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Pesquisa

Negros são quase 80% das vítimas de homicídio no Brasil, aponta Atlas da Violência

O Brasil registrou 47,8 mil homicídios em 2021, uma queda de 4,1% em relação ao ano anterior. No entanto, a violência continua a atingir de forma desproporcional a população negra, que representa 79% das vítimas. É o que mostra o Atlas da Violência 2023, divulgado nesta terça-feira (5) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Segundo o estudo, que considera a soma de pretos e pardos, segundo a classificação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de homicídios entre os negros foi de 31 casos a cada 100 mil habitantes, o triplo do registrado entre os não negros (soma de amarelos, brancos e indígenas), que foi de 10,8 casos.

O Atlas da Violência identifica quem são os mortos no país e quais as violências sofridas pelos diferentes grupos da população. A publicação endossa outros estudos, que apontam a população negra como principal vítima da violência no Brasil.

Entre os estados e o Distrito Federal, os que apresentaram as maiores taxas de homicídios de negros foram o Amapá (60,7), a Bahia (55,7) e o Rio Grande do Norte (48,9). Os menores índices foram observados em São Paulo (8,1), Santa Catarina (13) e Minas Gerais (14,9).

Ainda, as pessoas negras foram menos da metade dos mortos apenas no Rio Grande do Sul (24%), em Santa Catarina (25%), Paraná (40%) e São Paulo (49%).

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O relatório também detalha as violências sofridas por outras minorias. Entre as pessoas com deficiência, a população que têm de 10 a 19 anos é a mais frequente entre os registros de violência. Predominam os registros de vítimas mulheres com deficiência intelectual, com 45 notificações por 10 mil pessoas com deficiência, contra uma taxa de 16,2 para homens. Segundo o estudo, isso pode estar ligado a uma maior probabilidade de violência sexual para a população feminina.

Embora a maior parte das agressões seja física (55,2%) seguida pela psicológica (31,3%) e pela violência sexual (22%), a presença dessas agressões varia de acordo com a idade. Entre idosos, a negligência ou abandono são mais frequentes, com 41,8% dos registros no grupo de 60 a 69 anos e subindo a 66,7% entre quem tem 80 anos ou mais.

Nesta edição, o estudo abordou a violência contra idosos, cujos registros —os agravos de notificação de violência interpessoal— saltaram 170% de 2011 a 2021, com destaque para os aumentos em Sergipe (1.479,6%), Ceará (1.025,5%) e Pará (1.015,4%).

Assim como a taxa geral de homicídios, a população de idosos negros —homens e mulheres— apresenta índices superiores de mortes por agressão em relação a não negros, segundo a Folha .

Já os dados sobre a população LGBTQIA+ apontam um aumento de 9,5% na violência física e de 20,4% de violência psicológica contra pessoas trans e travestis entre 2020 e 2021. A faixa etária mais frequente (45%) nos registros de violência tem de 15 a 29 anos. Pessoas negras são a maioria entre os grupos de orientação (heterossexual, homossexual ou bissexual) e de gênero (travesti, trans mulher e trans homem).

Segundo o Atlas, não há dados que permitam construir um perfil dos agressores. Já em relação à orientação sexual, a maioria é de homens.

A taxa de homicídios de indígenas chegou a 19,2 casos por 100 mil habitantes em 2021, um aumento em relação a do ano anterior, de 18,8. Os pesquisadores, no entanto, fazem ressalvas sobre a falta de dados e de categorias que indiquem a motivação de homicídios, por exemplo, como agressões e intervenções legais.

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Mundo

Brasil prepara complexa operação para resgatar mais brasileiros e palestinos da Faixa de Gaza

Maior desafio da operação diplomática é a quantidade de pessoas para serem repatriadas do conflito que já matou cerca de 16 mil palestinos.

O pai de um brasileiro teve um derrame enquanto aguarda a chance de poder sair de Gaza pelo único caminho possível atualmente: a fronteira com o Egito. Diplomatas brasileiros no Cairo já estão de prontidão, porque a qualquer momento podem precisar ir para Rafah, onde fica esta fronteira. O Brasil apresentou aos envolvidos nas negociações deste conflito uma lista com 102 nomes de pessoas que o governo quer resgatar de Gaza. Ao contrário do que alguns ainda pensam, esta não é uma decisão apenas tomada pelo governo egípcio.

Autoridades de Israel, Catar, além dos Estados Unidos e o Hamas também discutem e decidem os nomes de quem sai ou não. Desta relação, 41 são, de fato, brasileiros. O restante são familiares palestinos, o que até certo ponto vinha preocupando a diplomacia do Brasil desde que a lista estava sendo discutida.

Faz parte deste segundo grupo também uma ex-nora de um dos fundadores do Hamas. Ela é de Criciúma, Santa Catarina, e se mudou para Gaza em 2005 para se casar. Acabou se divorciando e continua na região sob forte ataque israelense há quase dois meses. Agora quer voltar ao Brasil.

Cerca de 80% das pessoas dessa lista estão em Rafah, mas na parte de Gaza que recebe o mesmo nome do trecho egípcio. Isso significa que estão bem perto da Fronteira. Os outros aproximadamente 20% estão em diferentes partes do território sitiado. Israel veio intensificando os ataques na região sul de Gaza depois de sete dias de tréguas, quando reféns e prisioneiros dos dois lados foram libertados.

Em mais de oito semanas de conflito, autoridades palestinas dizem que mais de 15.500 pessoas já foram mortas. Além de milhares de crianças, entre as vítimas estão 63 jornalistas até agora, segundo o Comitê de Proteção ao Jornalista, sendo 56 deles palestinos, 4 israelenses e 3 libaneses. Ainda de acordo com o CPJ, foram 11 jornalistas feridos, 3 estão desaparecidos e 19 foram presos cobrindo este conflito.

Esta operação diplomática, como um todo, está sendo mais complexa para o Itamaraty. O desafio logístico é maior, pois há muito mais pessoas para serem repatriadas, incluindo uma criança com hidrocefalia.

Quase 10 mil estrangeiros e palestinos com dupla nacionalidade já saíram da Faixa de Gaza pela fronteira de Rafah. Entre eles estão 32 brasileiros e parentes palestinos, lembrando que duas pessoas desistiram de sair na última hora, mesmo com seus nomes aprovados para cruzar a fronteira. A repatriação dos que integram essa segunda lista vai demandar mais esforço da enxuta equipe de diplomatas do Cairo, que deve contar com 6 pessoas envolvidas diretamente neste assunto.

Percurso
Um carro vai levar os diplomatas da capital egípcia até a fronteira, em Rafah, uma viagem de cerca de 350km que não tem durado menos de 7 horas. Há vários pontos de bloqueios militares, principalmente entre o canal de Suez e a fronteira. Assim como da outra vez, o grupo que conseguir sair agora deve ser trazido de ônibus para o Cairo e voltar para o Brasil em um avião da Força Aérea Brasileira. O Itamaraty tem até 72 horas para fazer isso, segundo exigências do governo egípcio, que cobra uma taxa de cerca de 10 dólares por cada estrangeiro que as embaixadas conseguem resgatar de Gaza.

Ao contrário da primeira operação, quando um avião da FAB passou semanas no Cairo à espera da saída do primeiro grupo, o Brasil só deve mandar um avião para o Egito desta vez quando as autoridades informarem que os brasileiros e os familiares palestinos poderão, de fato, entrar em território egípcio.

Esta semana começou com dezenas de tanques israelenses sendo vistos entrando parte sul da Faixa de Gaza, perto de Khan Younis, de acordo com agências internacionais. Espera-se que os militares israelenses comecem em breve operações por terra nesta área.

De acordo com a agência de notícias palestina WAFA, o exército israelense matou 30 palestinos em Al-Zaytoun e Al-Shujaiya, sul e leste de Gaza. Desde o início do conflito, o objetivo de Israel, que começou os ataques no norte da região, é pressionar o deslocamento interno de mais de dois milhões de palestinos para o sul, forçando o deslocamento da população para território egípcio, o que o governo do Egito até o momento diz que não aceitará, mesmo que receba alguma compensação financeira do governo de Israel em troca disso.

A presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Mirjana Spoljaric, viajou para Gaza e classificou como “intolerável” o sofrimento no território palestino. “Repito o nosso apelo urgente para que os civis sejam protegidos de acordo com as leis da guerra e para que a ajuda entre sem impedimentos”, postou no X, antigo Twitter.

Centenas de feridos já vieram para o Egito receber atendimento médico nas últimas semanas, já que quase todos os 35 hospitais de Gaza não têm condições de operar. Uma das pacientes é Rasha Elwan, que se recupera de ferimentos na perna no Hospital Geral de El-Arish, cidade a quase 50 km da fronteira. É onde também fica o aeroporto egípcio mais perto do sul de Gaza, operado pelas forças armadas locais. Na última quinta-feira, aviões vindos de Singapura, Catar e Itália desembarcaram com doações para serem levadas para a Faixa de Gaza.

Atraso na entrega de ajuda
Perto da fronteira ainda há uma imensa fila de caminhões carregados com ajuda humanitária. A reportagem conversou com alguns motoristas e voluntários que estão aguardando há mais de uma semana autorização para atravessar. Alguns disseram que preferem esperar do lado egípcio da fronteira, já que havia um congestionamento de caminhões carregados de ajuda humanitária que passaram pela fronteira, mas não tinham conseguido ainda entregar as doações.

É que com parte da estrada perto da fronteira foi danificada depois de ataques israelenses, os caminhões são forçados a percorrer um caminho maior – pelo menos 100km a mais – e os motoristas ainda precisam esperar que o exército israelense faça mais uma checagem nos veículos, o que está atrasando a entrega das doações e a entrada de mais veículos.

Ontem, a empresa palestina de telecomunicações Paltel divulgou um comunicado afirmando que os serviços de telecomunicações foram cortados na Faixa de Gaza depois de terem sido reparados. “Lamentamos anunciar que todos os serviços de telecomunicações na Faixa de Gaza foram perdidos devido ao corte das principais rotas de fibra do lado israelense”, disse a PalTel em mensagem nas redes sociais. “Gaza está… apagada de novo.”

*Opera Mundi

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Mundo

Brasil cobra ação das Nações Unidas e defende solução política para o Oriente Médio

O governo brasileiro fez um duro pronunciamento nesta quarta-feira (29) sobre a crise no Oriente Médio, criticando a falta de liderança das potências mundiais e cobrando o Conselho de Segurança da ONU a assumir um papel mais ativo na busca pela paz. Também frisou que apenas um acordo político entre israelenses e palestinos pode garantir a segurança e a estabilidade na região.

As críticas foram feitas pelo chanceler brasileiro, Mauro Vieira, que participou de uma reunião do colegiado convocada para lidar com a crise no Oriente Médio no Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino. Em um discurso, porém, ele atacou abertamente a falta de união na comunidade internacional, informa Jamil Chade, no UOL.

Em sua avaliação, os acordos que estabeleceram uma trégua nos últimos dias em Gaza são “sinais de esperança”, mas não a solução por si só. O governo brasileiro defende que a criação de um Estado palestino reconhecido internacionalmente precisa fazer parte de um acordo de paz.

O chefe do Itamaraty também alertou para a desunião que permeou o Conselho de Segurança ao lidar com a crise. O órgão precisou de semanas até que um acordo fosse estabelecido. Para Vieira, há um “horror sem precedentes” em Gaza — e nem isso gerou uma resposta unida da comunidade internacional.

“Nós temos que nos unir e ser solidários com todos os necessitados. A situação no Oriente Médio, incluindo a questão palestina, é, no entanto, um dos assuntos mais vetados do Conselho de Segurança. Esse registro é um testemunho infeliz do fato de que, na maioria das vezes, as divergências triunfam sobre o interesse comum nesse órgão”, disse Vieira.

Segundo ele, “o conflito no Oriente Médio não desapareceu, pois os países não conseguiram se entender na ONU.

“O agravamento da situação entre Israel e a Palestina nos últimos anos não nos obrigou a nos unirmos e agirmos em prol do objetivo comum de alcançar a paz para os palestinos, israelenses e o povo do Oriente Médio em geral”, disse.

Para Vieira, o colegiado também tem responsabilidade ao não conseguir atingir seu objetivo de defender a paz e a segurança internacional

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Política

“Em dez anos, o Brasil será a Arábia Saudita da energia verde, da energia renovável”, diz Lula

“Se a Arábia Saudita é o país mais importante na produção de Petróleo, daqui há dez anos, o Brasil será chamado de Arábia Saudita da energia verde, renovável”, disse Lula.

