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Se nada de concreto for feito contra Bolsonaro, coronavírus será devastador nas populações pobres

Brasileiros fazem panelaço contra Bolsonaro, mídia diz que ele não governa mais, mas tudo não sai de dados políticos sem propósitos concretos diante de um caos em que estamos todos juntos, mas que, sem sombra de dúvida, os pobres sofrerão muito mais.

Não há qualquer sentido de favelas no Rio estarem sem água, ao mesmo tempo em que bancos públicos destinam verbas bilionárias para empresas e agronegócios, fortalecendo os caixas dos ricos.

Disparidades como essa promoverão uma mortandade inimaginável nas favelas e periferias do Brasil se a própria sociedade não tiver consciência da dor do outro e não exigir imediata atenção a um país onde a medicina é essencialmente elitista e tem um presidente que, além de não ter a menor condição moral e comportamental de governar, expulsou do país, assim que eleito, 11 mil médicos cubanos, os mesmos que cobriam de assistência médica e de humanidade milhões de brasileiros de áreas carentes tanto de grandes e pequenas cidades quanto de lugares longínquos Brasil afora, além de uma bomba relógio prestes a explodir com a falta de saneamento básico e de água nas favelas do Rio de Janeiro.

Se os pobres nunca puderam exercer seus direitos, agora os veremos, em massa, perderem a vida em função da pandemia que assola o mundo.

Brasília tem conseguido, com sucesso, estabelecer ações públicas de combate ao coronavírus, porque lá está o poder, mostrando que isso faz toda a diferença diante de um inferno como esse que o Brasil como um todo vive, mas para os favelados, o inferno está dois andares acima. É preciso melhorar muito as condições atuais dos moradores das favelas e periferias dos grandes centros para que eles vivam ao menos o inferno da pandemia.

Essas são as questões centrais para entender as do preconceito, do racismo e da discriminação, herdadas de um pensamento escravocrata que, nos dias que correm, trarão, com todas as letras, o exame do descaso humano produzido pelo sentimento civilizatório.

A cada momento que passa, lugares com uma concentração demográfica intensa como as favelas do Rio, por exemplo, sem um mínimo de chance de combate à pandemia do coronavírus, por falta de água, correm o risco de sofrerem um massacre, uma devastação sem precedentes na história da humanidade, se nada for feito.

Bolsonaro segue alheio à pandemia do coronavírus, mas não aos ricos. A eles foram destinados recursos de R$ 10 bilhões através dos planos de saúde.

O governo Bolsonaro destinou recursos financeiros aos seguintes segmentos:

Empresas terão acesso a 88 bilhões (49,4%), o agronegócio a R$ 30 bilhões (16,9%) e outros R$ 30 bilhões serão disponiblizados para a aquisição de outras instituições financeiras. Outros R$ 24 bilhões (13,4%) serão colocados à disposição de pessoas físicas e R$ 6 bilhões (3,4%) para hospitais, estados e municípios.

Aonde ficam os moradores de favelas, miseráveis e moradores de rua e mais uma dezena de milhões de brasileiros miseráveis nessa conta de Bolsonaro e Guedes? Não há lugar nenhum na cabeça desses monstros que caiba um mínimo de compaixão pelos pobres, sejam eles idosos, jovens ou crianças.

E se a sociedade civil organizada não fizer nada contra isso, tudo o que se vê na Itália, na Espanha e na China, junto, parecerá uma Disneylândia perto do inferno ao quadrado que o Brasil assistirá, atingindo sobretudo às populações mais vulneráveis e que mais precisam da proteção do Estado que, friamente, insiste em negar em prol dos milionários e das classes economicamente dominantes.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Discriminado pelo governo, Complexo do Alemão, cria gabinete de crise com funk contra o corona

O Complexo do Alemão, uma das maiores favelas do Rio, ganhou esta semana um gabinete de crise contra o coronavírus. Organizado por moradores —que apontam a ausência de orientações do poder público voltadas à realidade da comunidade—, o grupo promoveu uma campanha nas redes sociais para levantar fundos para a compra de água, sabão e álcool em gel.

A partir da ação do gabinete, recomendações de prevenção já ganharam as ruas e vielas por meio de folhetos explicativos sobre a covid-19, faixas e até mesmo um funk composto pelo Coletivo Papo Reto que toca em caixas de som instaladas em postes —as chamadas rádio-poste (rádios comunitárias).

