Fortuna de Marçal pode ter origem em R$ 80 milhões roubados por quadrilha de golpes em bancos

Livro “Pablo Marçal: a trajetória de um criminoso”, que será lançado, revela atuação de ex-coach no grupo criminoso desmantelado pela PF em 2005. De toda quadrilha, Marçal teria sido o único a não cumprir pena na cadeia,

A fortuna de mais de R$ 200 milhões de Pablo Marçal (PRTB), que se aventurou na política e que atualmente tumultua a disputa à prefeitura de São Paulo, pode ter origem nos cerca de R$ 80 milhões roubados pela organização criminosa implodida em 2005 pela Polícia Federal (PF) e que tinha o ex-coach como um dos principais integrantes.

Nascido em uma família de classe média baixa de Goiânia, Marçal declarou um patrimônio de R$ 193.503.058,17 ao registrar sua candidatura neste ano. No entanto, dias depois, com a divulgação da omissão de bens e patrimônio, ele se retificou e afirmou que seu patrimônio ultrapassa os R$ 200 milhões.

O valor é mais que o dobro dos R$ 96.942.541,15 declarados por Marçal dois anos atrás, quando chegou a se lançar à Presidência, mas acabou disputando um cadeira na Câmara. A candidatura, no entanto, foi indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No entanto, no livro Pablo Marçal: a trajetória de um criminoso, que será lançado nesta segunda-feira (16) pelo jornalista Cristiano Silva, do site Goiás 24 horas, uma fonte próxima de Marçal revela que a meritocracia e as ferramentas de coach não são, necessariamente, o motivo de ter transformado o menino goiano em um empresário milionário.

Operação Pegasus
A fonte próxima a Marçal, ouvida pelo jornalista, foi quem primeiro revelou ao próprio Cristiano Silva que Marçal foi um dos investigados na megaoperação Pegasus, desencadeada pela PF em agosto de 2005 para desmantelar a maior quadrilha de hackers do Brasil, especializada em invasão de contas bancárias pela internet.

Na operação, desencadeada em 27 de agosto de 2005, os agentes da PF cumpriram 126 mandados de prisão expedidos pela Justiça de Goiás.

A quadrilha agia desde 2001 e havia desviado, até então, pelo menos R$ 80 milhões dando golpes em correntistas de todos os bancos do país, segundo a investigação.

No livro, a fonte levanta uma questão inédita, que foi confirmada por Cristiano Silva nos autos do processo: onde estão os R$ 80 milhões desviados pela quadrilha que estariam em um cofre?

“Apenas três pessoas sabiam do local exato e da senha. O dono do negócio, pastor Danilo, Pablo e uma terceira pessoa. Quando a casa caiu para todo mundo, um desses três voltou para casa e continuou a vida sem cumprir a pena. Ele limpou o cofre e ficou milionário da noite para o dia”, conta a fonte no livro.

Marçal foi o único membro da quadrilha que não chegou a ser preso – e se gaba até hoje por isso.

“Todo rico tem um passado para contar sobre sua fortuna, até quem recebe herança tem o que contar. Já observou que Pablo Marçal é um milionário sem passado? De repente, rico, conselheiro do mundo, pai da sabedoria… Quem deu a ele o pote de ouro ou a mala cheia de grana? Deus ou o capeta? Estranho, não? Como explicar a fortuna dele e a desgraça dos outros?”, indaga JP, como é identificada a fonte pelo jornalista no livro.

Ao mudar seu domicílio eleitoral para São Paulo, em 2022, Marçal já era conhecido no mundo do coach. Mas, muito mais pelas gafes, do que pelo seu poder de persuasão e financeiro.

Em janeiro daquele ano, o coach ocupou os noticiários ao colocar em risco de vida 32 pessoas que levou para uma expedição sem guia no Pico dos Marins, na cidade de Piquete.

