A rota do pó passa passa por São Paulo.
Mais precisamente pela Faria Lima.
Faria Lima é a rua do beija-mão da direita bolsonarista. Toda a cúpula da direita bolsonarista tem na Faria Lima um banco 24 horas para chamar de seu.
Daí a explicação da PEC da bandidagem 2.0, operada por Tarcisio de Freitas, Derrite e Hugo Motta.
Sim, há uma articulação clara para limitar o poder da Polícia Federal (PF) em investigações contra o crime organizado, e isso vem logo após operações que expuseram ligações perigosas entre facções como o PCC e o coração financeiro do país, a Avenida Faria Lima.
É isso o que as reportagens e debates no Congresso mostram sem biombos.
O que é essa PEC da Bandidagem 2.0?
Originalmente, refere-se à PEC 3/2021 (ou “PEC da Blindagem”), uma proposta de emenda constitucional que visava restringir investigações e prisões de parlamentares, dando mais poder aos governadores sobre forças policiais.
Ela foi barrada pelo Congresso em setembro de 2025, após protestos nas ruas, mas críticos a chamavam de PEC da Bandidagem, por proteger, de forma descarada, corruptos e criminosos influentes.
Agora, a “versão 2.0” é o substitutivo apresentado pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP) ao PL 5.582/2025, o “PL Antifacção”.
Um projeto original do governo Lula para endurecer o combate à facções criminosas.
Derrite, que é secretário licenciado de Segurança Pública de São Paulo no governo Tarcísio de Freitas, alterou todo o texto para limitar a PF:
Investigação de crimes interestaduais ou transnacionais (como lavagem de dinheiro pelo PCC) passaria a depender de autorização dos governadores e ficaria sob responsabilidade das Polícias Civis e Justiça Estadual. Isso contraria o artigo 144 da Constituição, que dá autonomia à PF.
Equiparar facções a terroristas:
Penas de até 40 anos, bloqueio de bens e intervenção em empresas ligadas ao crime – soa duro, mas na prática enfraquece a coordenação federal, protegendo redes de lavagem em centros financeiros.
Hugo Motta indicou Derrite como relator na sexta (7/11/2025) e liberou o texto para pauta urgente, ignorando apelos do Planalto para adiar até após a COP30.
Motta, depois mediou uma reunião com o diretor da PF, Andrei Rodrigues, prometendo ajustes, mas o estrago já foi feito:
o texto é uma escancarada manobra inconstitucional para blindar investigações sensíveis.
Ou seja, dos endinheirados da Faria Lima e congêneres. Patrocinadores de Tarcísio e Cia bolsonarista.
A Rota do Pó na Faria Lima.
Por que isso fede a proteção?
A Faria Lima, epicentro do mercado financeiro brasileiro (bancos, fundos de investimento, escritórios de advocacia), é o oráculo da elite bolsonarista.
Grandes doadores de Tarcísio (como fundos que apoiam sua pré-candidatura à Presidência em 2026) estão lá, e é de lá que vem o apoio a pautas anti-PF.
Trocando em miúdos, é pra lá de óbvio que Tarcísio mandou Derrite blindar os peixes grandes que a PF está pegando.
A Santíssima Trindade da malandragem, Tarcísio, Derrite, Motta:
Tarcísio de Freitas, Governador de SP, herdeiro bolsonarista, com laços apertados à Faria Lima, recebeu R$ 500 mil de doadores ligados a esquemas suspeitos.
Seu governo é acusado de falhar no controle do PCC – que cresceu em SP, inclusive com infiltração financeira.
Derrite é seu homem de confiança: ex-policial, licenciado para relatar o PL, mas com histórico putrefato, foi afastado da Rota por “excesso de letalidade”.
Guilherme Derrite, “carniceiro paulista relator que transformou um PL antifacções em escudo para o crime dos podres de chique da Faria Lima, ignora a expertise federal e prioriza estados, conveniente para governadores como Tarcísio, que poderiam barrar operações incômodas.
Hugo Motta: Presidente da Câmara, traíra compulsivo, deu carta branca a Derrite.
Motta é pré-candidato ao Senado e usa o cargo para vitrine bolsonarista. Simples assim.
Juntos, formam o “trio da tramoia”, como escreveu Reinaldo Azevedo na UOL: “Nem a PEC da Blindagem chegou tão longe.” A PF chamou o relatório de inaceitável e inconcebível”
Lula e Gleisi pressionam por veto. PT, PSOL e até a PF pedem mudanças radicais.
Afinal, é o maior ataque da história à PF.
Derrite deve apresentar versão ajustada hoje (11/11), mas o debate na Câmara é tenso e reativo por parte da esquerda.
Se passar sem freios, pode travar investigações nacionais.
O Planalto vê como “golpe político” em plena COP30.
Em resumo: é uma jogada para proteger os “cartéis” da elite financeira e política da direita, usando o PL como cavalo de Troia.
A Faria Lima não é só “rua do beija-mão” é o balde da lavagem, e essa PEC 2.0 fede a desespero pós-Carbono Oculto.
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