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Há um ano a polícia já sabia de um terceiro ocupante no carro dos assassinos de Marielle, por que isso foi “esquecido”?

A matéria que segue já revelava há um ano que a polícia já tinha informação de que eram três os ocupantes do carro dos assassinos de Marielle e Anderson que, certamente exerceu papel importante no crime.

O que se pergunta é que, depois desse exame atento, com especialistas, dois criminosos foram presos e o terceiro nunca mais foi mencionado, parecendo que o crime estava limitado a somente duas pessoas, porque no desenrolar do processo para uma possível conclusão, o terceiro ocupante do carro que poderia desenrolar o caso, desapareceu da mídia, não se sabe se desapareceu do processo.

A matéria abaixo foi publicada pelo Uol em 14/11/2018 às 21h03 

Um inquérito da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro constatou que havia uma terceira pessoa dentro do veículo utilizado para executar a vereadora Marielle Franco no dia 14 de março. A informação foi divulgado pela TV Globo na noite desta quarta-feira (14).

Anteriormente, as imagens das câmeras de segurança já conhecidas sugeriam que apenas dois criminosos estavam no carro na hora do ataque. Com obtenção de novas imagens, a polícia precisou do auxílio de um programa de computador para identificar a presença de um terceiro criminoso sentado no banco da frente ao lado do motorista, já que a película escura colocada no vidro do carro dificulta a visualização.

O inquérito afirma que o reflexo de luz que era visto na janela do motorista enquanto o carro estava parado à espera da saída de Marielle não se tratava de um celular, mas, sim, o reflexo de uma luz.

A investigação também diz que o carro foi preparado para o crime, já que o Cobalt utilizado pelos bandidos, segundo a apuração, não tem as mesmas características do modelo original, como por exemplo as maçanetas pretas (que, segundo o inquérito, são pouco usadas no Cobalt) e o formato das janelas.

Marielle foi assassinada no Rio, quando voltava de uma reunião política na noite de 14 de março, na Casa das Pretas, na Lapa, centro do Rio. No carro, estavam sua assessora – que sobreviveu – e o motorista Anderson Gomes. Na rua Joaquim Palhares, um Cobalt emparelhou com o veículo da vereadora e efetuou 13 disparos. Marielle e Anderson foram baleados e morreram.

Quatro tiros atingiram Marielle, todos na cabeça, segundo a polícia. Mas o inquérito não traz novas informações sobre o momento dos disparos e nem o motivo das câmeras do local da execução estarem desligadas. Marielle foi a quinta vereadora mais votada do Rio nas eleições de 2016, com 46.502 votos. Ela presidia na Câmara a Comissão da Mulher e tinha sido nomeada relatora da comissão que acompanharia a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.

Passados oito meses do assassinato sem respostas, a Anistia Internacional afirmou, nesta quarta-feira (14), que a apuração do caso demonstra ser um “labirinto de caminhos inexplorados”.

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Bomba que promete sacudir Brasília pode ser a de uma terceira pessoa no carro usado no assassinato de Marielle

O advogado Eduardo Goldenberg deu uma pista nesta sexta-feira (22) sobre uma “bomba” que promete sacudir Brasília em breve. O assunto tem sido comentado nos bastidores e compartilhado por figuras como o jornalista Ricardo Noblat, da Veja, e parece envolver a presença de uma terceira pessoa no carro usado para assassinar a vereadora Marielle Franco, em 14 de março de 2018.

Goldenberg, que ficou conhecido por revelar a ação do Ministério Público que condenava uma funcionária da Receita Federal por desaparecer com o processo contra a Globopar, tem usado o Twitter nos últimos dias para comentar sobre uma informação que estaria fazendo o “chão tremer” no Distrito Federal e, pela primeira vez, adiantou o furo.

“Vai ter gente achando que eu tô brincando. Mas atenção: quem era o 3º elemento dentro do carro de onde saíram os disparos que mataram Marielle Franco?! Preparem-se: 💣💣💣💣💣”, publicou. Ricardo Noblat, da Veja, deu retuíte na mensagem.