Meses depois, ele registrou na Justiça Eleitoral o patrimônio de R$ 96.942.541,15 – R$ 16 milhões a mais do que teria sido roubado pela quadrilha nos golpes em clientes de bancos.

Dois anos depois e já famoso pelas provocações e polêmicas nas redes, Marçal declara mais que o dobro do patrimônio e se lança candidato por um partido, o PRTB, cujo presidente, Leonardo Avalanche, e assessores estão envolvidos com figuras do PCC e com o tráfico de drogas.

O livro de Cristiano Silva lança luz sobre a “meritocracia” do ex-coach e dúvidas sobre a origem de sua fortuna milionária. A obra sinaliza que muito além da política, Marçal segue sendo um caso de polícia.

Datena diz que espera ter “lavado a alma de milhões” com cadeirada

Datena afirma que não se arrepende, que repetiria cadeirada em Marçal nas mesmas circunstâncias e que espera ter “lavado a alma de milhões”.

São Paulo — O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena, afirmou em nota divulgada na manhã desta segunda-feira (16/9) que espera ter “lavado a alma de milhões” ao dar uma cadeirada em Pablo Marçal (PRTB) durante o debate da TV Cultura na noite desse domingo (15/9). O tucano disse que não defende o uso da violência para resolver um conflito, mas que também não se arrepende do que fez e que repetiria o gesto.

Datena disse esperar que, com sua atitude, ter mostrado “o risco que a candidatura de Pablo Marçal representa para a integridade das pessoas, para a nossa democracia e para a sobrevivência de milhões de cidadãos que dependem da atuação da prefeitura de São Paulo para ter uma vida menos indigna”.

“Espero, também, ter lavado a alma de milhões de pessoas que não aguentavam mais ver a cidade tratada com tanto desprezo e desamor por alguém que se propõe a governá-la, mas que quer mesmo é saqueá-la, de braços dados com o crime organizado”, afirmou o apresentador da Band.

O candidato disse também que não defende o uso da violência para resolver conflito e que “essa é a regra e sempre a respeitei nos meus 67 anos de vida”. “Até o dia de ontem”, disse. O tucano afirmou que “os limites de civilidade foram rompidos e corrompidos por um oponente”, o que tornou difícil seguir essa regra.

Datena também disse que Marçal demonstrou falta de caráter e que será “detido no voto”. “Mas, a despeito disso, precisava também ser contido com atos. Foi o que eu fiz”, disse.

“Eu sou um cara de verdade e, com um gesto extremo, porém humano, expressei minha real indignação por ter, de forma reiterada, sido agredido verbal e moralmente por um adversário que, como todos têm podido constatar, afronta a todos com desrespeito e ultraje, ao arrepio da ética e da civilidade”, afirmou Datena.

“Datena foi provocado o tempo inteiro e Marçal veio para tumultuar”, diz Boulos

Candidato do Psol afirmou que o nível da campanha em São Paulo vem sendo rebaixado.

Em entrevista concedida logo após um debate na TV Cultura, o candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, lamentou os episódios de agressão e rebaixamento do nível dos debates eleitorais. A declaração veio em resposta a uma pergunta sobre o comportamento de José Luiz Datena, que agrediu Pablo Marçal durante o programa após uma série de provocações. Boulos não poupou críticas à situação, apontando a falta de equilíbrio emocional e propostas entre alguns concorrentes.

O episódio de desentendimento entre Datena e Pablo Marçal foi um dos pontos mais comentados do debate. Segundo Boulos, Marçal teria passado grande parte do programa atacando Datena, o que teria provocado o descontrole do apresentador. “É preciso dizer que o Datena foi provocado o debate inteiro pelo Pablo Marçal, que veio para tumultuar”, afirmou Boulos, destacando que, embora as provocações não justifiquem a violência, elas contribuíram para o clima de tensão. “Acabou perdendo o controle”, disse Boulos sobre o comportamento de Datena.