“Tá ligado no coronavírus? Deixa eu te passar a visão. Essa doença triste que afetou nosso mundão. Vamos ter consciência e fazer toda a prevenção para nossa comunidade. Lave as mãos frequentemente, com água e sabão. Evite sair de casa para não ter aglomeração”, diz o funk.

Como alguns pontos da favela estão há mais de um mês sem água, esta tornou-se uma das prioridades. “Se a orientação principal é lavar as mãos com água e sabão e as pessoas não têm água, elas ficam muito vulneráveis. É nisso que a gente precisa agir”, diz Camila dos Santos, uma das organizadoras do gabinete.

 

 

*Com informações do Uol

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Vídeo: Contra Bolsonaro, favela da Rocinha promove o maior panelaço do Brasil, lembrando o Maraca lotado

Histórico!

Rocinha rememorou os áureos tempos do antigo Maracanã, num jogo de decisão, onde cabiam 200 mil pessoas.

No Brasil, favela e asfalto se unem para fazer um enorme panelaço contra Bolsonaro.

Todos numa só pulsação, entoando o mesmo grito, “Fora Bolsonaro!”

O Jornal Nacional, quem diria, mostrou vários condomínios de prédios Brasil afora execrando o maníaco do Planalto no dia do seu aniversário. Isso, depois que ele tentou, através de um vídeo, espetacularizar o medicamento cloroquina, junto com seus três filhos boçais.

Só falta agora descobrir que em Rio das Pedras também teve panelaço, já que Bolsonaro está virando unanimidade nacional de repulsa.

Hoje, o que se tem de bolsonarismo é algo residual comandado pelo gabinete do ódio. A maioria do que ainda apoiam Bolsonaro é formada por robôs. A realidade é essa que aparece no vídeo, a Rocinha em peso batendo panelas e gritando “fora Bolsonaro!”.

A favela nunca havia batido panela para presidente nenhum. Isso é um sinal de que acabou de vez o governo Bolsonaro. A grande massa do povo, não aqueles patetas verde e amarelo, quer Bolsonaro fora do governo em nome da salvação nacional.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Foto flagra momento em que o clã Bolsonaro grava vídeo anunciando o aumento da produção do cloroquina

Esta imagem diz tudo sobre o governo Bolsonaro. Um improviso imprudente dele e de seus filhos tão dementes quanto o pai.

É nas mãos desses quatro idiotas que o destino do Brasil se encontra.

Uma pandemia está matando milhares de pessoas no mundo todo e esses psicopatas fazendo a coisa na base da orelhada, um vídeo institucional com esse nível de bagunça.

Bolsonaro anuncia o aumento da produção do medicamento cloroquina que deverá ser usado no combate ao coronavírus, porém, o produto ainda está em fase de testes.

Outras entidades brasileiras não recomendam o uso da cloroquina enquanto os estudos em andamento não forem concluídos.

Mas Bolsonaro e seus filhos retardados resolveram fazer um videozinho escolar, no jardim de casa, para os coleguinhas da escola, anunciando o aumento da produção de um medicamento com resultados ainda inconclusivos.

O produto ainda está em fase de testes e cientistas alertam para os efeitos colaterais provocados.

Além disso, depois da disseminação de informações inconclusivas, a compra do produto nas farmácias aumentou.

A pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcolmo, alerta que a medicação não pode ser utilizada como prevenção da Covid-19 e orienta a quem fez a aquisição para que devolva o medicamento à farmácia.

Agora a noite Bolsonaro voltou ao Twitter para dizer que não fará demagogia.

“Também é meu dever impedir que o pânico tome conta do país, o que complicaria ainda mais a situação. É com este objetivo, de mostrar que superaremos este obstáculo, que tenho tratado a questão com coragem e tranquilidade. De forma alguma usarei do momento para fazer demagogia”

Uma pergunta inevitável: quem vai interditar esse animal e sua ninhada?

 

*Da redação

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Milton Neves, o escroque da TV que cheira como Bolsonaro, agora manda o maníaco do Planalto calar a boca

A história recente do Brasil, de uns dias para cá, tem nos reservado fatos de enorme riqueza, sobretudo no campo da multiplicação da imbecilidade.

Milton Neves, como todos sabem, é um imbecil puro sangue por ser um dos maiores mercenários da TV brasileira, uma espécie de Ratinho do futebol.

Neves, Em diálogo no twitter com Xico Graziano, outra besta ex-tucana, reduzido a limpa trilho de Bolsonaro, criticam o bezerro de ouro que até dias atrás divinizavam. E os bolsonaristas mecânicos ou de carne e osso, bem menos numerosos, chegaram chegando com a sola da chuteira no pescoço dos dois, mas principalmente no de Neves, mostrando que Bolsonaro está na mais franca decadência política, até mesmo no ninho dos ratos.

No caso de Milton Neves, a ordem veio de cima, dos caciques do agronegócio, os mesmos que participaram do dia do fogo na Amazônia, por conta das declarações de Eduardo Bolsonaro e Ernesto Araújo contra a China, sopradas ao pé do ouvido por Bolsonaro para agradar Trump, o que gerou uma crise diplomática séria que pode ferir de morte o agronegócio brasileiro, caso a China meta um carimbo na testa de Bolsonaro de rejeição aos produtos agrícolas brasileiros.

Isso, sem falar nas toneladas de carne bovina, suína e de aves, melando uma relação comercial virtuosa iniciada por Lula e ampliada por Dilma que, Bolsonaro, apoiado cem por cento pelos antipetistas rurais que se lambuzaram de ganhar dinheiro.

Bolsonaro está na iminência de colocar tudo isso a perder e fazer com que os latifundiários percam muito dinheiro e, junto, outros negócios transversais à produção do agronegócio.

Milton Neves, lógico, falou pela Band, que já havia feito um editorial espinafrando o imbecil que ela ajudou a eleger com todo o ódio que carrega contra o PT.

Ninguém sabe do risco que estão correndo de perder as milionárias exportações para a China em nome dos interesses de Trump, para quem Bolsonaro trabalha pela agressão gratuita.

O fato é que, enquanto Bolsonaro, em sua servidão espontânea aos EUA, prejudicava o Brasil sem afetar o agronegócio, Neves, Band e Chico Graziani aplaudiam o ogro, na ilusão de que o lacaio dos EUA se limitaria a conceder apenas algumas vantagens a Trump em troca de um sorriso e um elogio do esperto.

Agora, estão vendo que a coisa não é bem assim, pois Trump trabalha pelos interesses exclusivos de seu país, com uma diferença, é o mais protecionista dos últimos presidentes dos EUA e mostra que Bolsonaro é somente um cavalo que ele monta como quer, na hora que quer e para o que quer.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Governadores do Nordeste comemoram acordo com a China no combate ao coronavírus

Embaixador da China dá resposta positiva ao Consórcio Nordeste: ‘Vamos esforçar por isso’.

Após o Consórcio Nordeste enviar uma carta assinada pelo governador Rui Costa com um pedido de ajuda da China na última sexta-feira (20) (relembre aqui), o embaixador do país asiático no Brasil, Yang Wanming, deu uma resposta através do Twitter neste sábado (21). A réplica foi positiva.

Sr. governador, já recebemos a sua mensagem. Vamos esforçar por isso”, escreveu o emissário.

O documento, assinado pelo governador baiano, presidente do Consórcio, solicita colaboração “por meio do envio de materiais médicos, de insumos e de equipamentos”. Ainda conforme o ofício, há a necessidade, em especial, “de leitos de UTI e de respiradores, pois as projeções de enfermos indicam que haverá um déficit deste equipamento no momento de pico da epidemia”.

O pedido ocorre em meio à crise diplomática entre os dois países em virtude de postagens do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), que indicou a China como culpada pela pandemia do novo coronavírus.

 

 

*Com informações do Bahia Notícias/Ulisses Gama

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Quantos foram infectados e quantos morrerão em consequência das manifestações pró-Bolsonaro no dia 15?

Já se sabe que, na França e Coreia do Sul, pastores evangélicos promoveram em seus cultos, num verdadeiro espalha-vírus.

Duas mil pessoas é a média dos cultos evangélicos, um número relativamente pequeno se comparado à última manifestação pró-Bolsonaro, convocada pelo próprio contra o Congresso e o STF no último dia 15.

