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Cultura

Os tambores do vale do Paraíba

Por Francisco Luiz Noel

Que a batida do samba e a dolência do choro têm raízes africanas, não há ouvido que conteste. Porém, de tanto escutar o bordão de que a arte dos sambistas e chorões nasceu em berço urbano, muitos brasileiros não se dão conta de que o caminho desses dois gêneros nacionalíssimos cruzou os cafezais do vale do Paraíba no século 19. Antes de soar redondo nos tambores, pandeiros, violões, flautas, cavaquinhos e bandolins, a música que gerou sambistas como Donga e Clementina de Jesus e chorões como Pixinguinha e Jacó do Bandolim foi nutrida pelos cantos e batuques dos escravos na dura lida das fazendas dos barões do café. O rio Paraíba do Sul corria num grande vale dos tambores, percutidos em meio a formas musicais e instrumentos europeus.

Mais do que com palavras, é com notas musicais que o compositor, bandolinista e chorão fluminense Carlos Henrique Machado Freitas semeia país afora essa visão sobre um dos mais instigantes cruzamentos culturais da música brasileira. Cinco anos após o lançamento de seu CD duplo Vale dos Tambores, o músico sempre bate nessa tecla nas apresentações, palestras e debates de que participa, no Rio de Janeiro e em outros estados. Seu trabalho, cultuado no mundo do choro e lançado em quinta edição, patrocinada pela Eletrobrás, é exemplo vivo desse sincretismo etnomusical, valendo como um contundente manifesto em defesa da filiação do choro e do samba às matrizes da cultura rural dos tempos da cafeicultura escravocrata.

“O vale do Paraíba no século 19 era a representação do Brasil”, afirma Carlos Henrique, que compôs as 35 músicas do CD após uma imersão de dois anos na tradição dos grupos populares de cidades e povoados vale-paraibanos do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Em suas pesquisas, o músico mergulhou no rico universo de manifestações como folias de reis, bailes de calango, o jongo do Quilombo São José, no município fluminense de Valença, e as congadas de Aparecida, no trecho do vale situado em São Paulo. Sobre esse caldeirão cultural, testemunhou o chorão, pairam as figuras negras de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário, ícones da religiosidade sincrética que é marca distintiva da sociedade brasileira.

A vitalidade sonora da herança africana no vale chama a atenção de pesquisadores há mais de meio século. Um deles foi o brasilianista Stanley J. Stein, autor de Vassouras – Um Município Brasileiro do Café, 1850-1900, clássico sobre a economia cafeeira publicado em 1957. Num gravador de arame magnetizado, ele registrou em 1949 mais de 50 jongos cantados por descendentes de escravos da região. Os registros, que incluíam sambas, possivelmente gravados no Rio de Janeiro, tornaram-se conhecidos em 2007 no livro-CD Memória do Jongo – As Gravações Históricas de Stanley J. Stein, organizado pelo antropólogo Gustavo Pacheco e pela historiadora Silvia Hunold Lara, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com patrocínio da Petrobras.

Livres e migrantes

No turbilhão migratório iniciado após a Abolição, em 1888, e estendido até os anos 1930, não foram poucos os ex-escravos e descendentes que transportaram ao Rio de Janeiro e São Paulo a tradição afro-brasileira do vale. Sonhando melhorar de vida, mas relegados a barracos de favelas e a empregos humildes, muitos vale-paraibanos anônimos ajudaram a dar forma ao carnaval carioca e paulistano, agregando ritmos e gingados de origem africana a uma festa antes dominada por traços europeus. A presença desses migrantes, observa o sambista carioca Nei Lopes, pesquisador da cultura negra, é atestada por estudiosos de escolas de samba do Rio, como Marília Barbosa, autora de livros sobre a Mangueira e a Portela, e Rachel Valença, sobre o Império Serrano.

“Em vários livros sobre as primeiras escolas de samba cariocas, a listagem biográfica dos fundadores tem a predominância de pessoas oriundas do vale do Paraíba. O samba, evidentemente, não veio com elas, mas as manifestações que trouxeram e aqui se caldearam com as de outras procedências foram decisivas”, Nei Lopes avalia. Exemplos dessas contribuições, ele cita, foram o jongo e o calango, exportados do vale e praticados até hoje em comunidades de ascendência negra. Conhecido como caxambu e tambu, o jongo une a dança ao canto puxado pelo jongueiro e respondido na roda, ritmado por um par de tambores. No calango, os versos são improvisados em ritmo rápido e sincopado, ao som da sanfona e do pandeiro.

Caso típico de migração do vale do Paraíba rumo ao Rio de Janeiro nos tempos da formação do samba é o da filha de escravos Maria Joana Monteiro, que ficaria conhecida como Vovó Maria Joana Rezadeira, mãe de santo que tinha entre seus filhos de fé a cantora Clara Nunes. Nascida e criada numa fazenda de café em Valença, Maria Joana mudou-se nos anos 1920 com a família, o jongo e outras tradições para o morro da Serrinha, no bairro de Madureira, onde participaria da fundação da Escola de Samba Império Serrano, em 1947. Seu filho, o percussionista Darcy Monteiro, criaria na década de 1960 o grupo Jongo da Serrinha, que articula a tradição rural do gênero ao formato de show, difundindo o jongo no país e no exterior.

O samba paulistano viveu processo semelhante, observa a professora de história da Universidade Federal Fluminense (UFF) Martha Abreu, pesquisadora da cultura negra e coautora de um dos textos de Memória do Jongo. “Nos morros do Rio onde surgiram escolas de samba havia jongo, calango e folias de reis, que já existiam na cidade, mas que eram a cara do vale do Paraíba no século 19. Isso também ocorreu em São Paulo: muitas pessoas das primeiras escolas, como as que moravam na Barra Funda, tinham saído do vale.” Em 1914, no bairro, as rodas de samba de negros citadinos e migrantes geraram o Grupo Carnavalesco Barra Funda, primeiro cordão paulistano, liderado pelo filho de escravos Dionísio Barbosa e origem da Escola de Samba Camisa Verde e Branco.

Memórias dos cafezais

O vale do Paraíba despontou no mapa do Brasil no século 17. Pela correnteza do rio, descendo desde as terras paulistas, os bandeirantes iniciavam a jornada rumo às matas de Minas Gerais em busca de ouro e pedras preciosas, numa aventura que abriu novas fronteiras para o Brasil Colônia à custa da dizimação de diversos grupos indígenas que viviam na região. De caminho para desbravadores e mercadorias, o vale passou à condição de principal polo da economia brasileira na segunda metade do século 19, quando o boom da cafeicultura escravocrata e a consequente derrubada da mata atlântica para a expansão sem freios das lavouras abriram um novo ciclo na economia brasileira, depois dos reinados do açúcar e da mineração.

O café, originário da África, havia chegado ao Brasil por volta de 1730, procedente da Guiana Francesa. Das primeiras lavouras cultivadas no Pará, a planta rubiácea desceu ao sudeste e foi aclimatada pelo braço escravo a locais montanhosos da cidade do Rio de Janeiro, como a área que mais tarde teria a mata recomposta e formaria a floresta da Tijuca. No fim do século 18, a cafeicultura expandiu-se em direção ao interior e, avançando serra acima, alcançou o vale do Paraíba pelo município fluminense de Resende. Na direção oeste, os cafezais seguiram rumo a terras paulistas e, a leste, desceram pelo vale e fincaram raízes na Zona da Mata do território de Minas.

O acesso fácil à mão de obra escrava, fornecida por um vigoroso tráfico negreiro, pilotado por grandes negociantes e comissários do café, foi vital para fazer do produto o grande negócio brasileiro do Segundo Reinado, estimulado pelo consumo crescente em países da Europa e nos Estados Unidos. Na segunda metade dos anos 1840, a produção dos cafezais espalhados no trecho fluminense do vale do Paraíba beirava 50 mil toneladas anuais, calcada na grande fazenda monocultora, que os economistas do século 20 chamariam de plantation. Na década de 1850, em plena expansão por todo o vale, as propriedades cafeeiras chegaram a produzir 140 mil toneladas por ano – mais de 80% das exportações do Brasil, maior fornecedor de café do planeta.

No vale, cavado entre a litorânea serra do Mar e a interiorana Mantiqueira, o café espalhou cidades e lugarejos marcados por flagrante desigualdade social, mas ricos em manifestações culturais, surgidas na encruzilhada do legado dos negros bantos, procedentes da África central, e da influência europeia. Passados 150 anos do auge da cafeicultura, suas marcas continuam presentes na região, incluída a arquitetura de época. O Paraíba do Sul, com 1.150 quilômetros entre o nascedouro, em Paraibuna (SP), e a foz, em São João da Barra (RJ), é o desaguadouro de uma bacia hidrográfica que se espraia por 55,5 mil quilômetros quadrados e abriga 5,5 milhões de brasileiros, em 180 municípios – 39 em São Paulo, 53 no Rio de Janeiro e 88 em Minas.