O candidato do PSOL, no entanto, ressaltou que seu objetivo nos debates é apresentar propostas e discutir soluções para a cidade, algo que ele acredita estar sendo prejudicado pelo baixo nível de discussões e ataques pessoais. “Infelizmente, o nível dessa eleição está sendo muito rebaixado, não só por esse episódio da agressão, mas pelo nível do próprio prefeito Ricardo Nunes”, criticou Boulos, fazendo referência ao atual mandatário de São Paulo.

Debates sem profundidade nas propostas

A preocupação de Boulos com o conteúdo dos debates vai além dos momentos de tensão e agressividade. Para ele, o eleitor paulistano tem sido privado de uma discussão qualificada sobre o futuro da cidade. “Quem quer ser prefeito de São Paulo precisa ter equilíbrio emocional, precisa ter condição moral e precisa ter proposta”, afirmou o candidato. Boulos destacou ainda que tem se preparado para os debates e conta com uma equipe dedicada a apresentar soluções para os problemas da cidade, mas que essas ideias têm tido pouca visibilidade devido à postura de outros candidatos.

Durante a entrevista, Boulos voltou a frisar sua missão na campanha: “Eu vim para os debates para discutir propostas, me preparei, juntei um time e tenho um objetivo nessa eleição: fazer de São Paulo uma cidade mais humana, mais igual e mais inovadora”. Para ele, é essencial que o eleitor tenha a oportunidade de conhecer e comparar as propostas de cada candidato de forma clara e objetiva. Confira:

Vídeo: Datena agride Marçal com cadeira e é expulso de debate da TV Cultura

Candidatos voltam a se desentender em debate, e apresentador parte para cima do adversário; Marçal deixou o programa.

O clima voltou a esquentar entre o apresentador José Luiz Datena (PSDB) e o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) durante debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo promovido, neste domingo (15), pela TV Cultura.

Depois de algumas provocações e desentendimentos entre os candidatos, Datena partiu para cima do adversário e o agrediu com uma cadeira. Imediatamente, o mediador chamou o intervalo comercial e o debate foi interrompido.

Mensalão: Pizzolato revela a verdade por trás de um julgamento histórico

O julgamento do chamado “Mensalão”, um dos episódios mais marcantes da história recente do Brasil, ainda suscita debates, desconfianças e controvérsias. O caso, que foi televisionado por cinco meses, transformou-se em um verdadeiro espetáculo midiático. De acordo com Henrique Pizzolato, um dos réus mais emblemáticos do processo, o julgamento não apenas seguiu uma narrativa preconcebida, mas foi pautado por “mentiras e meias verdades”, como ele revelou durante uma entrevista concedida ao programa Conversas com Hildegard Angel..

No decorrer da entrevista, Pizzolato reitera como sua vida pessoal e profissional foi completamente devastada em consequência de uma condenação que, segundo ele, foi fundamentada em uma sucessão de distorções e acusações infundadas. “Fui acusado de desviar dinheiro público do Banco do Brasil para financiar a compra de votos de parlamentares, mas nunca foi apresentada uma única prova material dessa acusação”, afirma o ex-diretor do Banco do Brasil.

O Papel da Mídia e o “Julgamento-Show”

Uma das maiores críticas feitas por Pizzolato durante a conversa foi sobre a espetacularização do julgamento. “Foi uma novela, um show midiático com direito a capas pretas, encenações e orquestrações”, comenta ele, destacando o caráter quase teatral do julgamento, que teve ares de reality show. Essa dramatização, segundo Pizzolato, serviu para manipular a opinião pública e selar o destino de figuras-chave do Partido dos Trabalhadores (PT), como José Dirceu e José Genoino, além de outros réus.

Durante a entrevista, Hildegard Angel enfatiza que o julgamento do Mensalão representou uma “caça às bruxas” política e ideológica, reminiscente dos processos inquisitórios da Idade Média. Pizzolato acrescenta que ele e outros réus foram perseguidos de forma implacável pela imprensa e por setores do Judiciário, que, de acordo com ele, tinham como objetivo maior enfraquecer o governo do presidente Lula e destruir a reputação do PT.

A Teoria do “Mentirão”

A falta de provas concretas e a ausência de registros bancários que comprovassem o desvio de recursos públicos são alguns dos pontos que Pizzolato mais destacou durante a entrevista. “Eles sabiam que eu era inocente. No entanto, já haviam decidido quem seriam os condenados antes mesmo de qualquer investigação profunda”, ressalta. Segundo Pizzolato, a teoria de uma “sofisticada organização criminosa”, promovida pelo então ministro do STF, Joaquim Barbosa, era essencialmente fictícia e serviu para construir uma narrativa conveniente para interesses políticos.

Pizzolato conta que, mesmo com auditorias independentes, tanto do Banco do Brasil quanto da Visanet, que não encontraram qualquer desvio de recursos, o processo seguiu adiante. “Foi um julgamento montado para condenar. Criaram uma fantasia, e eu era necessário para eles poderem dizer que havia dinheiro público envolvido”, reflete ele.

As Consequências Pessoais e Profissionais

A vida de Henrique Pizzolato e de sua família nunca mais foi a mesma após o início do processo. Ele relata as humilhações, perseguições e o isolamento que sofreu, comparando sua experiência a uma tortura moderna: “A tortura hoje não começa pelo corpo, como na ditadura militar; ela começa pela alma, com linchamentos públicos, julgamentos midiáticos e a destruição da reputação”, desabafa.

O ex-diretor do Banco do Brasil relata que, até hoje, enfrenta dificuldades financeiras e profissionais. Com seus bens bloqueados e seu nome manchado, ele afirma que sua vida foi irremediavelmente comprometida pelo “Mentirão”, como ele chama o julgamento do Mensalão.

Documentário e Rede de Apoio

Um ponto relevante levantado na entrevista foi o lançamento de um documentário dirigido por Silvio Tendler, que contará a versão de Pizzolato sobre os fatos. O filme busca lançar luz sobre o que ele considera um dos maiores erros judiciais da história do Brasil, explorando as entranhas do processo do Mensalão.

Além disso, Pizzolato mencionou a criação da “Rede Lawfare Nunca Mais”, uma iniciativa para unir vítimas de perseguições judiciais injustas no Brasil e em outros países da América Latina. “Transformamos o sofrimento em uma luz de esperança”, afirma ele. A rede conta com o apoio de figuras proeminentes, como o Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, e já tem adeptos em países como Argentina, Chile, Bolívia e México.

Reflexão e Conclusão

A entrevista com Hildegard Angel expôs uma versão dos fatos que contrasta com a narrativa oficial propagada pela grande mídia na época. Pizzolato e outros réus do mensalão continuam a lutar pela revisão de suas condenações e pelo reconhecimento dos erros cometidos. No entanto, o impacto do julgamento sobre suas vidas e sobre o cenário político brasileiro é inegável.

Ao final da conversa, Pizzolato deixa uma reflexão que ecoa em meio às acusações: “Quem não foi vítima de lawfare, provavelmente será um dia”. O caso do Mensalão, embora encerrado juridicamente, permanece vivo no debate público, agora com novas nuances e questionamentos, que podem reabrir as feridas de um dos momentos mais polarizadores da história brasileira recente.

Por que Bolsonaro, depois de cometer tantos crimes, ainda não foi preso?

Falando em bom Bolsonês, Bolsonaro, até aqui, recebeu zero punição por uma interminável fileira de crimes de toda ordem.

Pode-se afirmar, sem medo de errar, que, pela quantidade, variedade e letalidade de seus crimes, Bolsonaro é o maior delinquente da história do Brasil.

Um sujeito que exalta um criminoso como Brilhante Ustra, dentro do parlamento, em solenidade oficial, é tão ou mais monstro do que ele.