Temos que lembrar que, logo após as manifestações, o Brasil ultrapassou a Itália, e muito, em número de infectados e de mortos considerando o mesmo período de tempo do primeiro registro.

Não há como negar que as manifestações pró-Bolsonaro foram um fermento perfeito para a propagação relâmpago e exponencial do coronavírus no Brasil.

Se na França e na Coreia do Sul, os pastores vão pagar com prisão por esse crime de progressão geométrica. Aqui no Brasil, quem fará as contas dos possíveis infectados nas manifestações de Bolsonaro que, hoje, sete dias depois, estão por aí espalhando o vírus pelo país? Quem fará Bolsonaro pagar por esse crime? Porque esse ato ultrapassou a necessidade de um impeachment, a pergunta agora é, quem vai condenar Bolsonaro à prisão e quando?

Em quantas cidades os bolsonaristas, em solidariedade ao maníaco do Planalto, se reuniram ? Quantas pessoas foram contabilizadas se juntando numa aglomeração assassina e levando para sua casa, para sua família, para o seu bairro o coronavírus? Alguém já fez essa conta? Se não, deveria fazer.

E fazer mais, saber o efeito daquilo em número de mortos que o Brasil terá nos próximos quatro meses, depois que Bolsonaro estimulou a propagação do coronavírus com o próprio convocando e se misturando aos manifestantes, cumprimentando e produzindo um espetáculo macabro que, certamente elevará e muito a quantidade de mortes no país.

Uma mazela como essa não foi por absoluta ignorância, dizer isso seria contraditório, já que naquele momento o Brasil, através do próprio Ministério da Saúde, já vinha assistindo aos alertas de que, se não tivesse uma consciência coletiva, o Brasil sofreria pesadamente com a pandemia.

Mas isso não foi obstáculo para a floração do pensamento bolsonarista e, muito menos para a disseminação do vírus com o estúpido argumento de que aquilo era saudável para a democracia.

Cabe agora ao Ministério Público não esperar mais nada e buscar pesquisas confiáveis com infectologistas e virologistas sobre aqueles atos que aconteceram em todo o país e quais as consequências em números calculados de infectados, de doentes e de mortos.

Isso é pra já, porque Bolsonaro não vai se contentar em apenas produzir aquela pantomima viral, ele ainda se mostra relutante em admitir que o coronavírus pode promover no Brasil a maior catástrofe da história com mais de 1 milhão de vítimas fatais. Alguém tem que colocar uma focinheira e um enforcador no cachorro louco. Isso é para ontem.

Na Itália, somente de ontem para hoje, já se somam quase 800 mortes, uma progressão macabra.

Detalhe: lá não teve nenhuma manifestação política parecida com aquela estupidez assassina dos psicopatas bolsonaristas junto com o seu “mito”, como a que assistimos no último domingo, 15 de março.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Luis Nassif: O coronavírus, o salário do funcionalismo e os ganhos financeiros da Globo

Em nome dessa loucura institucionalizaram-se as práticas econômicas mais deletérias, como a apreciação cambial, as taxas de juros dos títulos públicos, promovendo a mais brutal transferência de renda da história.

O coronavírus está varrendo como um tsunami ideias estabelecidas e todo um edifício retórico que, nas últimas décadas, sustentou o maior processo de concentração de renda da história.

Toda a lógica que legitimou a concentração de renda das últimas décadas baseava-se em premissas falsas. Na ideia de que todo ganho corporativo reverteria em mais investimentos, que gerariam mais empregos, trazendo um ganha-a-ganha geral. O sofisma da “lição de casa” justificou todos os abusos, de Marcílio Marques, no governo Collor, passando por Pedro Malan, no governo FHC, se prolongando com Antônio Palocci e Henrique Meirelles nos governos Lula e Temer. Os erros de Dilma foram de outra natureza.

Em nome dessa loucura institucionalizaram-se as práticas econômicas mais deletérias, como a apreciação cambial, as taxas de juros dos títulos públicos, promovendo a mais brutal transferência de renda da história.

Esse modelo acabou. O coringavirus veio com pitadas de castigo divino, obrigando a uma solidariedade geral. Sem a solidariedade, haverá morte, conflitos, ranger de dentes, a dissolução do tecido social brasileiro e das barreiras sanitárias, com o coringavirus se impondo definitivamente.

