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Queiroz reclama de abandono por Bolsonaro: “Castigo vem a cavalo”

O ex-policial militar Fabrício Queiroz, que foi acusado de operar esquema de rachadinhas, reclama de relação com Bolsonaro ter acabado.

O ex-policial militar Fabrício Queiroz comentou a relação com o clã Bolsonaro. Em entrevista à revista Veja, publicada nesta sexta-feira (15/12), Queiroz reclamou da ingratidão e indicou estar magoado com a família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), diz Guilherme Amado, Metrópoles.

“Bolsonaro foi presidente da República. Poderia arrumar algum lugar para eu trabalhar. Já hospedei em casa o Jair Renan, a filha da Michelle… Mesmo assim, nunca tive aceno deles. Até mesmo se eu fosse bandido, não deveria me abandonar. Mas não tem mágoa com a família nesse sentido. Mas a gente vê o que acontece quando tem ingratidão. O castigo vem a cavalo”, afirmou à Veja.

A relação do ex-policial com a família do ex-presidente acabou após o Ministério Público do Rio de Janeiro acusar Queiroz de operar um esquema de rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro, quando o filho “01” de Jair Bolsonaro era na Assembleia Legislativa do Rio. A denúncia, porém, foi anulada pela Justiça.

O ex-policial militar, na entrevista, indicou que, embora seja pressionado para denunciar ações de Bolsonaro, não tem nada para falar e que não guarda nenhum segredo. “E, se tivesse… A família dele não é melhor que a minha para ele sacrificar a minha família e a dele ficar bem. Porque a dele está bem. Na dele, todos são políticos, todos ganham bem. Vou segurar a viola deles para a minha se ferrar? Jamais”, contou.

Queiroz disse que a última vez em que falou com alguém da família Bolsonaro foi em 2022, época em que queria se candidatar a deputado estadual. Mas o apoio não ocorreu.

Reportagem da coluna de Rodrigo Rangel, do Metrópoles, revelou a pressão de Queiroz e a maneira como ele ainda empareda os Bolsonaro. As mensagens foram enviadas por WhatsApp a Alexandre Santini, ex-sócio de Flávio Bolsonaro, quando Queiroz e os Bolsonaro, em razão das investigações sobre as rachadinhas, vinham evitando o contato direto.

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Os dois homens de ouro do clã, Mauro Cid e Fabrício Queiroz, abriram fogo ontem contra os Bolsonaro.

Carluxo, comandante do gabinete do ódio, foi dedurado por Mauro Cid em delação premiada, e o clã ficou pendurado como alvo de tiro na birosca de Queiroz se dizendo indignado por ser tratado agora como leprozaço pelo o clã, que leva a vida de papo pro ar enquanto o carregador de piano do esquema de formação de quadrilha e peculato reclama que recebe farelo do patrão.

Na fala intimidatória, gravada por Queiroz, mandando um recado duro ao clã, ele alerta que tem material explosivo capaz de mandar os patrões para o inferno. Queiroz, todos sabem, era o gerente que recebia a parte da receita do clã no esquema. Ou seja, ele é um raio-x vivo dessa contravenção.

Está aí um assunto que o gado não comenta por ordem da casa.

Hoje, Cid e Queiroz são nomes proibidos no mundo patriota da terra plana, o que, por si só, mostra que existe mais mau-caratismo no pasto da ignorância do que se imagina. Essa gente é burra, mas é cínica e picareta tanto quanto o mito.

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Queiroz manda recado para o clã: estou leprozaço, mas estou vivo

Não tem como Bolsonaro se fingir de surdo ou tonto, Queiroz pode ser politicamente raquítico, mas como todos sabem, ele é uma espécie de Mauro Cid caixa-2, o faz tudo, o Apolo da picaretagem do clã.

É o torto, é o capenga, mas é quem põe a mão na merda, tanto que, antes mesmo de Bolsonaro assumir a presidência em 2019, estourou o escândalo, via Coaf, em que o espingolado Queiroz aparece como principal operador do esquema de rachadinha, ou seja, formação de quadrilha e peculato de Flávio Bolsonaro.

Aquele padrão comum que todo brasileiro sabe que o clã opera e foi justamente na conta de Michelle Bolsonaro que apareceram os depósitos feitos por Queiroz, que deram 4 anos de bafafá e nem uma explicação plausível do chefe do clã e, muito menos do primogênito.

