouco, responsável por toda a estratégia de campanha, afirmou que há, sim, mais artilharia direcionada a Covas, com quem Russomanno aparece empatado tecnicamente no Ibope e no Datafolha, dentro da margem de erro.

“São críticas acima da linha cintura”, afirmou. “Estamos brincando com a campanha do Covas, que traz três palavras com a letra F. Adicionamos uma quarta: F de ‘foi-se’, sobre os empregos e a renda que já eram”, disse.

Mouco negou que haja intenção de dar menos ênfase ao presidente nas peças e atribuiu isso a motivos circunstanciais. “O Bolsonaro vai continuar sendo citado”, disse.

A contratação de Mouco passou pelo aval do ministro das Comunicações, Fábio Faria. O secretário executivo da pasta, Fabio Wajngarten, tem participado de reuniões da campanha. Veio de Wajngarten, inclusive, a sugestão de fazer uma associação total entre o candidato e Bolsonaro.

Ao participar da sabatina do Estadão, no dia 19, Russomanno disse, diversas vezes, que é “amigo” de Bolsonaro. Ainda assim, ele evitou dar uma resposta direta às perguntas sobre suspeitas contra a família do presidente e seu entorno, como o caso Queiroz.

Nesta semana, o candidato já havia discordado ao dizer que não se oporia à compra da vacina contra o novo coronavírus que está sendo desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan.

Presidente do PSDB paulistano, Fernando Alfredo disse que Russomanno adotou essa estratégia porque “não tem o que mostrar para a cidade” e lembrou que o Republicanos fez parte da base de Covas na Prefeitura de São Paulo.

 

*Com informações do Uol

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Notícia

Hacker de Moro tem acervo de conversas inéditas da Lava Jato e tenta fechar delação premiada

Thiago Eliezer assinou pré-acordo com Polícia Federal, que ainda está sob avaliação dos investigadores.

O hacker Thiago Eliezer dos Santos, apontado como um dos líderes do grupo que atuou na invasão do aplicativo Telegram do telefone celular do ex-ministro Sergio Moro, de procuradores da Lava-Jato e de autoridades públicas, guardou um acervo de conversas inéditas envolvendo integrantes da Operação Lava-Jato e tenta fechar um acordo de delação premiada na investigação da Operação Spoofing.

Segundo as investigações, Thiago Eliezer orientava Walter Delgatti Neto em técnicas de informática usadas para invadir o aplicativo Telegram de autoridades públicas. Ele era chamado de “Professor”. Por isso, Eliezer foi considerado coautor dos delitos cometidos pelo grupo e foi denunciado pelo Ministério Público Federal por participação em crimes como a interceptação ilegal de conversas telefônicas e invasão de dispositivo informático alheio.

Solto no mês passado por decisão do juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, Eliezer assinou um pré-acordo de delação premiada com a Polícia Federal para dar início às tratativas e fornecer uma prévia do material a ser abordado em sua colaboração.

Nessas conversas preliminares, Eliezer admitiu ter conhecimento das invasões, mas relatou que Walter Delgatti Neto era o responsável por elas. Eliezer também citou outras pessoas que poderiam ter participação nos crimes ou ser até mesmo mandantes da invasão, mas disse que apenas Delgatti Neto tinha contato com essas pessoas.

Além disso, Eliezer ofereceu um acervo de novos diálogos hackeados e que haviam sido guardados por ele em diversas páginas na internet que são usadas para armazenamento de arquivos, conhecidas como “nuvem”. Esse ponto, porém, é considerado problemático para uma possível delação premiada, porque os diálogos têm origem ilícita e não poderiam ser usados como prova de acusação.

O material está sendo analisado pela Polícia Federal, que irá avaliar se existem elementos suficientes para justificar a assinatura de um acordo de colaboração com o hacker.

Quando ainda estava preso no Complexo Penitenciário da Papuda, Eliezer foi transferido para a Superintendência da PF em Brasília no final de julho para prestar os primeiros depoimentos referentes ao pré-acordo de delação. No início de setembro, ele retornou à penitenciária.

