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Matéria Política

A direita, através da mídia, consegue produzir símbolos, mas não sustentá-los

Há uma legião de revoltados com a vida pessoal dando sopa na praça. São pessoas à procura de um Cristo qualquer para malhar, isso nada tem a ver com a condição social, mas com a forma de entender a vida. Então, essas pessoas que não demonstram um pingo de compaixão com as dezenas de milhares de mortos por Covid-19 no Brasil têm que alimentar o seu ódio cotidianamente, como uma horda de fanáticos beligerantes, vão sustentar seu ódio sempre. Antes, eram todos Moro, Cunha, Aécio, Collor, etc. e, hoje, com Bolsonaro, mas também Roberto Jefferson, Centrão e Queiroz.

O estímulo sistemático que mantém um marasmo no ambiente vindo da mídia com sua força de comunicação de massa, não vai se modificar. O mesmo rebanho que gravita como satélite em torno da Globo à caça de uma apoteose trágica e intensa, seguirá sendo organizado pelos barões da comunicação.

Essa pessoas são como boi de corte e sofrem influxos mentais desmensurado. A isso não se pode nomear de direita ou de extrema direita, sequer esse valor histórico negativo e o amargão coletivo podem ser considerados. São ovelhas que vivem de ficções forçadas e se tornam irredutíveis na própria fantasia conspiratória que criam ou compram para moldar seus miolos movediços.

Não é pela concepção ideológica, mas sim pelo ódio que esse bonde caminhará.

O que se tem a fazer é um trabalho bem organizado que mobilize as trincheiras a partir das camadas mais pobres da população, das mulheres, dos jovens, dos negros e de todos os grupos segregados, porque a esquerda já mostrou que não abandona seus sonhos. Sua resiliência depois do golpe em Dilma, de tão cristalizada, comove.

Dá sim para se sonhar com um Brasil muito melhor, para tanto há que se mergulhar cada vez mais num universo que permita que as ideias ganhem as mentes, porque, na outra ponta, não tem ninguém interessado em debater política, mas sim estimular sentimentos de ódio e vingança por pura frustração pessoal.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Bolsonaro matou nas últimas 24 horas 428 brasileiros por Covid-19

A Nero o que é de Nero.

Bolsonaro matou nas últimas 24 horas 428 brasileiros por seu incentivo ao fim do isolamento social, somando 6.329 óbitos. Parabéns aos bolsonaristas!

Grosso modo, Bolsonaro aliou-se ao vírus contra a população. E para aqueles que acham exagero colocar as mortes em seu colo, é bom lembrar a frase que o próprio vociferou, que tirando Mandetta do Ministério da Saúde, as mortes por Covid-19, cairiam no seu colo, mas era o preço que ele estava disposto a pagar.

Bolsonaro é o único caso no planeta que faz o coronavírus se agravar perigosamente no país, ainda mais agora quando o ministro da Saúde, Nelson Teich está totalmente subordinado às suas vontades, numa integração total e permanente entre o ministro e o presidente. O resultado não poderia ser outro e nem de exceção.

A multiplicação de mortes pela Covid-19 nessa última semana mostra que a situação no Brasil corresponde a uma guerra com todos os elementos característicos de terra arrasada. E a semente dessa degeneração com seus discursos carregados de ódio, preconceitos, mentiras, racismo e discriminação, tratando idosos como lixos, resíduos da sociedade de consumo, é Bolsonaro respaldado na ideia de que o lucro dos empresários é mais importante do que a vida das pessoas, condenando à morte quem ele considera inferior, no caso, as pessoas com mais idade.

Bolsonaro conseguiu o que queria, estabelecer uma confusão na sociedade que afrouxou sua própria precaução diante de um vírus extremamente letal que já contaminou mais de 3 milhões de pessoas no mundo e levou à morte somente no Brasil mais de 6 mil pessoas até o momento.

Isso, sem levar em consideração as subnotificações que autoridades sanitárias afirmam ser um número muito maior tanto de contaminação quanto de letalidade.

Então, pergunta-se: que direito tem um homem, por usar a faixa presidencial, de atacar a ciência em nome do lucro de uma liderança empresarial e financeira do país?

Bolsonaro não é apenas contrário à medicina, ele é opositor e, com isso, promove discursos criando uma competitividade entre a sobrevivência dos seres humanos e a do mercado, numa esquizofrenia sem qualquer parâmetro tanto do ponto de vista científico quanto do econômico e sem qualquer sentimento humano. Seu pensamento parte da sua miséria intelectual, do seu desprezo pela vida de quem não faz parte de sua família.

Que o Brasil seria atingido pelo coronavírus, disso ninguém tinha dúvidas, tal a sua extensão territorial, suas divisas e o fluxo internacional de pessoas no país, mas daí a chegar aonde chegou com tantas mortes, vai uma gigantesca distância.

Esse quadro trágico que se apresenta no Brasil é cem por cento culpa de Bolsonaro, porque muitos hospitais já entraram em colapso por seu incentivo a desobediência à quarentena. E ele não vai parar aí.

Ontem, com uma quantidade ainda maior de mortes pela Covid-19 do que hoje, Bolsonaro fez um discurso criminoso contra quem respeita a quarentena, dizendo que essas pessoas que estão dentro de casa respeitando a sua vida e a de outras pessoas são culpadas pela disseminação do coronavírus.

Somente essa declaração de Bolsonaro mostra o genocida que é, como tantos outros da história da humanidade. Não é por acaso que é repudiado em todo o mundo.

Na verdade, a impressão que se tem é a de que Bolsonaro fica em êxtase a cada brasileiro morto pela Covid-19 tal o seu discurso beligerante que sempre foi a marca do capitão da morte.

A Nero o que é de Nero.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Internautas se mostram estarrecidos com o ódio gratuito dos procuradores da Lava Jato a Lula

O Brasil começa a perceber que a natureza bruta do ódio, que virou matéria viva na direita brasileira, sai também do laboratório da Lava Jato para entrar na corrente sanguínea da classe média brasileira.

O clero dos filhos abastados do Estado, gente que vem das classes opulentas e dominadoras corre parelha com o linguajar de torturadores, assassinos e outros tipos de gente fria. Pior, os párias da Lava Jato, com um grande e vasto palavreado de ódio, dividido fora das luzes, é gratuito, uma ferocidade animalesca, grosseira, nostálgica dos tempos da ditadura. É só ver a grita de um deles chamando Lula de “safado”, outra dizendo que seu sofrimento pela perda do neto era “mimimi”.

Ali era tiro a esmo, sem qualquer motivo, mas que tinha o objetivo de atacar um alvo, Lula, de forma intensa. A impressão que dá é a de que concorriam para ver quem era o mais baixo, quem tratava com mais molecagem a dor de um ser humano com a perda de um ente querido. Até o choro de Lula mereceu galhofa dos cretinos, que juravam perante os holofotes da Globo nas suas coletivas serem imparciais, técnicos, sabedores das responsabilidades de um agente público ricamente pago pelo povo, incluindo regalias e privilégios.

O fato é que o que eles colocaram para fora nesse espetáculo de ódio e soberba é o nojo que eles têm dos pobres, nojo incubado nessa espécie de tutoria imperial. Essa gente é filha do preconceito que está ao seu redor, que tem o olhar de repulsa para o povo exilado do Estado, povo que Lula abraçou e protegeu numa gloriosa rede de programas sociais que mudou a cara do país.

Essa monarquiazinha dos filhos das classes dominantes cheios de caprichos, incapazes de compreender ou distinguir o que passa em termos de dor uma pessoa pobre, aderiu ao discurso mais vil desse país. Por isso falam de Lula rogando-lhe maldições traduzidas num vernáculo baixo ligado ao gênero mais puro do baixo nível intelectual, cínico e insensível.

O que mais deve irritá-los é ver Lula erguer a cabeça por saber que é, sem contestação, o vulto máximo da nossa história por ter sido nobre e generoso com os pobres. Aí está o motivo de seu cárcere e o ódio que cerca essa vexatória condenação para o Ministério Público, a Polícia Federal e o judiciário brasileiro.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas