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Justiça

Macalé, o novo personagem que teria intermediado contratação de Ronnie Lessa para matar Marielle Franco

Homem, que seria do bairro de Oswaldo Cruz, na Zona Norte do rio, também participou das operações de monitoramento dos passos da vereadora Marielle Franco antes do crime.

De acordo com a delação de Élcio Queiroz, a contratação de Ronnie Lessa para matar a vereadora Marielle Franco teria sido intermediada por Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé. Ele era sargento da Polícia Militar e foi executado em novembro de 2021.

À época, testemunhas contaram que ele caminhava pela Avenida Santa Cruz, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, em direção ao seu carro, uma BMW, quando foi abordado por homens em um veículo branco. O policial foi atingido por vários disparos e morreu no local. O delator disse ainda que Macalé teria participado das “campanas” feitas para vigiar os passos de Marielle na preparação para o crime. “Inclusive foi através do Edimilson que trouxe… vamos dizer, esse trabalho pra eles; essa missão pra eles foi através do Macalé que chegou até o Ronnie”, disse Queiroz aos investigadores.

Durante as investigações foram identificadas ligações entre Ronnie e Macalé que coincidem com ligações entre Macalé e Maxwell Simões, o ex-bombeiro preso na operação realizada nesta segunda-feira. Essas ligações teriam se intensificado nos dias imediatamente após o crime.

Preso nesta segunda-feira durante a Operação Élpis, do Ministério Público do Rio e da Polícia Federal, o ex-sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Correa, o Suel, já havia sido detido anteriormente, em 2020. Ele é apontado como cúmplice do ex-sargento da Polícia Militar Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes. Suel, de acordo com as investigações, ajudou no descarte de armas escondidas por Lessa.

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Política

Pra Bolsonaro que ajudou Ronnie Lessa e condecorou Adriano da Nóbrega o indulto de Daniel Silveira é fichinha.

Bolsonaro, não só condecorou, na cadeia, o miliciano Adriano da Nóbrega, chefe da milícia de Rio das Pedras com a maior honraria do Estado do Rio, a medalha Tiradentes, assim como o colocou a sua mãe e irmã na folha de pagamento do gabinete de Flávio gerenciado pelo comparsa de Adriano, o icônico Queiroz, que fazia a gestão da “rachadinha”, esquema de peculato e formação de quadrilha.

Adriano, que também comandava o Escritório do Crime, era considerado um herói por Bolsonaro.

Como bem pontuou Guilherme Boulos em seu twitter: “Irmã de miliciano ligado a Bolsonaro fala que o governo ofereceu cargos em troca de seu assassinato! “Já tinham dado cargos comissionados no Planalto pela vida dele”. O Presidente da República é acusado de ser mandante de homicídio!”

Detalhe: Eduardo Bolsonaro estava na Bahia no dia da execução de Adriano da Nóbrega. Até hoje sua agenda daquele dia não foi divulgada.

É bom lembrar que Bolsonaro concedeu indulto ao deputado que quebrou a placa de Marielle Franco, segundo a Polícia do Rio, assassinada por Ronnie Lessa e Elcio Queiroz.

Ronnie Lessa, como todos sabem, morava no mesmo condomínio do seu Jair, na Barra da Tijuca, a cinquenta passos da casa de Bolsonaro.

Ronnie Lessa também confirmou à Veja ter sido ajudado por Bolsonaro em 2009.

Com esses pequenos fatos, tem alguém que ainda se surpreende com o indulto de Bolsonaro a Daniel Silveira?

Por isso também a pergunta que está sendo feita nas redes sociais é: O próximo a ganhar indulto de Bolsonaro, será Ronnie Lessa?

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A pergunta que nunca quis se calar: por que Moro, como ministro, não investigou o tráfico de armas do vizinho de Bolsonaro e assassino de Marielle?

Não há qualquer dúvida de que Sergio Moro, quando super ministro da Justiça e Segurança Pública, não quis investigar o tráfico de armas do vizinho de Bolsonaro, Ronnie Lessa que assassinou Marielle.

Isso está claro e aparece em qualquer resumo sobre essa macabra coincidência.

No exercício de suas funções, Moro não só tinha o Ministério Público Federal e Polícia Federal com capacidade técnica para tratar desse caso de forma objetiva, como vimos acontecer hoje.

Mas Ronnie Lessa, que está ligado, num outro grau de coincidência, ao clã Bolsonaro por não só ser comparsa do escritório do crime de Adriano da Nóbrega, que foi tratado por Bolsonaro com a maior condecoração da Alerj, dentro da cadeia, como também era chamado de patrãozão em Rio das Pedras, local que acolheu Queiroz por um bom tempo, justamente pela ligação deste, que era gerente dos negócios do clã Bolsonaro, ao esquema de peculato e formação de quadrilha.

Então, voltamos à seguinte questão, por que Moro mutilou ou fingiu que não viu que Ronnie Lessa estava com 117 fuzis? Instrução superior? Por que Moro não fala desse seu passado recente tanto quanto menciona o modelo de combate à corrupção e de combate ao crime organizado?

Hoje as relações de Moro e Bolsonaro são antagônicas, no entanto, isso não impede que a mídia lhe cobre o nível de integração do ministro da Justiça e Segurança Pública com o tratamento de blindagem que dava ao clã, a começar por esse exemplo, porque naquela época, Bolsonaro, Carluxo, Queiroz, Flávio e moro estavam todos num mesmo saco. Basta lembrar que não foi uma ou duas vezes que Moro considerou natural os processos de repasses de Queiroz aos membros da família Bolsonaro, sobretudo Michelle, usando o cargo de ministro para carimbar como oficial as suas próprias declarações.

Aqui são duas questões, por que Moro não fala sobre isso, respaldado apenas no silêncio? Por que a mídia até hoje se comporta como se Moro ainda fosse o herói de barro da Lava Jato? Claro, ela não quer lhe causar maiores problemas e, por isso finge que esse capítulo de sua passagem pelo ministério jamais aconteceu.

Esse acordo tácito é vitalício?

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Cotidiano

Ronnie Lessa, assassino de Marielle, é alvo de operação contra tráfico internacional de armas

A PF (Polícia Federal) deflagrou hoje (15) a operação Florida Heat para desarticular um grupo criminoso responsável por tráfico internacional de armas com envio dos itens dos Estados Unidos para o Brasil. Segundo o jornal O Globo, entre os alvos de mandados da operação está o PM reformado Ronnie Lessa preso sob acusação de ter matado a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018. Lessa está preso na Penitenciária de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

A defesa de Lessa declarou na manhã de hoje que ainda “não teve ao conteúdo desse mandado de prisão”.

A ação da PF é realizada em conjunto com o MPF (Ministério Público Federal), Ministério Público Estadual, Gaeco/RJ e apoio da Unidade de Polícia Pacificadora – UPP Macacos e ocorre simultaneamente no Brasil e no estado da Flórida, nos EUA. O órgão afirmou que ao chegar no Brasil, os armamentos eram posteriormente distribuídos para traficantes, milicianos e assassinos de aluguel.

Segundo o órgão, aproximadamente 50 policiais, membros do GAECO/MPF e agentes norte-americanos, cumprem sete mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão na operação Florida Heat — nomeada em referência ao estado onde “as armas eram enviadas ao Brasil pelo grupo criminoso”.

Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e são cumpridos pelos agentes no Rio de Janeiro, Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde Lessa está preso, e em Miami, nos Estados Unidos, com cooperação da Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI) da Embaixada dos Estados Unidos.

“As investigações, que já duram cerca de dois anos, desvendaram a existência de um grupo responsável pela aquisição de armas de fogo, peças, acessórios e munições nos EUA e, posterior, envio ao Brasil”, esclareceu a PF.

O UOL tenta contato com a PF, MPF e Ministério Público do Rio de Janeiro. Em caso de respostas, a nota será atualizada com os posicionamentos.
Chegada dos armamentos ao Brasil

A entrada dos armamentos em território brasileiro ocorria, segundo o órgão, através de rotas marítimas (com contêineres) e aéreas (por encomendas postais), e passava pelos estados do Amazonas, São Paulo e Santa Catarina, com o objetivo de chegar a uma casa no bairro de Vila Isabel, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro.

“Na maioria das vezes, o material era acondicionado dentro de equipamentos como máquinas de soldas e impressoras, despachados juntamente a outros itens como telefones, equipamentos eletrônicos, suplementos alimentares, roupas e calçados.”

A PF ainda afirmou que quando o armamento chegava ao destino, em Vila Isabel, os itens eram “retirados pelos integrantes da célula no Rio de Janeiro — responsável pela usinagem e montagem do armamento, com auxílio de impressoras 3D (Ghost Gunner) —, que eram posteriormente distribuídos para traficantes, milicianos e assassinos de aluguel”.

O envio do dinheiro para a compra dos armamentos era realizado do Brasil para os EUA por meio de doleiros.

Durante as investigações foi apurado que um brasileiro, dono de churrascarias na cidade norte-americana de Boston, em Massachusetts, recebia uma parcela do dinheiro enviado do Brasil e repassava aos compradores dos armamentos que viviam nos EUA.

O bando investia o dinheiro adquirido com o tráfico de armas em imóveis residenciais, criptomoedas, ações, veículos e embarcações de luxo. Além das medidas judiciais já citadas, foi decretado o sequestro de bens, avaliados em cerca de R$ 10 milhões. Ao longo da investigação, foram apreendidos milhares de armas, peças, acessórios e munições de diversos calibres, tanto no Brasil, quanto nos EUA. Polícia Federal

O órgão comentou a colaboração entre autoridades brasileiras e norte-americanas e classificou a cooperação como responsável por “otimizar os resultados alcançados contra o grupo criminoso”.

Os investigados poderão responder pelos crimes de tráfico internacional de armas, organização criminosa e lavagem de capitais.

*Com Uol

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Ronnie Lessa, assassino de Marielle complica Bolsonaro

Se a história contada por Bolsonaro sobre sua relação com o vizinho, Ronnie Lessa, que morava na mesma rua, a 50 metros de sua casa, já era imbricada como um labirinto, as declarações de Lessa em entrevista na Veja traz dados que, aos invés de entender ou acreditar na versão do atual presidente da República, amplia a quantidade de questões não respondidas até aqui pelo mesmo.

Ronnie Lessa acusa o ex-policial do Bope, Adriano da Nóbrega de ter executado Marielle Franco.

Aí chama atenção o fato de um segundo suspeito ter relação ainda mais íntima com Bolsonaro, afinal, foi a seu mando que Flávio Bolsonaro medalhonou, dentro da cadeia, com a mais alta condecoração da Alerj, o chefe do escritório do crime chamado de “patrãozão” em Rio das Pedras, sem falar que a família inteira está envolvida em lavagem de dinheiro e peculato, carinhosamente chamado de rachadinha.

A coisa toma mais dramaticidade quando Ronnie Lessa confirmou que recebeu ajuda do presidente Jair Bolsonaro no fim de 2009 — embora afirme que mal o conhece. Depois de perder parte da perna esquerda na explosão de uma bomba em seu carro, ele conta que o presidente, então deputado federal, intercedeu para que seu atendimento fosse priorizado na Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR), no Rio de Janeiro. “Bolsonaro era patrono da ABBR. Quando soube o que aconteceu, interferiu.

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Advogado do assassino de Marielle tem cargo de confiança no governo Bolsonaro

Ronnie Lessa foi contratado por ex-vereador Cristiano Girão para executar desafeto. Esposa e irmã de Girão, que foi condenado e preso por chefiar milícia na zona oeste do Rio, foram defendidas por advogado nomeado por Eduardo Pazuello em cargo comissionado no governo Bolsonaro.

Preso em março de 2019 no condomínio Vivendas da Barra, em casa vizinha a de Jair Bolsonaro, como responsável por apertar o gatilho da submetralhadora HK MP5 que disparou os tiros que assassinaram a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, o PM reformado Ronnie Lessa perambulava pela zona obscura que liga as milícias ao submundo da política no Rio de Janeiro.

E é neste porão onde pode ser encontrada a resposta para uma pergunta que se repete há mais de três anos: Quem mandou matar Marielle Franco?

O último ato das promotoras Simone Sibílio e Letícia Emile, que integravam a força-tarefa entre o Ministério Público do Rio de Janeiro e a Polícia Civil, pode ser o elo que faltava para ligar as milícias ao submundo da política fluminense.

As duas promotoras ofereceram denúncia após concluírem que Cristiano Girão, ex-vereador e ex-chefe da milícia de Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio, contratou Ronnie Lessa para executar o ex-policial André Henrique da Silva Souza, o André Zóio, e sua companheira, Juliana Sales de Oliveira, de 27 anos, crimes ocorridos em 14 de junho de 2014.

Cristiano Girão Matias foi vereador do Rio pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN), hoje não tem mais filiação partidária. Em 2009, foi condenado por chefiar a milícia da Gardênia Azul, em Jacarepaguá, zona Oeste do Rio, e perdeu o mandato.

Depois de ficar preso por oito anos, cumprindo pena por formação de quadrilha, ele foi beneficiado por um indulto em agosto de 2017 e está em liberdade condicional desde então.

Advogado no governo Bolsonaro

Além de Cristiano, a mulher, Samanta Girão, e a irmã, Roselaine Girão, foram investigadas por suspeitas de pertencer ao grupo paramilitar do ex-policial civil Wallace de Almeida Pires, o Robocop, que comandou a milícia Gardênia Azul na época em que Girão esteve preso.

A mulher e a irmã de Girão foram defendidas pelo advogado criminalista Zoser Hardman de Araújo, que foi nomeado pelo general Eduardo Pazuello como assessor especial do Ministério da Saúde no dia 20 de maio com salário de R$ 13.623,39.

No governo, Zoser é um dos principais responsáveis por desenvolver a estratégia de contra-informação na CPI do Genocídio.

*As informações são da Forum

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Faz três anos que Marielle foi assassinada pelo vizinho de Bolsonaro em plena intervenção militar no Rio

Três anos depois do assassinato de Marielle, a polícia não chegou sequer no 3º homem que estava no carro dos assassinos.

Enquanto Bolsonaro estimula seu gado para, em pleno domingo, ir às ruas aumentar a transmissão de Covid no momento em que o país bate novo recorde de média móvel de mortes.

Tanto no Brasil quanto no exterior o assassinato de Marielle é lembrado e, junto, a lembrança do assassino que era vizinho de Bolsonaro, sendo que o crime ocorreu em plena intervenção militar na Segurança Pública no Rio e jamais deu qualquer resposta ou ajuda para elucidar o caso.

O que se sabe é que o assassino de Marielle, Ronnie Lessa, também era traficante internacional de armas e fornecia armamento pesado para as principais milícias da zona oeste do Rio, principalmente para a milícia de Rio das Pedras que era comandada por Adriano da Nóbrega, miliciano que tinha relação estreita com Queiroz que, por sua vez, mantinha a família do miliciano morto na Bahia no esquema de lavagem de dinheiro e peculato comandado por Flávio Bolsonaro.

Adriano, como todos sabem, foi morto na Bahia por um suposto confronto com a polícia, no dia em que Eduardo Bolsonaro estava na Bahia, sem que se saiba até hoje qual o motivo de sua viagem à capital baiana e, muito menos a sua agenda no estado.

Nesses três anos, até Moro, ainda ministro de Bolsonaro, envolveu-se diretamente no caso.

Moro mobilizou a PF para “interrogar” o porteiro do condomínio Vivendas da Barra, aonde o clã Bolsonaro tem duas casas, uma de Jair e, a outra, de Carlos.

O que motivou esse aparelhamento da PF por Moro para pressionar o porteiro foi a sua afirmação, em depoimento à Polícia Civil e MP-RJ foi a de que Jair Bolsonaro é quem deu ordens a ele para a entrada de Elcio de Queiroz, comparsa de Ronnie Lessa, no crime de Marielle no mesmo dia em que ela foi morta.

O fato é que Moro conseguiu o que queria. O porteiro mudou sua versão e, de forma surpreendente, nunca mais se ouviu falar dele. Nem se sabe se ele continuou trabalhando no condomínio.

O fato é que a morte de Marielle é cercada de muitas e macabras coincidências e nenhuma solução.

Segue a pergunta: quem mandou matar Marielle?

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Há mil dias o vizinho de Bolsonaro saiu do Vivendas da Barra para assassinar Marielle

Há mil dias o vizinho de Bolsonaro saiu do Vivendas da Barra para assassinar Marielle e a polícia até hoje não sabe quem foi mandante.

Uma matéria da Veja revela que o miliciano do escritório do crime que tinha ligação direta com outro miliciano, o mesmo que foi condecorado por Bolsonaro. Pois bem, ambos filiaram-se ao Psol poucos dias após a eleição de Marielle em 2016. Os dois também são integrantes da milícia de Rio das Pedras.

Não por acaso a data da filiação dos dois milicianos ao Psol coincide com o dia em que o policial reformado Ronnie Lessa, vizinho de Bolsonaro no Vivendas da Barra, começou a fazer busca pelo nome do, então deputado estadual, Marcelo Freixo (Psol). Lessa, que é considerado pela Polícia Civil, o maior traficante de armas pesadas do Rio de Janeiro, tendo em sua posse 117 fuzis quando foi preso, era também fornecedor das milícias da zona oeste.

Outro fato curioso é o sumiço do porteiro do condomínio de Bolsonaro que, no seu primeiro depoimento, disse à polícia que a ordem para liberação da entrada do comparsa de Ronnie Lessa, Elcio de Queiroz, no dia do assassinato de Marielle, foi dada pelo Seu Jair da casa 58. No entanto, o porteiro mudou sua versão após Moro, como ministro da Justiça e Segurança Pública, comandar uma operação da PF para inquirir novamente o porteiro de quem nunca mais se ouviu falar.

Aqui são somente alguns fatos resgatados para sequenciar os mil dias do assassinato de Marielle e o que foi estruturado antes de sua morte em torno do Psol pela polícia de Rio das Pedras.

Até aqui, sabe-se pouco do que está por baixo do tapete. Lembrando também que a ligação principal da família Bolsonaro com Adriano da Nóbrega, deu-se através de Queiroz, hoje em prisão domiciliar, o mesmo Queiroz que depositou R$ 89 mil na conta de Michelle Bolsonaro que, até hoje não se tem resposta dela e nem de Bolsonaro para explicar o depósito.

O mistério sobre a morte de Marielle e Anderson, por mais inacreditável que pareça, continua sem resposta.

*Da redação

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Política

Milicianos se filiaram ao PSOL em 2016; polícia apura se foi para monitorar Marielle

Dois milicianos que atuavam como braço financeiro do Escritório do Crime se filiaram ao PSOL, partido de Marielle Franco – assassinada com o motorista Anderson Gomes em uma emboscada a tiros no Estácio, bairro da região central do Rio de Janeiro, em 14 de março de 2018 – logo após as eleições municipais de 2016, ano em que a vereadora foi eleita como a 5ª mais votada do ranking geral da Câmara dos Vereadores, com mais de 46 mil votos. Nesta terça-feira, 8, o crime completa mil dias sem apontar quem mandou matar Marielle e Anderson, tampouco o porquê. A principal tese que vigora hoje dentro das investigações é que a motivação tenha sido uma vingança contra o partido, mas, principalmente, contra o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL), cacique da legenda, amigo pessoal e correligionário da parlamentar.

A informação sobre as filiações, obtida com exclusividade por VEJA, reposiciona o setorizado grupo de milicianos e sicários formado por Adriano Magalhães da Nóbrega, ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope), novamente no caso Marielle. Um dos milicianos que se filiou ao PSOL era homem de extrema confiança do capitão.

A adesão dos dois milicianos ao PSOL ocorreu na mesma data: 19 de novembro de 2016, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os investigadores verificam se a entrada do consórcio criminoso nos quadros do partido ocorreu com fins de infiltração para avaliar a dinâmica da sigla e monitoramento de agendas, congressos e eventos da legenda de Marielle.

“Nada, absolutamente nada está descartado no caso Marielle”, declarou a VEJA o novo titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Moysés Santana. As filiações dos milicianos são investigadas desde meados do ano passado, quando a especializada estava sob comando do delegado Daniel Rosa, que deixou o cargo em setembro deste ano, como VEJA mostrou. O delegado Moysés Santana afirmou ainda que está avaliando a quebra de sigilo telemático dos dois milicianos que se filiaram ao PSOL – ela já foi feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio no âmbito das Operações Intocáveis 1 e 2.

