Os ânimos estão acirrados na América do Sul, desta vez, até no Brasil.
Depois que Bolsonaro reconheceu o golpe na Bolívia e a posse de uma golpista que se autoproclamou presidente da Bolívia, a Embaixada da Venezuela é invadida em Brasília por uma milícia ligada a Guaidó.
O território venezuelano está sendo invadido dentro do Brasil por milicianos de Juan Guaidó, autoproclamado presidente do país, pulando o muro e invadindo a representação diplomática da Venezuela no Brasil.
Presidentes e ministros da China, Rússia, Índia e África do Sul estão ou chegam nas próximas horas a Brasília para a reunião dos Brics.
Uma invasão dessas com nítida permissão do planalto tem todos os sintomas de afronta sobretudo a Rússia e China que são aliados de Maduro.
Segundo o deputado Paulo Pimenta, às 8h30 um grupo de cerca de 20 milicianos brasileiros e venezuelanos ainda estavam na embaixada e agrediram diversas pessoas, afirmando ter apoio de Guaidó e Bolsonaro.
As notícias que chegam, relatam que houve agressão física e que a PM de Brasília deu cobertura aos milicianos, o que mostra mais um traço comum entre o golpe na Bolívia, as milícias do clã Bolsonaro com o que ocorre com a embaixada da Venezuela no Brasil.
Tudo indica que Bolsonaro está até o pescoço nessa chocante atitude que coloca o Brasil em rota de colisão com a Rússia e a China, com Putin e Xi Jinping.
Os próprios milicianos que invadiram a embaixada dizem que seguiram as ordens do berrante de Bolsonaro em parceria com Guaidó. Ou seja, o Brasil está a mercê de uma milícia carioca muito mais perigosa do que se imagina e que se alastra rapidamente pelos quatro cantos da América Latina e coloca o Brasil numa posição perigosa diante da comunidade internacional.
Assistam abaixo ao vídeo em que saqueiam a casa de Evo Morales
Governo Putin usa a expressão “golpe orquestrado”, e lembra relação de amizade com o governo de Evo Morales. Chineses pedem restauração da estabilidade e latino-americanos denunciam “história de interrupções democráticas”.
Ainda repercutindo a deposição do governo eleito de Evo Morales, o governo russo condenou “a onda de violência desencadeada pela oposição” que resultou na derrubada do ex-presidente boliviano. Por sua vez, a chancelaria da República Popular da China clamou para que os conflitos no país sejam resolvidos no marco da constituição boliviana. O Grupo de Puebla, que reúne líderes da esquerda latino-americana, destacou a violência desencadeada pelas forças conservadoras que desatou num golpe de Estado, neste domingo (10), que contou com a anuência das Forças Armadas bolivianas.
“Causa profunda preocupação que a vontade do governo de buscar soluções construtivas, com base no diálogo, foi rejeitada por eventos que tem um padrão de um golpe de Estado orquestrado”, diz a nota assinada pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov. Ele apelou para a todas as forças políticas da Bolívia para que sejam “sensatas e responsáveis” e encontrem uma solução constitucional que restaure a governabilidade e também garanta o desenvolvimento social e econômico do país, ao qual os russos se dizem ligados “por uma relação de amizade”.
O governo chinês se pronunciou por meio do porta-voz da chancelaria, Geng Shuang, e pediu que disse esperar que “todas as partes possam encontrar uma solução nos marcos da Constituição a fim de restaurar a estabilidade política e social na Bolívia”.
Grupo de Puebla
Reunidos durante este final de semana, em Buenos Aires, o fórum de líderes de esquerda da América Latina prestou solidariedade ao povo do país vizinho e afirmou que “mais uma vez, a Constituição e o Estado de direito da Bolívia foram violados, interrompendo um mandato constitucional” e denunciaram “humilhação de autoridades, invasão, saques e incêndio de residências, sequestro e ameaças de familiares” no país andino contra o governo Morales. A nota é assinada pelos ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, pelo ex-chanceler Celso Amorim, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, além do ex-presidente paraguaio Fernando Lugo e políticos do México, Colômbia, Argentina, Chile e Uruguai, entre outros.
“Todas a iniciativas de diálogo e negociação oferecidas pelo governo do presidente Evo Morales foram rechaçadas. As recomendações da OEA (Organização dos Estados Americanos) para a realização de uma nova disputa eleitoral foram aceitas pelo presidente Morales, dirigidas ao Parlamento boliviano, incluindo a recomendação de renovação completa das autoridades eleitorais e a possibilidade de contar com novas candidaturas. Mas a oposição optou pela intransigência, radicalização e ruptura democrática, abrindo um grave antecedente de um novo golpe de estado na larga história de interrupções democráticas do país”, diz a nota divulgada pelo Grupo de Puebla.
Evo Morales aos golpistas:‘Assumam a responsabilidade de pacificar o país’
Presidente, que teve a casa invadida e depredada, denuncia violência e declara temor de derramamento de sangue pelas forças opositoras.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, obrigado pelas Forças Armadas a renunciar ao mandato, mandou nesta segunda-feira (11) um recado aos militares e personagens da oposição que lideraram o golpe de Estado, pedindo para que “assumam a responsabilidade de pacificar o país”, demonstrando preocupação com um potencial derramamento de sangue no país, caso haja confronto com os movimentos populares daquele país, que já declararam disposição de resistir e restabelecer a normalidade democrática. Antes de renunciar ao cargo, neste domingo (10), Evo denunciou o excesso de violência comandado pela oposição, com sequestros e torturas de membros do governo, invasão de prédios estatais e incêndio a casas. Até a casa de Evo, em Cochabamba, foi invadida e depredada.
Nenhum celular nem carro elétrico funciona sem o metal. O governo Morales tudo faz para não repetir a história de exploração colonial O futuro da Bolívia é branco e salgado. Ele jaz sob um lago seco de 10 mil quilômetros quadrados, o Salar de Uyuni. O engenheiro Juan Montenegro bate na crosta de sal e diz: “Aqui começa a época industrial do nosso país.”
Ele se refere ao lítio, uma matéria-prima que atualmente interessa a firmas de todo o mundo. O local pode abrigar até 10 milhões de toneladas do metal alcalino, a maior reserva do mundo. Ele é um componente central das baterias de relógio e indispensável para um futuro provavelmente movido a eletricidade.
Sem baterias recarregáveis de íon-lítio, nada de telefone celular, bicicleta elétrica e, naturalmente, nada de carro elétrico. Michael Schmidt, da Agência Alemã de Matérias-Primas, estima que a demanda global alcançará 111 mil toneladas ate 2025, em comparação com apenas 33 mil toneladas em 2015.
Ao governo de Evo Morales não escapou o tesouro que jaz sobre o pobre Estado andino. Atualmente, uma tonelada de lítio está cotada em 16 mil dólares, e o preço sobe ano a ano. Investidores da China, Estados Unidos e Rússia fazem fila, mas a Bolívia mantém suas portas fechadas.
“Não queremos uma segunda Potosí”, afirma Juan Montenegro, que Morales nomeou chefe da empresa estatal Yacimientos de Litio Bolivianos (YLB). Ele se refere a uma velha cidade mineira, a mais de duas horas de carro do deserto salino.
Ao longo de séculos, os colonizadores espanhóis extraíram ali tanta prata que, diz-se, teria sido possível construir uma ponte da Europa até a América do Sul. Milhões morreram nas atividades de mineração, até hoje crianças procuram restos pelos túneis. No centro de Potosí uma exposição fotográfica junta donativos para que elas possam ir à escola.
Essa história não deve se repetir em Uyuni. Quem queira extrair lítio aqui deve se ater às condições de La Paz, mantendo no local os empregos e a agregação de valor.
Não se trata apenas de ser fornecedores de matéria-prima, afirma Montenegro: a meta é produzir baterias made in Bolivia. Os pacotes de baterias recarregáveis improvisadamente embalados com fita adesiva, que os cientistas trouxeram de La Paz, são prova de quanto falta até alcançar essa meta. Joint venture com firmas alemãs
É um dia seco e frio em Uyuni, a YLB comemora seu primeiro aniversário de fundação. A banda militar se apresenta, escolares dançam em trajes andinos, e a prefeita louva as “perspectivas de emprego” graças ao lítio.