Bandas de escravos

Uma das pontes entre a musicalidade de linhagem africana e o choro foram as bandas de escravos formadas em várias fazendas do vale na segunda metade do século 19, explica o músico Carlos Henrique. Como sinal de poder, os barões do café ostentavam a propriedade de grupos musicais em que negros empunhavam instrumentos de sopro importados e eram regidos por músicos europeus. Exemplo, nos anos 1850, foi a banda de escravos que aparece na fotografia de capa dos CDs e do encarte de Vale dos Tambores. Pertencente ao cafeicultor Antônio Luís de Almeida, de Bananal, município paulista do vale, o grupo era conhecido como Banda do Tio Antoniquinho e tinha à frente um maestro alemão, Wiltem Sholtz.

O encontro de vertentes musicais tão diferentes desaguou numa das correntes mais ricas da cultura brasileira. “Os negros se apropriaram das formas musicais da Europa, mas incluíram um toque da ancestralidade africana e também ameríndia”, observa Carlos Henrique. O vale do Paraíba, onde africanos recém-desembarcados se juntavam a negros e brancos tangidos à região pela decadência do ouro em Minas, foi espaço privilegiado na formação da musicalidade nacional, proporcionando a operação de processos de sincretismo cultural ocorridos também em regiões como as zonas açucareiras, no nordeste. “O choro e o samba foram construídos nos nossos ciclos econômicos”, resume o músico, nascido no município de Volta Redonda (RJ) em 1952.

Em Vale dos Tambores, Carlos Henrique passeia pela cultura regional sem abrir mão da criatividade na composição, secundando seu bandolim com o instrumental típico do choro, agregando sopros e valorizando a percussão. O passado ressoa em músicas como Tambus para Manoel Congo, alusiva ao líder de uma gigantesca fuga de escravos no vale, em 1838, e Lundu de Clementina, ecoando também em peças como Dança dos Puris, cujo título remete aos indígenas dizimados pela expansão do café. Cortando um Dobrado lembra as bandas que estão na origem do choro. Na pungente Zero Hora, o bandolinista honra em ritmo de valsa os peões do turno da meia-noite na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, adicionando sua vivência urbana ao rico painel que criou sobre a música do vale do Paraíba.

O choro de raiz de Vale dos Tambores rende tributo às origens vale-paraibanas do autor. Filho de arigó, como eram chamados os fluminenses, mineiros e migrantes de outros estados que ergueram à beira do Paraíba do Sul a CSN e a Cidade do Aço, nos anos 1940, o músico viveu a efervescência cultural das primeiras décadas do empreendimento, símbolo getulista de um Brasil moderno. Num mundo em que os filhos dos arigós tinham boas escolas e formação artística, garotos como Carlos Henrique soltavam a voz no canto orfeônico, sopravam cornetas nas fanfarras e aprendiam a tocar instrumentos – tudo em nome do “novo homem”, como pregava a propaganda getulista.

Ao aprendizado musical, o compositor juntou a experiência como mestre de bateria de escolas de samba de Volta Redonda e integrante de grupos de choro desde os anos 1970, colecionando prêmios e elogios de chorões da antiga e do presente. Autor de uma composição incorporada ao repertório do gênero – Meu Pandeiro no Choro –, Carlos Henrique lançou em 2002 seu primeiro disco, Comigo Não, Violão, com 14 composições. Com Vale dos Tambores, ganhou em 2005 o 4º Prêmio Rival Petrobras de Música, na categoria Atitude, e viu suas músicas lançadas no Japão, além de passar a se apresentar em programas culturais na tevê e em templos da música instrumental, como o Clube do Choro de Brasília e a loja Modern Sound, no Rio de Janeiro.

Carlos Henrique, que prepara um novo CD inspirado nas observações do escritor e pesquisador Mário de Andrade sobre o choro no livro Música de Feitiçaria no Brasil, dos anos 1930, segue o rastro de muitos outros grandes músicos do vale do Paraíba que ganharam o mundo. Um dos primeiros a se projetar foi o pistonista e compositor Bonfiglio de Oliveira, mestiço nascido em 1891 no município paulista de Guaratinguetá, por onde ainda ecoavam melodias e ritmos das bandas que haviam misturado o som das senzalas com o instrumental e as formas europeias da casa-grande. Virtuose, Bonfiglio brilhou em orquestras cariocas, compôs choros e musicou sambas com letristas famosos, como Orestes Barbosa, Lamartine Babo e Herivelto Martins.