O presidente Lula participou da sessão de encerramento da Mesa Redonda Brasil-Arábia Saudita nesta quarta-feira (29), ao lado de autoridades árabes, ministros, empresários e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e ressaltou a importância das políticas de preservação do meio ambiente em meio à crise climática que o planeta enfrenta..

“Se a Arábia Saudita é o país mais importante na produção de Petróleo, gás, daqui há dez anos, o Brasil será chamado de Arábia Saudita da energia verde”, comparou o presidente.

“Vamos diminuir o desmatamento e, até 2030, temos a meta de acabar com o desmatamento na Amazônia, faremos com que o Brasil seja o centro do mundo na produção de energia alternativa, sem medo de destruir a casa em que moramos”, acrescentou o presidente.

Sobre o encontro, Lula ressaltou que “nós estamos visitando outros países no mundo para construir parcerias”, “Não apenas para saber quanto a Árabia Saudita pode investir no Brasil, mas também quanto os brasileiros podem investir na Arábia Saudita. É esse novo jeito de fazer política externa que pode mudar a geografia do comércio mundial”, destacou o presidente.

 

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Política

Na COP28, Brasil volta a liderar após quatro anos de ‘apagão’ ambiental

Conferência do Clima marcada por baixa participação popular começa em meio a contradições de um país sede petrolífero.

A guinada na política ambiental dada pelo Brasil em 2023 será o principal trunfo do presidente Lula (PT) na COP28 em Dubai, nos Emirados Árabes, que começa nesta quinta-feira (30/11). Na 28ª edição, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima é o evento mais importante do segmento.

Em Dubai, 138 países ricos, pobres e em desenvolvimento discutirão metas e acordos para salvar o planeta do aquecimento global, que potencializou eventos extremos recentes no Brasil, como a seca na Amazônia e as ondas de calor do Sudeste e Centro-Oeste.

Após quatro anos de governo Jair Bolsonaro (PL) marcados pelo crescimento descontrolado do desmatamento e por retrocessos nas políticas climáticas, a diplomacia brasileira volta ao encontro global com o sentimento de dever cumprido e a ambição de abrir caminho para soluções concretas que podem ser seladas em 2025 na COP30 em Belém (PA).

A taxa de desmatamento, principal responsável pela emissão de gases do efeito estufa no país, caiu praticamente pela metade no bioma em 2023 e retornou a patamares pré-Bolsonaro. A redução dá condições para Lula liderar o bloco de países com florestas tropicais úmidas, que incluem o Congo e a Indonésia.

Especialistas ouvidos pelo Brasil de Fato avaliam que o Brasil voltou a trilhar o rumo correto no combate ao aquecimento global, mas também veem insuficiências na política climática brasileira que precisam ser sanadas.

Alguns dos gargalos apontados são a falta de planejamento para reduzir a emissão de gás metano pela pecuária e a ausência de um cronograma para diminuir a produção e a queima de combustíveis fósseis.

A eficácia da COP deve esbarrar na baixa participação da sociedade civil que marca os Emirados Árabes, uma federação de monarquias petrolíferas onde não há eleições diretas, muito menos tradição de mobilização popular.

De olho na COP30 em Belém

Composta por mais de 2,4 mil pessoas, a delegação brasileira deste ano é a maior da história das COPs. Com Lula à frente, a equipe terá ministros e outros representantes de governo, além de empresários, acadêmicos e ambientalistas.

A principal tarefa dos governos na COP28 será aprovar o Balanço Global do Acordo de Paris, um processo que ocorre a cada cinco anos com o objetivo de avaliar a efetividade da resposta à crise climática negociada durante a COP21 na capital francesa em 2015.

Como em quase toda COP, as discussões mais sensíveis em Dubai serão a demanda dos países em desenvolvimento por financiamento climático e a diminuição do uso de combustíveis fósseis derivados do petróleo, condições básicas para preparar o terreno das COPs seguintes.

“A principal expectativa da COP29 é definir novo patamar para financiar a ação climática e, depois disso, na COP30, o esperado é que os países apresentem suas novas NDCs [sigla em inglês para Contribuição Nacionalmente Determinada, que é a meta de redução definida pelos próprios países]”, declarou André Corrêa do Lado, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores.