E há mesmo o que festejar: está prometido para Uyuni um investimento bilionário vindo da Alemanha. A empresa de energia sustentável ACI Systems, de Baden-Württemberg, e a turíngia K-Utec, de tecnologia de sais, ganharam a concorrência para o megaprojeto.
Até agora só há uma pequena central-piloto no deserto de sal. O caminho até lá passa pelo lugarejo de Colchani. Quando acabam as casas, a pista se perde no branco infinito. Chegando finalmente à pequena fábrica, soldados vigiam a entrada.
Dentro, o operário Jorge Macías afirma que consegue viver bem do lítio: seu salário equivale a 600 euros, o que é relativamente muito na Bolívia. Depois de três semanas trabalhando direto, ele sente falta da mulher e dos filhos, mas está convencido: “Finalmente, nós mesmos, bolivianos, estamos nos beneficiando das riquezas da terra.”
O diretor-geral da ACI Systems, Wolfgang Schmutz, vê a situação de forma surpreendentemente semelhante: “A coisa toda é um projeto de igual para igual. Decisiva para o nosso trabalho aqui foi a confiança dos bolivianos, que contam com um desenvolvimento sério e sustentável no Salar.”
Agora se busca na Alemanha quem esteja disposto a passar alguns meses na Bolívia, revela Schmutz: justamente no setor de técnica de baterias ainda falta muito know-how aos sul-americanos.
Um outro fator se interpõe no caminho dos bolivianos à era industrial: o país não tem acesso ao mar, as exportações têm que ser transportadas pela cadeia andina até o porto chileno de Antofagasta, para cuja utilização Santiago exige altas taxas. Isso também deverá encarecer as baterias bolivianas. Em outubro o país perdeu uma causa contra o Chile no Tribunal Internacional de Justiça.
Em Uyuni, porém, as esperanças permanecem altas. No momento, os mochileiros são a única fonte de verbas para a desolada região: o deserto de sal é uma cenário apreciado para fotos do Instagram. Mas em geral os turistas só permanecem por poucos dias.
“Para os agricultores da região, a única outra fonte de renda é a criação de lhamas”, comenta a prefeita Carmen Gutiérrez. Ela espera que o lítio vá finalmente lhes trazer prosperidade – uma prosperidade que nenhuma potência colonial será capaz de tomar.
Com uma chamada de “urgente”, o Sputnik avisa que o assessor de Putin, Yuri Ushakov, disse que ele quer ter uma conversa reservada com Bolsonaro sobre o golpe na Bolívia que o governo brasileiro apoiou.
No âmbito da cúpula do BRICS, os líderes da Rússia e do Brasil, Vladimir Putin e Jair Bolsonaro, planejam discutir questões da política bilateral e a situação na região, inclusive os eventos na Bolívia.
“Só houve um encontro com Bolsonaro em Osaka; agora será realizada uma conversa mais profunda, isso será, antes de mais, a agenda bilateral e, certamente, os problemas atuais internacionais e regionais, inclusive a situação na Bolívia”, disse Ushakov aos jornalistas.
Respondendo a uma pergunta sobre o tema da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e se os líderes vão discutir essa questão durante as negociações, o assessor do presidente russo disse que isso ficará ao critério dos próprios líderes e em primeiro plano estará a agenda bilateral.
“Eu não sei, isso será determinado pelos próprios líderes. Mas, antes de tudo, serão discutidas questões da agenda bilateral”, explicou Ushakov.
No âmbito da cúpula do BRICS no Brasil, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, vai se encontrar com o primeiro-ministro da Índia, Narenda Modi, e o presidente da China, Xi Jinping, no dia 13 de novembro e com o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, no dia 14 de novembro.
Bolsonaro finge não saber que as manifestações de rua não são o seu problema, mas as manifestações cada vez mais irritadas das pessoas em supermercados na hora de comprar alimentos, assunto que ele foge como o diabo da cruz.
O tipo de manifestação espontânea que derruba um governo é exatamente esta, a pessoa em um supermercado diante de um produto que aumentou barbaramente o preço, manifesta-se espontaneamente com raiva e, por impulso, xinga o presidente. Nesse ato não há qualquer ideologia, é uma reação explosiva de quem sente os calos queimarem e reage com profunda irritação.
E são cenas como essa que se repetem cada vez mais numa velocidade impressionante no Brasil. Fora dessa falsa polarização criada por Bolsonaro para manter seu gado no curral, existe uma sociedade que está nitidamente de saco cheio com ele, porque sente no bolso, na mesa, na geladeira que sua vida piorou muito com esse governo. O salário fica cada vez mais curto diante dos 30 dias do mês com o neoliberalismo de Guedes. As pessoas não conseguem pagar suas contas, sobretudo suas dívidas com os bancos, que hoje chega a, aproximadamente a 70% de inadimplência de quem tomou empréstimos com.
Na realidade, Bolsonaro se beneficia da sombra que Lula faz sobre ele. Assim, ele cria um inimigo e mantém acesa uma polarização com Lula para tentar a impossível missão de esconder o seu fracasso. Sem falar do seu envolvimento com a milícia, com Queiroz e outros casos que precisam ser provados.
Quando convoca Moro para uma cena de seu teatro, para pressionar o Congresso a mudar a constituição em favor da prisão após condenação em 2ª instância, mesmo sabendo que não pode mudar uma cláusula pétrea, Bolsonaro joga para sua torcida de fascistas, cada mais constrangida diante da realidade.
Para piorar ainda mais, o Brasil sediará a próxima cúpula dos BRICS, mas já com o aviso da Rússia e China de que o país ficará cada vez mais isolado, principalmente depois do apoio ao golpe na Bolívia. Ou seja, Bolsonaro terá que desdobrar em palavrórios e fanfarronices ideológicas para tentar esconder que seu governo está cada vez mais nu e sem margem de manobra.
Olavo de Carvalho, o filósofo de si mesmo, conseguiu criar um personagem que daria sustentação a todo o desastre promovido pela teia de interesses barra pesada que cercam o governo Bolsonaro, o “caçador de comunistas”. O guru da turma do QI negativo está fulo, porque Bolsonaro foi chorar suas pitangas na China comunista, lugar que é considerado por Olavão como ” a capital mundial da maldade”.
Olavo de Carvalho bate de frente com a afirmação de Bolsonaro de que a China é um país capitalista e chama, a seu modo, Bolsonaro de banana, de rainha assustada com os reluzentes brasões da China comunista.
Não é para menos a irritação do filósofo gabola. O anticomunismo foi a tipoia que acomodou a falta de discurso de Bolsonaro e sua incapacidade de produzir uma ideia própria. Então, era preciso não desafiar o comunismo, mas ao menos não falar de negócios políticos em público com a China, desfilando na muralha como quem gozava a vida.
Por isso a revolta de Olavo de Carvalho que anda aos tapas com seus ex-principais sacristãos e coroinhas e, com eles, uma tripulação inteira que, a cada dia, abandonam o guru e borram ainda mais a caricatura estética de Bolsonaro criada por ele.
Para Olavão, Bolsonaro se transformou num vendedor de carne de frango, humilhado e reduzido a pó pelo Partido Comunista Chinês. Isso está nas rugas de sua testa e na expressão do olhar quando fala sobre o assunto. A coisa ainda piora quando ele resolve escrever sobre o furdunço, pois aí Olavo de Carvalho imprime toda aquela baixaria clássica de alguém que carrega nas costas a frustração pessoal do mundo e assume a sua personalidade mais idiota, frisando seus pensamentos com palavrões e outras desdobradas paspalhices.
Na realidade, Olavo de carvalho acha que essa viagem de Bolsonaro para a China tirou todos os músculos da armadura heroica do caçador de comunistas que eles haviam pintado e, na velha técnica da política da boa vizinhança, Olavo revela um herói esmorecido que oferece a produção de carne brasileira e as estatais mais estratégicas do país.
Não que Olavo seja contra a privatização, mas suas labaredas retóricas, em nome de um patriotismo da carochinha, o destino de nossas estatais deveria seguir os interesses dos EUA.
Por isso, o paranoico anticomunista, anuncia agora, em seus twitter, de cinco em cinco minutos, que o governo Bolsonaro está bichado.
Depois de sua inútil viagem gastando monumentais recursos públicos sem trazer resultado positivo nenhum de integração com o Japão, China e países árabes, Bolsonaro ainda tem que engolir o resultado das urnas na Argentina, que condena o neoliberalismo de Paulo Guedes, assim como o povo chileno impõe uma derrota a um sistema que faz com que os ricos fiquem mais ricos e pobres mais pobres.
Isso seria fatal. O neoliberalismo é a semente da degeneração no mundo e o resultado na Argentina é somente o reflexo disso.
A vitória de Alberto Fernandez atinge diretamente um governo em crise permanente como o de Bolsonaro, até porque tanto a Argentina quanto o Chile foram explorados como referência pela grande mídia nativa. Com a derrota de Macri na Argentina e a insurreição popular no Chile contra o governo neoliberal de Sebastián Piñera, campanhas e movimentos neoliberais na América Latina perdem muito de sua consistência e espaço, o que consequentemente refletirá na chegada de uma onda que abarcará o Brasil.
Assim, acelera ainda mais a putrefação de um governo fascista que dependeu do adormecimento da classe média ludibriada pelo neoliberalismo e o ódio aos pobres que, se não percebeu ainda a precariedade que isso está causando ao país, também não verá a propaganda dos Chicago Boys derrotados na América Latina que passaram a ser símbolos do bolsonarismo.
Mas estes não são os únicos fatos que despertam a possibilidade de uma outra consciência oposta à pretendida pelos neoliberais, a de que somente um sistema solidário cultivado dentro da sociedade brasileira em que vivem todos os brasileiros, não apenas alguns privilegiados, é que tem futuro.
Cada um de nós, que repudia o que se assiste hoje no Brasil de Bolsonaro, tem que comemorar junto com o povo argentino a vitória da solidariedade contra o egoísmo.
Possivelmente num jogo combinado entre Veja e Bolsonaro, no dia em que a Istoé revela o esquema criminoso do clã, Bolsonaro/Carluxo usa o twitter para fazer cortina de fumaça sobre as revelações pesadíssimas que a Istoé trouxe nesta sexta-feira (25) em sua matéria, parecendo até que foi um filho de Lula e não um de Bolsonaro, que namorou a filha do miliciano pego com mais uma centena de fuzis e que também é apontado pela polícia como o assassino de Marielle.
Se Queiroz fosse amigo de Lula e motorista de seu filho e tivesse depositado dinheiro na conta da Dona Marisa, todos estariam presos há muito tempo.
Quem vê Bolsonaro escrevendo no twitter, imagina que Queiroz que, a mando do clã Bolsonaro, criou uma espécie de classificados de laranjas, oferecendo empregos no legislativo a módicos R$ 20 mil por cabeça, é o homem forte de Lula e não de Bolsonaro.
Lendo o seu twitter, alguém deve imaginar que, quem passou a vida condecorando milicianos e empregando seus familiares, foi Lula e não Bolsonaro e seu clã.
O fato é que Moro se transformou no Blindador Geral da República para segurar todas as denúncias de crime do clã do patrão. O mesmo Moro que prendeu Lula sem provas para Bolsonaro vencer a eleição e ele virar ministro. Tudo tão ridiculamente patético, tão deprimente para o judiciário e Ministério Público brasileiros.
E a Veja, sabendo que Palocci se transformou em delator de sebo, convocou Marcos Valério que disse à mesma que ouviu falar que alguém disse para um amigo seu que Lula é quem mandou matar Celso Daniel.
Essa já é a enésima vez que, sem qualquer inspiração para criar factoides, a velha direita brasileira abre a tampa do esgoto da Veja para soltar o seu odor fétido, carregado de bactérias saídas de sua redação.
Não sei se essa gente acredita na eficácia desse tipo de ação. Bolsonaro, que é um medroso contumaz, está apavorado com a rebelião do povo chileno que resolveu botar um fim num governo neoliberal que Paulo Guedes tem como escapulário.
Sem trazer nada de concreto de sua longa viagem internacional, a não ser o medo, Bolsonaro mostra o quanto está apavorado com a liderança de Lula que é respeitadíssimo na China, a mesma que despreza solenemente a sua visita.
É a velha máxima, “enquanto tiver burro no mundo, Bolsonaro não anda a pé’ e arrasta consigo uma legião de terraplanistas, além da alcateia de diabos menores.
Não adianta, Bolsonaro é uma divindade para os ruminantes. Se disser que o Grêmio ganhou de 5 a 0 do Flamengo nesta quarta- feira (23). em pleno Maracanã, seu gado vai acreditar e aplaudi-lo apoteoticamente.
Bolsonaro sempre teve natureza dupla, sempre foi essa mula sem cabeça, mas, dependendo das circunstâncias, desdemoniza-se e consequentemente opera a mesma receita em suas molecagens na guerra “contra o comunismo”.
Na realidade, Bolsonaro tem horror à verdade, por isso ninguém pode estranhar que, para agradar seu rebanho que tem pavor do malvado comunismo, diga em pleno ano em que a China comemora 70 anos da revolução comunista, que ele está visitando um país capitalista.
Na verdade, Bolsonaro se diverte com o seu gado de estimação e, certamente, depois de pendurar mais um rosário de capim no pescoço da tropa que se mantém fiel a ele aqui no Brasil, vai se divertir com outras declarações furadas para explicar fenômenos, como a terra é plana, exaltados pelos seus mais severos seguidores.
Depois do país inteiro ter visto Bolsonaro enfiado numa camisola de beata do século XIX, em pleno Japão, o que é isso comparado à declaração de hoje de que a China é capitalista?
Se Bolsonaro disser que o exército vermelho é azul, podem apostar, os bolsonaristas vão replicar sua fala. E não estranhem se ele disser, a partir de agora, que o Chile é comunista.
Senador por Pernambuco, onde 30 toneladas de óleo foram retiradas das praias por voluntários e ambientalistas neste sábado, diz que ‘esquecido pelo governo, o povo tomou as rédeas da situação e foi sozinho salvar seu litoral’, mas que a fatura será cobrada “com juros e correção”.
Em meio às notícias de que o óleo vazado no litoral do Nordeste chegou a praias de Pernambuco, o senador Humberto Costa (PT-PE) cobrou duramente as autoridades neste domingo 20 e exaltou o trabalho de voluntários, funcionários da Prefeitura e ambientalistas para a retirada do petróleo no mar e na areia.
Segundo o Ibama, o petróleo derramado atingiu 194 pontos do Nordeste brasileiro. De acordo com o almirante Leonardo Puntel, comandante de Operações Navais e que coordena as operações relacionadas ao desastre ambiental, as manchas de óleo que atingiram os nove estados da Região Nordeste estão agora concentradas em Pernambuco.
“Esquecido pelo presidente, o povo pernambucano tomou as rédeas da situação e foi sozinho salvar seu litoral. Mas a gente vai cobrar essa fatura com juros e correção”, postou o parlamentar no Twitter.
“Para que não se esqueça que são os nordestinos que estão salvando o litoral brasileiro no braço enquanto o presidente foi pra China!”, provocou ainda, em outra postagem. Bolsonaro embarcou neste sábado 19 para um giro de dez dias por Japão, China e Oriente Médio, de onde retornará no dia 31.
A jurista Liana Cirne Lins, professora de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, afirmou neste sábado à TV 247 que a Marinha do Brasil tem condições tecnológicas e de pessoal para recolher o óleo em grandes quantidades, como fez pela primeira vez neste sábado. Assista ao final desta matéria o programa Boa Noite 247, que tratou do tema.
Para que não se esqueça que são os nordestinos que estão salvando o litoral brasileiro no braço enquanto o presidente foi pra China! Quadro para se pendurar num museu de história nacional. Óleo sobre tela. #BolsonaroVagabundo#OleoNoNordestepic.twitter.com/xeAWvVJR58
A indignação com o descaso do governo @JairBolsonaro é imensa. Esquecido pelo presidente, o povo pernambucano tomou as rédeas da situação e foi sozinho salvar seu litoral. Mas a gente vai cobrar essa fatura com juros e correção. Aguardem, Bolsonaro, você e seu governo facínora. pic.twitter.com/x9A62u3tDl