A primeira coisa que deve ser lembrada, é que a vítima primeira da delinquência psicopata de Bolsonaro, foram as Forças Armadas, mais precisamente, o Exército, do qual foi sumariamente expulso por terrorismo com bombas nos quartéis e um plano de explodir a barragem do Guandu e carregando em sua ficha crime a maior desonra que um soldado pode receber do comando das Forças Armadas.

Ou seja, jamais Bolsonaro poderia ter se candidatado a qualquer cargo eletivo, mas foi eleito inúmeras vezes e se manteve nos parlamentos durante 28 anos defendendo ditadores, torturadores, pedófilos e outros excrementos da ditadura militar.

O fato é que, na maior fraude eleitoral da história em que o então juiz Sergio Moro combina com Bolsonaro a condenação e prisão de Lula para ser presidente e Moro ministro ou jamais seria presidente, pois perderia para Lula já no primeiro turno em 2018, como apontavam as pesquisas.

Como presidente, comandou, de dentro do Palácio do Planalto, o dia do fogo, o que assombrou o mundo. Distribuiu e fomentou toda a forma de racismo contra negros e índios sem ser incomodado pela justiça, esta nunca incomodou Bolsonaro.

A quantidade de imóveis que ele adquiriu num meteoro enriquecimento, totalmente incompatível com sua renda, dá a medida de sua atuação como parlamentar do baixo clero.

Bolsonaro fez discurso violento ao dizer “bandido bom é bandido morto”

Salta aos olhos a quantidade de mansões cinematográficas que Bolsonaro adquiriu, sem falar do que não veio a público, que conseguiu esconder.

Soma a isso um governo corrupto de cabo a rabo, nenhum ministério se salvou, mas o ato todos sabem, foi o do Meio Ambiente com Ricardo Salles; o da Educação, Milton Ribeiro; o Ministério da Saúde com general Pazuello.

Para piorar, não comprou a vacina contra a covid-19a tempo de evitar a pandemia que, segundo a CPI do genocídio, o clã receberia por fora US$ 1,00 dos milhões de vacinas que deveriam ser compradas e ainda estimulou a contaminação, propagando a mentira da imunidade de rebanho, junto com a Ivermectina e a Cloroquina.

Sua campanha para a reeleição foi toda criminosa, com caixa 2, orçamento secreto e outras práticas criminosas, como a de usar, no Nordeste, a PRF para impedir eleitores de Lula de votar, sem falar nos crimes de convocar embaixadores para uma reunião para afirmar que, no Brasil, as eleições eram fraudadas.

Logo em seguida, veio à tona o roubo das joias, que dispensa comentários.

Ainda inclui-se aí o 8 de janeiro e o atentado a bomba em um caminhão, em Brasília, com a intenção de explodir o aeroporto.

Agora, os incêndios Brasil afora que, todos sabem, tem a mão de Bolsonaro.

Depois desses incêndios, fica a pergunta, o que vem agora,  Bolsonaro segue livre, leve e solto? Isso acontece, apesar da queda de sua força política.

Marina diz que Brasil é alvo de ‘terrorismo climático’ e compara incêndios com 8/1

Ministra diz que ação coordenada para ampliar queimadas é ‘aliança do crime com a emergência climática’.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que os incêndios intencionais registrados em meio a uma seca histórica representam casos de “terrorismo climático”. As declarações foram dadas neste sábado (14) durante agenda no interior de São Paulo.

Marina também comparou a ação orquestrada para provocar queimadas com a tentativa de golpe de Estado realizada pela extrema direita em 8 de janeiro de 2023. Para ela, os responsáveis pelos incêndios atuam deliberadamente “para criar o caos no Brasil”.

“Há uma proibição em todo o território nacional do uso do fogo, mas existem aqueles que estão fazendo um verdadeiro terrorismo climático usando a temperatura alta e a baixa umidade e ateando o fogo do nosso país, prejudicando a saúde das pessoas, a biodiversidade, destruindo as florestas”, disse Marina.