O vale do Paraíba também exportou cobras em outros instrumentos, como o violão, abrasileirado no século 20 e alçado a presença obrigatória na música popular do país. Nascido também em Guará, o instrumentista Dilermando Reis desembarcou no Rio de Janeiro aos 18 anos, na década de 1930, para fazer escola como precursor da linguagem que caracterizaria o chamado violão brasileiro. Outra virtuose do pinho foi Rosinha de Valença, do município homônimo na parte fluminense do vale. Gênio precoce, apresentada às cordas por um tio conhecido como Fio da Mulata, ela passou a tocar em bailes da região aos 12 anos e migrou para o Rio de Janeiro aos 18, impressionando com sua técnica os músicos cariocas.

Samba e raízes rurais

No balaio de influências da tradição negra do vale sobre o samba carioca, um caso emblemático é o da cantora Clementina de Jesus. Neta de escravos do café, nascida em Valença junto com o século 20, ela viveu a infância entre pontos de jongo, ladainhas e cantos de trabalho entoados pela mãe, parteira e rezadeira, e toques de capoeira e da viola ponteada pelo pai, pedreiro e carpinteiro. Desembarcada no Rio de Janeiro nos anos 1910, morou no bairro de Oswaldo Cruz, berço da Portela, e no morro da Mangueira, trabalhando quase toda a vida como empregada doméstica. Em 1963, aos 63 anos, teve seu talento descoberto pelo compositor e produtor cultural Hermínio Bello de Carvalho.

Aos ouvidos cariocas da década de 1960, quando a classe média se dividia entre a bossa nova e a nascente jovem guarda, o canto de Clementina era o elo perdido entre a música das senzalas e o samba, que vivia dias de revalorização. Em 1965, ela impressionou a crítica carioca ao estrelar com Paulinho da Viola, Elton Medeiros, Jair do Cavaquinho, Nescarzinho do Salgueiro e Aracy Cortes o histórico show Rosa de Ouro. O espetáculo repetia o nome do cordão cantado em Ó Abre Alas, marcha composta em 1899 por Chiquinha Gonzaga, pioneira na fusão de ritmos negros com formas europeias. Clementina lançou em 1966 o primeiro de seus LPs, em que o partido-alto e outras variações do samba desfilavam ao lado do jongo e outros gêneros ancestrais do vale.

Mensurar a exata influência dos vale paraibanos é desafio que não passa pela cabeça dos estudiosos, em face da complexidade do cruzamento de culturas que resultou no samba. No Rio de Janeiro, além dos libertos chegados do vale, os ex-escravos originados da Bahia e seus descendentes deram grande contribuição ao gênero. Muitos deles se reuniam, nas primeiras décadas do século 20, em casas e rodas como a da célebre mãe de santo e quituteira Tia Ciata, na antiga Praça 11, berço dos desfiles de escolas de samba. Em 1917, da casa da baiana Ciata, frequentada por bambas como Pixinguinha e os sambistas Sinhô e João da Baiana, saiu o primeiro samba gravado, Pelo Telefone, registrado por Donga e Mauro de Almeida.

Marcas da herança vale-paraibana no samba foram deixadas por manifestações como o calango. “Em minhas pesquisas sobre partido-alto, observei que no samba tradicional há uma maneira de versar e de improvisar mais sinuosa, mais sincopada, mais repinicada. Acho que isso veio do calango ou desafio calangueado, da região do vale”, afirma Nei Lopes, comparando essa forma ao samba de roda da Bahia, mais “liso”, com menos notas musicais, ritmado com palmas. Entre os partideiros que lembram o calango ele cita alguns famosos, como Padeirinho da Mangueira e Geraldo Babão, do Salgueiro, falecidos, e Tantinho da Mangueira.

 

 

*Da Revista Sesc

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Opinião

Olavo de Carvalho, o guru dos inescrupulosos, não doutrina ninguém além dos autodoutrinados

O poder de doutrina de Olavo de Carvalho é nenhum, zero, nulo.

Vejo gente de esquerda afirmando que Olavo é capaz de engrossar as fileiras fascistas. O que a realidade mostra é o inverso. O que ele faz, além de converter os convertidos é pedir aos inescrupulosos que não tenham escrúpulos e, ainda assim, costuma perder alguns seguidores mais melindrados que têm outros gurus com patente acima de Olavão para determinadas figuras.

O guru não tem medo do ridículo, esse é um ponto que conta muito a seu favor. Aquela cena trágico-patética de uma velharia marchando e fazendo continência, cantando o hino do exército em frente à estátua da liberdade e da réplica da casa branca em uma loja da Havan, escancara que a falta absoluta de preocupação com o ridículo é uma das marcas dos fascistas tropicais.

Gente das classes balofas que parece estar num hospício e, por isso mesmo, Olavo, com suas idiotices de falsas paranoias consegue nutrir de conceitos imbecis os imbecis que passaram a vida inteira se nutrindo desse tipo de gente.

Na verdade, o que o Datafolha mostra é que os tais 14% de bolsonaristas, não são bolsonaristas coisa nenhuma, são os mesmos que já foram Maluf, Collor, Aécio, Alckmin, Serra, FHC e outras porcarias que estão fora de moda.

Mas não tenham dúvidas, numa eleição em que disputasse alguém do PT com o Maluf, Sarney ou Collor, por exemplo, essa gente se vestiria de verde e amarelo, tentaria cantar o hino nacional, coisa que ainda não aprendeu e cumpriria aquele mesmo papel ridículo em praça pública, o mesmo que cumpre com Bolsonaro. Tanto ele quanto Olavão são vírus oportunista, eles não têm gado próprio, instalaram-se em mentes doentes por puro oportunismo.

Quem assistiu ao vídeo dos moradores dos prédios de luxo do Morumbi, vizinhos da favela Paraisópolis, entende perfeitamente que essa gente é absolutamente lesada, a ponto de imaginar o Batman matando todos na favela, a coisa é nesse nível. Aí sim merece um estudo profundo sobre a letargia mental que essa burguesia fétida carrega na cabeça oca que tem. Isso não é coisa de política e sim de psiquiatra.

Ainda ontem, em dois vídeos, certamente por orientação de Bolsonaro, Olavo de Carvalho fez críticas a Moro, chamando-o de ingênuo e republicano por respeitar a Constituição, imagina isso! Não foi ácido, é verdade, mas disse que ele tem muito a aprender, pois a Constituição brasileira é ideológica, uma preparação para o Brasil ser comunista e assar criancinhas em praça pública.

Olavão sabe o gado que tem, por isso não entrou de sola em Moro, ainda assim recebeu muitas críticas dos moristas, mostrando que, mesmo no ambiente da estupidez completa, existem rachas, pensamentos distintos com o mesmo foco, ódio aos pobres, aos negros, ao PT e ao Lula. Em determinado momento eles se unem e o que tiver na boca, eles vomitam.

O que Olavo de Carvalho faz é dar assistência técnica 24 horas a essa gente com falso extremismo para que nenhum debate siga adiante, assim mantém o gado dentro do curral.

Dar a essa figura status de doutrinador é dar bom dia a cavalo. O cara não passa de uma toupeira frustrada, um picareta do baixo clero intelectual que não tem qualquer formação e, muito menos conhecimento da profundidade de um pires, que fará doutrinar alguém.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Moro de Saias: TSE cassa mandato da senadora Selma Arruda por caixa 2 e abuso de poder econômico

A maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) votou hoje (10) a favor da cassação do mandato da senadora Selma Arruda (Podemos-MT) por abuso de poder econômico e caixa dois nas eleições do ano passado.

A maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) votou hoje (10) a favor da cassação do mandato da senadora Selma Arruda (Podemos-MT) por abuso de poder econômico e caixa dois nas eleições do ano passado.

Até o momento, cinco dos sete ministros que compõem o plenário votaram pela cassação da senadora e dois suplentes que formaram a chapa. Faltam dois votos. A Corte ainda deve decidir nesta noite se novas eleições serão convocadas pela Justiça Eleitoral do Mato Grosso.

Em abril, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Mato Grosso cassou o mandato da senadora pela suposta omissão de R$ 1,2 milhão na prestação de contas da campanha do ano passado. Porém, Selma Arruda e seus suplentes puderam recorrer ao TSE.

Durante o julgamento, o advogado Gustavo Bonini Guedes, representante da senadora, afirmou que a parlamentar não praticou caixa dois e abuso de poder econômico.

“A senador Selma Arruda foi eleita com base nas plataformas de combate à corrupção, que sempre defendeu como juíza no Mato Grosso, determinado a prisão de presidente da Assembleia Legislativa e ex-governador”, disse a defesa.

