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Moro, de forma clandestina, acessou conversas de Gilmar Mendes e enviou material para procuradores

O ex-juiz Sergio Moro teve acesso a conversas de “GM”, provavelmente o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, e pediu para que os procuradores da autointitulada “força-tarefa” da “lava jato” analisassem o material. É o que dizem os novos diálogos enviados pela defesa do ex-presidente Lula ao STF.

Segundo os procuradores que integraram a “força-tarefa” da “lava jato” no Ministério Público Federal, a conversa não trata do ministro Gilmar Mendes, mas sim do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que tem as mesmas iniciais.

Em outras conversas hackeadas, no entanto, os procuradores se referiam sem dúvidas a Gilmar ao usar a sigla GM.

O trecho não deixa claro se “GM” foi diretamente grampeado ou se foram escutadas conversas suas com algum investigado que teve o sigilo telefônico quebrado.

Em 31 de agosto de 2018, Deltan Dallagnol, ex-coordenador lavajatista, encaminhou a colegas uma mensagem de Moro. “Prezado, amanhã de manhã dê uma olhada por gentileza no 50279064720184047000. Há algo estranho nos diálogos.” O processo não está disponível.

Julio Noronha terceiriza o trabalho à Laura Tessler: “CF [possivelmente o ex-procurador Carlos Fernando dos Santos Lima] me mandou msg falando q a Rússia disse haver algo estranho nos diálogos do GM. CF disse ser urgente, para ver agora pela manhã. Será que você consegue ver?”

“Russo” e “Rússia” são como os procuradores se referem a Moro e à 13ª Vara Federal de Curitiba, que foi chefiada pelo ex-magistrado até o final de 2018, quando saiu para assumir o Ministério da Justiça de Jair Bolsonaro.

O ministro Dias Toffoli também é citado. Em uma passagem, quando comentam sobre conversas interceptadas envolvendo investigados da Odebrecht, Noronha diz que um advogado identificado como “M” seria próximo de “Peruca”. “Hummmm. Peruca pode ser o Toffoli. Foda heim”, responde Dallagnol.

Leia a íntegra da nota dos procuradores da República que integraram a “lava jato”:

1. Importante reafirmar que os procedimentos e atos da força-tarefa da Lava Jato sempre seguiram a lei e estiveram embasados em fatos e provas. As supostas mensagens são fruto de atividade criminosa e não tiveram sua autenticidade aferida, sendo passível de edições e adulterações. Os procuradores que não reconhecem as supostas mensagens, que foram editadas ou deturpadas para fazer falsas acusações que não têm base na realidade.
2. Exemplo da deturpação das supostas mensagens é a matéria publicada hoje pelo site CONJUR, afirmando que a força-tarefa teria tido acesso a diálogos interceptados do Ministro Gilmar Mendes, a partir da referência que existiria em investigações contemporâneas à de Guido Mantega (“GM”), este sim requerido em medidas propostas pela força-tarefa. Mesmo não se reconhecendo o teor das supostas mensagens, que têm sido apresentadas de modo editado ou deturpado, a ilação feita pelo site em nada se sustenta.
3. É complemente absurda, de má-fé e irresponsável a conclusão do jornalista de que os procuradores teriam “acessado conversas do ministro Gilmar Mendes” ou mesmo obtido tais diálogos a partir de algum investigado que conversou com o referido Ministro. Jamais, absolutamente, ocorreu qualquer interceptação em que qualquer Ministro do STF tenha, ainda que por conversas com terceiros, sido interceptado em primeiro grau.
4. Esse é mais um exemplo de como as mensagens de origem criminosa vêm sendo usadas fora de contexto ou falsificadas para criar factoides e narrativas disparatadas e incongruentes, com o fim de desacreditar o trabalho feito pela força tarefa, criar em relação à operação Lava Jato um clima de animosidade e descontentamento nos círculos dos três poderes e anular condenações.

Gilmar e Toffoli
Já é vasto o material apontando que os procuradores tinham uma obsessão pelo ministro Gilmar Mendes. Conforme mostrou a ConJur, os lavajatistas criaram um grupo no Telegram com o único objetivo de articular medidas contra o ministro; bolaram um manifesto contra ele; e disseram que era necessário “fazer algo com relação” ao magistrado do Supremo.

O complô, quase sempre liderado por Deltan, não incluía apenas a “força-tarefa” de Curitiba, mas também as franquias criadas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Até membros da Procuradoria-Geral da República participavam das movimentações articuladas no Paraná.

Reportagem do El País, em parceria com o Intercept Brasil, revelou que os procuradores planejaram buscar na Suíça provas contra Gilmar. Segundo a notícia, os membros do MPF pretendiam usar o caso de Paulo Preto, operador do PSDB preso em um desdobramento da “lava jato”, para reunir munições contra o ministro.

A agitação não fica por menos quanto a Toffoli. Em entrevista concedida à CNN Brasil em dezembro do ano passado, o hacker Walter Delgatti Neto, responsável por invadir os celulares dos procuradores, disse que o plano do MPF em Curitiba era prender Gilmar e Toffoli.

“Eles queriam. Eu não acho, eles queriam. Inclusive Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Eles tentaram de tudo para conseguir chegar ao Gilmar Mendes e ao Toffoli, eles tentaram falar que o Toffoli tentou reformar o apartamento e queriam que a OAS delatasse o Toffoli”, afirmou o hacker.

Uma conversa divulgada pela ConJur em fevereiro deste ano respalda a narrativa de Delgatti Neto. Em 13 de julho de 2016, Dallagnol disse que “Toffoli e Gilmar todo mundo quer pegar”.

*Com informações do Conjur

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A mansão em que vive Pedro Barusco, o maior ladrão da Petrobras, desanca a tese de combate à corrupção de Moro

De 5 em 5 minutos, numa escandalosa campanha da Globo contra a suspeição de Moro, é repetido por um jornalista da GloboNews o que Fachin disse, que se Moro for considerado suspeito, pode anular toda a Lava Jato.

Segundo a grande mídia, a Lava Jato é um divisor de águas do combate à corrupção no país, mesmo assistindo à chegada ao poder não de um corrupto, mas de uma família de corruptos pelas mãos de Moro.

A mídia denuncia todos os casos de corrupção da família Bolsonaro, é verdade,  porém, faz questão de esquecer que quem o levou ao altar foi Moro, o chefe geral da Lava Jato.

Pior, negociou com Bolsonaro a prisão de Lula para ser super ministro e dar o pontapé inicial na sua carreira política rumo à presidência da República. Isso está mais do que cristalino.

Mas como o cinismo é o esporte favorito dos barões da mídia paratatá, não custa nada tentar afastar a figura de Moro do clã ao qual ele serviu como capanga enquanto esteve no governo.

A foto em destaque desse artigo não é da mansão de R$ 6 milhões de Flávio Bolsonaro, o que de cara já derruba a falácia de que a Lava Jato é um divisor de água, ou seja, um grande avanço no combate à corrupção, mas não é. Essa mansão é de Pedro Barusco, tido pela própria operação como o maior ladrão da história da estatal. É aí que ele vive e dorme o sono não simplesmente dos justos, mas dos anjos, arcanjos e outras divindades.

Pedro Barusco vive uma vida de xeique com a ficha absolutamente limpa, gozando as maravilhas que seus anos a fio de corrupção na Petrobras lhe proporcionaram. E é aí que começa a grande armação da história.

Muito antes do início da Lava Jato, em 2009, o Congresso criou uma CPMI da Petrobras em que Barusco foi o ator central, porque foi descoberto um super esquema de corrupção comandado por ele. Ou seja, não foi Moro quem descobriu o maior corrupto da história da Petrobras.

Segundo e mais importante ponto, de boca própria, ao vivo e a cores pela GloboNews, Pedro Barusco confessou que, desde 1997, ainda no primeiro mandato de FHC, ele montou um esquema milionário de corrupção na Petrobras e bancos suíços mandavam seus representantes ao Brasil para levar a grana monumental para os cofres da Suíça.

Pois bem, quando a Lava Jato aparece e apresenta Barusco no Jornal Nacional como seu grande troféu no combate à corrupção da Lava jato, a primeira coisa que fez foi mutilar a própria confissão de Barusco na CPMI da Petrobras no Congresso em que ele afirmou que toda a sua fortuna se deu a partir do governo FHC, e assim operou durante seis anos, dois do primeiro mandato de FHC e quatro do segundo mandato.

Lógico que Moro, com isso, quis trabalhar com duas formas bem objetivas, eximir FHC de qualquer culpa pela corrupção na Petrobras, como já havia denunciado Paulo Francis, no programa Manhatan Conecttion, que lhe custou um processo de FHC via Petrobras e que muitos dizem ter sido o motivo de sua morte e, de bate-pronto colocou Barusco no colo de Lula, como se o PT fosse a pedra inaugural de seu esquema.

Aqui não se pretende discutir a impunidade de Barusco, seus castelos e sua fortuna e muito menos a vida que leva. Isso é um problema da justiça brasileira.