*Opera Mundi

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Economia

Brasil pode superar previsão e bater recorde histórico em exportações para China neste ano, diz jornal

Valor supera expectativa do próprio governo e representa 30% de todo comércio que país realiza com mundo

As exportações do Brasil para China, em 2023, podem alcançar o valor histórico de US$ 100 bilhões (quase R$ 500 bilhões), montante inédito mesmo levando em conta a comercialização com outros países do globo. O dado divulgado pelo jornalista Assis Moreira no Valor Econômico surpreende até a própria equipe econômica do governo, que previa um teto de até US$ 90 bilhões de envios brasileiros à China.

No ano passado, as exportações foi US$ 89,4 bilhões ao país asiático, o que significou 26% de todas as vendas internacionais do Brasil em 2022.

Caso se concretize as vendas de quase meio trilhão de reais, 30% de todo comércio brasileiro terá como destino a China neste ano. Em 2014, este percentual era de 18%.

Além da soja, minério e petróleo, a chegada do milho na cartela de negócio impulsionou a relação comercial entre os dois países.

Sem o dólar
Em outubro, o Banco da China Brasil anunciou um feito inédito, que foi a primeira transação completa entre uma empresa brasileira e uma chinesa utilizando apenas reais e yuans, as moedas locais dos dois países, evitando o câmbio em dólar.

De acordo com a instituição financeira chinesa, a operação foi efetuada entre os meses de agosto e setembro, e tratou-se de um negócio de exportação de celulose da Eldorado Brasil, empresa de São Paulo com representação em Xangai.

Mais recente, outro movimento inédito concretizou mais uma passo na reaproximação de China e Brasil. O país asiático enviou uma uma leva de máquinas agrícolas.

Equipamentos como micro-tratores, colheitadeiras, semeadeiras e plantadeiras terão como destino áreas produtivas da agricultura familiar no Ceará, Maranhão, Paraíba e Rio Grande do Norte.

São cerca de 30 máquinas que poderão ser utilizadas em 20 tipos de cultivos em áreas que incluem assentamentos do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra e de outras organizações da agricultura familiar, como o Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais de Apodi (RN).

*Opera Mundi

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Economia Política

União Europeia anuncia construção usina de hidrogênio verde no Brasil

Investimento global de 2 bilhões de euros será direcionado à construção de uma das maiores usinas de hidrogênio verde, no Piauí.

A União Europeia (UE) anunciou, nesta segunda-feira (20/11), a construção de uma usina para produção de hidrogênio verde e amônia no Brasil. De acordo com a presidente da UE, Ursula von der Leyen, ela será instalada no litoral do Piauí, na Zona de Exportação de Parnaíba (ZPE). Este anúncio faz parte da expansão de projetos dentro do Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2), liderado pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

O projeto no Brasil será um dos maiores do mundo em Hidrogênio Verde (H2V). “Faz parte de um investimento global de dois bilhões de euros na cadeia do hidrogênio no Brasil. Este novo parque de energia verde terá uma instalação de produção de 10 gigawatts de hidrogênio limpo e amônia”, destacou Ursula ao anunciar junto ao presidente Lula.

Segundo estimativas do MME, o país tem potencial para produzir 1,8 gigatoneladas de hidrogênio de baixa emissão de carbono por ano. Projeções atuais posicionam o país com o menor custo de produção de hidrogênio de baixa emissão e derivados. O Brasil já possui cerca de US$30 bilhões em projetos anunciados de hidrogênio de baixa emissão de carbono no país, viabilizando milhões de empregos.

Com a instalação da usina, a expectativa é de promover desenvolvimento no país, segundo a presidente da UE. “O hidrogênio limpo e amônia serão então enviados para a ilha de Krk, na Croácia. A partir daí, o hidrogênio viajará para servir compradores industriais no sudeste da Europa e, paralelamente, este projeto criará empregos locais e cadeias de valor no Brasil”, ressaltou.

As obras estão previstas para iniciar no final de 2024, pela empresa europeia Green Energy Park (GEP). O começo das operações está previsto para 2026. A usina deve aproveitar a estrutura do Porto de Luís Correia para exportar o hidrogênio.

Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono
O país tem grande potencial de produção e no mercado de hidrogênio de baixa emissão de carbono, e se mostra protagonista na transição energética. O Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) é uma das peças chave do MME para compor um portfólio de ações, programas e iniciativas de uma Política Nacional de Transição Energética.