As investigações realizadas até agora apontam que estavam no carro Élcio Queiroz e Ronnie Lessa.

https://twitter.com/edugoldenberg/status/1197970606505025536?s=20

 

 

*Com informações da Forum

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Réu no caso Marielle esteve 12 vezes no condomínio, mas somente no dia do crime ele teria se dirigido à casa de Bolsonaro

A reportagem é da Folha de S. Paulo.

O ex-policial Élcio Queiroz entrou 12 vezes no condomínio Vivendas da Barra e, em 11 das visitas, se dirigiu à casa de Ronnie Lessa – o outro suspeito de ter assassinado Marielle Franco. A única exceção é a entrada no dia do crime, 14 de março, quando a planilha manuscrita indica que a autorização de acesso na portaria foi dada por alguém da casa 58, onde vivia o atual presidente Jair Bolsonaro.

“O ex-policial militar Élcio Queiroz, acusado de participação no assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, entrou ao menos 12 vezes no condomínio Vivendas da Barra de janeiro a outubro do ano passado —a vereadora do PSOL foi morta em março. Apreendidas pela Polícia Civil e analisadas pela Folha, as planilhas de controle de acesso indicam que, em 11 dessas visitas, Élcio sempre teve como destino a casa 65, de Ronnie Lessa, policial militar aposentado também acusado e preso pelo crime”, aponta reportagem de ítalo Nogueira e Marina Lang, na Folha de S. Paulo.

“A única exceção é a entrada no dia do crime, 14 de março, quando a planilha manuscrita indica que a autorização de acesso na portaria foi dada por alguém da casa 58, onde vivia o atual presidente Jair Bolsonaro, então deputado federal. Essa menção ao imóvel do presidente passou a ser alvo de averiguação no mês passado, quando um dos porteiros declarou à polícia que o ex-PM Élcio entrou no condomínio naquele dia após autorização do “seu Jair”, da casa 58″, aponta o texto.

 

 

*Com informações do 247

 

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Seu Jair omitiu que voltou para o Rio no dia 14 de março, dia do assassinato de Marielle

Tuíte da jornalista Thais Bilenky às 12h28 do dia 14 de março de 2018 diz que, segundo a assessoria do então deputado, Bolsonaro teria antecipado a volta para o Rio de Janeiro após passar mal por intoxicação alimentar.

No link abaixo pode-se ver mais detalhes da passagem de Jair Bolsonaro

https://www.camara.leg.br/cota-parlamentar/documento?nuDeputadoId=731&numMes=3&numAno=2018&despesa=999&cnpjFornecedor=07575651000159&idDocumento=Bilhete:%20WQ2GUH&idDocumentoFiscal=1541714

Um tuíte da jornalista Thais Bilenky no dia 14 de março de 2018, data em que a vereadora Marielle Franco (PSol) e o motorista Anderson Gomes foram assassinados no Rio de Janeiro, revela que Jair Bolsonaro poderia, sim, estar em sua casa no momento em que um porteiro do condomínio teria interfonado para anunciar a chegada de Elcio Queiroz, um dos acusados do crime.

A jornalista, ex-Folha de S.Paulo e atual revista Piauí, tuitou na ocasião que Bolsonaro teve “intoxicação alimentar” e voltou mais cedo para o Rio, creditando as informações à assessoria do então deputado.

“Bolsonaro teve uma intoxicação alimentar, passou mal e, nos últimos dois dias, precisou reduzir bem o ritmo da agenda. Até voltou mais cedo (hoje) pro Rio. Disse a sua assessoria”, diz o texto, publicado às 12h28 do dia 14 de março de 2018.

Após reportagem do Jornal Nacional, que revelou que o porteiro do condomínio Vivendas da Barra, teria ligado para a casa 58, de Bolsonaro, e teria sido autorizado pelo “Seu Jair” a permitir a entrada de Élcio Queiroz, o presidente reagiu aos berros em uma live, dizendo que estava em Brasília, cumprindo, segundo ele, intensa agenda no Congresso.

O tuíte da jornalista, no entanto, pode apontar uma contradição do então parlamentar.

Segundo a reportagem da Globo, Élcio Queiroz, ex-policial militar, teria afirmado à portaria do condomínio em que morava o presidente que iria para a casa de Jair Bolsonaro, mas se dirigiu a casa de Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos contra Marielle, que fica no mesmo condomínio.

Em depoimento, o porteiro que estava na guarita afirmou que uma pessoa identificada como “Seu Jair” autorizou a entrada de Élcio no mesmo dia do assassinato da vereadora.

 

 

*Com informações da Forum

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Leandro Fortes: A Balada do Porteiro

Leandro Fortes: Então, foi assim.

Em 14 de março de 2018, o porteiro do condomínio Vivendas da Barra, simplesmente, enlouqueceu. Decidiu, do nada, fazer anotações aleatórias num livro de registro da portaria para, pela ordem:

1) Inventar que um miliciano, Élcio Queiroz, prestes a assassinar Marielle Franco e Anderson Gomes, teria pedido para ir à casa 58;

2) Inventar que o dono da casa 58, Jair Bolsonaro, teria autorizado a entrada do miliciano;

3) Inventar que reparou, pelas câmeras de segurança, que o miliciano estava indo para a casa de outro miliciano;

4) ) Inventar que o dono da casa 58, avisado do desvio, teria dito que tudo bem, sabia para onde o carro estava indo: a casa 65, do sargento de milícias Ronnie Lessa, o outro assassino, ainda foragido.

Tudo isso em 14 de março, horas antes do duplo assassinato, meses antes de Bolsonaro ser eleito presidente da República. Louco, o porteiro previu que, fazendo essas anotações e, mais tarde, as confirmando em depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro, seria inevitável a queda do presidente.

Estranhamente, depôs já sabendo que, ao narrar esta história, estava mexendo com milicianos assassinos e com uma família intrinsecamente ligada às milícias, a partir do gabinete de Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio, quando deputado estadual.

Bolsonaro sabia, desde 9 de outubro, por uma inconfidência – criminosa, diga-se de passagem – do governador Wilson Witzel, do depoimento do porteiro e do encaminhamento ao Supremo Tribunal Federal.

Portanto, aquele teatro na madrugada saudita, aquela indignação apoplética, foi encenação pura. Uma cena pateticamente programada.

Além disso, ele, os filhos e a turma de milicianos ligada à família tiveram quase 20 dias para fazer e acontecer com os registros do condomínio e conseguir, da forma vergonhosa que conseguiram, que o Ministério Público decidisse, sem perícia e sem decência, que o porteiro estava mentindo.

Desculpem, só sendo idiota ou muito ingênuo para achar que um porteiro, em 14 de março do ano passado, iria anotar com precisão as placas de carro de um miliciano e, mais tarde, iria denunciá-lo à polícia para caluniar um presidente que ele nem sabia que seria candidato.

 

 

*Publicado originalmente no Brasil 247

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Risco de impeachment: “Se Bolsonaro acionar Moro para PF ouvir porteiro estará sujeito a impeachment”, diz jurista

Para o jurista, o fato demonstra, “primeiro a tentativa de usar a Polícia Federal para fins privados de defesa e, segundo, para obstaculizar a investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro”.

O jurista e professor de Direito Constitucional da PUC-SP, Pedro Serrano, considera que, se o presidente Jair Bolsonaro insistir em pedir ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, que acione a Policia Federal para ouvir o porteiro que o envolveu no caso da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) ele estará sujeito a impeachment.

Serrano afirmou, na manhã desta quarta-feira (30), em entrevista exclusiva à Fórum que, ele estaria incorrendo em “crime de responsabilidade, além dos crimes comuns da conduta, o que significa que ele vai estar sujeito a impeachment, isso porque a conduta é grave e dolosa”, disse.

