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Editorial do Estadão mostra que a cadela do fascismo está sempre no cio

MPF reconheceu nesta segunda (06) a prescrição de mais um processo contra Lula e, imediatamente, as cadelas do fascismo voltaram a atacar.

Como disse Bertold Brecht sobre o fascismo “nunca devemos clamar vitória sobre o cão bastardo, pois a cadela que o pariu entrou no cio novamente”.

O editorial do Estadão é somente mais um sinal convergente de que a imprensa brasileira é encabeçada pelos piores canalhas desse país que estão sempre dispostos a arrastar violentamente o Brasil para o fascismo.

Uma imprensa que sempre teve medo do povo, mas sobretudo, sempre teve medo que o povo conhecesse a verdade, pois a intenção é mantê-lo ignorante, mesmo que a sociedade aponte as mentiras da grande mídia, ela age de forma criminosa em defesa da elite que é sua alma gêmea.

O Estadão, assim como toda a grande mídia, não está disposto a discutir a falta de comida na mesa do brasileiro, de perguntar se as crianças miseráveis, vítimas da violência neoliberal de Paulo Guedes, apoiada por essa mesma grande mídia, comeram ou terão o que comer hoje.

Quem vive de bucho cheio e frequenta os restaurantes mais caros do mundo, não está nem um pouco preocupado com quem não come. Quando falam na fome, na miséria, o fazem de forma recreativa, dispersa, quando não atacam os pobres de maneira violenta e os culpam pela pobreza.

Na verdade, essa elite econômica que tem como donos os grandes veículos de imprensa os maiores canalhas do país, descendentes de canalhas, passam a vida vomitando infâmias e covardias, juntos e misturados, tendo dois alvos preferenciais, o povo trabalhador e o povo pobre.

Como não podem xingá-los, xingam o Partido dos Trabalhadores, assim como xingam Lula, que é o representante inconteste dos miseráveis que, fugindo da fome e da miséria, durante décadas, chegaram aos milhões do Nordeste nos grandes centros do sudeste, fugindo justamente da miséria produzida por essa mesma elite da qual o Estadão é parte.

Todos sabem o quanto o Estadão apoiou todos os golpes nesse País e como foi conivente com o BolsoMoro, assim como exaltou BolsoDória na primeira página em 2018.

Agora que o cão sarnento, filho da cadela do fascismo está em pleno derretimento por conta da tragédia econômica de Paulo Guedes, apoiada de cabo a rabo pelo Estadão, o principal jornalão da elite quer mais uma vez culpar os trabalhadores e os miseráveis pela decadência, fome e miséria que ele ajudou a construir.

O fascista é alguém profundamente cínico e, por isso, precisa apoiar outro fascista para sustentar um projeto de fanatismo neoliberal.

Diante de mais uma elevação da taxa Selic, que promete passar de dois dígitos já em janeiro de 2022, ampliando ainda mais a desigualdade no Brasil, o que acaba por ser um tiro no pé dos principais atores econômicos do país, o Estadão quer tirar das mãos de Dória e Moro o troféu de principais parceiros políticos de Bolsonaro em 2018.

É uma tentativa funesta de jogá-lo no colo do PT e, consequentemente, de Lula.

A eleição ainda está longe, mas já mostra que a mídia brasileira virá com uma máquina fascista organizada, usando as mesmas regras de sempre, perfeitamente sintetizado por Saul Leblon no twitter da Carta Maior:

“Brasil é o 11º país mais desigual do mundo, segundo o The World Inequality Report 2022. Durante a pandemia, os 10% mais ricos do país passaram a concentrar 59% da renda, enquanto os 50% mais pobres têm apenas 10%. O 1% mais rico detém 26,6% da renda e 48% da riqueza patrimonial.”

 

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Política

O fascismo ameaça o STF

Celso Rocha Barros – A direita quer reduzir a idade de aposentadoria dos ministros do Supremo para 70 anos, de modo a permitir que Bolsonaro indique mais dois integrantes do tribunal.

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou a proposta da militante de extrema-direita Bia Kicis (PSL-DF), presidente da comissão, que revoga a “PEC da Bengala”.