 

 

*Com informações do 247

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Flavio Dino: Qual a relação entre Vivo, Oi e Petrobras ? É que na Petrobras as pessoas usam telefones?

Flavio Dino desanca os Filhos de Januário na perseguição criminosa ao filho de Lula:

“Qual a relação entre Vivo, Oi e Petrobras ? É que na Petrobras as pessoas usam telefones?

Não há “direito excepcional” que explique essa competência eterna de Curitiba para julgar o presidente Lula e família. Sou a favor de investigações, mas com respeito às LEIS.”

A investigação que baseou a fase da Lava Jato desta terça-feira 10 apura pagamentos da Oi para empresas ligadas a Lulinha e seus sócios. Segundo a Lava Jato, parte desses recursos pode ter sido usada para a compra do sítio de Atibaia, pelo qual Lula também já foi condenado pela 2ª instância.

Além do que disse Flavio Dino, lembremos que essa narrativa bisonha que a Lava Jato criou contra Lulinha para investigá-lo, em Curitiba, por causa de negócios do grupo Gamecorp com a Oi/Telemar, já foi alvo de dois inquéritos no passado.

Ambos os casos, terminaram arquivados em Brasília e São Paulo, em 2012.

https://twitter.com/FlavioDino/status/1204448880567496704?s=20

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Depois de estar com Bolsonaro, indicado para a Fundação Palmares quer valorizar a Princesa Isabel

O Presidente afastado da Fundação Palmares defende fim do Dia da Consciência Negra.

Após se encontrar pela primeira vez com o presidente Jair Bolsonaro , no Palácio do Planalto, presidente afastado da Fundação Cultural Palmares , o jornalista Sérgio Camargo , voltou a defender o fim do Dia da Consciência Negra e disse que, por ele, a data não terá qualquer apoio do órgão federal destinado à preservação da cultura afro-brasileira. Militante de direita, ele disse ainda que vai trabalhar pela valorização do dia 13 de Maio de 1888, data em que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, para libertar os últimos 700 mil escravos no Brasil.

Camargo foi nomeado no dia 27 de novembro para a presidência da Fundação Palmares, órgão responsável pela promoção da cultura afro-brasileira. O ato foi suspenso no último dia 4, após o juiz Emanuel Guerra, da 18ª Vara Federal do Ceará , acatar um pedido de uma ação popular que indicava a incompatibilidade do jornalista para o cargo pelos seus posicionamentos em redes sociais, considerados racistas, e por defender o fim do movimento negro. A Advocacia-Geral da União (AGU) já recorreu da decisão.

Ao ser questionado se, na presidência da Palmares, manteria o posicionamento de defender o fim do Dia da Consciência Negra, Camargo respondeu que sim, pois a data propagaria o “vitimismo e o ressentimento racial.” Segundo ele, não “é uma data do negro brasileiro”, mas apenas de “minorias empoderadas pela esquerda.”

“Claro que tem que acabar com o Dia da Consciência Negra que é uma data que a esquerda se apropriou para propagar vitimismo e ressentimento racial. Isso não é data do negro brasileiro, é uma data das minorias empoderadas pela esquerda que propagam ódio, ressentimento e a divisão racial. No que depender de mim, a Fundação Palmares não dará suporte a algum a essa data. Vamos revalorizar o dia 13 de maio e o papel da princesa Isabel na libertação dos negros”, disse Camargo, após se reunir com o presidente Bolsonaro e o secretário especial de Cultura, Roberto Alvim.

Sérgio Camargo diz que está confiante que a AGU vai conseguir mantê-lo como presidente da Palmares. “Se não estivesse confiante, o que eu estaria fazendo aqui? Tenho que confiar que a liminar vai cair porque ela é absurda e política”, respondeu o jornalista, que se recusou a detalhar o teor de sua conversa com o presidente Bolsonaro: “Foi agenda fechada.”

Nas redes sociais, Camargo disse que no Brasil não existe “racismo real” e que a escravidão foi “benéfica para os descendentes”. O jornalista também defendeu que o movimento negro precisa ser “extinto” e criticou manifestações culturais e religiosas ligadas à população negra. Ele ainda atacou diversas personalidades negras, como casal de atores Taís Araújo e Lázaro Ramos, a ex-vereadora Marielle Franco (assassinada em março de 2018) e o sambista Martinho da Vila, entre outros.

“Eu nunca neguei a inexistência do racismo no Brasil. Isso é uma deturpação das minhas postagens em redes sociais. Eu afirmo que há racismo. O racismo, porém, não é estrutural segundo o tese da esquerda, ele é circunstancial”, disse Camargo, que nas redes sociais afirmou existe um “racismo nutella”.

O indicado para a presidência da Fundação Palmares afirmou que ainda que o pior racismo hoje é a da esquerda. Camargo disse ainda que ele é uma vítima de racismo e sinalizou que irá à Justiça, por ter sido chamado de “capitão do mato” após sua nomeação ter se tornado pública.

“Hoje o pior racismo é o racismo da esquerda, tá? Das milhares pessoas que nas redes sociais estão me chamando de capitão do mato, uma ofensa racial, uma injúria racial que deve ser levado à justiça no momento certo. São pessoas racistas e militantes da esquerda que me chamam de capitão do mato, esse sim os piores racistas no Brasil”, disse.

Camargo foi criticado pelo próprio irmão, o músico e produtor cultural Oswaldo de Camargo Filho, conhecido como Wadico Camargo. Nas redes sociais, ele se manifestou contra a nomeação de seu irmão e escreveu: “Tenho vergonha de ser irmão desse capitão do mato. Sérgio Nascimento de Camargo, hoje nomeado presidente da Fundação PALMARES”, escreveu Wadico em seu perfil no Facebook. Após a repercussão, a publicação foi apagada.

 

 

*Da Folha de São Paulo

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Paulo Marinho revela atuação de Queiroz na campanha de Bolsonaro

Em depoimento na CPMI das Fake News, o empresário Paulo Marinho, que abrigou em sua casa parte da estrutura de campanha usada por Jair Bolsonaro, disse que Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, esteve no local pelo menos três vezes

Um depoimento feito durante sessão na CPMI das Fake News nesta terça-feira 10 pelo empresário Paulo Marinho aponta mais uma comprovação da proximidade entre Jair Bolsonaro e Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, seu filho mais velho, que operava as finanças da família e esteve diretamente envolvido no esquema da ‘rachadinha’, pela qual Flávio é investigado.

Paulo Marinho foi uma pessoa central na campanha de Bolsonaro à presidência em 2018. Ele abrigou, em sua casa, parte da estrutura de comunicação dos trabalhos. Ele cedeu um dos anexos de sua residência, no Jardim Botânico, na zona sul do Rio, para a empresa AM4, que produzia conteúdo publicitário para a campanha de Bolsonaro.

Hoje suplente de Flávio no Senado, o empresário revelou na CPMI que Queiroz ia até o local sempre acompanhado do senador e atuava como seu “motorista”, além de outros trabalhos, que Marinho disse não saber quais seriam. Questionado se integrantes da campanha de Bolsonaro dispararam fake news de sua casa, Marinho respondeu desconhecer tal fato.

 

 

*Com informações do 247

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O que a OI/TELEMAR tem a ver com a Petrobrás para sofrer uma operação da Lava Jato?

O mesmo aparato jurídico usado pelos Filhos de Januário para esconder da sociedade os crimes de Moro na condução da Lava Jato por baixo dos panos, contra Lula, volta a carga com os mesmos Filhos do corrupto Januário Paludo produzindo uma gigantesca lambança.

O nome disso é burrice aguda ou certeza de impunidade.

Eles foram cúmplices tanto nos crimes de Moro, revelados pela Vaza Jato do Intercept quanto os de Januário Paludo, que recebia mesada mensal de Messer, o doleiro dos doleiros, e nada aconteceu contra eles, por corporativismo do MP, dos filhotes do juiz e procuradores corruptos, acharam por bem aplicar outro Lawfare na praça contra o filho de Lula para atingir Lula.

Só que fizeram o oposto.

Dallagnol, o gatuno dos bilhões da Petrobras, que viu seu roubo ser abortado pelo STF, escreveu no Twitter:

“69ª fase apura repasses suspeitos de mais de R$ 132 milhões pelo grupo Oi/Telemar para empresas do grupo Gamecorp/Gol. Evidências apontam que parte dos recursos foi utilizada para a aquisição do sítio de Atibaia no interesse do ex-Presidente Lula”

Como resposta teve o que merece um vigarista que posa de paladino do combate à corrupção. Uma chuva de comentários espinafrando o picareta.

Claro que o caso foi parar na Globo como certamente foi combinado entre Moro e os Marinho.