Mas a síndrome do escorpião é terrível.

Ontem, o Globo fez um editorial sugerindo que o funcionalismo público deva dar sua contribuição à crise. Para justificar, recorreu à indefectível economista Zeina Latif, que montou um modelito econômico a la carte, para atender à tese proposta.

Nem vou entrar no caso da Zeina, que ganhou uma belíssima e justa bolada do banco XP por ajuda-lo, com suas análises econômicas, a galgar um reconhecimento do mercado, permitindo um IPO bilionário, que não acontecerá nunca mais, pois fruto das distorções monumentais do excesso de liquidez e de análises furadas de economistas de mercado que levaram o mundo a este situação.

O raciocínio da Globo se baseia no manual das simplificações de planilha, do cabeça de planilha tradicional. Consiste no seguinte: defino a conclusão de acordo com minhas conveniências. Depois, monto um mundo de planilha, apenas com as variáveis que ajudam a justificar meu raciocínio. O economista age como um bom Ministro do Supremo: primeiro firma a convicção política, depois vai buscar o argumento.

O mundo simplificado consiste em um país com duas variáveis apenas: os trabalhadores do setor público e do setor privado.

Como só tem duas variáveis – empregados do setor público e do setor privado – que se façam as comparações.

Diante da rápida e maciça perda de receita das empresas, é preciso agir para que elas sobrevivam. Na quarta, foi anunciado que será proposto que os empregadores possam cortar pela metade o salário de seus funcionários, na mesma proporção da redução da jornada de trabalho. O conceito de que é melhor preservar o emprego e parte da remuneração do que ser demitido é indiscutível.

Ora, se as finanças públicas estão dissolvendo, porque a recessão seca os canais que abastecem o Tesouro de impostos, e é preciso dinheiro público para salvar vidas em hospitais, postos de saúde e garantir alguma renda a dezenas de milhões de pessoas que vivem na informalidade, entre outras, os servidores precisam dar sua contribuição. Eles são um dos maiores itens de despesa nos orçamentos públicos, federal, estaduais e municipais.

Fantástico, justo e correto.

Mas vamos ampliar um pouco o mundo. Além de trabalhadores do setor privado e público, vamos incluir os beneficiários de ganhos financeiros em cima da dívida pública.

O Brasil é um caso único de ganho em cima do Tesouro. Em outros mercados, acionistas e executivos ganham em cima de operações não muito corretas, de recompra de ações, mas, em todo caso, fica entre eles e o mercado.

Veja bem, esse ganho financeiro não gerou um emprego, um aumento do nivel de atividade, não exigiu esforço algum. Bastou aplicar em títulos públicos e esperar o resultado em casa.

Já os gastos do funcionalismo, tirando uma elite de marajás e distorções pontuais, resultam em produtos entregues: aulas, atendimento de saúde, segurança, arrecadação fiscal, regulação do setor monetário etc. Podem melhorar? Podem. Podem deixar de existir? Jamais.

E nada como analisar o próprio balanço do Grupo Globo e comparar receitas financeiras estéreis (pois não resultam em investimentos nem em mais emprego, nem exigem criatividade, inovação, melhorias) com empregos públicos essenciais.

O resultado operacional líquido (aquele que reflete receitas menos despesas) em 2019 foi negativo em R$ 572,5 milhões, contra R$ 530 milhões em 2018. Quando inclui a TV por assinatura, o resultado operacional foi melhor, mas também em queda, de R$ 573 milhões contra R$ 1 bilhão em 2018.

Quando se entra nos resultados financeiros, o quadro muda. A receita financeira em 2019 foi de R$ 752 milhões, contra R$ 1,2 bilhão em 2018. 2020, sem eventos esportivos, será pior.

Mas a questão é outra. Vamos a algumas comparações, com algumas categorias fundamentais do funcionalismo.

Confira a tabela.

O lucro financeiro da Globo em 2018 daria para contratar

* 6.944 médicos clínicos para o SUS,

* ou 25.469 professores do ensino básico,

* ou 7.234 médicos cubanos, garantida a parte de Cuba,

* ou 30.848 funcionários DAS 1 e 8.033 DAS 4,

* ou 8.286 professores com doutorado.