A “PEC da Bengala” foi uma das inúmeras falcatruas cometidas pela direita brasileira em 2015-2016. Para evitar que Dilma Rousseff exercesse seu direito de indicar mais ministros para o STF, o Congresso ampliou a idade de aposentadoria compulsória dos ministros para 75 anos. Agora que a direita governa o país, a turma quer reduzir de novo a idade de aposentadoria para 70, de modo a permitir que Bolsonaro indique mais dois ministros.

O objetivo de Kicis e Bolsonaro é claro: seguir, no Brasil, o roteiro de desmonte da democracia implementado pelos governos autoritários que os inspiram, como os da Hungria e da Polônia. Os “novos autoritários” já descobriram faz tempo que o caminho mais curto para desmontar a democracia é o aparelhamento da Suprema Corte. A Suprema Corte decide o que a Constituição diz, quem controla a Suprema Corte diz o que é a Constituição.

O projeto de Kicis é uma prova clara que os ataques de Bolsonaro contra o STF nunca foram só reações ao inquérito das fake news ou às investigações sobre Flávio Bolsonaro: é parte de um projeto autoritário bastante claro com inspiração internacional que os bolsonaristas nunca negaram.

Mas não foram só os extremistas de Bolsonaro que votaram a favor da proposta de Kicis. O centrão e mesmo deputados de partidos com pretensão a “terceira via” (PSDB, PDT, Cidadania) também votaram a favor.

O objetivo é retaliar o STF pela suspensão do orçamento secreto, esquema de compra de votos que Arthur Lira opera em nome do governo Bolsonaro. Em 2021, os recursos destinados pelo orçamento secreto já somam R$16,8 bilhões.

Na última quinta-feira, os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, comunicaram que não pretendem, vamos lá, atenção, não pretendem cumprir a ordem do STF que determinou que os nomes dos deputados contemplados no orçamento secreto sejam revelados ao público.

Desde a matéria do jornalista Breno Pires que revelou o orçamento secreto, todos os analistas farejam um escândalo de grandes proporções. Por que os parlamentares prefeririam apresentar seus pedidos de verbas por um mecanismo secreto e não pelas emendas regulares? Os casos de superfaturamento de tratores, já identificados, permitem suspeitar que se trata de troca de dinheiro por votos, embrulhada de algum jeito que seria fácil de desembrulhar se os dados fossem abertos. Se Lira e Pacheco topam peitar o STF e bancar o autoritarismo de Kicis/Bolsonaro para não abrir os dados, a suspeita de roubalheira já passa a ter um jeitão de certeza.

Não se sabe se Lira e sua turma levarão a proposta de Kicis (já conhecida como “PEC da Vingança”) até o fim. Pode ser blefe.

Mas a crise institucional dos últimos dias mostra como o autoritarismo de Bolsonaro e a corrupção do centrão anabolizaram um ao outro. Os corruptos ameaçam o STF com autoritarismo se seus crimes forem investigados. Os golpistas não foram impichados depois do 7 de Setembro porque compraram os corruptos. No Brasil de Bolsonaro, separar os fascistas dos ladrões é, cada vez mais, um exercício acadêmico.

*Publicado na Folha

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Fragmentado em três pedaços, o fascismo vai se estapear entre BolsoDória, BolsoMoro e Bolsonaro

Ficou decidido que três ex-aliados entre si, Bolsonaro, Moro e, com o resultado das prévias do PSDB, Dória, é que se estapear, e que se estapeiem. Ou seja, um não vai sossegar enquanto não derrubar o outro e eles vão gastar todo o tempo que puderem para sabotar aqueles que são seus concorrentes diretos nesse momento para resultar numa colocação que possa disputar com Lula um eventual segundo turno.

Será uma guerra de gafanhotos. Os três são gigantescos engodos e, por isso mesmo, estarão mais preocupados em desarrumar o penteado dos concorrentes do que pentear o próprio cabelo.

Porque ninguém ali tem projeto de país, apenas ambição política de chegar à presidência da República.