A mesma Globo que nada falou sobre a Vaza Jato, o mensalão do Pai Januário e a Fundação da Lava Jato com grana da Petrobras, já lascou no Jornal Hoje mais uma fake news Lava Jato.

Só não dá para entender o que a OI/TELEMAR tem a ver com a Petrobrás, Moro e a Lava jato de Curitiba.

Essa operação fabricada por Moro e os filhos de Januário não tem nada a ver com Petrobras que justifica o circo da Lava Jato.

Na verdade quando dizem que evidências apontam que parte dos recursos foi utilizada para a aquisição do sítio de Atibaia no interesse do ex-presidente Lula, estão afirmando que o caso do sítio nada tem a ver com Petrobras, ou seja, nada tem a ver com a Lava Jato e, muito menos com Moro e a juizeca copia e cola.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo – Inacreditável! Aluno da UFRB se recusa a receber material das mãos de professora por ela ser negra

Aluno do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Recôncavo Baiano, Danilo Araújo de Góis teria cometido diversos atos de racismo, segundo estudantes, alegando que”não se mistura com negros pois foi bem criado”.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, um estudante da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), identificado como Danilo Araújo de Góis, se recusa a receber documento das mãos de uma professora da instituição por ela ser negra.

As imagens foram divulgadas pelo perfil do Twitter Lista Preta e mostra Danilo, em meio a uma sala repleta de alunos negros, se recusando a receber um documento da professora.

Estudantes relatam que desde que entrou na Universidade, em 2018, o estudante de Ciências Sociais se recusa a pegar coisas das mãos de pessoas negras e que pessoas negras tenham manuseado ou até mesmo sentar próximo. Chegando a dizer que “não se mistura com negros pois foi bem criado”.

A coordenadora do curso de História da Universidade foi chamada e expulsou o aluno da sala, chamando os outros estudantes para se colocarem à disposição como testemunha.

 

 

*Com informações da Forum

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MPF em Curitiba força ligação entre sítio e Oi para justificar ação contra filho de Lula

A hipótese de investigação é conveniente porque, sem criar um vínculo que justifique a operação, a Lava Jato em Curitiba não deveria ser o “foro” do caso Gamecorp.

O grupo Gamecorp, de Lulinha, e a empresa Oi/Telemar não têm nenhuma conexão aparente com a Petrobras e seus contratos. Mas para estender sua jurisprudência sobre o filho mais velho do ex-presidente Lula, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba vende na imprensa a suposta existência de um possível elo entre o sítio de Atibaia e os pagamentos da Oi ao Gamecorp.

A estratégia ficou escancarada na entrevista que o procurador Roberson Pozzobom concedeu à imprensa na manhã desta terça (10). Segundo o jornal O Globo, ele disse que “a maior parte do dinheiro empregado para a aquisição desses dois sítios podem ter tido origem nos recursos repassados pelo grupo Oi/Telemar para um complexo de empresas criadas por Fabio Luis Lula da Silva, Jonas Suassuna, Kalil e Fernando Bittar”, os donos do Gamecorp.

A hipótese de investigação é conveniente porque, sem criar um vínculo que justifique a operação, a Lava Jato em Curitiba não deveria ser o “foro” do caso Gamecorp. No passado, aliás, a jurisdição foi de Brasília e São Paulo, que arquivaram os processos porque não vislumbraram ilegalidades.

Pozzobom também concedeu à imprensa uma informação contraditória. Disse que a investigação contra Lulinha começou “a partir do aprofundamento de uma ação penal já ajuizada, a ação penal na qual o ex-presidente Lula foi denunciado e condenado por ter participado de um esquema criminoso que envolveu a prática e o repasse por duas empreiteiras de valores sob a reforma no sítio de Atibaia.”

Mas o release do próprio Ministério Público Federal desbanca o procurador. A assessoria de imprensa divulgou mais cedo que a ação contra Lulinha foi subsidiada a partir de dados colhidos desde 2015 pela Lava Jato.

 

 

*Com informações do GGN

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“A Greta já falou que os índios morreram porque estavam defendendo a Amazônia. É impressionante a imprensa dar espaço para uma pirralha dessa aí, pirralha”, disse Bolsonaro, como informou o Portal G1.

A ativista usou suas redes sociais para denunciar a morte de dois índios da etnia Guajajara em um atentado no sábado (7) na BR-226. Ela escreveu que esses povos são assassinados na tentativa de proteger a floresta do desmatamento ilegal.

 

 

*Com informações do 247