 

*Com informações de O Globo

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Aécio fala em punição a quem não tomar vacina e bolsonaristas espinafram o ex-ídolo nas redes

O bolsonarismo, como até o mundo mineral sabe, é o último refúgio dos tucanos.

Aécio, que foi ídolo do gado num passado recente, resolveu discordar do cavalão sobre a obrigatoriedade da vacina e a milícia digital do gabinete do ódio tocou o berrante contra o ex-ídolo dos tolos que agora são bolsonaristas desde criancinhas.

A frase lapidar do jornalista de aluguel, ex-aecista de primeira hora, Guilherme Fiuza, dá plena dimensão do tamanho da hipocrisia dos ex-aecistas, hoje bolsonaristas: “A verdade é que até aqui ninguém tinha conseguido provar que Aécio Neves é um canalha. Então ele resolveu confessar.”

Ou seja, para o sabujo de Bolsonaro, muito bem pago pela Jovem Pan que, por sua vez, é muito bem paga pela Secom do governo para lamber as botas do ex-tenente expulso do exército por garimpo criminoso e ameaça de terrorismo, Aécio nunca foi corrupto, afina, ele nunca foi visto pedindo propina para Joesley, da JBS e, muito menos, seus primos (um que a gente mata antes de delatar) levando as malas de dinheiro do arrego para o corrupto, que só agora Fiuza descobriu que é um canalha.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsa derrete e dólar dispara. Este é o resultado das políticas adotadas por Guedes e Bolsonaro

Para 2021, 66% dos gestores esperam alta da Selic.

Em destaques da Bolsa, Petrobras, bancos e companhias aéreas caem forte com aversão ao risco do mercado; nenhuma ação do Ibovespa sobe.

Investidores veem risco fiscal como maior ameaça aos preços.

Ibovespa tem queda de quase 4% e dólar vai a US$ 5,74, mas já chegou a US$ 5,79.

O nome disso é fadiga neoliberal num país que é um trem sem maquinista com uma economia que está descendo na banguela, asfixiando a população e o próprio empresariado que aplaudia de pé as sandices chutadas por Paulo Guedes.

A panaceia do mercado mostra que isso tudo, junto e misturado, tem apenas um significado; as simpatias e crendices neoliberais de Paulo Guedes não encontram mais ninguém que apoie ou acredite que ele possa remediar vários ou todos os males da hecatombe econômica que o próprio provocou.

Para fechar o pacote trágico, o custo dos alimentos dos brasileiros subiu quase 17% este ano. Como o preço da comida disparou no orçamento doméstico, sumiu da mesa brasileira.

Mas quem achava que isso bastaria, depara-se agora com o mesmo governo Bolsonaro querendo privatizar a saúde no Brasil, entregando o SUS aos abutres neoliberais que querem fazer fortuna nas costas da saúde dos mais pobres.

*Da redação

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Bob Fernandes: Bolsonaro fez publicidade para Curso com assassino confesso e ataca vacina: Brasil, pária no mundo

A tarefa do governo Bolsonaro é introduzir o caos na ordem institucional. Isso está tão claro que ninguém mais duvida.

Tudo o que é desordem possível Bolsonaro quer implantar.

Isso parece não ter nenhum sentido, ma só parece.

Neste vídeo abaixo, Bob Fernandes, brilhante como sempre, faz um raio X do momento em que vivemos, decifrando o que está por trás dos que estão junto com Bolsonaro na instalação do caos brasileiro.

Assista:

*Da redação

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Mundo

Chefes do Facebook, Twitter e Google são chamados pelo senado americano; por quê?

A pouco menos de uma semana para a eleição presidencial dos EUA, os executivos-chefe de três dos maiores nomes da tecnologia mundial —Mark Zuckerberg (Facebook); Sundar Pichai (Google); e Jack Dorsey (Twitter)— vão testemunhar perante o Comitê de Comércio, Ciência e Transporte do Senado do país nesta quarta-feira (28), a partir das 11h (horário de Brasília).

Os depoimentos serão feitos por videoconferência. O anúncio da Comissão de Comércio do Senado disse que a audiência “oferecerá uma oportunidade para se discutir as consequências imprevistas do escudo de responsabilidade da Seção 230 e a melhor forma de preservar a internet como fórum para o discurso aberto”.