Bolsonaro, pelo que indicam as pesquisas, entre esses três, está em primeiro lugar, Moro em segundo e, bem abaixo dos dois, está Dória.

Não há a menor dúvida, será uma guerra intestina entre as três criaturas que, ao fim e ao cabo, representam a animalidade política da mídia brasileira, independente de quem chegar na frente no final dessa disputa de três grandes vigaristas.

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Fascismo de segunda mão: Moro recicla militares que Bolsonaro jogou no lixo

Por ora, as figuras mais proeminentes do generalato morista, chutadas pela escandalosa interferência de Carluxo na primeira parte do governo Bolsonaro, que foram Santos Cruz e Rego Barros.

Pelo menos esta é a imagem introdutória que Moro está utilizando para formar, digamos, uma onda fascista de segunda mão.

A transferência de figuras simbólicas do bolsonarismo para o morismo representa bem mais do que uma energia mecânica, a coisa tem método para atingir “aquele povo” que abandonou ou abandonará Bolsonaro até 2022 e que hoje representa, segundo estrategistas em eleição, um barril de pólvora contra Bolsonaro.

Independente do sangue que será jorrado na guerra entre criador e criatura, uma coisa é certa, em termos de fascismo, Moro recicla figuras para posar na vitrine como o próprio ouro dos camisas pretas tropicais.

Moro, que quando ministro, nunca mostrou qualquer traço de soberania diante de Bolsonaro, virou uma espécie de abridor de portas para militares descontentes com o ex-mito.

Dizem por aí que é impressionante o número de fardados da ativa ou da reserva que pularam de um barco para outro, ou estão com um pé em cada barco esperando o resultado dessa luta sangrenta para ver a qual império fascista vão servir.

Seja como for, Moro achou mais fácil operar na reciclagem do que na extração, daí resolveu drenar, a partir de um poço aberto, o que jorra de chorume de ex-aliados de Bolsonaro, ex-aliados que foram desprezados e humilhados.

Na verdade, é uma transfusão encanada que transporta sangue de Bolsonaro bombeado por ressentimentos diretamente aos auto tanques de Moro, abastecendo, por ora, a granel a imagem de um fascista menosprezado por outro e usa justamente esse detalhe para receber outros tantos desprezados e, com isso, sonhar em transformar a tentativa de reeleição de Bolsonaro num inferno, desgraçando sua base mais fiel.

Se essa tática é inteligente, só mais à frente saberemos, até porque Moro ainda não disse quais os verdadeiros interesses que defenderá na eleição. Por enquanto, ele é potencialmente um candidato do nada algemado na própria burrice, comprado pelo mercado através da etiqueta da Lava jato, como produto de mídia criado nos anais do Projac da Globo.

Possivelmente os interesses ocultos que estão sob rochas, em algum momento piscarão os olhos e teremos uma fotografia mais viva dos tentáculos que cavam a cova de Bolsonaro e que tentam fazer florescer Moro com essa espécie de fascismo de segunda mão.

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O fascismo nada flexível da Folha de São Paulo

A defesa de ditadores militares, amigos dos Frias vem de longe e não vai mudar.

Quem tem memória do golpe de 1964 e dos 21 anos de ditadura militar, não estranhou o ataque baixo da Folha contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A história de Lula, assim como a de Dilma, são diametralmente opostas à da Folha quando o assunto é ditadura. Lula foi preso pelos ditadores militares e, Dilma, presa e torturada pelos mesmos ditadores que, segundo a Folha, para atacar Dilma em defesa da campanha de Serra, em 2010, escreveu um editorial dizendo que não houve ditadura no Brasil, mas uma ditabranda.

Pudera, o que a história nos conta é que a Folha emprestou suas caminhonetes para a ditadura levar pessoas para serem torturadas e mortas. Por isso não houve qualquer problema de consciência jornalística no jornal dos Frias acostumados a produzir contradições em nome de sua bajulação à oligarquia, aos donos do dinheiro grosso, os barões da Faria Lima quando saiu com um soneto tocado de trás para frente em que quer associar Lula, o PT e Dilma e não a Folha, a ditadores.

Isso mostra que no exercício do cinismo em estado puro, o céu é o limite para o jornalão dos Frias.

A Folha não só aplaudiu, como ajudou a prender opositores da ditadura militar que fez do Brasil um inferno, mas para a Folha a grande ameaça para a democracia, é Lula.

Claro, todos os que apoiaram a ditadura militar, como a Folha, negam aos encarcerados e torturados, com o apoio logístico do jornalão, um espaço do próprio em nome do estado democrático de direito, de usufruir, em toda a plenitude, o direito de narrar as atrocidades da ditadura militar no Brasil que a Folha apoiou e foi braço da repressão.

A Folha pretende criar um confusão sem jamais condenar as suas próprias práticas de apoiar no jornal e na logística dos torturadores com seu histórico de fascismo flexível.

Lógico que jamais ela denunciaria em seu jornal suas próprias práticas fascistas adequadas à violação de direitos humanos durante o regime militar.

Mostrando que seu DNA golpista segue em riste, produziu novamente um panfleto fascista mentindo descaradamente, e isso é muito mais que distorcer as palavras de Lula sobre Ortega e a Nicarágua, não só desrespeitando a história de quem, ao contrário da Folha, lutou contra a ditadura militar, mas a própria memória do povo brasileiro, dos familiares mortos e torturados e pelas vítimas fatais que a Folha ajudou a produzir junto com os ditadores.

Essa militância do jornalão pelos interesses do grande capital, causou repulsa na sociedade, pois a Folha, nesta terça-feira (23), da maneira mais tosca, deixou claro que não mudou uma vírgula sequer na sua ideologia renitente de atacar todos os que lutaram contra a ditadura no Brasil.

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Lula ainda não abriu a caixa de ferramentas

Lula, que mais que um candidato, é um sentimento, já provocou uma onda tsunâmica, mesmo estando absolutamente censurado pela grande mídia.

Este é e sempre será o modus operandi da nossa gloriosa imprensa de banco, vide a cômica Vera Magalhães que disse que não chamaria Lula para uma entrevista no Roda Viva porque ele não é player, seja lá o que isso for na cabeça dessa maluca.

Sim, porque ela pode até ser mais tucana que os tucanos, mas não reconhecer o óbvio, como fazem os bolsonaristas de aluguel, como os da Jovem Pan e do próprio gabinete do ódio, ou é má fé ou é ignorância sistematizada.

A verdade é que, mesmo nos afastando de qualquer salto alto, já ganhou ou está no papo, Lula tem mais do que um histórico que lhe deu 87% de aprovação quando governou o país. Ele mais e melhor do que ninguém saberá durante o horário de propaganda eleitoral, reviver a história de um país que estava mais do que sonhando dar certo, dando realmente certo.

Foi um período que produziu uma alegria contagiante na população, esta que foi jogada na miséria depois do golpe em Dilma por uma ardilosa teia de interesses que se cercou de poder com Temer e Bolsonaro. Com Lula, voltará a ser feliz. Essa a certeza das pessoas que vivem nas camadas mais pobres da população.

Soma-se a isso a iniquidade em que o país foi jogado sem que Bolsonaro tenha apresentado um mísero programa de benefício à população ou à nação.

Bolsonaro apresentará em 2022 um país em ruínas, numa escalada inflacionária com a disparada do dólar e dos juros que nem o mercado está tendo capacidade de prever, ou mesmo especular sobre.

Ou seja, a fotografia de hoje nada tem a ver com o Brasil que estará diante dos brasileiros nas eleições de 2022. E por mais que o rebuliço da direita seja grande, será apenas um pigarro perto do que foi aquela baforada quente que uniu todo o fascismo e a mídia corporativa contra o PT, em pleno auge do teatro da Lava Jato.

Estavam lá os coronéis, generais, os barões da comunicação, da Fiesp, da Febraban, o sistema de justiça, buscando uma força, um triunfo que jogou o país nesse caos. Aquele foi uma espécie de ajuntamento de todos os crápulas do país.