A ministra também destacou o impacto das queimadas na saúde pública, na biodiversidade e na economia do país.

“Há uma intenção na ação dessas pessoas. Não é possível que diante de uma das maiores secas da história no nosso continente e no nosso país, que as pessoas continuem colocando fogo. Isso causa um grande mal à saúde pública, ao meio ambiente, aos nossos sistemas produtivos e só agravam o problema da mudança do clima”, afirmou.

Incêndios são ‘aliança do crime com a emergência climática’
Marina citou as 50 investigações abertas pela Polícia Federal sobre queimadas criminosas e destacou a necessidade de que os órgãos de inteligência também atuem para descobrir como tem sido feita a articulação desse tipo de ação criminosa.

Segundo a ministra, há “uma aliança do crime com a emergência climática” agindo no país nesse momento.

“É no trabalho de inteligência que a gente vai descobrir qual é a motivação. Eu estou comparando praticamente o que está acontecendo com esses incêndios criminosos mesmo em um período de alto risco, com proibição em todos os estados, com o que aconteceu no dia 8. São pessoas atuando deliberadamente para criar o caos no Brasil. Parece que é uma aliança do crime com a emergência climática”.

Míssil dos Holthis do Iêmen atinge centro de Israel

Área é normalmente livre de ataques de projéteis inimigos.

Os Houthis, do Iêmen, dispararam um míssil contra o centro de Israel na manhã deste domingo (15), algo raro no território do país desde o início da guerra em Gaza.

O projétil atravessou o território israelense e caiu em uma área aberta no centro de Israel, sem relatos de feridos, segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI). Os sons de explosão ouvidos na área originaram-se de interceptações militares israelenses, também de acordo com as FDI, acrescentando que ainda está verificando “os resultados da interceptação”.

Vídeos e imagens compartilhados pela Autoridade de Bombeiros e Resgate de Israel no Telegram mostram grandes nuvens de fumaça e vidros quebrados dentro de uma estação de trem em Modi’in, cidade entre Tel Aviv e Jerusalém.

O porta-voz militar dos Houthis confirmou o ataque em uma declaração em vídeo neste domingo, alegando que o grupo usou um “novo míssil balístico hipersônico” em um ataque contra o território israelense.

Segundo o porta-voz, Israel não conseguiu interceptar o míssil, que percorreu aproximadamente 2 mil quilômetros em cerca de 11 minutos.

Ele acrescentou que Israel deveria esperar mais ataques, visto que o ataque de 7 de outubro pelo Hamas está quase marcando um ano.

A polícia israelense disse estar trabalhando com o esquadrão anti-bomba da polícia na área de Shfela, onde um fragmento de interceptador caiu. As autoridades estão isolando o local do impacto no momento e procurando por demais restos de interceptadores, declarou a polícia.

Sirenes soaram no centro e norte de Israel, disseram os militares, bem como no aeroporto de Tel Aviv, afirmou o porta-voz do aeroporto à CNN. Vídeos nas redes sociais mostraram passageiros correndo em busca de abrigo.

Ainda na manhã deste domingo, aproximadamente 40 projéteis foram lançados do Líbano contra a região norte de Israel, alguns deles interceptados e outros caindo em áreas abertas, conforme as FDI. Não houve relatos de feridos e as autoridades estão apagando incêndios causados ​​pelos projéteis caídos.

PF investiga ações coordenadas por trás de incêndios ambientais no Brasil

Diretor de meio ambiente da corporação afirma que imagens de satélite indicam que fogo começou simultaneamente em diferente locais.

O diretor de meio ambiente da Polícia Federal (PF), Humberto Freire, revelou que há indícios de ações coordenadas por trás de vários incêndios ambientais que têm causado grandes prejuízos em diversas regiões do Brasil, incluindo São Paulo, que recentemente enfrentou uma densa camada de fumaça. Em entrevista ao Estúdio i, Freire destacou que a PF tem usado imagens de satélites para identificar o momento e o local de origem dos incêndios, o que tem revelado a possibilidade de ações coordenadas.