Claro que Queiroz, quando ameaça, está falando de outros vai e vens que ele teve cintura para lidar e segurava na cacunda todos os rolos envolvendo o clã. O homem sempre esteve pronto, melhor dizendo, de prontidão para servir de mula da caravana de fantasmas devolviam 90% do salário para os Bolsonaro.

Lógico, Queiroz soltou esse pombo, em que coloca a espada na cabeça de Bolsonaro e a faca na nuca de Flávio, em acordo com o ex-sócio do 01, arregimentado pelo próprio para dar cores mais fortes às ameaças.

Queiroz manda recado para o clã, está duro e os filhos desempregados, quer um Pix gorducho e umas tetas parrudas do Estado para alimentar a filharada.

O recado está dado por Queiroz ao estilo, manda quem pode, obedece quem tem juízo. Deixou claro que não quer ser tratado como um encosto exorcizado.

 

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Em áudios, Queiroz empareda o clã Bolsonaro

Não é de hoje que se sabe que o notório Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, é um arquivo vivo capaz não apenas de complicar o filho 01 de Jair Bolsonaro, mas também o próprio ex-presidente, de quem foi muito próximo ao longo de anos.

No auge do escândalo das rachadinhas, o ex-assessor desapareceu e fez surgir uma pergunta que ficou marcada na história recente da política nacional: “Cadê o Queiroz?”. Tempos depois, ele foi encontrado pela polícia na casa do igualmente notório Frederick Wassef, um dos principais advogados da então primeira-família da República. Passou um tempo preso, mas logo deixou a cadeia.

caso das rachadinhas, cuja investigação oficial acabou enterrada no Judiciário, entrou para o extenso rol dos escândalos políticos do país que ficam sem punição. Queiroz, porém, continuou a ser um fantasma a assombrar a família Bolsonaro.

Na semana passada, mostramos aqui que ele recorria a Alexandre Santini, ex-sócio de Flávio Bolsonaro em uma loja de chocolates que segundo o Ministério Público foi usada para lavar dinheiro de origem ilícita, para mandar recados e pedir dinheiro. Eram, claramente, pagamentos que ele cobrava do clã para se manter em silêncio.

Agora, a coluna obteve um conjunto de áudios que revelam, em detalhes, a pressão de Queiroz e a maneira como ele ainda empareda os Bolsonaro, sob pena de abrir a boca e trazer à luz os bastidores de sua atuação nas transações heterodoxas em favor do clã.

As mensagens foram enviadas por WhatsApp a Santini quando Queiroz e os Bolsonaro, em razão das investigações sobre as rachadinhas, vinham evitando o contato direto.

Para além de pedir mais dinheiro na forma de “empréstimos” para serem quitados posteriormente não por ele próprio, mas por Flávio Bolsonaro, Queiroz admite que recebeu apoio financeiro, reclama por considerar que não vinha tendo tratamento igual ao de outros aliados dos Bolsonaro e diz, sem reservas, ter conhecimento de vários rolos relacionados à família.

O problema não é só dinheiro

Era fim de 2022. Fabrício Queiroz procurou Alexandre Santini porque estava precisando de socorro financeiro. Ele não sabia, mas Santini estava rompido com Flávio Bolsonaro. Os dois se aproximaram quando Flávio ainda era deputado estadual no Rio. Tornaram-se amigos. No auge do caso das rachadinhas, no qual ambos estiveram sob investigação do MP – Queiroz como operador do esquema e Santini como sócio da loja da Kopenhagen –, era por meio dessa conexão que o ex-assessor de Flávio mantinha contatos com a então família presidencial para pedir proteção e dinheiro.

Queiroz diz estar passando por dificuldades (“Você não tem noção da fogueira que eu tô pulando”), reclama que não teria sido suficientemente amparado e se gaba da lealdade ao clã. Dirigindo-se a Santini, ele afirma: “Se acontecesse com você o que aconteceu comigo, você bancava até o final também, (porque) tu é homem”.

Ameaça explícita
Os áudios mostram que a família de Fabrício Queiroz estava habituada a pedir auxílios de todo tipo a pessoas da estrita confiança do clã Bolsonaro. Até para pagar mensalidades da faculdade dos filhos o ex-assessor esperava contar com a ajuda da turma. Neste áudio, Queiroz conta que sua mulher havia procurado Victor Granado, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, pedindo dinheiro para colocar em dia os boletos do curso de uma de suas filhas, Evelyn Mayara. “Acumula, fica seis meses, ela liga, se não (pagar) ela não pode renovar a matrícula. Eles (referindo-se aos filhos de Jair Bolsonaro) fizeram faculdade, eles são tudo (formados em) faculdade particular, eles sabem como é que funciona isso”, queixa-se.

Soldado do clã

Ao se referir, mais uma vez, a outros aliados da família que estariam com a vida resolvida, Queiroz aponta a nomeação da mulher de Victor Granado no gabinete de Flávio no Senado (Mariana Frassetto Granado ocupa cargo comissionado desde 2019, com salário de pouco mais de R$ 20 mil) e diz que o próprio Granado teria parceria milionária com uma das advogadas de confiança do senador.

“A mulher do Victor tá lá pendurada no gabinete ganhando 20 mil, o Victor tá com um contrato milionário com a Luciana… Eu não sou otário, pô, eu sei de tudo, entendeu?”, diz. Ele afirma ainda ter informações de que vinha sendo criticado pelos filhos de Jair Bolsonaro e ameaça: “Eu quero falar isso com o amigo (Flávio), frente a frente. Porque, se for verdade, eu vou pro pau mesmo. Foda-se, eu sou homem pra c.”.

*Reportagem do Metrópoles

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Michelle Bolsonaro, a pudica do pau oco

O brasileiro, praticamente, não conhecia a primeira-dama. Quando Michelle foi apresentada à sociedade, o fato se deu no primeiro escândalo de corrupção envolvendo a própria e a figura mais proeminente do esquema de formação de quadrilha e peculato que descortinou pela mídia, a partir de cheques do gerente geral dos laranjas e fantasmas dos gabinetes da família.

Queiroz, possivelmente, é um dos personagens mais destacados na era Bolsonaro. Ele é uma espécie de cloroquina que servia de remédio para todo tipo de esquema do clã, atendendo perfeitamente bem a tarefa de organizar a coleta da grana grossa com os laranjas e fantasmas que, em muitos casos, pelo que se sabe, a escolha de Queiroz era em combinação com o clã.

De cara, ainda no processo de transição do governo Bolsonaro, explodiu o escândalo pelo Coaf, de uma série de depósitos feitos por Queiroz na conta de Michelle, o que a obrigou a sair de cena por um tempo. Até hoje esses depósitos não foram esclarecidos, assim como outros depósitos que totalizaram R$ 89 mil.

Agora, Michelle ressurge imantada de pudica de asas de ganso propondo uma guerra religiosa entre o bem e o mal. Certamente, Queiroz está do lado do bem, afinal, como dissemos, é o homem que depositava na conta da moça, o que não deixa de ser o retrato da cara dura, pior do que a hipocrisia do complexo bolsonarista.

Como disse o New York Times, tira o sono de Bolsonaro o medo de ser preso depois de uma eventual derrota e tem razões para isso.

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Protagonista do primeiro escândalo de corrupção do governo Bolsonaro, Michelle orou na convenção e Queiroz foi pra pelada

Enquanto Queiroz quer construir sua trajetória política com uma imagem de vigarista boa praça, o baixinho carequinha, amigo da garotada, Michelle assume protagonismo na convenção, falando em Deus mais de 40 vezes para atrair a simpatia de parte do eleitorado que mais rejeita Bolsonaro, as mulheres, que querem vê-lo longe do Palácio do Planalto. Apenas 1/4 das mulheres dizem que votarão nele.

Pode soar estranho dois personagens que estavam tão distantes na convenção, mas que estiveram tão próximos na mesma manchete durante esses quatro anos por inaugurarem uma série de escândalos sobre o esquema de peculato montado por Bolsonaro, chamado de rachadinha, em que, a princípio, o Coaf identificou depósito feito pelo miliciano Queiroz, parceiro de batalha de Adriano da Nóbrega e Bolsonaro, na conta da primeira dama, o que lhe deu a alcunha imediata de Micheque nas bocas malditas.

Enquanto Michelle fazia uma performance artística utilizando o estilo da beata recatada e rainha do lar, Queiroz, que furou o compromisso que fez com Flávio de ir à convenção de Bolsonaro, foi para uma pelada.