“O que me preocupou”, disse Serrano, “foi o fato de Bolsonaro ter declarado hoje (30) que pediria ao Moro que acionasse a Polícia Federal para ouvir o porteiro, porque ele, obviamente, estaria enganado”. Para o jurista, o fato demonstra, “primeiro a tentativa de usar a Polícia Federal para fins privados de defesa e, segundo, para obstaculizar a investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro”.

Para Serrano, “se ele realmente fizer isso, sair da cogitação e passar a realizar isso, acho que pela primeira vez, desde do começo do mandato, nós vamos ter, plenamente caracterizado, um crime de responsabilidade, além dos crimes comuns da conduta, o que significa que ele vai estar sujeito a impeachment, isso porque a conduta é grave e dolosa”, esclareceu.

Pedro Serrano afirmou ainda que a revelação da denúncia do porteiro “não é caso para prisão preventiva. Este é um tipo de instituto que deve ser usado para situações muito radicais”, afirmou.

Em visita à Arábia Saudita, Jair Bolsonaro anunciou que vai usar o aparelho do Estado para “afastar o fantasma que querem colocar no meu colo”, sobre o envolvimento dele como “mentor” do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ). O presidente afirmou que já acionou o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, para tomar depoimento do porteiro que teria envolvido seu nome.

“Estou conversando com o ministro da Justiça para a gente tomar, via PR, um novo depoimento desse porteiro para esclarecer de vez esse fato, de modo que esse fantasma que querem colocar no meu colo como possível mentor da morte de Marielle seja enterrado de vez”, disse Bolsonaro na madrugada desta quarta-feira (30) – no horário de Brasília -, segundo informações da BBC Brasil no Twitter.

Informação exclusiva do Jornal Nacional dá conta de que um dos envolvidos no assassinato da vereadora Marielle Franco, morta em 14 de março de 2018, esteve no condomínio do presidente Jair Bolsonaro no dia do homicídio e se registrou como visitante de Bolsonaro. No entanto, o acusado teria visitado o policial militar Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos que mataram Marielle.

 

 

*Com informações da Forum

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Polícia diz que perdeu imagens dos assassinos de Marielle no dia do atentado

Policiais da DH da Capital (Delegacia de Homicídios do Rio) perderam “imagens relevantes” que possibilitariam a identificação dos assassinos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, registradas cerca de três horas antes do atentado ocorrido em 14 de março de 2018.

A informação foi confirmada por fontes ligadas à investigação conduzida pelo órgão da Polícia Civil do Rio.

De acordo com denúncia do MP-RJ (Ministério Público de Rio de Janeiro) aceita pela Justiça, o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz usaram um Cobalt prata com placa clonada para cometer o duplo homicídio no bairro de Estácio, no centro do Rio. Contudo, ainda não há nenhuma prova contundente de que os dois estavam no veículo. As defesas dos réus negam que eles tenham cometido o crime.

No relatório produzido pela DH da Capital, a respeito do trajeto percorrido pelas vítimas e os assassinos, a primeira imagem obtida do carro com placa clonada é registrada às 17h34 daquele dia, na localidade conhecida como Quebra-Mar, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Cerca de 40 minutos depois, às 18h16, as câmeras de um estabelecimento comercial flagraram o mesmo carro na Tijuca, bairro da zona norte do Rio, onde Marielle residia com a companheira Mônica Benício. A próxima imagem do veículo surge às 18h44, já nas proximidades da rua dos Inválidos, na Lapa, onde a vereadora participou de um debate antes de ser assassinada.

O UOL apurou que os agentes da DH da Capital obtiveram outras “imagens relevantes” gravadas neste intervalo de 28 minutos e que foram registradas pelas câmeras desse estabelecimento na Tijuca. O material possibilitaria a identificação dos ocupantes do Cobalt prata.

Os policiais foram ao local logo após o atentado, salvaram as imagens em um pendrive e retornaram cerca de 15 dias depois sob alegação de que tinham perdido o material. Porém, nesta ocasião não foi possível recuperar as imagens.