A energia limpa, segura e competitiva como fator de crescimento econômico e adensamento industrial e tecnológico coloca o Brasil como o grande celeiro mundial da transição energética, em função das potencialidades que o país possui.

*Opera Mundi

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Mundo

Argentina não vai “interagir” com Brasil, diz ministra cotada de Milei

Diana Mondino é principal candidata para cargo de ministra das Relações Exteriores da Argentina. Declarações foram desmentidas pela SECOM.

A principal candidata para o cargo de ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, afirmou que o país vai cortar relações com o Brasil e a China. As declarações foram feitas em uma entrevista à agência de notícias russa RIA Novosti, na segunda-feira (20/11).

Quando questionada se o país promoveria as exportações e importações com ambos os países, Mondino afirmou: “Vamos parar de interagir com os governos do Brasil e da China”.

O Brasil e a China são dois dos parceiros comerciais mais significativos para a Argentina. No entanto, durante a campanha eleitoral, o presidente eleito Javier Milei expressou críticas e lançou ataques aos dois países.

Na época, Milei disse que Lula era “comunista”, “ladrão” e “corrupto”, e não o encontraria se fosse eleito. O argentino convidou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para participar da cerimônia de posse, no dia 10 de dezembro.

O presidente eleito da Argentina também já afirmou que o Partido Comunista Chinês (PCC) é um “assassino” e que o povo da China “não era livre”.

Brasil não vai romper relações com Argentina
Segundo texto divulgado na tarde desta terça-feira (21/11) pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Brasil e Argentina mantêm uma relação amistosa de cooperação e colaboração em diversos projetos, e eles não serão interrompidos.

“Devido à recente eleição argentina, peças de desinformação estão repercutindo um falso rompimento diplomático entre Brasil e seu aliado histórico. Esses conteúdos maliciosos estão alegando que o governo brasileiro teria a intenção de retirar investimentos de obras em parceria com o país.

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Economia

Inflação no Brasil desacelera em outubro e acumulado dos últimos 12 meses fica em 4,82%

Apesar da desaceleração da inflação, os preços de oito dos nove grupos de produtos e serviços analisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registraram leve alta.

A inflação no Brasil desacelerou em outubro, e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,24% no mês, uma ligeira queda em relação aos 0,26% registrados em setembro. O percentual atual é também inferior aos 0,59% registrados em outubro de 2022.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (10) pelo IBGE. Segundo o instituto, a alta do IPCA no acumulado dos últimos 12 meses é de 4,82%, acima do teto da meta de 3,25% estabelecida para 2023.

*Sputnik

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Opinião

Se tem terroristas no Brasil, eles moram no Vivendas da Barra, RJ

Lá é onde se escondia o maior traficante de fuzis do Brasil, que é o mesmo que assassinou Marielle. Sem dizer que moram lá o terrorista que matou de Covid 700 mil brasileiros e seu filho, foi o comandante do gabinete do ódio.

Não dá para relativizar os alarmantes casos de terror que ocorreram no Brasil no dia 8 de janeiro, comandado pelo QG do Vivendas da Barra.

Aquela anarquia terrorista, extremista, tendo como objetivo um golpe de Estado com a violenta destruição das sedes dos poderes da República que fez de Brasília uma catástrofe, teve a ordem e um sistemático planejamento no Vivendas da Barra.

Essa organização terrorista é abastada, pois nos últimos anos comprou quatro mansões, opera, além de formação de quadrilha e peculato, faz roubo de joias internacionais, ainda fazer, até na Argentina, lobby milionário para indústria armamentista.

Ou seja, o Brasil, ao invés de importa, exporta terroristas com larga experiência em formação de milícias. Gente barra pesada, que foi expulsa das Forças Armadas, porque tramou dinamitar a estação do Guandu, assim como espalhou terror dentro das instalações do exército.

Nossos terroristas são piores que os terroristas dos outros pela variedade incalculável de seus crimes. Eles moram logo ali, frente à praia, num dos metros quadrados mais caros desse país.

Se o chefe ainda não foi preso, seu encarceramento não tardará. O que não falta para o judiciário meter o sujeito numa pena que, para ele, se tornará perpétua, pelo adiantado da idade.