Representa o mesmo que os vencimentos de

– 120 Ministros do STF ou
– 6.186 Almirantes de Esquadra, ou ainda
– 3.963 fiscais da Receita.

Por que é possível essa comparação? E porque a Globo tem interesse em reduzir o salário do funcionalismo público e manter as regras fiscais? Porque todos esses gastos são medidos em reais e constam do orçamento. Saem todos da mesma boca de caixa. E, portanto, a Globo está defendendo os interesses dela e de todos os proprietários de dívida púbica. Em um momento de calamidade, a Globo está discutindo contabilidade.

Vamos comparar, agora, com programas relevantes do setor público.

penúltima coluna é a equivalência com o lucro financeiro de 2019; a última com o lucro financeiro de 2018.

Confira, então, que apenas o lucro financeiro da Globo correspondeu 1,11 o orçamento da Unifesp, a Universidade Federal de São Paulo; a 2,23 da Universidade Federal de Ouro Preto e a 3,52 da Universidade Federal do ABC.

Corresponde a 1,66 vezes mais tudo que é gasto com Vigilância Epidemiológica, 5.20 vezes mais do que os gastos com toda a população indígena e 6,25 vezes as verbas para desenvolvimento científico.

Repito, é um dinheiro estéril, que não resulta em mais investimento, em mais emprego, em mais riqueza. E representa o ganho de apenas uma grande empresa nacional.

Á medida que o coronavirus vai fazendo baixar a maré da especulação, as águas vão se esvaindo deixando à vista os detritos e comparações inevitáveis. E a dúvida que jamais será respondida: como chegamos tão baixo no nível de percepção e no conceito de justiça e de desenvolvimento?

 

 

*Luis Nassif/GGN

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Bolsonaro se transforma no maior aliado do coronavírus contra o Brasil

Depois de convocar manifestações contra o Congresso e o STF e participar delas, colocando em risco a vida de milhares de brasileiros, Bolsonaro dobra a aposta no caos, mostrando que o coronavírus tem um aliado leal.

No Brasil já são 914 pessoas infectadas, 11 mortes e Bolsonaro usa coletiva para chamar o coronavírus de gripezinha.

Bolsonaro, em coletiva nesta sexta-feira (20): “depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar”.

Marcelo Freixo, em seu twitter, avisa: “Acabei de participar de uma reunião dos deputados federais do Rio com o governador Wilson Witzel para falar de medidas emergenciais no Congresso para ajudar o estado. NENHUM deputado bolsonarista compareceu. Estão se inspirando no péssimo exemplo do presidente”.

Prefeito de Niterói pede ao governo do estado suspensão total da operação das barcas.

Mas o delinquente do planalto, que se diz patriota, acha que todas essas medidas de contenção do fluxo de pessoas são exageradas e quer que prefeitos e governadores obedeçam ao “libera geral” que ele martela sem parar.

Até o genocida governador do Rio, Wilson Witzel, avisa em seu twitter: “Uma das ações que vamos tomar em auxílio à população será a distribuição de cestas básicas. Estamos conversando com a Associação de Supermercados do RJ para encontrar uma forma de distribuição, sem oferecer riscos de contágio às pessoas”.

Numa crueldade sem limites, Bolsonaro, em plena pandemia do coronavírus, corta Bolsa Família de 158 mil famílias carentes, sendo mais de 60% de nordestinos.

O valor médio do Bolsa Família de R$191,86 para 158 mil famílias dá em torno de R$ 30 milhões; enquanto isso, Bolsonaro vai dar R$10 bilhões para os planos de saúde.

Para piorar, o clã Bolsonaro cria a mais séria crise diplomática com a China, que pode render uma retaliação que pode detonar de vez a economia brasileira.

Até Malafaia, o mais vigarista dos charlatães, avisou que vai suspender seus cultos por causa da pandemia.

Número de infectados no Brasil cresce 45% em um dia. O isolamento é a única defesa.

Mas Bolsonaro quer indústria, comércio e transportes funcionando normalmente e as pessoas circulando livremente para fazer compras para não afetar a economia.

Por isso, Bolsonaro foi objeto de um panelaço em praticamente todas as capitais do país, por se aliar à pandemia do coronavírus que atinge em cheio o Brasil.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas