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Braga Netto terá que explicar ao Senado investigações contra militares filiados ao PT

O senador Jaques Wagner (PT-BA) solicitou que o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, dê explicações sobre investigações abertas contra integrantes da Força Aérea Brasileira (FAB) da ativa filiados ao PT. A base do pedido foi uma nota da coluna que revelou que militares da Força passaram a ser alvos de um Procedimento de Apuração e Transgressão Disciplinar nas últimas semanas por terem filiações ativas junto ao partido de Lula.

O senador cita o artigo 142 da Constituição Federal, que proíbe a filiação de militares da ativa a partidos políticos. Dois pontos relativos a essas apurações, no entanto, têm causado estranheza entre os quadros da FAB. Um deles é que só vieram à tona procedimentos envolvendo filiações ao PT. Outra questão é o timing desta investigação. Algumas das filiações que passaram a ser questionadas estão ativas há mais de 15 anos, antes mesmo desses militares ingressarem na Força.

“Serve o presente requerimento para esclarecer e afastar, o quanto possível, os riscos de que opiniões e ideologias políticas afetem as Forças Armadas quando no desempenho de sua função Constitucional, principalmente quanto ao desempenho dos deveres constitucionais dos seus Comandantes”, escreveu o senador.

A FAB informou à coluna que as investigações abrangem militares de outros partidos, mas se recusou a descrever quais seriam essas legendas. Também não se manifestou sobre o fato de filiações ativas há mais de 15 anos serem questionadas apenas agora.

É uma oportunidade para o Ministério da Defesa esclarecer e afastar qualquer indício de que as Forças Armadas estejam atuando sob orientação política e ideológica, mas sim, orientados pela Constituição — disse Jaques Wagner à coluna.

*Com informações de O Globo

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O mundo todo diz que a ONU deveria ter queimado o púlpito depois da fala de Bolsonaro pelo seu grau de radiação

O mundo viu que o Brasil é governado por um moleque miserável, uma figura torpe, um cafajeste que mentiu da primeira à última palavra, pior, dizendo-se representante de Deus e das Forças Armadas. Bolsonaro mostrou o nível de esculhambação que o Brasil vive nesse momento.

O mundo viu um absoluto insano que tomou uma carraspana do prefeito de Nova York, Bill de Blasio, que, por não se vacinar, exibiu ao mundo sua indolência e afronta com os representantes das demais nações na ONU, revelando o nível de incivilidade que habita hoje o Palácio do Planalto.

Não nos cabe aqui listar as mentiras de Bolsonaro, são muitas e são um desrespeito não só com os brasileiros, mas com toda a comunidade internacional, tratando o mundo inteiro como uma aldeia de idiotas.

Bolsonaro se sentiu completamente à vontade para mentir em todas as suas afirmações, mentiras grotescas facilmente desmontáveis, mas que ele não dá a mínima importância para ter qualquer credibilidade internacional e muito menos nacional.

O que se viu ontem no seu deboche ao comer pizza no meio da rua para comemorar a sua e a impunidade dos seus filhos, é que ele e aquele bando que o acompanhava, parecendo adolescentes deslumbrados, tinham a clara intenção de produzir algazarra em Nova York, chamar atenção para o desleixo, para avacalhação, para a indiferença e o total descaso com a própria conferência da ONU.

Por isso o capricho de se apresentar ao mundo como o único chefe de Estado que não se vacinou, pior, vindo de um país que tem o segundo maior número de mortes por covid no planeta, quase empatado com os EUA, o Brasil, por conta da subnotificação, ainda aparece em segundo lugar.

Lógico, foi um total desrespeito ás 600 mil vítimas fatais e as suas famílias, mas Bolsonaro acha bonito debochar da dor alheia.

Sua psicopatia, cada dia mais acentuada, foi a marca deixada por uma delegação que, além de levar um infectado por covid, que teve contado com mais de 30 pessoas, tinha a clara intenção de afrontar a civilização com comportamento animalizado.

Em síntese, esse é o resultado do comparecimento e da fala de Bolsonaro na tribuna da ONU.

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Cúpula militar chuta o cachorro morto: ‘Bolsonaro é ruim e vai passar’

Papa fina das Forças Armadas evoca frase de Margareth Thatcher para dar um bico de coturno no cachorro morto, “é ruim e vai passar”.

Thatcher explicava que, “a democracia não é um sistema para garantir que os melhores sejam eleitos, mas sim, para impedir que os ruins fiquem para sempre”.

O fato é que o desleixo de Bolsonaro com o Brasil escancarado nas cavalgadas e motociatas, enquanto o país enfrenta uma crise generalizada e de grandes proporções, é visto hoje pela cúpula militar como uma tragédia, e é unânime em afirmar que as eleições de 2022 são a grande oportunidade para tirar Bolsonaro do poder, fazendo coro com os barões do PIB brasileiro e refutando qualquer tentativa de golpe.

Segundo um dos caciques mais graduados das Forças Armadas, “a economia está afundando. Portanto, é preciso retomar a serenidade no país.”

Outro militar da cúpula filosofa, “a democracia é ruidosa, mas ninguém pode ultrapassar os limites da constituição. Fazer barulho é do jogo, o que não pode é tentar desestabilizar o país. Só estamos perdendo tempo e os problemas reais estão se aprofundando. É a população mais pobre que sofre.”

Ou seja, não há chance do 7 de setembro representar qualquer ruptura institucional.

Para os militares do comando das Forças Armadas, as instituições brasileiras são sólidas e vão sobreviver aos ataques de Bolsonaro. Reforça um representante da alta patente, que a liderança das Forças tem pleno controle de suas tropas que vêm sendo educadas sobre a importância da democracia.

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Ministério Público Militar faz avaliação a jato e, sem investigar, livra Pazuello e comandante da Aeronáutica

Processos foram arquivados em menos de um mês após ouvir apenas os comandantes; MPM diz que cada caso é tratado dentro de suas peculiaridades.

Folha – O MPM (Ministério Público Militar) fez avaliações a jato, sem investigação, e concluiu que os atos políticos praticados pelo general da ativa do Exército Eduardo Pazuello e pelo tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, comandante da Aeronáutica, não constituíram crimes militares.

Pazuello subiu em um palanque político no Rio de Janeiro, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, e discursou a apoiadores após um passeio de moto em 23 de maio.

Baptista Junior é o mais bolsonarista dos três comandantes das Forças Armadas e usa sua conta no Twitter para curtir e compartilhar conteúdo alinhado ao bolsonarismo.

A oficiais da ativa são vedadas manifestações políticas, mas as mais altas patentes nas Forças vêm ganhando carta branca para manifestar apoio político a Bolsonaro.

A cooptação feita pelo presidente é operada pelo ministro da Defesa, general da reserva Walter Braga Netto. As Forças estão vinculadas à Defesa. Exército, Aeronáutica e Ministério da Defesa não responderam à reportagem.

A Ouvidoria do MPM recebeu denúncias de cidadãos sobre os dois atos políticos, protagonizados por Pazuello e Baptista Junior. As denúncias foram convertidas em notícias de fato. Esse é um procedimento preliminar de investigação comumente adotado no Ministério Público.

A competência para analisar acusações, investigar e denunciar oficiais-generais suspeitos de crimes militares é do procurador-geral de Justiça Militar, Antônio Pereira Duarte. IPMs (inquéritos policiais militares) e denúncias, caso levados adiante, são remetidos ao STM (Superior Tribunal Militar).

O procedimento relacionado a Pazuello foi aberto em 26 de maio, três dias após o ato político. Em 11 de junho, duas semanas depois, o procurador-geral determinou o arquivamento das acusações.

Já a notícia de fato referente ao comandante da Aeronáutica foi registrada em 23 de junho. Ele já estava no cargo havia quase três meses, após a maior crise militar provocada por um presidente da República desde a década de 1970, com a demissão do então ministro da Defesa e dos três comandantes.

Em 19 de julho, menos de um mês após a abertura do processo, o MPM decidiu arquivar os autos. Para decidir pelo arquivamento, o procurador-geral não fez diligências. Limitou-se a ouvir o Comando do Exército, no caso de Pazuello, e o comandante da Aeronáutica.

Duarte acatou os argumentos e proferiu o despacho mandando as acusações para o arquivo. Esta é a regra e o modus operandi no MPM, adotados tanto pelo atual procurador-geral quanto por antecessores quando se trata de procedimentos relacionados a oficiais-generais.

Em dois anos e meio, o MPM arquivou 65 procedimentos envolvendo militares das mais altas patentes, antes mesmo de envio do material ao STM. Isso significa que, em média, dois procedimentos são arquivados por mês.

Os despachos que estão abertos no sistema de consulta de processos do MPM mostram que, em geral, os processos vão para o arquivo somente com base nos argumentos apresentados pelos militares citados. Os argumentos são acatados, e a investigação deixa de existir.

“Não há procedimento padrão. Cada caso é tratado dentro de suas peculiaridades”, afirmou, em nota, a Procuradoria-Geral de Justiça Militar.

“Em regra, as matérias veiculadas em notícias de fato e procedimentos administrativos não envolvem práticas criminosas, mas irregularidades administrativas e manifestações de inconformismo.”

A notícia de fato relacionada a Pazuello não chegou nem a ouvir o próprio general. Ele se livrou da acusação e de punição também na esfera administrativa.

O comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, arquivou o processo disciplinar que tramitou integralmente de forma sigilosa —e que assim permanecerá pelos próximos cem anos, conforme decisão do Exército.

O crime atribuído ao ex-ministro da Saúde está previsto no artigo 324 do Código Penal Militar: deixar, no exercício de função, de observar lei, regulamento ou instrução, dando causa direta à prática de ato prejudicial à administração militar.

Para o denunciante à Ouvidoria do MPM, a ação do procurador-geral se fazia ainda mais necessária diante da decisão do comandante do Exército de não punir Pazuello na esfera administrativa.

O comando foi ouvido na notícia de fato e afirmou que o general “não estava em ato oficial do Exército e nem representava a Força Terrestre no evento do dia 23 de maio de 2021”. O procurador-geral concordou com o argumento.

“O noticiado não estava em função afeta às suas atribuições no Exército brasileiro, mas justamente na situação oposta, praticando ato alheio às incumbências atinentes ao posto que detém”, afirmou Duarte no despacho do arquivamento.

“Não houve dano à administração militar, de ordem patrimonial, como tampouco parece ter havido prejuízo de outra natureza”, escreveu.

Segundo o MPM, na nota enviada à reportagem, o caso de Pazuello não continha “fatos controvertidos que demandassem dilação probatória”.

No caso do comandante da Aeronáutica, o crime apontado era o mesmo, em razão de sua “constante militância política” nas redes sociais, conforme a denúncia enviada à Ouvidoria do MPM. Baptista Junior discordou, em resposta ao órgão.

As curtidas em publicações de bolsonaristas são anteriores à sua chegada ao cargo, segundo o comandante. E, mesmo assim, não houve demonstração pública de “preferência por determinado partido político”.

“As curtidas, muitas vezes, são meros agradecimentos ou atos de cortesia”, afirmou o tenente-brigadeiro.

“Tende ao infinito a associação genérica de que o comandante se utiliza do cargo para divulgar ‘posições políticas de extrema direita e manifestar apoio político a pessoas que disseminam notícias falsas e que defendem o fechamento do STF'”, disse.

O procurador-geral de Justiça Militar concordou. Segundo Duarte, o perfil usado pelo comandante é pessoal, e não pode ser entendido como funcional.

“Não observo que o apontado desvio da pauta das Forças Armadas, em perfil pessoal, ainda que se possa considerar impróprio, assuma conotação criminal”, afirmou o procurador-geral no despacho do arquivamento.

Essa posição não significa uma defesa de direitos de militares “num ou noutro sentido”, conforme nota do MPM, para quem não faz sentido afirmar que a decisão libera militares para ação política em redes sociais. “A manifestação se deu num caso concreto”, disse.

Entre os 65 arquivamentos de notícias de fato, processos administrativos e procedimentos de investigação criminal nos últimos dois anos e meio, estão casos envolvendo outros militares protagonistas na caserna e no cenário político durante o governo Bolsonaro.

O MPM arquivou relato de abuso de autoridade por parte de Braga Netto; de má gestão em unidade militar por parte do antecessor no cargo de ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva e de irregularidade em autorização do então comandante do Exército, general Edson Pujol, para matrícula do filho da deputada Carla Zambelli (PSL-SP) em colégio militar sem processo seletivo.

Os casos arquivados se somam a outras investigações que ficaram pelo caminho, sem punição a oficiais-generais.

Reportagens publicadas pela Folha mostraram que 52 IPMs foram arquivados na última década, mais do que o dobro da década anterior.

O procurador-geral apresentou apenas oito denúncias ao STM em dez anos. Uma única resultou em condenação: um contra-almirante foi condenado a dois meses de prisão por lesão corporal culposa, com direito de recorrer em liberdade.

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Uma crise insolúvel

Brasil tem pela frente longos 16 meses até que termine o mandato do pior presidente que já governou a Nação. Nada indica que os graves problemas que afligem o País serão tratados.

Estadão – É tal a gravidade da crise política e institucional que ora paralisa o País que cinco ex-presidentes da República – José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer – acionaram seus canais de interlocução com as Forças Armadas, particularmente com generais do Exército, da ativa e da reserva, para aferir o ânimo das tropas para embarcar em uma eventual intentona do presidente Jair Bolsonaro. A informação foi revelada pelo Estado no fim de semana.

Premido pela queda consistente de sua popularidade e por reveses no âmbito dos Poderes Legislativo (derrota da PEC do Voto Impresso) e Judiciário (inquéritos administrativos e penais no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Eleitoral, contra si e alguns apoiadores), Bolsonaro tem dado sinais de que partirá para o “tudo ou nada” – vale dizer, o descumprimento das leis e da Constituição, quiçá de ordens judiciais – como forma de se aferrar ao poder e, assim, tentar escapar das consequências políticas e penais de seus desatinos.

Para o bem da Nação, as respostas que os cinco ex-presidentes obtiveram, ainda que com pequenas variações, afluíram na direção do respeito à Constituição pelas Forças Armadas. Os emissários dos ex-presidentes ouviram dos generais consultados que as eleições de 2022 não só vão ocorrer normalmente, como o Congresso ouvirá, na data da posse, o compromisso do presidente eleito, seja ele quem for, exatamente como determina a Lei Maior. Ou seja, as bravatas de Bolsonaro, incluindo o alardeado apoio que ele julga ter do alto oficialato para suas investidas contra as instituições republicanas, mais revelam fraqueza e isolamento do que força.

A firmeza dos generais consultados em relação a seus compromissos constitucionais, no entanto, é apenas uma boa notícia em um quadro geral muito preocupante. São tempos muito estranhos estes em que uma manifestação de respeito de generais do Exército à Constituição traz certo alívio para os cidadãos que prezam pela liberdade. A rigor, a própria consulta que cinco ex-presidentes da República fizeram aos generais revela, por si só, que Bolsonaro já golpeou a democracia ao agredir diuturnamente, com atos e palavras, os pilares do Estado Democrático de Direito.

A saída para esta grave crise que rouba o presente e compromete o futuro do País teria de passar, necessariamente, por uma civilizada concertação de interesses entre os chefes de Poderes, todos imbuídos pelo que o ex-ministro Marco Aurélio chamou de “amor institucional”. Da parte do Poder Legislativo e do Poder Judiciário já houve este aceno à harmonia e à civilidade, ainda que preservadas eventuais discordâncias. Do Poder Executivo, no entanto, as tentativas de pacificação se revelaram ardis para que Bolsonaro apenas ganhasse tempo até sua próxima investida contra a República. Ao trair a confiança de seus interlocutores nos outros dois Poderes, o presidente trai a confiança da Nação.

Jair Bolsonaro é irremediável. Se ainda havia alguma dúvida sobre sua aversão à política em seu sentido mais estrito – a acomodação de interesses por meio do diálogo –, esta dúvida foi dissipada em caráter definitivo pelo pedido de impeachment que o presidente apresentou ao Senado contra o ministro Alexandre de Moraes, sem qualquer fundamento a não ser a clara disposição de lançar seus apoiadores mais fanáticos contra a Suprema Corte e contra o Senado, que, evidentemente, não dará andamento ao pedido.

O País ainda tem pela frente longos 16 meses até que termine o mandato de Bolsonaro. Nada indica que os graves problemas que afligem o País serão tratados neste período. As investidas golpistas do presidente travarão o andamento de projetos importantes no Congresso, como as reformas estruturais. A capacidade de Bolsonaro para “fabricar artificialmente crises institucionais infrutíferas”, como bem avaliou o decano do Supremo, ministro Gilmar Mendes, é inesgotável. E isto manterá o Brasil refém do temperamento vesânico do pior presidente que já governou a Nação.

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Haddad: ‘Bolsonaro é rato acuado. Você pode esperar o pior’

Em entrevista ao Fórum Onze e Meia, o petista afirmou que o presidente “não governa, nenhuma área do país está sendo administrada. O país está à deriva”, ressaltou.

O ex-ministro e ex-candidato à presidência, Fernando Haddad (PT), durante participação no Fórum Onze e Meia desta segunda-feira (23), definiu o presidente da República da seguinte maneira: “Bolsonaro é rato acuado. Você pode esperar o pior”.

O petista criticou a atitude do presidente, que entregou ao Senado pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

“Bolsonaro não governa, nenhuma área do país está sendo administrada. O país está à deriva. Não vamos aceitar um regime de forças”, ressaltou.

Haddad também comentou informações que davam conta que Lula escreveria uma carta para as Forças Armadas No suposto documento, o ex-presidente destacaria o investimento na estrutura militar em seu governo, além de salientar que as Forças Armadas são uma organização do estado e não podem ser partidarizadas. A notícia foi desmentida.

“Lula não precisa escrever carta, não faz o menor sentido. Todos sabem que ele foi o presidente que mais investiu nas Forças Armadas. Não precisa escrever carta para o mercado financeiro, que sempre faz terror em época de eleição, porque Lula foi o presidente que mais reduziu a dívida pública, não aumentou a carga de impostos. Cartas não são necessárias”, afirmou.

Haddad, porém, enfatizou que gestos políticos, sim, são importantes. “Lula está fazendo isso nesses encontros com políticos de várias tendências. Com isso, ele reafirma que a democracia não é algo negociável”, destacou o petista.

*Com informações da Forum

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Se for dentro da lei, que o impeachment de Bolsonaro seja feito, diz Santos Cruz

Ex-ministro também rechaçou a tese propagada pelo mandatário de que as Forças Armadas sejam um ‘poder moderador’.

O ex-ministro da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro general Carlos Alberto dos Santos Cruz rechaçou nesta quinta-feira 19 a tese propagada pelo mandatário de que as Forças Armadas sejam um ‘poder moderador’ e que, portanto, um golpe seria ‘constitucional’. A advertência do militar da reserva foi dada em entrevista ao programa 4 Ases no YouTube.

“Não tem nenhuma base legal, jurídica. Nenhum amparo legal, nenhum cabimento. Essa história é um absurdo, está sendo explorada de maneira absurda pelo Poder Executivo”, advertiu o general sobre a forçosa interpretação do artigo 142 da Constituição feita pelo presidente e seus pares. “As Forças Armadas são para proteger os Poderes. Não tem nenhuma pista na Constituição que fale em poder moderador”, acrescentou.

A hipótese aventada pelo presidente e repetida exaustivamente pelos seus aliados é a de que no artigo 142 da Constituição Federal estaria o amparo legal para uma ruptura vinda das Forças Armadas, cumprindo um suposto ‘papel moderador’. A tese, no entanto, não é verdadeira e repreendida por juristas e especialistas.

Sem ‘restrições’ ao impeachment’

Durante a conversa, Santos Cruz destacou também não ver nenhuma restrição ao impeachment de Jair Bolsonaro, apoiado por 58% da população, desde que atendido os trâmites legais para o processo.

“Não vejo nenhuma restrição. Se for dentro da lei, que seja feito”, explicou sua posição.

O general ainda avaliou a condução do seu ex-aliado durante a pandemia e atribuiu o caos atual no setor às características de Bolsonaro: “falta de características pessoais de liderança” e “falta de coragem de assumir responsabilidades”, justificou.

*Com informações da Carta Capital

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Está formada a tempestade perfeita contra Bolsonaro

Luis Nassif – Forma-se a tempestade perfeita. E, desta vez, contra Bolsonaro. Aparentemente, o pesadelo bolsonarista entra na fase agônica. Em breve, será substituído por outros pesadelos, de um país que abdicou do senso civilizatório.

O jogo é simples de entender.

Em qualquer organização criminosa, a coesão depende da capacidade do chefe de se mostrar poderoso. Quando começa a vacilar, ocorre o desembarque dos aliados de ocasião e, principalmente, daqueles envolvidos em ações criminosas.

Era essa a percepção de Bolsonaro, quando ampliou-se seu conflito com o Supremo Tribunal Federal (STF). Gradativamente, seus principais seguidores foram sendo engolfados por denúncias e ações judiciais – os irmãos Weintraub, Ricardo Salles, general Pazuello. A CPI do Covid acelerou o processo, denunciando os militares envolvidos na esbórnia da saúde.

Montou-se um cabo de guerra, tendo de um lado Alexandre de Morais, MInistro do STF, e de outro Bolsonaro. Entende-se por aí o desespero de Bolsonaro. Se ele não enfrentasse e vencesse a contenda, haveria a debandada de seu grupo.

No desespero, tentou de tudo. Apelou para as Forças Armadas, blefou o quanto pôde, fez paradas de motos, convocou seguidores para manifestações, valeu-se o quanto pôde do Gabinete do Ódio. Nada deteve a marcha do STF.

E aí revelaram-se dois Bolsonaros, o da realidade virtual e o do mundo real.

O da realidade virtual tem a assessoria profissional de Steve Bannon, no objetivo único de animar seguidores. O do mundo real é cercado de uma mediocridade ampla e irrestrita, de generais da reserva oportunistas, sem lastro intelectual e sem conhecimento político. Só um completo analfabeto político faria como o Ministro da Defesa, Braga Netto, de blefar na ameaça ao Congresso, e não ter mais nenhuma carta à mão quando Congresso e STF pagaram para ver.

Paralelamente, o governo Bolsonaro passou a ser totalmente desacreditado no front econômico. No início, Guedes se sustentou com sua conversa de vendedor de biotônico e sua disposição de entregar ao mercado os grandes negócios da privatização. Era uma maneira de disfarçar sua gritante anomia em relação aos problemas reais da economia.

Gradativamente, as magias de Bolsonaro e Guedes foram cansando por falta de inovação. Sempre a mesma coisa, Bolsonaro criando eventos para chocar e Guedes manipulando conclusões econômicas falsas. O avanço inexorável da realidade esvaziou ambos os discursos.

Agora se tem a derrota plena de Bolsonaro nas seguintes frentes:

  • perdeu a batalha para o STF, depois de uma tentativa desastrada de tentar individualizar os alvos – Luis Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. Conseguiu a unanimidade do Supremo em defesa dos seus.
  • O blefe do impeachment de ambos os Ministros. Teve que voltar atrás na forma mais atabalhoada possível: em uma mesma live, dizendo-se aberto para rever a ambos e, ao mesmo tempo, reiterando as críticas. Um bufão!
  • O blefe da intervenção militar, claramente exposto pelo cantor Sérgio Reis. Bolsonaro só conseguiria mobilizar as Forças Armadas no bojo de grandes movimentações populares em defesa do golpe. Não conseguiu uma coisa nem outra. Já Sérgio Reis conseguiu um processo do qual não irá se livrar facilmente.
  • O blefe da ameaça de Braga Netto ao Congresso. Teve que aceitar uma convocação para uma audiência na qual ouviu de um deputado da oposição – Paulo Teixeira, do PT – que, se não acatasse a Constituição, seria preso.
  • A total desarticulação de Paulo Guedes com a reforma tributária, e tentando se equilibrar entre o auxílio-emergêncial – essencial para a recondução de Bolsonaro – e a Lei do Teto.
  • As declarações do presidente do Senado, que desceu do muro para atacar as ameaças às eleições.
  • O cerco implacável ao Procurador Geral da República Augusto Aras, obrigando-o a atuar com firmeza na denúncia dos quadros bolsonaristas que ameaçavam manifestações no dia 7 de Setembro.

Derretimento gradativo de sua popularidade

 

Agora, o primarismo de Bolsonaro, que o habilita no máximo a jogos de porrinha, terá que enfrentar um xadrez complexo.

Se avançar mais, será impichado.

Se não avançar, perderá sua base.

Não tem a menor condição de propor um pacto nacional, por não ter dimensão política, nem credibilidade.

O pior é que, para ele, não há empate. Sendo apeado do poder, será julgado, condenado e amargará prisão por seus crimes. Não apenas ele como todos seus filhos.

Ele não tem nem dimensão política para negociar uma lei da anistia, igual àquela que preservou da Justiça militares sanguinários, que voltaram ao poder com ele.

Luis Nassif/GGN

*Foto destaque: George Gianni

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Grave: Jungmann diz que Bolsonaro determinou que jatos sobrevoassem STF para quebrar vidros

Ex-ministro disse que a ordem estaria por trás da motivação para a demissão dos 3 comandantes das Forças Armadas.

Poder 360 – O ministro da Defesa e da Segurança Pública no governo de Michel Temer, Raul Jungmann, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro determinou que jatos Gripen sobrevoassem o STF acima da velocidade do som para estourar os vidros do prédio. A declaração foi dada em entrevista à revista VEJA, publicada nesta 6ª feira (20.ago.2021).

Questionado sobre a demissão dos 3 comandantes das Forças Armadas, em março, Raul Jungmann afirmou que a ordem sobre os jatos estava por trás das motivações.

“Ele [Bolsonaro] chamou um comandante militar e perguntou se os jatos Gripen estavam operacionais. Com a resposta positiva, determinou que sobrevoassem o STF acima da velocidade do som para estourar os vidros do prédio. Bolsonaro mandou fazer isso, tenho um depoimento em relação a isso. Ao confrontá-lo com o absurdo de ações desse tipo, eles [comandantes das Forças Armadas] foram demitidos”, declarou.

Em 2012, um rasante de caças Mirage F-2000 da Aeronáutica acidentalmente destruiu vidros do Palácio do Supremo Tribunal Federal.

De acordo com o ex-ministro, “há uma constante atuação de constrangimento” por parte do presidente da República, “para forçar as Forças Armadas a endossar os atos e as falas dele”.

“Foi por não endossar os achaques ao Supremo Tribunal Federal, ao Congresso Nacional e aos governadores, pelas políticas engendradas na pandemia, que, pela primeira vez, os chefes da Aeronáutica, Marinha e Exército foram demitidos. Eles não se dobraram. Os 3 foram demitidos porque se recusaram a envolver as Forças Armadas nas declarações e nos atos do presidente da República. Toda vez que ele se sente ameaçado, sobe o tom e desrespeita os outros poderes, constrangendo as Forças Armadas a endossar esse discurso“, afirmou.

Pesquisa PoderData realizada de 16 a 18 de agosto de 2021 mostrou que a imagem da Forças Armadas piorou nos últimos meses aos olhos dos brasileiros. O levantamento mostrou que 29% dos brasileiros avaliam o trabalho das Forças Armadas como ruim ou péssimo. O número representa alta na comparação com a pesquisa anterior, realizada em maio; na época, 18% reprovavam o trabalho da instituição.

Para Jungmann, não há risco de ruptura democrática em 2022. “As Forças Armadas não estão disponíveis para nenhuma aventura ou golpe”, disse.

“Em 1964, existia apoio de setores da imprensa, da Igreja, do empresariado, fora uma situação internacional que favorecia um golpe de Estado. Hoje, não há ambiente para um golpe de Estado. Não tem nenhuma força política a favor disso, muito pelo contrário. Seria um raio em céu azul”, completou.

De acordo com o ex-ministro, a decisão de não punir Eduardo Pazuello por participar de uma manifestação governista “foi indefensável”.

“Assim como a manifestação tosca do chefe da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, de que “homem armado não ameaça”. Até então, eu vinha defendendo os generais em cargo político e na reserva. Os comandantes militares estavam mantendo-se enquadrados pelas linhas constitucionais. O que o Baptista fez é muito grave. São dois casos de punição, e foi um erro não puni-los”, afirmou.

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Política

Alexandre de Moraes entra na mira das Forças Armadas

Principal foco de críticas de militares alinhados a Bolsonaro, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, ganhou um companheiro. Seu colega no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes entrou na mira de membros da cúpula das Forças Armadas aliados do presidente.

As respostas de Moraes aos arroubos autoritários de Bolsonaro, que levaram o ministro a transformá-lo em investigado em três inquéritos e determinar a prisão de seu aliado, o ex-deputado Roberto Jefferson, são apontadas por militares como medidas que “tensionam” ainda mais a crise. Membros da alta cúpula das Forças Armadas afirmaram à coluna que Moraes “está perdendo a mão” e que não deveria “entrar no ringue” com o presidente.

Depois que o voto impresso foi derrotado na Câmara, o tom das críticas a Barroso baixaram nos grupos de WhatsApp de militares, mas cederam espaço para Alexandre de Moraes. Nesta segunda-feira, uma ligação do ministro da Defesa, Braga Netto, para Barroso foi “vazada” durante a sessão do STF. Ele atendeu o general e um trecho da conversa pôde ser ouvido por quem acompanhou o julgamento. A ligação mostrou que, após o voto impresso ser derrotado, militares estão em contato com o presidente do TSE.

*Bela Megale/O Globo

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