“Em alguns casos, a gente vê que alguns incêndios começaram quase que ao mesmo tempo, e isso já traz o indício de que podem ter acontecido ações coordenadas. Isso é um indício, é um ponto inicial da investigação, e a gente está explorando, sim, essas possibilidades”, afirmou Freire.

Atualmente, a PF investiga 52 casos de incêndios ambientais suspeitos de serem intencionais, abrangendo estados como Amazonas, Roraima, Pará, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo.

As investigações indicam a presença de ação humana deliberada em todos os casos. Freire explicou que, ao observar que alguns incêndios começaram quase simultaneamente, surgem indícios de coordenação, o que é um ponto inicial para aprofundar as investigações.

Além de investigar a origem dos incêndios, a PF está focada em identificar indivíduos e grupos que financiam essas ações. Freire apontou que, muitas vezes, as penas para crimes ambientais são baixas, e, por isso, a PF busca entender o contexto desses crimes, incluindo o financiamento e a coordenação, para aplicar punições mais severas.

As investigações visam desmantelar redes que apoiam e financiam a prática de crimes ambientais, buscando uma resposta mais eficaz contra os responsáveis por essas ações prejudiciais ao meio ambiente.

Sucessão de Lira: deputados condicionam apoio à autonomia sobre emendas

Deputados também cobram candidatos à presidência da Câmara vazão a medidas que, segundo eles, limitem a ingerência do Judiciário sobre pautas do Legislativo.

Em meio às campanhas dos candidatos à presidência da Câmara dos Deputados, lideranças partidárias têm condicionado apoio aos postulantes à sucessão de Arthur Lira (PP-AL) à capacidade dos parlamentares de costurar uma solução em torno do imbróglio envolvendo as emendas parlamentares, apurou a CNN.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em agosto, pela suspensão do pagamento de emendas diretamente a estados e municípios, as apelidadas “emendas Pix”.

A Corte determinou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Congresso Nacional chegassem a um consenso em torno de regras para dar mais transparência até o último dia 9 de setembro.

O governo, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), pediu mais tempo para que as novas regras sejam apresentadas.

De acordo com deputados ouvidos, essa condicionante é a fundamental — acima de pautas como a PEC da Anistia ou o diálogo com o Palácio do Planalto.

A capacidade de discutir com ministros do governo e do STF e voltar a empoderar o Congresso Nacional na distribuição de recursos para as bases eleitorais dos parlamentares de forma mais dinâmica virou o verdadeiro fiel da balança.

A leitura de aliados do presidente Lula é de que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em torno da liberação das emendas fortaleceu a articulação política do governo, principalmente os ministros Alexandre Padilha, das Relações Institucionais; e de Rui Costa, da Casa Civil.

Apesar de a PEC da Anistia ser considerada “apenas mais uma pauta” entre as discussões, deputados também têm cobrado os principais candidatos à presidência da Câmara que deem vazão a medidas que, segundo eles, limitem a ingerência do Judiciário sobre as pautas discutidas pelo Legislativo.

Em condição de anonimato, um deputado admitiu à CNN que esses dois pontos são muito mais caros aos parlamentares, que buscam autonomia, do que qualquer discussão entre base governista e oposição.

O candidato que aglutinar de forma mais bem-sucedida essas duas pautas deverá ser vencedor, apesar das costuras do Palácio do Planalto e de oposicionistas.

Isso se dá porque, na visão desse parlamentar, o voto dos deputados para escolher o próximo presidente da Câmara é secreto.

Os deputados Elmar Nascimento (União Brasil-BA), Hugo Motta (Republicanos-PB) e Antonio Brito (PSD-BA) são os candidatos mais bem-posicionados no momento, segundo líderes de bancadas.