Mas como a mídia brasileira manipula até fatos que ela própria reportou ao vivo e a cores, tratando a todos nós como verdadeiros imbecis, principalmente nesse caso em que é sabido que havia um pacto de sangue entre Moro e os Marinho para fazer da Lava Jato o próprio cadafalso, prender Lula e tirá-lo da eleição de 2018, porque a Globo, que sempre operou politicamente como comitê eleitoral permanente do PSDB, havia sofrido quatro derrotas consecutivas para Lula e, como mostravam as pesquisas, se não fosse impedido pela lei da ficha limpa pela condenação sem provas que Moro lhe impôs, Lula, mesmo preso no calabouço de Curitiba, venceria a quinta eleição de forma humilhante, pois chegaria ao poder já no primeiro turno.

Isso é absolutamente natural, pois Lula saiu do seu segundo mandato com aprovação recorde na história do Brasil, com 87%.

Então, com essa campanha, o que a Globo quer para salvar a cabeça de Moro, é produzir impunidade para um juiz corrupto e ladrão, como bem afirmou o bravíssimo deputado Glauber Braga, do Psol, diante do próprio Moro na Câmara dos deputados, fazendo com que ficasse mudo e saísse corrido pela porta dos fundos da Câmara, uma fuga vergonhosa e desmoralizante.

É disso que falamos quando vemos essa campanha cínica de uma família que tem no DNA o golpe contra qualquer um que queira governar a partir dos pobres, da massa do povo. A Globo sempre foi o cão de guarda da oligarquia brasileira.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Em sua volta, Lula detona Bolsonaro e coloca a dita centro-direita no bolso

Só uma direita nesse nível de baixaria, responsável por dois golpes, poderia colocar na cadeira da presidência da República duas desgraças, uma sobre a outra, Temer e Bolsonaro.

Pior, dois comprovadíssimos corruptos que chegaram lá em nome do combate à corrupção. Lógico que os dois se propuseram a fazer o serviço mais imundo contra o povo brasileiro, principalmente contra os trabalhadores e os pobres para satisfazer a ganância de meia dúzia de rentistas que operam como abutres do capitalismo brasileiro.

Bolsonaro, como tem um perfil mais psicopata, assim como em muitos casos de figuras como ele, tem seguidores apaixonados, mas o maníaco do parque também tem.

Já Temer, aquela figura vampírica, nem isso tem. No entanto, os dois, com uma trajetória pífia na política, caíram como luva para serem usados como marionetes do mercado e operaram como lacaios contra o país e a favor, sobretudo, de interesses internacionais.

Detalhe fundamental, os dois tiveram todo o apoio de militares que têm força estratégica dentro das Forças Armadas, tanto da ativa quanto da reserva. E ainda tem gente que diz por aí que os militares nunca quiseram misturar a sua imagem com a de Bolsonaro, imagina se quisessem.

Todos veem que os militares que arrotam moral totalmente mudos diante do escândalo da mansão de R$ 6 milhões em Brasília, de Queiroz e da organização criminosa de lavagem de dinheiro e peculato montada pelo clã Bolsonaro.

O fato é que, além da força que tem a memória afetiva do povo com Lula pelos feitos do seu governo, que foram revolucionários a favor dos brasileiros, principalmente os pobres, a direita foi com muita sede ao pote para agradar os patrões que jogaram o país no inferno, seja na questão sanitária, tendo um governo que mais mata pessoas por covid no mundo, o que provoca repulsa mundial à figura do genocida tropical, mas também à imagem do país e de suas instituições, como bem sublinhou o jornal New York Times, que mostrou que tudo isso ocorreu a partir do juiz corrupto, Sergio Moro, que destruiu o país.

Por isso, Lula, em 1 hora, além de desancar Bolsonaro, acabar com as pretensões políticas de Moro, fez um strike na chamada centro-direita, explodindo, num único arremesso, Dória, Huck, Moro, Ciro e Mandetta.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Lula provocou erupção vulcânica tão furiosa que Bolsonaro se desesperou e Moro foi exonerado do pleito de 2022

A ficha da mídia caiu depois da coletiva de Lula que contou com a presença de 116 veículos da imprensa internacional, que deu a dimensão exata do tamanho de Lula no mundo diante de Bolsonaro, um presidente que sofre de distúrbios e transtornos de toda ordem que produzem um disfuncionamento absoluto no comando da presidência da República e, consequentemente em todas as áreas do governo. Nada funciona, nada se move, está tudo desmontado.

E é bom frisar, não é mau funcionamento do governo, é como acentuou Lula, o Brasil atual não tem governo, tem um sujeito desequilibrado que ficou totalmente desestruturado, seja nas suas falas, seja no comportamento depois que levou uma desancada de Lula.

Isso está tão evidente que o próprio correu para a televisão horas depois fantasiado de mascarado. Sim, porque Bolsonaro usando máscara é uma fantasia, é uma peça de marketing mal-ajambrada para fazer frente ao comportamento de Lula que cobrou a vacinação, o uso de máscara e o distanciamento social.

Mas no final, quem venceu foi anomalia de Bolsonaro, sua doença mental, sua psicopatia, mais uma vez receitando kit cloroquina como solução para a pandemia em uma país que, hoje, é o que mais mata por covid no mundo e que, segundo cientistas internacionais, é o maior laboratório a céu aberto na produção de novas cepas que podem se espalhar pelo planeta e causar uma catarse inimaginável.

Mas, fora desse evidente quadro de perturbação de Bolsonaro, depois da fala de Lula, o comportamento da mídia sobre o candidato Moro que contava com o apoio do baronato midiático, foi emblemático. Moro simplesmente viu seu nome varrido da lista da mídia dos presidenciáveis depois que Lula, em seu pronunciamento, com meia dúzia de frases, tratorou, enterrou e salgou o túmulo político de Moro, fazendo a mídia imediatamente desistir do seu nome.

Sobrou para Moro, em sua notinha, um choro de pitanga criticando o que ele chamou de antecipação do calendário eleitoral, que cuspiu imediatamente o gabola da disputa, depois do histórico pronunciamento de Lula.

Moro prometeu numa outra oportunidade que, certamente, nunca acontecerá para explicar o caixote que tomou de Lula que o arremessou a mais de cem metros da disputa presidencial de 2022.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Gilmar Mendes poderá se tornar novo relator dos próximos pedidos de suspeição contra Sergio Moro

Caso o voto do ministro se torne vencedor na Segunda Turma, ele assumiria o caso e poderia decidir individualmente sobre novas anulações na Lava-Jato.

Caso o julgamento da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) declare a suspeição do então juiz Sergio Moro nas ações contra o ex-presidente Lula, o ministro Gilmar Mendes poderá se tornar o novo relator deste caso e concentrar sob sua responsabilidade todos próximos pedidos de anulação de investigações da Lava-Jato de Curitiba com base no argumento da suspeição. Isso significa que Gilmar poderá decidir individualmente paralisar ou anular outros casos da Lava-Jato, sem prazo para levar a discussão à Segunda Turma.

Esse cenário foi apontado por fontes do STF e investigadores do Ministério Público Federal ouvidos pelo GLOBO, com base no regimento interno da corte. De acordo com essas fontes, o ministro responsável pelo voto vencedor assume a relatoria do processo em julgamento. Como, neste caso, foi Gilmar Mendes que abriu a divergência, ele se tornará o relator deste habeas corpus específico da defesa do ex-presidente Lula, mas novos réus poderão pedir diretamente a Gilmar o reconhecimento da suspeição de Moro em seus casos.

Na avaliação de uma dessas fontes, o julgamento teria “efeito multiplicador” para anular uma infinidade de investigações da Lava-Jato, com consequências imprevisíveis. Isso porque parte dos argumentos apresentados por Gilmar, de que o juiz Sergio Moro agiu de “conluio” com a força-tarefa e de que se considerou “ofendido” pelos defensores, pode ser repetido por outros alvos da operação.

Esses alvos também poderiam recorrer aos supostos diálogos obtidos por um ataque hacker para solicitar a suspeição em outros casos, já que o próprio ministro Gilmar utilizou esse material em seu voto e será o relator dos futuros pedidos.

Foi uma situação análoga à que ocorreu em relação ao ministro do STF Ricardo Lewandowski. Durante um julgamento em agosto do ano passado de recurso da defesa do ex-presidente Lula para obter acesso aos sistemas da empreiteira Odebrecht, foi do ministro Lewandowski o voto vencedor e Fachin perdeu a relatoria sobre este assunto. Por isso, ele acabou se tornando relator em um novo pedido da defesa de Lula para ter acesso às mensagens apreendidas na Operação Spoofing, o que foi concedido pelo ministro.

O julgamento, que por enquanto está empatado em dois votos a dois, não tem data para ser retomado. O ministro Nunes Marques pediu vista durante a sessão, mas sinalizou a interlocutores que não pretende demorar na sua análise. Depois disso, é possível que o plenário do STF tenha que se pronunciar sobre a legalidade desse julgamento. Isso porque o ministro Edson Fachin, quando proferiu decisão na segunda-feira anulando as condenações de Lula, havia declarado que o processo da suspeição perdeu o objeto. Ainda assim, Gilmar decidiu colocá-lo em votação. Fachin submeteu ao presidente do STF uma questão de ordem para decidir se o julgamento era possível.

*Com informações de O Globo

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Moro: técnicos do governo já admitem risco de derrota na ONU no caso Lula

Técnicos do governo brasileiro já admitem que existe um risco de uma possível derrota na ONU, diante da queixa aberta na instituição internacional por parte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em Brasília, autoridades no Ministério da Justiça e no Itamaraty já circularam uma percepção de que existiria uma chance real de o estado brasileiro ser alvo de uma decisão negativa por parte do órgão internacional.

O caso foi aberto em 2016 no Comitê de Direitos Humanos e denuncia o que a defesa do ex-presidente acredita ser uma postura parcial do então juiz Sérgio Moro. Outro argumento central era de que Moro estaria agindo em conluio com os procuradores no julgamento do ex-presidente. Lula é representado pelos Cristiano Zanin e Valeska Martins, além de especialistas internacionais.

O órgão internacional não tem a possibilidade de exigir do Brasil qualquer mudança em sua decisão e emite apenas uma recomendação. Mas, como signatário das convenções, o governo assumiu um compromisso de seguir o que os comitês sugerem e uma decisão contra Moro teria um impacto político significativo.

A tramitação do caso já se encerrou e, segundo documentos obtidos pela coluna, o governo brasileiro rebateu as alegações insistindo que o Estado de Direito e o devido processo legal foram respeitados no país. Mas os acontecimentos nos últimos dias no Brasil passaram a ser acompanhados de perto pelas autoridades do Comitê, em Genebra.

Se inicialmente a possibilidade de uma vitória era praticamente nula, com peritos em sua maioria com uma postura legal conservadores e reticentes em entrar em debates jurídicos nacionais, o cenário mudou quando fatos políticos e vazamento de informações começaram a revelar outra dimensão do processo no Brasil.

Um primeiro sinal de preocupação em Brasília ocorreu ainda em 2018. Dois anos depois de o caso ser aberto em Genebra, o Comitê de Direitos Humanos da ONU concedeu medidas cautelares e solicitou às autoridades brasileiras que mantivessem os direitos políticos de Lula até que seu caso fosse avaliado pelo Supremo Tribunal Federal e que o mérito do caso fosse tratado em Genebra.

Apesar de o Brasil ser signatário dos tratados da ONU, as autoridades ignoraram a decisão. Mas, internamente, a iniciativa foi recebida com preocupação ainda no governo de Michel Temer.

Naquele momento, o Comitê deixou claro que, ao pedir medidas cautelares, não estava pré-julgando uma eventual inocência ou não de Lula. Mas optou por unificar o processo e avaliar, ao mesmo tempo, a admissão do caso e seu mérito.

Moro: de juiz ao cargo de ministro

Um segundo sinal de alerta foi soado quando Moro decidiu aceitar o cargo de ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, político que venceu a eleição depois de Lula ter sido impedido de concorrer.

A defesa do ex-presidente reforçou a tese, submetendo informações ao Comitê alegando que Moro também estaria visando à Presidência da República. “Dificilmente há exemplo mais forte de parcialidade que este, um possível candidato presidencial atua como juiz no caso de um candidato rival, com forte interesse na condenação (e, portanto, desqualificação) do candidato”, alegaram.

Conforme as informações se acumulavam a partir de 2019 e 2020 e diante de vazamentos publicados na imprensa brasileira, membros do governo soavam o alerta interno de que as revelações teriam o potencial de “mudar o jogo”.

Com a decisão de Edison Fachin do STF (Supremo Tribunal Federal), de anular todos os processos e inquéritos que tramitavam contra o ex-presidente Lula em Curitiba, a percepção inicial em Genebra era de que uma parcela do caso poderia ser abandonada, já que não faria mais sentido um processo sobre algo que uma corte brasileira já anulou. A decisão “resolveria” uma situação política complicada para o Comitê.

Mas uma parcela dos especialistas acredita que ainda há espaço para julgar, já que existiriam “danos irreparáveis” diante do impacto da condenação nos direitos políticos de Lula.

O Comitê se reúne apenas três vezes por ano e, nesta semana, deu início ao seu primeiro encontro de 2021. Mas o caso de Lula não está na agenda. A próxima oportunidade é de que seja incluído em meados do ano.

*Jamil Chade/Uol

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Anatomia de um embuste. Ou: Dallagnol me atacou em papo com Moro, seu chefe

Quando se afirma que Lula foi condenado sem provas por Sergio Moro, que nem juiz era da causa, muitos tendem a entortar o nariz e se sair com boçalidades como: “Ah, então quer dizer que não houve corrupção na Petrobras e que diretores da empresa não fizeram nenhuma safadeza?”

A pergunta é estúpida. Não quer dizer nada disso. Não quer dizer nem mesmo que Lula seja inocente — desde, claro!, que se saiba de que crime é acusado. A questão que interessa à democracia é outra: saber se foi condenado com ou sem provas.

E Lula foi condenado sem provas. Já chego lá. O JURISTA REINALDO AZEVEDO Deltan Dallagnol protagonizou o seu show grotesco em 14 de setembro de 2016, data da apresentação da denúncia. Dois dias depois, lá estava ele a conversar com Sergio Moro no Telegram. E evidencia preocupação com as críticas deste escriba e do jurista e professor Lenio Streck:

“Ainda, como a prova é indireta, ‘juristas’ como Lenio Streck e Reinaldo Azevedo falam de falta de provas. Creio que isso vai passar só quando eventualmente a página for virada para a próxima fase, com o eventual recebimento da denúncia, em que talvez caiba, se entender pertinente no contexto da decisão, abordar esses pontos”.

Vejam que coisa… Em 2016, o ex-chefão da Lava Jato estava preocupado com as minhas críticas, né? Uma informação relevante: pouco me importa que ele me chame “jurista”, com aspas, como a indicar que jurista não sou. E não sou mesmo. Mas Streck é um dos mais importantes do país. Tentaram me tirar do debate no ano seguinte com uma farsa. Não conseguiram.

A DENÚNCIA

A denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal é explícita: afirma, com todas as letras, que os recursos que resultaram no tal tríplex do Guarujá derivaram de três contratos mantidos por consórcios integrados pela OAS com a Petrobras: um para obras na Refinaria Getúlio Vargas-Repar e dois para a Refinaria Abreu e Lima. Você não precisa acreditar só em mim. Acredite em você. A íntegra está aqui.

Transcrevo o trecho com o miolo da acusação:

Com efeito, em datas ainda não estabelecidas, mas compreendidas entre 11/10/2006 e 23/01/2012, LULA, de modo consciente e voluntário, em razão de sua função e como responsável pela nomeação e manutenção de RENATO DE SOUZA DUQUE [RENATO DUQUE] e PAULO ROBERTO COSTA nas Diretorias de Serviços e Abastecimento da PETROBRAS, solicitou, aceitou promessa e recebeu, direta e indiretamente, para si e para outrem, inclusive por intermédio de tais funcionários públicos, vantagens indevidas, as quais foram de outro lado e de modo convergente oferecidas e prometidas por LÉO PINHEIRO e AGENOR MEDEIROS, executivos do Grupo OAS, para que estes obtivessem benefícios para o CONSÓRCIO CONPAR, contratado pela PETROBRAS para a execução das obras de “ISBL da Carteira de Gasolina e UGHE HDT de instáveis da Carteira de Coque” da Refinaria Getúlio Vargas – REPAR e para o CONSÓRCIO RNEST/CONEST, contratado pela PETROBRAS para a implantação das UHDT´s e UGH´s da Refinaria Abreu e Lima – RNEST, e para a implantação das UDA´s da Refinaria Abreu e Lima – RNEST. As vantagens foram prometidas e oferecidas por LÉO PINHEIRO e AGENOR MEDEIROS, a LULA, RENATO DUQUE, PAULO ROBERTO COSTA e PEDRO JOSÉ BARUSCO FILHO [PEDRO BARUSCO], para determiná-los a, infringindo deveres legais, praticar e omitir atos de ofício no interesse dos referidos contratos.” COMO SE FAZ NO DEVIDO PROCESSO LEGAL? Ora, se a acusação era essa, o MPF estava obrigado a apresentar provas de que, dos contratos listados, saíram os recursos que resultaram no tal tríplex — que, reitero, ficou provado, não pertencia a Lula.

COMO SE FAZ NO DEVIDO PROCESSO LEGAL?

Ora, se a acusação era essa, o MPF estava obrigado a apresentar provas de que, dos contratos listados, saíram os recursos que resultaram no tal tríplex — que, reitero, ficou provado, não pertencia a Lula.

Ocorre que isso não aconteceu. As provas jamais apareceram. O processo se transformou numa longa tentativa de provar que o tal apartamento pertencia a Lula, o que também não conseguiram. Reitero: a empresa de que Sergio Moro agora é sócio, a Alvarez & Marsal, que fez a recuperação judicial da OAS, asseverou que o imóvel pertencia à construtora.

Então veio a sentença de Moro. Também nesse caso, você pode acreditar no que seus olhos leem se quiser. A íntegra está aqui.

Moro condena Lula e simplesmente esquece a denúncia, o que é fabuloso. Vale dizer: o ex-presidente se tornou réu por uma coisa e acabou sendo condenada por outra — e, pasmem!, também sem provas, só com base na conversa de delatores que asseguravam que Lula sabia de tudo o que se passava na Petrobras. Ainda que verdade fosse: qual era mesmo a acusação?