Esse apetite, em 2022, estará muito aquém de 2018. E queira ou não, Lula estará gigante diante da guerra que enfrentará junto com uma nação de brasileiros anônimos dispostos a massacrar nas urnas o projeto fascista de Bolsonaro e de outros que o valham, como os de Dória, Moro e o restante que são meros rescaldo do bolsonarismo e não conseguirão, como já não conseguem, esconder isso da população.

#LulaEoPTinteirinho

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“Padres contra o fascismo” assinam carta contra “profanação” de Bolsonaro

Após Bolsonaro aparecer no Santuário Nacional de Aparecida no Dia da Padroeira, comemorado em 12 de outubro, um grupo de mais de 400 padres da Igreja Católica assinou um manifesto condenando a “profanação” do presidente ao templo religioso.

Referendado pelos “Padres da Caminhada” e “Padres contra o Fascismo”, o documento foi encaminhado ao reitor do Santuário de Aparecida e ao arcebispo Dom Orlando Brandes, que fez uma pregação cheia de indiretas a Bolsonaro, afirmando, por exemplo, que para “ser pátria amada não pode ser pátria armada”.

No texto, os clérigos classificam como um “escândalo” a leitura do livro de Ester pelo presidente: “O que ele menos demonstra querer é o bem de seu povo (Est 7,3)”, escrevem. “Rezou em nome desse povo a consagração a Nossa Senhora Aparecida. Dizíamos um escândalo, mas, por tudo o que aconteceu, é melhor usar a palavra ‘profanação’”, continuam.

“Sim, o Sr. Jair Bolsonaro profana a fé no Deus da vida fazendo uso dela para meros fins politiqueiros e vilipendia o Evangelho de Jesus de Nazaré que veio para que todos “tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). E não pela primeira vez, basta relembrar sua ida a uma missa em Brasília durante a qual recebeu a Eucaristia”, afirmam ainda os religiosos.

Eles questionam, também, como Bolsonaro pode se dizer católico, sendo que foi batizado nas águas do Rio Jordão, em Israel, em 2016, pelo presidente do PSC, Pastor Everaldo (que depois viria a ser preso por corrupção). Além disso, perguntam como ele pode “bradar pelos princípios cristãos da ‘família tradicional’, uma vez que em sua vida pessoal não dá provas de que acredita verdadeiramente neles, como quando ainda era parlamentar e mantinha uma residência oficial na capital federal ‘para comer gente’?”

Os religiosos também criticam a consagração feita por ele do povo brasileiro à Mãe Aparecida, já que, por diversas vezes, Bolsonaro manifestou inúmero descaso pela população, “especialmente pelos povos originários, pelos afrodescendentes, pelas mulheres, pelas e pelos LGBTQIA+.”

Leia a carta na íntegra

A visita de Jair Bolsonaro ao Santuário Nacional de Aparecida

Somamos nossa indignação à de muitas e muitos que professam a fé católica. A causa dessa indignação é a leitura e a oração de consagração a Nossa Senhora Aparecida feitas pelo Sr. Jair Messias Bolsonaro, em uma missa vespertina no Santuário Nacional.

Horas antes ouvimos as palavras de Dom Orlando Brandes, Arcebispo Metropolitano de Aparecida: “Para ser pátria amada, não pode ser pátria armada (…). Para ser pátria amada, uma república sem mentira e sem fake news. Pátria amada sem corrupção e pátria amada com fraternidade.” Sua reflexão enche de esperança quem a ouve, sobretudo em um Brasil que ainda chora a morte de mais de seiscentos mil filhas e filhos por causa da má gestão de uma cruel pandemia; em um Brasil que sente a dor da fome, sobretudo das crianças cujo dia deveríamos estar comemorando; em um Brasil que sofre por ver milhões de famílias novamente empurradas para abaixo da linha da pobreza e obrigadas a sobreviver com uma sopa rala de ossos ou de carcaça de peixe; em um Brasil que vê suas matas arderem e seus povos originários serem encurralados em pequenos espaços de terra.

Sim, as palavras de Dom Orlando Brandes reacendem a esperança! Contudo, o que aconteceu no Santuário Nacional momentos depois acende a indignação!

O Sr. Jair Bolsonaro, ainda Presidente da República, fez uma visita ao Santuário Nacional, participou da missa, leu a leitura do livro de Ester – um escândalo, porque o que menos ele demonstra querer é o bem de seu povo (Est 7,3) – e rezou em nome desse povo a consagração a Nossa Senhora Aparecida. Dizíamos um escândalo, mas, por tudo o que aconteceu, é melhor usar a palavra “profanação”.

Sim, o Sr. Jair Bolsonaro profana a fé no Deus da vida fazendo uso dela para meros fins politiqueiros e vilipendia o Evangelho de Jesus de Nazaré que veio para que todos “tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). E não pela primeira vez, basta relembrar sua ida a uma missa em Brasília durante a qual recebeu a Eucaristia.

Como alguém que se deixa batizar nas águas do Rio Jordão por um pastor evangélico – líder de um partido político e que foi preso em uma operação anticorrupção – ainda se diz “católico”? Ou bem assume um credo ou outro e não fique usando-os para seus mesquinhos fins. Como alguém pode bradar pelos princípios cristãos da “família tradicional”, uma vez que em sua vida pessoal não dá provas de que acredita verdadeiramente neles, como quando ainda era parlamentar e mantinha uma residência oficial na capital federal “para comer gente”? Como alguém consagra o povo brasileiro à Mãe Aparecida tendo manifestado inúmeras vezes descaso por esse mesmo povo, especialmente pelos povos originários, pelos afrodescendentes, pelas mulheres, pelas e pelos LGBTQIA+? Como alguém reza a consagração a Nossa Senhora Aparecida dizendo que poucos morreram durante a ditadura militar, elogiando o torturador Coronel Brilhante Ustra e pregando o uso de armas pela população? Como alguém recorre à proteção da Padroeira do Brasil quando desprotegeu a população toda negando a gravidade da violenta pandemia?

Jair Bolsonaro, que gosta tanto de ostentar seu segundo nome, não tem nada de católico, nem de cristão, nem sequer de humano. É um facínora! Ele usa e abusa da fé como palanque político; tenta reverter suas seguidas derrotas políticas apelando à religião. Não, Jair Bolsonaro não é religioso. Ele perverte o ensinamento evangélico porque quer dar a Deus o que é do perverso César (Mt 22,21). Jair Bolsonaro não é de Deus!

Indignamo-nos com sua participação na missa em Aparecida, com sua profanação do sagrado no templo e fora dele, porque quem despreza a vida profana o sagrado. Indignamo-nos com o apoio que autoridades eclesiásticas católicas ainda expressam a esse homem maldoso que não possui o menor respeito pela fé e por aquelas e aqueles que a professam. Indignamo-nos com seu profano gesto de dar a César o que é de Deus.

Padres da Caminhada & Padres Contra o Fascismo.

*Com informações da Forum

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Vídeo: Roberto Jefferson não está só. Tio do zap, com a cara cheia de fuligem, ameaça guerra civil

Essa figura que não é a única nesse hospício patriótico chamado Brasil de Roberto Jefferson e cia, possivelmente é do exército de Brancaleone ou é o piloto de um tanque fumacê da parada militar de Bolsonaro do último dia 10. Ou ainda pode ser o mecânico da similistronca. O fato é que Bolsonaro conseguiu ridicularizar até o fascismo. Fascismo que pariu um maluco de pedra como este. Uma mistura de cômico com trágico. Agora vai!

Assista:

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Bolsonaro deve aderir ao fascismo clássico e populista, em nome do ego e da reeleição.

Se houve algo que a pandemia ensinou a Bolsonaro, é que a lógica do pão e circo pode funcionar muito bem, mesmo que o esquema seja um auxílio emergencial e o circo por conta do Planalto. A questão, no momento, é que para manter a popularidade do fascismo, medidas que podem parecer populares são necessárias. Bolsonaro vai renomear o Bolsa Família e ampliar o uso do nome Renda Brasil, com valor superior e atingindo um número maior de pessoas.

Enquanto o Planalto ameaça acabar com o teto de gastos, Rodrigo Maia já fala que a nova CPMF pode gerar recursos para o tal Renda Brasil. Ou seja, o modelo neoliberal radical de Paulo Guedes foi posto de lado e a debandada no ministério da Economia, não foi um sintoma, mas, a consequência do modelo econômico alterado. A situação, nesse momento, é de um Bolsonaro afirmando que haverá o tal Renda Brasil, ainda que não haja previsão da origem dos recursos e os liberais que se virem, ou o Planalto apresenta uma PEC para derrubar o teto de gastos, cujos deputados também desejam.

Já o desastroso editorial da Folha que chama Bolsonaro de Dilma Rousseff, é um sintoma de que o mercado financeiro não só desaprova, mas, ameaça com um impeachment, um presidente com telhado de vidro muito fino. Sinal de que os analistas dão como certa a adesão ao populismo de direita.

A mudança de posição da extrema-direita é um realinhamento que tenta descolar o modelo fascista bananeiro, do modelo eleitoralmente desastroso de Donnald Trump. Bolsonaro, mais por ego, que por empatia de governo, deve ampliar a distribuição direta de renda e surfar na popularidade angariada por medidas aos quais foi contra, mas, obrigado a cumprir, por força de lei do congresso, que é o Auxílio Emergencial da Covid-19.

A adesão ao fascismo clássico, populista, nacionalista, conservador, religioso e de extrema-direita, pode se tornar a maior ameaça à democracia meia boca do Brasil. Talvez, os problemas estejam apenas começando.

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BOLSONARO E TRUMP, IRMÃOS SIAMESES: Libertação de Bennon prova que o fascismo não será fácil de ser vencido.

O que a mídia como um todo, incluindo a brasileira, não compreende é que o fascismo, uma vez iniciado, não é de fácil solução, já que seu surgimento se dá sempre em tempos d forte crise e, não por acaso, dificulta ainda mais a solução. Na medida que a crise econômica gera a crise social e o empobrecimento da classe média, a solução pelo ódio sempre parece o mais apropriado, surge disso, as medidas nacionalistas e logo após, as medidas sectárias dentro das próprias nações. A lógica, no final, é apontar o dedo para as minorias institucionais como culpados da situação.

Nos EUA, como bem colocou o candidato democrata Joe Biden, a tempestade perfeita de trêz fortes crises ameaçam a democracia, não só por lá, mas no ocidente como um todo. Trump, assim como Bolsonaro, são fruto desse mesmo ódio gerado por um longo período de crise, por aqui, “bombada” pela Lava Jato e a mídia, que embarcou nessa aventura.

O grande catalizador e fomentador desse ódio foi o estrategista informacional Steve Bennon. Foi dele que saiu a ideia do uso indiscriminado de Fake News e uma extensa rede de difamação contra opositores e o próprio sistema eleitoral. Nesse sentido, Trump e Bolsonaro são irmão siameses.

Bennon, preso por fraude, pagou uma fiança de US$ 5 milhões, o que é “merreca” para os grupos que financiam esse ódio que hoje estão no poder. Em sua saída, disse:

“Eu não vou recuar. Isso foi um ataque político”, disse Bannon em seu podcast, prometendo contra-atacar. “Todo mundo sabe que eu adoro uma briga.”

É óbvio que Bennon vai reagir e sua fala mostra que não haverá luta fácil contra o neo-nazismo ou neo-fascismo mundial, até por que, essa guerra se dá em um campo minado de crise sanitária, econômica, política e institucional (nos EUA).

A queda do fascismo se dará, fundamentalmente, se Trump não se reeleger. Caso Biden seja eleiro, certamente, Bolsonaro também reduzirá sua força e será obrigado a mudar o discurso, reduzindo o ódio e adotando medidas populistas, como forma de reeleger em 2022. Nada será fácil.

Mas, vale uma ressalva. O crise faz renascer o ódio e esse mesmo ódio realimenta a crise, caso esse círculo vicioso não for combatido, a espiral tem grande potencial de levar o planeta a conflitos muito mais sérios que as bravatas de Trump contra China, por exemplo. Vide o nazismo e a Segunda Guerra Mundial.