Os dois voltaram assim às manchetes de hoje, mas separados. Separados fisicamente, mas juntos na memória coletiva do povo, afinal, era a mão santa de Queiroz que depositava aquele dinheiro bento, cheio de luz, na conta da primeira dama, aquela que, ontem, apareceu imantada de pureza e ternura em nome da caça dos votos das mulheres.

Já Queiroz, que aposta num espírito mais folgazão, talvez tenha achado melhor não posar ao lado de figuras com imagens esturricadas, como é o caso de Arthur Lira e o próprio Bolsonaro que, em outras palavras, deu a Lira a faixa de capitão do seu time e homem que manda e desmanda no orçamento secreto.

Seja como for, o sabor amargo da convenção e lançamento da candidatura de Bolsonaro só aumenta, na medida em que a natureza dos fatos se encarrega de denunciar que tipo de gente está no controle do país em que a sociedade cobra a cada dia com mais intensidade que sejam removidos a fórceps do Palácio do Planalto no dia 2 de outubro.

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Até Queiroz, o bagaço que sobrou do bolsonarismo, não foi ao lançamento da candidatura de Bolsonaro

Todos sabem que hoje Queiroz detém sozinho 3% de gordura, se muito, do que sobrou do bolsonarismo.

Conhecido como Hércules das rachadinhas, o homem que durante décadas se dedicou integralmente a indicar e gerenciar laranjas, fantasmas e espantalhos, foi usado por Bolsonaro para alimentar todo o esquema de peculato do clã.

Ou seja, Queiroz não é exatamente um produto indicado para ser agitado antes de abrir, pois tem uma energia represada de maneira tão integral sobre os negócios ocultos do clã que é capaz de fazer um estrago maior do que um caminhão pipa carregado de nitoglicerina.

Não foi sem motivos que, durante todo esse tempo, o personagem se transformou numa logo do clã familiar que governa o país, foi mantido na geladeira em alta temperatura, pois, nesse caso nem cabia e muito menos ele aceitaria ser mantido em lugar seco e pouco arejado, já que inúmeras vezes deixou claro que poderia ferver e deixar o leite transbordar.

Nessa eleição, porém, Queiroz decidiu ser parte do ingrediente político da família bolsonarista, o que, tudo indica, causou urticária não confessada no presidente, mas que, ao mesmo tempo, não há como inspecioná-lo 24 horas e, portanto, não estava disposto a ser um misto de pato com peru de natal.

Então, fica a pergunta, por que esse candidato se lançará na aventura de tentar a Câmara Federal par e passo com a tentativa de reeleição de Bolsonaro e não foi ao evento de lançamento?

A essa altura do campeonato, quem prejudica mais a imagem de quem, Queiroz a Bolsonaro ou o contrário?

Uns dizem que Bolsonaro queria Queiroz longe do palanque no dia do lançamento de sua reeleição, outros juram que não, que, na verdade, Queiroz assumiu o compromisso de ir ao evento, mas deu bolo.

Seja como for, Queiroz não deixa de ser a porção que sobrou do bolsonarismo tradicional que nada tem a ver com o atual bolsonarismo atrelado ao Centrão. O que deixa claro que, se comparado à campanha de 2018, até a quantidade de porcarias que Bolsonaro catapultou, se não chega a ser cinza, cheira a chulé como parmezão ralado e vencido, simplesmente não tem sequer estampa, mesmo que mistificadora da cômica nova política.

E, se nem o bagaço da laranja esteve na feijoada de Bolsonaro hoje, é sinal de que, além do feijão ter bem mais água do que caroço, o restante da gororoba ficou a dever quando deu as caras ou simplesmente não foi notado.

Como dissemos em outro texto, há um não sei o quê de descompasso no reino bolsonarista em que determinadas peças-chave representam a gota de um processo que transborda ineficiência, falta de comando e coesão de peso.

Só o fato de Queiroz não ter ido ao evento de Bolsonaro e isso virar notícia no jornalismo tradicional, já escancara que aquele bolsonarismo extra de 2018 não existe mais, o que há é um creme ralo e fadigado de quatro anos de desgaste de um governo que simplesmente não aconteceu, para ser mais claro, inexistiu.

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Na hierarquia do clã Bolsonaro, Queiroz e Wassef têm patente de general e Braga Netto de recruta zero

Para começar a conversa, pergunta a ser feita sobre Braga Netto não é o que ele fala, mas quem se importa com o que ele fala.

Se ele vem com o já exaurido fetiche de golpe, se Bolsonaro não vencer as eleições, sejamos francos, não vale a pena gastar uma banana com ele.

Braga Netto não pode sequer ser chamado de general água e sal pela sustança jurídica que seu extrato apresenta. Ele não é alguém considerado o verde Olavo e, muito menos um Hércules medalhonado que tenha força voz de verdade nas quatro linhas do comando das Forças Armadas.

Se hoje, Bolsonaro utiliza Braga Netto como agente químico para dar algum sentido à campanha, é a de neutralidade, ao melhor estilo “muito ajuda quem não atrapalha”.

Por isso, suas palavras a empresários na última sexta-feira têm valor politicamente nulo, para não dizer inútil e descartável.

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Cai Milton Ribeiro, o Queiroz de Bolsonaro no MEC

Se o sujeito caiu a partir do escândalo dos pastores vigaristas que se alojaram dentro do MEC, através do áudio do próprio ministro da Educação, Milton Ribeiro, não se pode esquecer a sua última frase, “a pedido de Bolsonaro”.

Ou seja, esta, de todas as frases absurdas ditas por Ribeiro, é a mais grave, porque o próprio afirma que foi a partir das ordens do presidente da República, o que faz lembrar o esquema padrão do clã com Queiroz na formação de quadrilha para cometer peculato, também chamado de rachadinha.

Pasmem! Bolsonaro ainda é candidato à reeleição, o que acabou provocando a combustão que explodiu no colo do ministro.

Mas todos sabem que essa bomba é muito maior e tem potência ilimitada. Ela não era de uso exclusivo do ministro e nem do MEC, mas o modus operandi que, neste caso, era convertido em ouro como pagamento de propina é o mesmíssimo do esquema que Bolsonaro organizou em família com Queiroz e cia.

Na verdade essa era a matéria prima que dava energia aos negócios dos pastores escroques dentro do Ministério da Educação.

Agora é saber aonde essa crise moral vai dar, porque não tem como ficar apenas na degola de Ribeiro.

A conferir.

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Ficha de Barroso caiu tarde demais

Há uma brutal diferença entre o que diz o ministro lavajatista Luis Roberto Barroso e o que ele pensa e faz.

O jornalista Bernardo Mello Franco, em artigo publicado no jornal O Globo nesta sexta-feira, tira a carapaça de Barroso.

Como bem apontou Mello Franco: ” Bolsonaro disse que “o Exército determinará os ‘próximos passos’ do processo eleitoral e que as Forças Armadas serão ‘fiadoras da lisura das eleições’. A tarefa nunca esteve prevista na Constituição”.

Outra observação fundamental do artigo: “Em dezembro, a Corte ofereceu o cargo de diretor-geral ao general Fernando Azevedo e Silva. Ele aceitou o convite e marcou a data da posse. No início da semana, anunciou sua desistência. Alegou razões de saúde e deixou o tribunal com um abacaxi. O general não tinha credenciais para atuar como guardião da legalidade. Como ministro do governo Bolsonaro, celebrou o golpe de 1964 como um ‘marco para a democracia’. Os defensores da sua presença sonhavam atrair a simpatia dos quartéis. Na prática, legitimaram a ideia da tutela militar sobre a eleição”
Mello Franco ainda sublinha: O TSE ainda abriu as portas ao general Heber Portella, indicado pelo ministro Braga Netto para um certo comitê de transparência”

Barroso, em seu discurso de despedida do TSE, disse: “Estou presumindo que as Forças Armadas estão aqui para ajudar a democracia brasileira. E não para municiar um presidente que quer atacá-la”

E Mello Franco foi cirúrgico: “talvez a ficha tenha caído tarde demais”.

E vou mais a frente. Se Barroso não tivesse impedido a participação de Lula como queria a ONU, com certeza o resultado da eleição seria outro em 2018 e Bolsonaro, que hoje ameaça a democracia com um golpe militar, estaria preocupado apenas em ver a planilha organizada pelo miliciano Fabrício Queiroz que gerencia os negócios do clã no submundo do crime de peculato e formação de quadrilha.

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