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Matéria Opinião

Flávio Bolsonaro quer trocar promotores de sua investigação e, junto, quer trocar Queiroz pelo Papa

Flávio Bolsonaro quer dar uma mexida no caso em que está envolvido até o pescoço numa organização criminosa. De cara, quer trocar os promotores que estão no seu caso, se possível, para colocar gente da confiança de seu pai.

No lugar de Queiroz, ele quer colocar o Papa Francisco e, no lugar da loja Kopenhagen, uma indústria de chocolate. Fazendo essa mexida, Flávio acredita que, dando um banho de loja em sua imagem, seus delitos, que não são poucos, desaparecerão.

Imagina se todos os criminosos do Brasil quisessem reproduzir essa pérola do clã Bolsonaro.

Isso retrata o tipo de honestidade que Bolsonaro e seus filhos vendem em praça pública. Os caras promovem um verdadeiro assalto ao erário, tendo o próprio pai como chefe da quadrilha e vendem para os tolos a imagem da espada sangrenta que enfrentou os corruptos do establishment, elevando picaretas de quinta categoria, como os da família Bolsonaro, a heróis patrióticos.

As pessoas podem imaginar que isso é arrogância, mas não é, é descaramento mesmo, uma total falta de vergonha na cara e a certeza da impunidade, já que Bolsonaro praticou esses mesmos ilícitos do filho, tendo Queiroz como fiel escudeiro há três décadas e, hoje, é o presidente da República.

Por que somente agora resolveram mirar em Flávio, não é mesmo?

Seja como for, no mínimo, o vigarista está ganhando tempo para tentar fazer com que a data de validade de seus crimes vença. Não importa as armas que ele usa, contanto que o clã vença a guerra.

Convenhamos, o que o clã conseguiu para Queiroz e sua mulher, através do presidente do STJ, João Otávio de Noronha, esse pedido de Flávio para trocar os promotores, é até meio boboca, quase angelical.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas 

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Notícia

Avião da PF segue para o Rio de Janeiro e aumenta rumores sobre uma grande operação

O deslocamento acontece em meio a rumores sobre a possibilidade de a corporação deflagrar uma grande operação no Rio de Janeiro. Vazamentos de informação da PF teriam sido feitos para beneficiar Flávio Bolsonaro.

Um avião da Polícia Federal partiu nesta quarta-feira (20) para a cidade do Rio de Janeiro. O deslocamento acontece em meio a rumores sobre a possibilidade de a corporação deflagrar uma grande operação no Rio de Janeiro.

A aeronave (um Embraer 145), com capacidade para até 50 pessoas, costuma ser usada em grandes ações da PF e na transferência de presos considerados com alto nível de perigo por autoridades.

O Rio de Janeiro é palco de importantes investigações. O empresário Paulo Marinho, suplente de senador na chapa com Flávio Bolsonaro, afirmou que o advogado Victor Granado recebeu de um delegado da Polícia Federal a informação de que uma operação da PF envolveria pessoas do gabinete do parlamentar. Ou seja, seria vazamento de informação para proteger o filho de Jair Bolsonaro no âmbito das investigações sobre um esquema de corrupção quando era deputado estadual.

 

 

*Com informações do 247

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Bebianno já tinha revelado a autoridades vazamento da PF a Flavio Bolsonaro

Antes de morrer, ex-ministro relatou a amigos de Brasília os mesmos fatos que Paulo Marinho contou à Folha.

O ex-ministro Gustavo Bebianno, que morreu em março, já tinha revelado a autoridades de quem era amigo que um delegado da Polícia Federal tinha vazado informações de investigações que envolviam Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, ao filho do presidente Jair Bolsonaro na época da campanha eleitoral.

GUARDEI NA MEMÓRIA

Uma das autoridades afirmou à coluna que Bebianno contou a história com a mesma riqueza de detalhes da narrativa feita agora pelo empresário Paulo Marinho, suplente de Flávio Bolsonaro, à Folha.

MOMENTO CERTO

Em dezembro, Bebianno revelou ao UOL que a investigação sobre Flávio tinha sido “brecada” para não causar prejuízos eleitorais. E disse: “Sobre isso vou falar na hora certa”.

EM TODAS

Bebianno foi coordenador da campanha de Jair Bolsonaro à Presidência. Na época em que, segundo Marinho, Flávio Bolsonaro relatou a ele o vazamento da PF, o ex-ministro estava na equipe de transição de governo.

EM TODAS 2

Na época, ele chegou inclusive a participar de reunião com advogados indicados por Marinho para defenderem Flávio e Queiroz.

 

 

*Monica Bergamo/Folha

 

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Flávio Bolsonaro paga R$ 500 mil a advogado investigado no esquema de corrupção do clã

O PSL nacional contratou a pedido do senador Flávio Bolsonaro (RJ) o escritório do advogado e ex-assessor Victor Granado Alves, suspeito de envolvimento no suposto vazamento de informações de investigações da Polícia Federal que teriam beneficiado o clã presidencial. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o contrato teria durado 13 meses e meio e custado R$ 500 mil, com recursos pagos por meio do fundo partidário.

As notas fiscais referentes a prestação de contas do PSL em 2019 apontam que o escritório Granado Advogados Associados, que tem Victor entre os sócios, foi contratado com recursos públicos para atuar na prestação de serviços jurídicos ao escritório da legenda no rio, que na época era comandado por Flávio Bolsonaro.

O contrato previa um desembolso mensal de R$ 40 mil e foi firmado e, fevereiro do ano passado, mesmo mês em que Flávio assumiu uma vaga no Senado pelo Rio de Janeiro.

Ainda segundo a reportagem, uma das sócias do escritório, Mariana Teixeira Frassetto Granado, também aparece como assessora parlamentar do gabinete de Flávio no Senado. Ela teria sido contratada em março, apenas um Mês o contrato com o escritório ter sido celebrado, com salário bruto de R$ 22.943,73.

Victor foi citado pelo empresário Paulo Marinho, como um dos assessores do parlamentar que teriam a informação de delegado da Polícia Federal sobre a deflagração da operação Furna da Onça, e uma operação que investigava um esquema de rachadinha envolvendo pessoas próximas a Flávio na época em que ele ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio.

 

 

*Com informações do 247

 

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Um Moro para dois Queiroz

Moro hoje estava como Carluxo no twitter.

Assim que a Folha publicou a ótima matéria de Monica Bergamo com a explosiva entrevista do ex-aliado de Bolsonaro, Paulo Marinho, Moro sapecou sua moral enviesada na rede:
“Espero que os fatos revelados,com coragem, pelo Sr. Paulo Marinho sejam totalmente esclarecidos”

Segundo o empresário, Flávio lhe revelou, na presença de três outras pessoas, que, entre o primeiro e o segundo turnos das eleições de 2018, recebeu um aviso de que a Polícia Federal deflagraria uma operação e de que um dos alvos era Fabrício Queiroz.

O alerta foi feito pessoalmente por um delegado da PF, simpatizante da candidatura de Bolsonaro.

A operação Furna da Onça estava pronta para ser deflagrada, mas foi adiada para não prejudicar a candidatura de Bolsonaro.

Só sobre esse caso em que o empresário diz ter provas, já detona o clã inteiro.

Mas Moro não tem a mínima moral para falar que espera esclarecimento do caso Queiroz-Flávio.

Moro, em 22 de janeiro de 2019, já ministro da Justiça e Segurança Pública, perguntado sobre o esquema dos dois, Queiroz e Flávio Bolsonaro, ele respondeu: “Não me cabe comentar sobre isso”.

Então, quando era ministro de Bolsonaro não lhe cabia comentar nada sobre Queiroz e o clã e, agora que não é mais nada, cabe ficar comentando a denúncia no twitter?

Até o mundo mineral sabe que Moro trabalhou como capanga da milícia na proteção dos filhos e do próprio Bolsonaro.

Agora que está pleiteando uma vaga na disputa presidencial de 2022, o sujeito que serviu a Queiroz e ao Clã Bolsonaro, fala que espera que os fatos revelados, com coragem, pelo Sr. Paulo Marinho sejam totalmente esclarecidos?

Por que não quis esclarecer o cheque de Queiroz depositado na conta de Michelle Bolsonaro? Pior, não quis nem comentar o assunto Queiroz?

Tem que ser muito vigarista para tratar Queiroz como se fosse dois.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Relatório do Coaf mostra que PF sabia de movimentação de Queiroz antes da eleição de 2018

Ex-aliado de Bolsonaro, empresário Paulo Marinho relatou que delegado avisou Flávio Bolsonaro da operação que iria expor seu assessor.

Relatório produzido pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) sobre casos de movimentação financeira fora do padrão de servidores da Assembleia do Rio de Janeiro (Alerj) reforça a versão divulgada pelo empresário Paulo Marinho de que a Polícia Federal sabia de irregularidades envolvendo Fabricio Queiroz, então assessor de Flávio Bolsonaro no legislativo estadual em 2018.

O documento do Coaf foi elaborado em janeiro daquele ano e enviado ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal. Ele faz parte da documentação que deu origem à chamada operação da PF “Furna da Onça”.

Marinho declarou à Folha de S.Paulo que, em outubro de 2018, o senador Flávio Bolsonaro teria recebido informações vazadas por delegado da PF, dando conta de que Queiroz estava na mira das investigações. A operação só foi deflagrada em 8 de novembro de 2018. Na época, a PF assim resumiu o que era a apuração que acabara de sair às ruas em busca de seus alvos.

“A Polícia Federal deflagra nesta manhã (08/11) a Operação Furna da Onça*, para investigar a participação de deputados estaduais do Rio de Janeiro em esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e loteamento de cargos públicos e mão de obra terceirizada em órgãos da administração estadual. A Operação conta com a participação do Ministério Público Federal (MPF) e o apoio da Receita Federal”, dizia a nota da PF.

O asterisco incluído no texto da PF remetia à explicação sobre o significado do nome da operação: “O nome Furna da Onça faz referência a uma sala ao lado do plenário da Alerj, onde deputados se reúnem para ter conversas reservadas, destinada às combinações secretas que resultam em decisões individuais antes das votações, momento conhecido como a hora da “onça beber água”.

O relatório do Coaf de janeiro de 2018 resume o conteúdo do documento logo no início, explicando que estavam ali relacionados casos de servidores e ex-servidores da Alerj com movimentação financeira incompatível com a renda entre 2016 e 2017. O documento tem mais de 400 páginas.

Fabrício Queiroz é citado numa tabela com registro de operação fora do padrão no valor de R$ 1,2 milhão. Ao lado do nome dele aparece a indicação: “gabinete do deputado estadual Flávio Bolsonaro”. No final do relatório, a movimentação financeira apontada pelo Coaf é detalhada.

Quando a PF deflagrou a Furna da Onça, o nome de Queiroz não apareceu citado nos primeiros despachos registrados no processo. Mas o documento do Coaf que deu base à operação é indicativo que o caso dele já era de conhecimento dos investigadores.

Segundo relatou a PF na época, a Operação Furna da Onça era um desdobramento da Operação Cadeia Velha, que fora deflagrada em novembro de 2017 e cujo alvo eram irregularidades na gestão do governador Sergio Cabral. O delegado Alexandre Ramagem estava a frente desse operação de 2017.

No início de 2018, segundo registros da PF, Ramagem foi deslocado para o setor de Recursos Humanos. No final do ano, passou a integrar a equipe de segurança do presidente eleito Jair Bolsonaro.

 

 

*Com informações de O Globo

 

 

 

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Urgente: PF antecipou a Flávio Bolsonaro que Queiroz seria alvo de operação, diz suplente do senador

Empresário afirma que revelação foi feita a ele em 2018 pelo filho do presidente, que demitiu assessor para tentar prevenir desgaste.

O empresário Paulo Marinho, 68, foi um dos mais importantes e próximos apoiadores de Jair Bolsonaro na campanha presidencial de 2018. Ele não apenas cedeu sua casa no Rio de Janeiro para a estrutura de campanha do então deputado federal, que ainda hoje chama de “capitão”, como foi candidato a suplente na chapa do filho dele, Flávio Bolsonaro, que concorria ao Senado. Os dois foram eleitos.

Em dezembro daquele ano, com Jair Bolsonaro já vitorioso e prestes a assumir o comando do país, Flávio procurou Paulo Marinho. Estava “absolutamente transtornado”, segundo o empresário. Buscava a indicação de um advogado criminal.

O escândalo de Fabrício Queiroz, funcionário de Flávio no seu gabinete de deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio, não saía das manchetes. Havia acusações de “rachadinhas” e de desvio de dinheiro público. O senador recém-eleito temia as consequências para o futuro governo do pai —e precisava se defender.

As revelações que Marinho diz ter ouvido do filho do presidente nesse encontro são bombásticas: segundo ele, Flávio disse que soube com antecedência que a Operação Furna da Onça, que atingiu Queiroz, seria deflagrada.

Foi avisado da existência dela entre o primeiro e o segundo turnos das eleições, por um delegado da Polícia Federal que era simpatizante da candidatura de Jair Bolsonaro.

O senhor já disse que ele (Bebianno) tinha preocupação com os rumos do governo Bolsonaro. Imensa. Ele dizia: ‘O capitão vai se enfraquecer de tal maneira que só vai ter a saída do golpe para se manter no poder. E ele é louco para fazer o golpe’. Ele tinha certeza que isso ia acontecer.

Por que o senhor acha que há tanto interesse de Bolsonaro na Superintendência da Policia Federal do Rio de Janeiro? Eu não sei responder exatamente. Mas eu me recordo de um episódio que aconteceu antes de ele [Bolsonaro] assumir o governo que talvez ilustre um pouco melhor essa questão.

Eu vou te contar uma história que nunca revelei antes porque não tinha razão para falar disso. Eu tenho até datas anotadas e vou ser bem preciso no relato que vou fazer, porque talvez ele explique a sua pergunta.

Quando terminou o segundo turno da eleição [em 28 de outubro], o capitão Bolsonaro fez a primeira reunião de seu futuro ministério em minha casa [no Rio]. Estavam o vice-presidente Hamilton Mourão, o Onyx Lorenzoni [futuro ministro da Casa Civil], o Paulo Guedes [Economia], o Bebianno e o coronel [Miguel Angelo] Braga [Grillo], para discutir o desenho dos ministérios do futuro governo. Ela começou às 9h e terminou às 17h. Foi o último dia que vi o capitão Bolsonaro.

Nunca mais estive com ele.

No dia 12 de dezembro, uma quarta-feira, me liga o senador Flávio Bolsonaro [filho do presidente] me dizendo que queria falar comigo, por sugestão do pai.

A Operação Furna da Onça [que investigava desvio de recursos públicos da Assembleia Legislativa do Rio] já tinha sido detonada e trazido à tona o episódio do [Fabrício] Queiroz [que tinha trabalhado no gabinete de Flávio na Assembleia e é acusado de integrar o esquema].

Flávio estava sendo bombardeado pela mídia. O Queiroz estava sumido.

Ele me disse: ‘Gostaria que você me indicasse um advogado criminalista’. E combinamos de ele vir à minha casa às 8h do dia seguinte, uma quinta-feira, 13 de dezembro.

Passei a mão no telefone e liguei para o advogado Antônio Pitombo, de São Paulo, indicado por mim para defender o capitão no processo da [deputada] Maria do Rosário no STF [Supremo Tribunal Federal].

E ele me indicou um advogado de confiança, Christiano Fragoso, aqui do Rio.

No dia seguinte, quinta-feira, 13, às 8h30, chegam na minha casa Flávio Bolsonaro e o advogado Victor Alves, que trabalha até hoje no gabinete do Flávio, é advogado de confiança dele. Estávamos eu, Christiano Fragoso, Victor e Flávio Bolsonaro. Flávio começa a nos relatar o episódio Queiroz. Ele estava absolutamente transtornado.

E esse advogado, Victor, dizendo ao advogado Christiano que tinha conversado com o Queiroz na véspera e que o Queiroz tinha dado a ele acesso às contas bancárias para ele checar as acusações que pesavam contra o Queiroz.

E o que ele disse que as contas mostravam? O Victor estava absolutamente impressionado com a loucura do Queiroz, que tinha feito uma movimentação bancária de valores absolutamente incompatíveis com tudo o que ele poderia imaginar.

Já o Flávio estava ali lamentando a quebra de confiança do Queiroz em relação a ele. Dizia que tudo aquilo tinha sido uma grande traição, que se sentia muito decepcionado e preocupado com o que esse episódio poderia causar ao governo do pai.

Ele chegou até a ficar emocionado, a lacrimejar.

E Flávio então nos conta a seguinte história: uma semana depois do primeiro turno, o ex-coronel [Miguel] Braga, atual chefe de gabinete dele no Senado, tinha recebido o telefonema de um delegado da Polícia Federal do Rio de Janeiro, dizendo que tinha um assunto do interesse dele, Flávio, e que ele gostaria de falar com o senador.

O Braga disse: ‘Ele está muito ocupado e não costuma atender quem não conhece’.

Estou te contando a narrativa do Flávio e do advogado Victor para nós, Paulo Marinho e Christiano, do outro lado da mesa. O senador contou que disse ao coronel Braga que se encontrasse com essa pessoa [o delegado] para saber do que se tratava. Estava curioso.

E aí marcaram um encontro com esse delegado na porta da Superintendência da Polícia Federal, na praça Mauá, no Rio de Janeiro.

E quem teria ido a esse encontro? O coronel Braga, o advogado Victor e, sempre segundo o que eles me contaram, a Val [Meliga], da confiança do Flávio e irmã de dois milicianos que foram presos [na Operação Quatro Elementos].

Eles foram para a porta da Polícia Federal. O delegado tinha dito [ao coronel Braga]: ‘Você vai ver. Quando chegarem, me liga que eu vou sair de dentro do prédio da Polícia Federal’.

O delegado saiu de dentro da superintendência. Na calçada —eu estou contando o que eles me relataram—, o delegado falou: ‘Vai ser deflagrada a Operação Furna da Onça, que vai atingir em cheio a Assembleia Legislativa do Rio. E essa operação vai alcançar algumas pessoas do gabinete do Flávio [o filho do presidente era deputado estadual na época]. Uma delas é o Queiroz e a outra é a filha do Queiroz [Nathalia], que trabalha no gabinete do Jair Bolsonaro [que ainda era deputado federal] em Brasília’.

O delegado então disse, segundo eles: ‘Eu sugiro que vocês tomem providências. Eu sou eleitor, adepto, simpatizante da campanha [de Jair Bolsonaro], e nós vamos segurar essa operação para não detoná-la agora, durante o segundo turno, porque isso pode atrapalhar o resultado da eleição [presidencial]’.

Foram embora, agradeceram. Estou contando o que [Flávio Bolsonaro] me falou.

E o que aconteceu depois? Ele [Flávio] comunicou ao pai [Jair Bolsonaro] o episódio e o pai pediu que demitisse o Queiroz naquele mesmo dia e a filha do Queiroz também. E assim foi feito.

[Fabrício Queiroz foi exonerado no dia 15 de outubro de 2018 do cargo de assessor parlamentar 3 que exercia no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa. A filha dele, Nathalia Melo de Queiroz, foi exonerada no mesmo dia 15 do cargo em comissão de secretário parlamentar no gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro].

Vida que segue. O capitão ganha a eleição [no dia 28 de outubro]. Maravilhoso. No dia 8 de novembro é detonada a Operação Furna da Onça, com toda a pompa e circunstância. Começa o episódio Queiroz.

Flávio contou essa história no dia 13 de dezembro de 2018. Como o senhor e o advogado Christiano Fragoso reagiram? Eu falei [para Flávio]: ‘Está aqui o advogado Christiano Fragoso, recomendado pelo Pitombo, que vai te orientar. Até porque você está com a sua consciência tranquila e não tem o que temer. O que houve foi quebra de confiança do Queiroz em relação a você’.

O Christiano virou-se para o Flávio e disse: ‘Quem precisa de um advogado é o Queiroz’.

E Flávio tinha contato com o Queiroz? O Flávio disse: ‘Eu não estou mais falando com o Queiroz. Não o atendo mais até para que amanhã ninguém me acuse de que estou orientando o Queiroz nos depoimentos. Quem está falando com o Queiroz é o Victor [advogado amigo da família e que estava na reunião com Paulo Marinho]’. [Na época, a família Bolsonaro dizia não ter contato com Queiroz.]

O Christiano disse: ‘Precisamos arrumar um advogado que sirva ao Queiroz. Não posso ser esse advogado. Até porque sou de uma banca, nós somos top, o Queiroz não teria condições [de contratá-lo], né?’. E ele indicou o advogado Ralph Hage Vianna, que até então eu não conhecia, para representar o Queiroz.

Na mesma quinta-feira, o Queiroz vai ao encontro desse advogado indicado pelo Christiano. E vai acompanhado pelo Victor [o advogado do gabinete de Flávio]. E eu viajei para São Paulo.

O presidente foi informado dessa reunião? Quando ela terminou, eu liguei para o Gustavo Bebianno e relatei tudo o que ouvi. Ele estava em Brasília, no escritório da transição de governo. Eu disse que era melhor ele contar tudo o que estava acontecendo para o presidente. E assim foi feito.

​E o que aconteceu depois? Eu vou para São Paulo. Como o Antônio Pitombo estava em SP, eu disse: ‘Pitombo, é importante a gente ter uma outra reunião para tratar desse assunto, entender o que está acontecendo e não deixar o negócio desandar’.

Chamei para São Paulo o Victor, advogado do Flávio, que estava tendo contato com o Queiroz, o Ralph Hage Vianna, que se reuniu com o Queiroz, e o Gustavo Bebianno.

Eu estava hospedado no hotel Emiliano e reservei uma sala de reunião. Às 14h30 do dia 14, uma sexta-feira, estavam lá o Victor, o Ralph, o Pitombo, eu e o Gustavo Bebianno.

Os advogados conversaram o tempo todo sobre como foi a conversa do advogado Ralph com o Queiroz, as estratégias, as preocupações.

Na terça-feira seguinte, 18, ocorreu a cerimônia da nossa diplomação —Flávio como senador, e eu suplente dele. Sentamos lado a lado. E ele me disse que precisava conversar.

Eu ia almoçar no restaurante Esplanada Grill, em Ipanema. Combinamos de ele passar lá. Às 13h30, ele apareceu no restaurante e disse: ‘Paulo, eu conversei com o meu pai e ele decidiu que nós vamos montar um outro esquema jurídico, que será comandado por um outro advogado”.

Eu respondi: ‘Flávio, não tem problema, eu desarticulo tudo o que estava articulado. Desejo boa sorte. Se precisar de mim, estou à disposição, como sempre estive’. Um abraço e vida que segue.

Desde então, só fui rever o Flávio no dia em que depus na CPMI das Fake News [em dezembro]. Fui ao plenário do Senado e ele estava lá. Eu o cumprimentei cordialmente, e ele a mim. Nunca mais estive com ele. E isso é tudo.

 

*Monica Bergamo/Folha

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Pressão de Bolsonaro na PF do Rio começou após inquérito contra Flávio avançar

A pressão pública do presidente Jair Bolsonaro para a troca do superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro teve início duas semanas depois que um juiz eleitoral determinou o envio, justamente para a PF do Rio, de um inquérito eleitoral contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente. Na ocasião, o juiz determinou que a PF realizasse diligências contra o senador, como a tomada de seu depoimento.

As insistentes tentativas de Bolsonaro trocar o superintendente da PF do Rio estão no centro do inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar supostas interferências indevidas do presidente na PF, a partir das acusações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro. O GLOBO mostrou no último dia 1º que a PF pediu arquivamento do inquérito em março, sem nem solicitar as quebras de sigilo dos personagens envolvidos. O Ministério Público ainda não se manifestou sobre esse arquivamento. O inquérito eleitoral investigava se o senador Flávio Bolsonaro cometeu lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral ao declarar seus bens nas eleições de 2014, 2016 e 2018.

Documentos do processo obtidos pelo GLOBO mostram que a pressão na PF do Rio coincide com o avanço da investigação contra Flávio. O inquérito havia sido aberto pela Polícia Federal em junho de 2018, quando Bolsonaro nem era presidente e Flávio ainda era deputado estadual na Alerj, mas não chegou a produzir provas relevantes porque uma discussão jurídica sobre a prerrogativa de foro privilegiado travou o andamento do caso. Apenas depois que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Justiça Eleitoral definiram que o processo correria na 204ª Zona Eleitoral do Rio, o inquérito voltou a andar.
Promotora solicitou que PF tomasse depoimento de Flávio Bolsonaro.

Documentos do processo obtidos pelo GLOBO mostram que a pressão na PF do Rio coincide com o avanço da investigação contra Flávio. O inquérito havia sido aberto pela Polícia Federal em junho de 2018, quando Bolsonaro nem era presidente e Flávio ainda era deputado estadual na Alerj, mas não chegou a produzir provas relevantes porque uma discussão jurídica sobre a prerrogativa de foro privilegiado travou o andamento do caso. Apenas depois que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Justiça Eleitoral definiram que o processo correria na 204ª Zona Eleitoral do Rio, o inquérito voltou a andar.

Em 24 de junho de 2019, a promotora eleitoral Adriana Alemany de Araújo pediu que o processo fosse enviado à Polícia Federal para que fosse tomado o depoimento de Flávio Bolsonaro e obtidas suas declarações de rendimentos à Receita Federal. Em 2 de agosto de 2019, o juiz eleitoral Rudi Baldi Loewenkron acolheu os pedidos do Ministério Público Eleitoral, que incluíam tomar o depoimento de Flávio sobre os fatos, e determinou que o caso fosse finalmente enviado para a PF do Rio para que essas diligências fossem realizadas.

No despacho, o juiz solicita que o Tribunal Regional Eleitoral do Rio fornecesse cópia dos registros de candidatura de Flávio Bolsonaro, para apurar suspeitas sobre sua evolução patrimonial, e determina que em seguida o caso seja enviado para a Polícia Federal. “Após, remetam-se os presentes autos à Delegacia de Polícia Federal. Rio de Janeiro. 2 de agosto de 2019”, escreveu o juiz. Devido à obtenção desses registros, o processo só chegou efetivamente à PF no dia 10 de setembro.

Duas semanas depois do despacho do juiz eleitoral, em 15 de agosto, o presidente Jair Bolsonaro deu declarações públicas na saída do Palácio da Alvorada de que havia determinado a troca do superintendente da PF do Rio.

— Todos os ministérios são passíveis de mudança. Vou mudar, por exemplo, o superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Motivos? Gestão e produtividade — disse, na saída do Palácio da Alvorada.

Essas declarações provocaram constrangimento na PF e geraram a primeira crise entre Bolsonaro e a corporação. Com a pressão, a PF anunciou a troca do superintendente no dia 16 de agosto. O presidente queria indicar um nome de sua confiança para o cargo de superintendente do Rio, o delegado Alexandre Saraiva. Na ocasião, ele afirmou que, se não pudesse trocar o superintendente, demitiria o diretor-geral Maurício Valeixo. Depois da reação de delegados, Bolsonaro recuou e a PF acabou escolhendo outro nome para o cargo, o do delegado Carlos Henrique Oliveira.

Em depoimento prestado na última quarta, Carlos Henrique confirmou que a PF investigou o senador Flávio Bolsonaro e disse que o caso foi concluído sem indiciamento. A declaração desmentiu afirmações do presidente Bolsonaro, que na véspera havia afirmado que a PF “nunca investigou ninguém da minha família”. A existência desse inquérito chamou atenção dos investigadores que apuram as interferências de Bolsonaro na PF, porque constitui uma prova concreta do interesse do presidente na Superintendência do Rio.

A defesa de Flávio Bolsonaro foi procurada na tarde de quinta-feira, mas não respondeu até a publicação desta matéria.

 

 

*Aguirre Talento/O Globo

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Moro pariu dois ratos, Bolsonaro e ele

Foi muito ingênuo quem imaginou que Moro, em seu depoimento à PF e MP, produziria um vendaval revolucionário. Moro é suficientemente frio para não cair nessa. Ele, por autodefesa, preferiu dar um banho de gato em Bolsonaro ou, do contrário, denunciaria sua própria gestão.

Ninguém precisa de uma inteligência tamanha para saber que não se solta rojão dentro de um container ou um buscapé na sala de visitas.

Moro e Bolsonaro estão intrinsecamente alinhados de tal forma em suas histórias recentes que um não tem como dar um passo largo sem o risco dos dois caírem. É como alguns palhaços de circo que usam bonecos amarrados aos pés para dançarem juntos.

A relação de Bolsonaro com Moro é uma cópia daquilo. Qualquer passo em falso no depoimento de Moro, pisaria numa mina e explodiria junto com Bolsonaro. Portanto, preferiu usar a tática cirúrgica da casca de banana. Então, Moro soltou a frase derradeira que se transformou em bordão da mídia, entregando o que disse Bolsonaro “que das 27 superintendências da PF, ele só queria uma, a do Rio.”

E Bolsonaro, burramente, mordeu a isca, não conseguiu segurar um dia sequer sua ansiedade para trocar o chefe da PF e, imediatamente, a portas fechadas em solenidade instantânea de posse, fez o que mais desejava, tirar do seu caminho alguém que estava criando uma verdadeira barreira para os seus planos de avanço no porto de Itaguaí, mas principalmente alguém que sabe muito sobre a milícia que atua, com sua família, nesse mesmo porto. Ou seja, há um novelo nessa questão que envolve, sobretudo a milícia de Porto das Pedras, coisa que até as pedrinhas do fundo do mar sabem. O que falta são os pontos que ligam os fatos.

Moro, que carregou até aqui, através de uma gigantesca publicidade da Globo, a imagem da estátua patriarca do combate à corrupção, não chamaria para si a responsabilidade de explicar a sua não atuação no combate à milícia durante todo o período que ficou no ministério da Justiça e Segurança Pública, muito menos traria novamente a imagem viva de Queiroz que, depositando na conta de Michele Bolsonaro, logo no primeiro escândalo revelado pelo Coaf, em que Moro achou satisfatória a explicação de Bolsonaro de que Queiroz apenas devolvia o empréstimo que fez com ele, como também não diria que deu uma prensa no porteiro para mudar a versão do seu Jair da casa 58. Menos ainda diria que se sacudiu como pôde para livrar Flávio Bolsonaro de uma série de acusações que desembocam no mesmo ponto, na milícia.

Enfim, Moro não diria nada que representasse contra Bolsonaro um tiro no próprio espelho. Bobo é quem imagina que ele não veio medindo todos os passos que daria quando saísse do ministério.

Moro pode ser burro, mas sabe muito bem jogar com a opinião pública e dar alimentos suficientemente fortes para apontar o caminho de um crime ou o de uma especulação que produza comoção nacional.

O problema de Bolsonaro não está na declaração de Moro, mas num amontoado de circunstâncias extremamente graves que cercam, por exemplo, o caso de Marielle que foi assassinada por Ronnie Lessa, seu vizinho no condomínio Vivendas da Barra.

O que Moro revelou em seu depoimento sobre a interferência de Bolsonaro apenas e unicamente na PF do Rio, sendo bastante didático ao afirmar que Bolsonaro só tem interesse nessa superintendência, mas que também trouxe, no pacote, a casa de Ronnie Lessa que está a 50 metros da casa de Bolsonaro, para compor o conjunto arquitetônico da casa 58 do seu Jair.

E por que Moro fez isso? Porque não foi ele que colocou para morar no condomínio de Bolsonaro o assassino de Marielle, muito menos foi Moro quem amarrou a sociedade entre Ronnie Lessa e Adriano da Nóbrega no escritório do crime, o mesmo Adriano, considerado o patrão da milícia de Rio das Pedras. Daí o que remete novamente ao porto de Itaguaí e também ao gabinete de Flávio Bolsonaro e ao próprio Queiroz, porque o desaparecido costuma se esconder em Rio das Pedras. Queiroz era o homem que não só fazia o serviço de coleta do esquema de rachadinha, como também a ponte entre o gabinete e a família do miliciano morto na Bahia.

Tudo isso e mais alguma coisa que se sabe e que não se sabe, Moro usou contra Bolsonaro, como um elefante numa loja de cristal.

E o que faz Bolsonaro? Vestiu a carapuça de elefante de uma maneira totalmente espalhafatosa e, no primeiro ato, troca o superintendente da PF do Rio, confirmando o que Moro denunciou e trazendo para si um monumento de evidências de sua relação, assim como a de seus filhos, com a morte de Marielle. Tanto isso é verdade que ontem, sem ninguém acusar, Bolsonaro fala que “estão tentando colar a morte de Marielle em mim e em meu filho, Carlos.

Isso, no barato, já que, como se sabe, treze celulares de Adriano da Nóbrega seguem sendo periciados pela mesma polícia que periciou os de Ronnie Lessa, o que levou à descoberta de que ele, além de assassino de Marielle, era o maior traficante de armamento pesado do Rio de Janeiro. Isso mesmo, o maior traficante de armas do Rio de Janeiro, que abastecia a cúpula da bandidagem carioca era vizinho de Bolsonaro que nem sabia disso e também que Lessa era o fornecedor de armamento pesado das milícias da Zona Oeste do Rio, em que Adriano da Nóbrega era o homem forte.

Os detalhes do que Moro disse na PF, que alguns esperavam, não estavam em seu depoimento, mas no trançado que a polícia já fez sobre o vizinho de Bolsonaro com as milícias que participavam do esquema do gabinete de Flávio Bolsonaro, arregimentado pelo braço direito de Bolsonaro, há mais de trinta anos, o popularmente conhecido como “cadê o Queiroz?”.

Por isso também Moro pariu dois ratos, Bolsonaro e ele próprio, porque, com seu depoimento cirúrgico, mostra como ele implicaria Bolsonaro, ou seja, como ele tinha conhecimento de toda a trama que envolve o clã e como foi criminosamente omisso, muitas vezes ativamente, para proteger o patrão e a família enquanto lhe interessava.

Resta saber se, diante de um portfólio desse, o STF investirá somente sobre Bolsonaro ou se seu cúmplice Moro sairá junto, mesmo que seja no canto da mesma foto.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Com tantas superintendências e Bolsonaro só queria uma, a do Rio, por quê?

Bolsonaro disse a Moro, são 27 superintendências, eu só quero uma, a do Rio. Por quê?

Tanto lugar para Ronnie Lessa, por que o assassino de Marielle foi morar justo no condomínio de Bolsonaro e Carlos na Barra da Tijuca?

Tanta gente para o porteiro dizer que ouviu a voz duas vezes no interfone que liberou a entrada de Élcio de Queiroz, comparsa do Ronnie Lessa, no dia do crime de Marielle e o porteiro afirmou que ouviu justo a voz de seu Jair da casa 58?

Tanta gente para Ronnie Lessa ser sócio no “Escritório do Crime” e ele vai ser sócio logo de Adriano da Nóbrega, que tinha irmã e mãe trabalhando no esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro, com intermediação do miliciano Queiroz, que fazia os depósitos do esquema nas contas de Flávio e Michelle Bolsonaro?

Tanta coisa para a polícia descobrir nos celulares periciados de Ronnie Lessa e foi descobrir que o miliciano Adriano da Nóbrega era o patrãozão de Rio das Pedras onde Queiroz costuma se esconder?

Hoje, Bolsonaro praticamente botou na boca da imprensa coisas que ninguém cogitou contra ele, principalmente sobre o caso Marielle: “O Rio é o meu estado. Acusaram meus filhos e a mim de termos participado da morte de Marielle. Vocês têm noção da gravidade disso?” perguntou Bolsonaro.

Bolsonaro ainda disse: “o superintendente do Rio foi trocado por questões de produtividade, e mesmo assim foi promovido para trabalhar em Brasília.”

Ocorre que Bolsonaro bateu tanto na tecla de Adélio e não trocou o superintendente de Minas por questões de produtividade, por quê?

Se Bolsonaro não está passando recibo de culpa, então, não se sabe o que é recibo.

Quem acusou Bolsonaro de mandar matar Marielle? Ninguém!

Ele ou o Carlos foram acusados de matar Marielle?

Mas quem acusou?

Não se ouviu ninguém da imprensa dizer que eles mandaram matar a Marielle.

Se Bolsonaro reage assim é porque a PF, provavelmente, chegou em alguma coisa.

Resta saber quem é o “acusaram”.

O que parece é que ele, Bolsonaro, está preocupado em evitar investigações sobre as milícias e o assassinato de Marielle.

Outra pergunta que soa até ridícula: Se Bolsonaro diz que o Superintendente do Rio foi trocado por falta de produtividade, por que ele foi promovido para o segundo cargo mais alto da PF?

Que sentido tem um nonsense desses?

 

*Carlos Henrique Machado Freitas