A Seção 230 da Lei de Decência nas Comunicações de 1996 é uma imunidade legal das empresas de tecnologia sobre a responsabilidade sobre o conteúdo publicado por usuários em plataformas como Twitter, Facebook e YouTube (pertencente ao Google). Ela vem recebendo fortes críticas do presidente Donald Trump e de legisladores norte-americanos.

Os políticos republicanos afirmam que a seção foi usada pelas empresas de tecnologia para censurar opiniões conservadoras. Os democratas dizem que essas mesmas empresas fazem pouco para moderar conteúdo falso. Já as companhias dizem que tomam essas decisões sem levar em conta pontos de vista políticos.

O Wall Street Journal reportou, no mês passado, que o governo americano quer mexer na Seção 230 alegando que ela dá muita margem de manobra às empresas para policiarem elas mesmas seus sites e assim escapa de processos na Justiça.

A audiência é separada de uma outra, planejada pela Comissão de Justiça do Senado, que autorizou na última quinta-feira (22) uma intimação a Dorsey e Zuckerberg depois de as empresas terem limitado o compartilhamento de artigos do jornal “New York Post” relacionados ao filho do candidato democrata à presidência, Joe Biden, que poderiam comprometê-lo.

Outro lado

Em seus testemunhos, Mark Zuckerberg, do Facebook, Jack Dorsey, do Twitter, Sundar Pichai, do Google, dirão ao comitê presidido pelo senador republicano Roger Wicker que a Seção 230 é fundamental para a liberdade de expressão na internet.

Dorsey, do Twitter, alertará o comitê que erodir a base da Seção 230 pode prejudicar significativamente a forma como as pessoas se comunicam online, deixando “apenas um pequeno número de empresas de tecnologia gigantes e bem financiadas”.

Zuckerberg vai afirmar, em seu testemunho, que as plataformas de tecnologia provavelmente censurarão mais para evitar riscos legais se a Seção 230 for revogada. Segundo ele, sem a legislação, as plataformas poderiam “enfrentar a responsabilidade de fazer até moderação básica, como remover discurso de ódio e assédio que impacta a segurança e segurança de suas comunidades”.

 

*Com informações do Uol

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Vídeo: Depois do genocídio com a pandemia, Bolsonaro quer exterminar os pobres privatizando o SUS

A gravíssima denúncia de deputados e de várias entidades de que um decreto em que Paulo Guedes e Bolsonaro pretendem privatizar o SUS, ganhou grande  dimensão nas redes sociais contra mais esse absurdo  do governo Bolsonaro.

Bolsonaro parece não estar satisfeito com a crise social que assola o Brasil e com o genocídio de praticamente 160 mil brasileiros, perdendo apenas para os Estados Unidos, comandado por Trump, para quem Bolsonaro rasteja como um cão adestrado.

Um governo militar que cheira à morte, a partir do próprio presidente ligado à milícias, de um lado, comemora o recorde de vendas de armas de fogo, com a liberação indiscriminada e, de outro, busca, através da privatização do SUS, o extermínio da saúde pública garantida pela constituição e, consequentemente, um massacre generalizado da população mais pobre do país na pior das rapinagens neoliberais desse governo protofascista.

Tudo para atender à ganância sem limites de gente do mercado que vê na pilhagem do que foi construído pela sociedade durante anos, uma forma de enriquecimento instantâneo e faraônico.

Isso escancara que o neofascismo e o neoliberalismo partem do mesmo ponto e atuam juntos para produzirem tragédias coletivas numa nação para que poucos ganhem muito.

Não há qualquer escrúpulo, sequer por disfarce. Bolsonaro e Guedes, para atender aos interesses de grandes empresários, que agem como aves de rapina, não colocam freios na ganância, mas ao contrário, estimulam o vale tudo e a lei do mais forte dentro do pensamento de mercado.

Eles usam taticamente o momento de pandemia quando há uma grande dificuldade de mobilização da sociedade nas ruas, aproveitando o distanciamento social para organizar o assalto ao Estado brasileiro.

É sempre bom lembrar que Bolsonaro e Guedes são os mesmos que estiveram com Moro antes das eleições para tratar da prisão de Lula em troca de uma super pasta do Ministério da Justiça e segurança Pública.

Com isso, os dois, Bolsonaro e Paulo Guedes, tentam empurrar o Brasil para a boca do inferno.

Sim, porque a privatização do SUS é o mesmo que o incineramento de milhões de brasileiros jogados num inferno em que a saúde vai se transformar em um mero negócio.

Quem não tem dinheiro para pagar a saúde e dar grandes lucros aos mercadores da morte, então, que morra.

https://twitter.com/PCdoB_Oficial/status/1247623872956059648?s=20

https://twitter.com/jandira_feghali/status/1321232736200368128?s=20

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Bolsonaro legisla, o Brasil atira e a compra de armas triplica

Comércio de armas dispara em quase dois anos de Governo com as mudanças nas leis, seguindo o modelo dos Estados Unidos. Arsenal está em mão de radicais, alerta especialista.

O empresário Diego Brito, de 33 anos, sai satisfeito do estande de tiro depois de disparar 50 tiros com sua Glock. Ele vem praticar todas as semanas com alguma de suas 12 armas de fogo. Sua paixão e as compras aumentaram tanto ao longo dos anos que neste mês comprou mais três. “Mas não pense que saí da loja com elas. Tenho que esperar toda a burocracia. Vou recebê-las em pelo menos cinco meses, às vezes leva até um ano”, diz no clube de tiro Black Beard, um dos maiores do Estado de São Paulo. Fica em Salto de Pirapora, cidade que deu vitória avassaladora ao presidente Jair Bolsonaro.

As três compras “são armas longas, de calibre 22, o tiro mais agradável”, diz enquanto recria o gesto de apertar o gatilho como se saboreasse o momento. Brito ganha a vida fabricando punhais militares para unidades especiais das forças de segurança. Mas explica que, diante de um agressor, prefere as armas de fogo porque “se defender com faca ou um martelo é muito sujo”. As pistolas permitem manter distância. “Não preciso atirar, basta empunhá-la”, conclui.

Os fãs de armas brasileiros estão em alta —e o negócio em franca expansão— desde a chegada do militar aposentado ao poder em 2019. Bolsonaro já proclamou em reunião com seu gabinete. “Quero que o povo se arme! É a garantia de que não vai aparecer um filho da puta para impor uma ditadura aqui! Como é fácil impor uma ditadura!”, vociferou em uma intervenção que deixou o Brasil boquiaberto e horrorizados os que viram um chamamento para organizar milícias armadas diante de decisões impopulares de adversários.
Uma apaixonada por armas em clube de tiros a 100 km de São Paulo.

Com uma avalanche de mudanças legislativas, o ultradireitista cumpriu sua promessa eleitoral de facilitar o acesso às armas para seus compatriotas. O Brasil, que tinha uma lei considerada modelo no controle de armas, embora mal implementada, aprovado por Luiz Inácio Lula da Silva no início de seu mandato, se afasta do modelo europeu e se aproxima dos Estados Unidos.

As vendas de pistolas, fuzis etc. quase triplicaram nestes dois anos. Se no ano de sua vitória eleitoral 50.000 novas armas foram registradas, neste ano de 2020 foram 130.000 até outubro, segundo dados oficiais. Além disso, os portes de arma aumentaram, mais pessoas podem sair de casa com uma arma, podem possuir mais unidades, comprar calibres mais potentes, mais munição e agora devem renovar o porte em dez anos, não mais em cinco. Os promotores da febre de compras são os cidadãos que criam ou ampliam um arsenal.

Essa efervescência no setor é notada à primeira vista neste clube de tiro que Newton Ramos Publio, de 54 anos, abriu há seis anos. Ele está ampliando o estabelecimento, que também é uma escola de tiro, porque os negócios estão indo muito bem. Seus 16 funcionários atendem 3.000 sócios — incluindo os dedicados ao tiro esportivo— em instalações no meio do campo, a cem quilômetros da capital paulista. Um local com bar, loja e vários estandes de treinamento onde na última quinta-feira estavam atiradores sozinhos, amigos ou casais praticando, quase todos sem máscara.

O empresário, que se define como conservador, de direita moderada, armamentista e patriota, fez campanha para Bolsonaro e está fascinado com sua gestão em geral, não apenas com o capítulo armamentista. “Só sou radical com as leis e os bons costumes, não tolero que sejam violados”, diz este ex-chefe de segurança de uma multinacional alemã que considera o Código Penal demasiado brando. Seu discurso gira em torno do “cidadão de bem” em um ambiente hostil.

Publio atribui o espetacular aumento de armas nas mãos dos brasileiros ao impulso de Bolsonaro, mas o enquadra em um problema crônico. “Os altos índices de criminalidade” são, afirma, os que levam pessoas como sua clientela a se armar para defender suas famílias e seu patrimônio. Em nenhum outro país do mundo, guerras à parte, tantos cidadãos matam e morrem violentamente. O Brasil é um imenso mercado de armas ilegais com grandes territórios dominados pelo poderoso crime organizado e múltiplas rotas do narcotráfico.

*Com informações do El País

*Foto destaque: Lela Beltrão

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Política

José Dirceu: A tempestade que se avizinha

A tendência é um agravamento do cenário político-institucional e das condições econômicas e sociais para o país que vai atingir a todos, indistintamente, o governo e seus apoiadores –a extrema direita, a direita liberal, as elites empresariais e financeiras e a mídia monopolista. Nem mesmo a esquerda, a única que faz o confronto frontal ao governo Bolsonaro, vai escapar. Só um programa de reformas profundas no sistema tributário e financeiro associado à uma revolução social pode salvar o país.

Com certeza, caminhamos em direção a um agravamento geral politico-institucional, social e econômico. Nada de crescimento nos próximos anos. Recessão neste ano, com o fim do auxilio emergencial e o crescente desemprego, que é desigual e atinge mais os jovens, as mulheres e os negros. A pandemia continua a ser tratada, na prática, como inexistente pelo governo, embora, como nos indica o que acontece na Europa e nos Estados Unidos, poderá se agravar levando de roldão a economia. Suas consequências, que não podemos prever hoje, certamente levarão a uma maior crise social com repercussões imediatas no ambiente político-institucional.

O desprezo absoluto ao meio ambiente, à educação e à cultura, o fundamentalismo religioso e o obscurantismo caminham de mãos dadas –e o mais grave– como política de Estado. Há uma rapinagem sobre os ativos acumulados por gerações com muito trabalho, perdas humanas, sofrimento, pobreza e miséria, agora vendidos na bacia das almas via negociatas que fazem da privataria da era FHC um pequeno negócio. Não há pudor e muito menos temor. O governo e as elites econômicas e financeiras expropriam a renda do trabalho sem sofisticação, simplesmente retiram direitos e cortam gastos públicos sociais como se não fosse já gravíssima a situação social da maioria do povo brasileiro.

Insistem e persistem numa política, dita de austeridade, para os trabalhadores e classes médias, que não deu certo em nenhum lugar do mundo e que hoje é contestada até pelo FMI. Enquanto a Europa e os Estados Unidos retomam a política de endividamento e emissão de moeda via dívida pública, e seus bancos centrais e os governos mantêm a renda e o emprego, investem e financiam as empresas, aqui só se fala em teto de gastos, em dívida pública, em juros mais altos. Chegamos ao absurdo de cortar salários e aumentar impostos, não sobre a renda, a riqueza e o patrimônio, sobre lucros e dividendos, lucro sobre o capital próprio, grandes fortunas, heranças e doações, mas sobre bens e serviços, agravando ainda mais nossa estrutura tributária injusta, indireta e regressiva.

REVOLUÇÃO SOCIAL

O momento atual exige exatamente o oposto do que faz o governo Bolsonaro. Requer uma revolução social, com uma ampla reforma tributária e do sistema financeiro bancário. Não há mais tempo a perder. O Brasil reclama um plano mínimo de emergência já. Renda básica mensal imediata de R$ 600 para os inscritos no Cadastro Único e aumento imediato do valor do Bolsa Família em pelo menos 50%.