DALLAGNOL SUGERE A SENTENÇA A MORO

Voltem lá ao diálogo em que Dallagnol faz ironia com o meu nome e com o de Lenio Streck. Ele, claramente, pede a Moro que aborde em sua decisão, ao aceitar a denúncia e tornar Lula réu, os pontos do seu PowerPoint — o que o então juiz efetivamente fez.

Mas não o fez apenas na aceitação da denúncia. A sua sentença é uma longa e mal escrita catilinária contra Lula, seguindo os passos da fantasia vendida pelo ex-chefe da Lava Jato de Curitiba na encenação do PowerPoint.

Ou por outra: Moro ignorou o conteúdo da denúncia e condenou o ex-presidente pelo, digamos, conjunto da obra. Escrevo de outro modo: Lula foi condenado porque era Lula.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

E, então, vieram os embargos de declaração. A defesa do ex-presidente quis saber em que trecho da sentença estavam as provas de que o tríplex, que de Lula não era, tinha origem nos tais contratos, como afirmou o Ministério Público. E então recebeu esta fabulosa resposta:

“Este juízo jamais afirmou, na sentença ou em lugar algum, que os valores obtidos pela Construtora OAS nos contratos com a Petrobras foram usados para pagamento da vantagem indevida para o ex-Presidente”.

Bom, então ele nem era o juiz da causa, como agora reconhece Edson Fachin, ainda que possa fazê-lo por motivos nem tão nobres. E Moro tentou justificar assim a sua sentença:

“A corrupção perfectibilizou-se com o abatimento do preço do apartamento e do custo da reforma da conta geral de propinas, não sendo necessário para tanto a transferência da titularidade formal do imóvel”.

Não há uma só evidência nos autos de que haveria uma “conta geral de propinas” da OAS. Isso foi arrancado de Léo Pinheiro, que estava interessado em fazer a segunda delação — a primeira tinha sido anulada —, que, por sua vez, jamais apresentou uma miserável prova.

Eis a anatomia de uma barbárie judicial.

O juiz que juiz não era da causa condenou um réu sem provas, com base num único depoimento de alguém que estava desesperado para fazer uma delação. O resto ele recheou com as divagações de Dallagnol em seu PowerPoint.

O resto ele recheou com as divagações de Dallagnol em seu PowerPoint.

E ainda sou obrigado a ouvir os lamentos de algumas carpideiras, que choram o fim da Lava Jato, dizendo que, assim, não teremos um país decente.

São pessoas que acreditam que país decente se constrói condenando sem provas aqueles de quem elas não gostam ou que ameaçam seus interesses.

*Reinaldo Azevedo/Uol

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Rosa Weber impõe amarga derrota ao casal Moro

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, negou seguimento a uma reclamação ajuizada pelo ex-ministro Sergio Moro que questionava a distribuição do processo que trata das mensagens apreendidas em investigação de hackers de autoridades.

Na petição, a defesa de Moro, patrocinada por sua mulher Rosângela, pedia a suspensão e revogação da decisão que liberou à defesa do ex-presidente Lula as mensagens obtidas em investigação de hackers que invadiram os celulares de autoridades. A decisão atacada foi proferida pelo ministro Ricardo Lewandowski, relator da reclamação 43.007.

O argumento é o de que os processos relacionados às mensagens hackeadas deveriam ter sido distribuídos para o ministro Luiz Edson Fachin, relator de outras ações e recursos interpostos pela defesa de Lula.

Moro pedia, portanto, que sua própria reclamação fosse distribuída a Fachin, “tendo em vista a vinculação com os Habeas Corpus 174.398, 164.493 e 126.292”.

No entanto, o Regimento Interno do Supremo aponta que a distribuição por prevenção deve ser feita nos processos “cujos efeitos sejam restritos às partes”. Nos HCs citados pela defesa, Moro não é parte.

Assim, coube ao presidente do Supremo, Luiz Fux, intervir e decidir que a reclamação de Moro fosse distribuída livremente. A ministra Rosa Weber foi então sorteada para relatar o processo.

Agora, na decisão desta sexta-feira (5/3) ela negou seguimento à reclamação, com base no artigo 21, inciso I, do Regimento Interno do STF, que diz que é atribuição do relator “ordenar e dirigir o processo”.

*Do Conjur

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Editor da revista Piauí questiona Moro sobre mansão de Flavio Bolsonaro: “casa de traficante da Netflix”

Jornalista Fernando Barros e Silva provocou o ex-bolsonarista Sérgio Moro, perguntando o que ele achou do “casebre do 01”. “”Não parece casa de traficante da Netflix? Menino Moro, parabéns! É bom ver que sua luta contra a corrupção gerou tantos frutos”, afirmou.

O jornalista Fernando Barros e Silva, editor da revista Piauí, questionou nesta terça-feira (2) o ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Sérgio Moro, sobre a mansão que o senador Flávio Bolsonaro comprou em Brasília por cerca de R$ 6 milhões.

Pelo Twitter, Barros e Silva provocou Moro, perguntando se não parecia “casa de traficante da Netflix” a nova morada do senador acusado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de liderar uma organização criminosa no caso das rachadinhas.

“Com as devidas escusas, @SF_Moro: o sr. que durante tanto tempo foi agregado de luxo da família, o que achou do novo casebre do 01? Não parece casa de traficante da Netflix? Menino Moro (vou chamá-lo assim), parabéns! É bom ver que sua luta contra a corrupção gerou tantos frutos!”, disse o jornalista.

A compra foi confirmada em 2 de fevereiro, no 1º Ofício de Registro de Imóveis do Distrito, de acordo com o Estadão. A mansão de Flávio Bolsonaro, filho do presidente da República, está localizada no setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul, vendida como “a melhor vista de Brasília da suíte master”.

Flávio Bolsonaro é investigado pelo esquema de desvios de recursos dos salários de seus assessores, as “rachadinhas“, quando era deputado estadual da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Na investigação, o filho do presidente é suspeito de realizar a lavagem de dinheiro por meio da venda e compra de imóveis.

A denúncia do MP relata que 12 funcionários fantasmas lotados no gabinete de Flávio na Alerj teriam desviado R$ 6,1 milhões dos cofres públicos. O caso foi revelado após relatório do Coaf apontar movimentação atípica de R$ 1,2 milhão, durante um ano, na conta de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio e amigo de Jair Bolsonaro.

Flávio Bolsonaro adquiriu a mansão por meio de um financiamento no Banco de Brasília. O senador conseguiu uma taxa de juros de 4,85% ao ano, por 30 anos. O Estadão calcula que o valor mensal das parcelas será de R$ 16.162,50 – sem contar os seguros e as taxas.

*Com informações do 247

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Política

Vídeo: Lava Jato sobre caso Flávio Bolsonaro: ‘O pai vai deixar?’

Diálogos obtidos pela CNN mostram que a força-tarefa da Lava Jato considerou graves as acusações de “rachadinhas” contra Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e que, em razão disso, o pai dele, Jair Bolsonaro (sem partido), aparelharia a Procuradoria-Geral da República para proteger o filho.

O coordenador da força-tarefa em Curitiba, Deltan Dallagnol, compartilhou esse conteúdo no grupo do Telegram “Filhos de Januário”, composto por integrantes da força-tarefa, antes da posse de Flavio no Senado e de Bolsonaro na Presidência, em 8 de dezembro de 2018.

Assista:

O título da notícia era: “Bolsonaro diz que ex-assessor tinha dívida com ele e pagou a primeira-dama”. E Dallagnol comenta: “Coaf com Moro. Aiaiai”. Na época, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que produziu o relatório que embasou a acusação de rachadinha contra Flavio, seria subordinado, no novo governo, ao Ministério da Justiça de Moro.

Januário Paludo então lhe pergunta: “Lembra de algo Deltan? Aiaiai.” A procuradora Jerusa Viecili fala na sequência: “Falo nada … Só observo ??”. E Deltan ri: Kkk. É óbvio o q aconteceu… E agora, José?”

Ele passa, então, a elucubrar sobre o caso:

“Moro deve aguardar a apuração e ver quem será implicado. Filho certamente. O problema é: o pai vai deixar? Ou pior, e se o pai estiver implicado, o que pode indicar o rolo dos empréstimos? Seja como for, presidente não vai afastar o filho. E se isso tudo acontecer antes de aparecer vaga no supremo? Agora, Bolso terá algum interesse em aparelhar a PGR, embora o Flávio tenha foro no TJRJ. Última saída seria dar um ministério e blindar ele na PGR. Pra isso, teria que achar um colega bem trampa. Acho que Moro já devia contar com a possibilidade de que algo do gênero acontecesse”.

Depois, diz que “em entrevistas, certamente vão me perguntar sobre isso”. E decide a melhor estratégia: “Não vejo como desviar da pergunta, mas posso ir até diferentes graus de profundidade. 1) é algo que precisa ser investigado; 2) tem toda a cara de esquema de devolução de parte dos salários como o da Aline Correa que denunciamos ou, pior até, de fantasmas”.

E coloca dúvida sobre o impacto da denúncia no andamento da agenda anticorrupção de Moro: “Agora, o quanto ele vai bancar a pauta Moro Anticorrupcao se o filho dele vai sentir a pauta na pele?”

*Caio Junqueira/CNN

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