Marielle e Anderson foram assassinados pouco depois das 21h, no cruzamento entre as ruas João Paulo I e Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, centro do Rio.

Há uma semana, o UOL revelou que, em depoimento à Justiça, o delegado Giniton Lages, primeiro a chefiar as investigações sobre duplo homicídio, admitiu que houve falhas na busca pelas imagens do trajeto percorrido pelos assassinos no dia do atentado, 14 de março de 2018.

Um dos erros relatados pelo delegado foi que os agentes pegavam as imagens de casas comerciais instaladas no trajeto e salvavam em pendrives. Porém, ao chegar no setor da DH responsável por analisar as imagens, o arquivo não podia ser acessado, pois fora salvo em “formato errado”. Os agentes voltavam aos locais, mas nem sempre conseguiram recuperar as imagens. Foi exatamente o que ocorreu no caso da loja da Tijuca.

“Os erros e acertos observados na investigação estão contextualizados e, em toda investigação, representam oportunidades de afirmação ou revisão de protocolos estabelecidos pela Polícia Civil para investigações complexas”, afirmou ao UOL, sem comentar o teor de seu depoimento.

Procurada, a Polícia Civil do Rio afirmou apenas que o “caso está sob sigilo”.

 

 

*Com informações do Uol

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Nassif: Uma das hipóteses da morte de Marielle Franco implica Bolsonaro

O jornalista Luis Nassif elencou nesta terça-feira, 21, três possibilidades para a elucidação do assassinato da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes no dia 14 de março de 2018. Uma delas implicaria o presidente Jair Bolsonaro.

Para Nassif, a morte de Marielle foi uma reedição dos atentados do Riocentro. “Como se recorda, quando os porões da ditadura se sentiram alijados do processo político, com a derrota de Silvio Frota, seguiu-se uma série de atentados, visando reverter o processo democrático que se aproximava. No caso de Marielle, a intenção foi reagir contra a intervenção militar no Rio de Janeiro”, diz o jornalista.

O jornalista do Jornal GGN apresenta três evidências que comprovariam esta hipótese:

“Evidência 1 – Um mês antes da morte de Marielle, os matadores Ronnie Lessa e Elcio Vieira de Queiroz pesquisaram vários nomes no Google, dentre eles todos de parlamentares que votaram contra a intervenção. Ou seja, a intenção explicita de Lessa era jogar a morte de Marielle na conta da intervenção. Marielle era relatora da comissão instalada na Câmara dos Vereadores justamente para fiscalizar a intervenção militar. Nas primeiras investigações, procuradores aventaram a possibilidade da morte ter sido um recado para os militares.

Evidência 2 – da direita, a voz mais enfática contra a intervenção era a de Jair Bolsonaro, que reclamava que os militares não tinham sido ouvidos. Bolsonaro defendia uma intervenção militar pura. Aquela intervenção militar, decretada por Michel Temer, parecia a ele uma jogada de gabinete.

Evidência 3 – O principal suspeito da morte de Marielle, Ronnie Lessa, é vizinho de Jair Bolsonaro no condomínio. Apanhado de surpresa pela notícia, Bolsonaro afirmou a jornalistas não se lembrar do vizinho.”

Segundo Nassif, as evidências contra Jair Bolsonaro são muito fortes para serem ignoradas. 1. Ele participava dos grupos que articularam atentados no período do Riocentro. Continuou mantendo ligações estreitas com esse grupo. 2. Tinha interesse claro de que a intervenção militar no Rio não fosse adiante, seja por prejudicar o trabalho das milícias, seja por colocar os militares sob decisão dos “vagabundos”. Tinha interesse público de botar fogo no circo. 3. A família tem uma tradição explícita de relações com as milícias. 4. O principal suspeito da morte de Marielle é um membro do Sindicato do Crime, comerciante de armas e vizinho de condomínio”, afirma.

 

 

 

 

*Com informações do 247/GGN