O país não pode vacilar em sustentar o investimento público em infraestrutura, habitação, saneamento, saúde e educação e inovação. Os orçamentos de 2020 e 2021 devem ser revistos para ter mais créditos extraordinários para saúde, educação e ciência e tecnologia. Com o BNDES e os investimentos públicos, podemos sustentar um programa de socorro imediato às micro, pequenas e médias empresas e fazer os investimentos que a médio prazo garantam o crescimento econômico e evitem o desastre iminente no caminho seguido pelo governo.

É uma perigosa aventura o engodo de que a pandemia passou, com seus efeitos devastadores sobre a vida e a economia, ignorando a nova onda de contaminação, ainda vigorosa, pelo coronavírus em vários países. Tão perigosa quanto a insistência na crença de que a austeridade, as privatizações e a reforma administrativa trazem de volta o crescimento econômico mesmo sem distribuição de renda.

Os fatos desmentem o fervor messiânico no neoliberalismo, que perde força no mundo. Há um novo consenso mundial sobre o papel do Estado e do investimento público e, agora, a Europa e os próprios Estados Unidos estão trilhando esse caminho. Sem pôr um fim na atual estrutura tributária e ao cartel bancário, o Brasil continuará à margem do crescimento com bem-estar social. Pior, só vai reforçar a concentração de riqueza via a expropriação da renda e do salário por juros reais absurdos e impostos regressivos.

Não venham com a desculpa do deficit e da dívida pública ou com a propaganda que estamos emitindo dinheiro inflacionário para justificar o injustificável –mais concentração de riqueza. Além do papel do BNDES e da dívida pública, temos o superavit financeiro do BC via operações cambiais que pode sustentar o programa emergencial de renda mínimo e Bolsa Família. Fora o fato de que nosso endividamento é menor que o da maioria dos países desenvolvidos, incluindo aí os Estados Unidos.

A questão central é que, enquanto no mundo se paga juros mínimos ou mesmo negativos, aqui pagamos juros reais absurdos e gastamos 5%,6% do PIB com o serviço da dívida. Muito menos é preciso vender as reservas internacionais que acumulamos durante a era Lula para equilibrar as contas públicas. Ao contrário, elas devem garantir que nosso país suporte qualquer agravamento internacional do comércio e dos empréstimos e investimentos.

Já somos prisioneiros, aqui e no mundo, do sistema bancário e financeiro. Por isso mesmo, em hipótese alguma devemos aceitar a chamada independência do Banco Central com mandatos fixos, o que representa, na prática, tornar seus diretores inamovíveis, retirando do Executivo qualquer decisão sobre política monetária e, consequentemente no cenário atual, fiscal e econômico. Já basta o poder quase total da banca sobre as últimas diretorias do BC.

ELITES CONIVENTES

Por fim, uma palavra sobre a degradação política do governo Bolsonaro, sob o olhar conivente e conciliador da maioria da elite econômica e política do país, incluindo aí a mídia monopolista, na ilusão de que o capitão continuará popular e já se adapta aos bons modos do jogo político do Centrão e da oposição liberal de direita, do “Estado de Direito” regido pelo STF. Nem mesmo as evidentes e públicas provas dadas pelo presidente de uma incapacidade para o cargo, a perigosa e nefasta presença de sua família e os riscos da volta do militarismo fazem nossa elite política, judicial e empresarial acordar para os riscos que a democracia e a nação correm.

A tempestade que se avizinha, numa combinação de crise social, econômica e institucional, colocará todos à prova. Ninguém vai escapar, mesmo a esquerda, única que se mantém em oposição frontal a este desgoverno a que estamos sendo submetidos.

 

*Originalmente publicado no Poder 360

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Vídeo – Carlos Henrique Machado: Parabéns ao grande Lula!

Carlos Henrique Machado parabeniza o grande líder político, Luiz Inácio Lula da Silva pelos seus 75 anos e conta um pouco sobre como conheceu Lula e acompanhou toda a sua trajetória desde então.

Assista:

 

*Da redação

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