As filiações ocorreram exatos 20 dias depois do 2º turno das eleições municipais daquele ano, quando o então candidato Marcelo Freixo (PSOL) foi derrotado pelo ex-prefeito e bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, Marcelo Crivella (Republicanos). Marielle, por sua vez, tinha sido eleita no 1º turno em 2 de outubro, quase um mês e meio antes das filiações dos milicianos do Escritório do Crime.

O PM reformado Ronnie Lessa, que está preso juntamente ao ex-PM Élcio de Queiroz na Penitenciária Federal de Porto Velho, são os réus pelo crime. Eles teriam sido o atirador e o motorista do Chevrolet Cobalt prata clonado que emboscou o carro da vereadora e de seu motorista. De acordo com os investigadores fluminenses, Lessa não seria um integrante direto do Escritório do Crime. “Mas todos nós sabemos que eles mantinham relações”, analisou o delegado-titular da DH.

Lessa manteve com a mulher, Elaine Lessa, uma academia de ginástica bastante rentável no miolo de Rio das Pedras, comunidade carioca da Zona Oeste que sediava uma miríade de atividades ilegais do Escritório do Crime, até meados de 2016, quando vendeu o empreendimento e saiu às pressas do local. Mais de 20 fontes ouvidas por VEJA ao longo dos últimos mil dias não souberam precisar o que houve e por que o PM reformado teve que se desfazer do negócio, mas a suspeita é que tenha havido algum tipo de desentendimento entre Lessa e capitão Adriano.

A visão das autoridades fluminenses sobre Lessa ser ou não do Escritório do Crime diverge do depoimento prestado por outro miliciano, Orlando de Araújo de Oliveira, o Orlando da Curicica, ao Ministério Público Federal. As revelações geraram o que se chamou de “investigação da investigação”, um inquérito sigiloso e paralelo que tramitou sob comando da ex-procuradora geral da República, Raquel Dodge, a partir de agosto de 2018. Curicica aponta Lessa como um dos membros da célula criminosa.

Trecho do inquérito de federalização do caso Marielle; miliciano Orlando da Curicica revelou existência do Escritório do Crime

lle Franco (PSOL-RJ); crime completa mil dias sem apontar os mandantes Facebook/Reprodução

Dois milicianos que atuavam como braço financeiro do Escritório do Crime se filiaram ao PSOL, partido de Marielle Franco – assassinada com o motorista Anderson Gomes em uma emboscada a tiros no Estácio, bairro da região central do Rio de Janeiro, em 14 de março de 2018 – logo após as eleições municipais de 2016, ano em que a vereadora foi eleita como a 5ª mais votada do ranking geral da Câmara dos Vereadores, com mais de 46 mil votos. Nesta terça-feira, 8, o crime completa mil dias sem apontar quem mandou matar Marielle e Anderson, tampouco o porquê. A principal tese que vigora hoje dentro das investigações é que a motivação tenha sido uma vingança contra o partido, mas, principalmente, contra o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL), cacique da legenda, amigo pessoal e correligionário da parlamentar.

A informação sobre as filiações, obtida com exclusividade por VEJA, reposiciona o setorizado grupo de milicianos e sicários formado por Adriano Magalhães da Nóbrega, ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope), novamente no caso Marielle. Um dos milicianos que se filiou ao PSOL era homem de extrema confiança do capitão.

A adesão dos dois milicianos ao PSOL ocorreu na mesma data: 19 de novembro de 2016, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os investigadores verificam se a entrada do consórcio criminoso nos quadros do partido ocorreu com fins de infiltração para avaliar a dinâmica da sigla e monitoramento de agendas, congressos e eventos da legenda de Marielle.

“Nada, absolutamente nada está descartado no caso Marielle”, declarou a VEJA o novo titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Moysés Santana. As filiações dos milicianos são investigadas desde meados do ano passado, quando a especializada estava sob comando do delegado Daniel Rosa, que deixou o cargo em setembro deste ano, como VEJA mostrou. O delegado Moysés Santana afirmou ainda que está avaliando a quebra de sigilo telemático dos dois milicianos que se filiaram ao PSOL – ela já foi feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio no âmbito das Operações Intocáveis 1 e 2.

As filiações ocorreram exatos 20 dias depois do 2º turno das eleições municipais daquele ano, quando o então candidato Marcelo Freixo (PSOL) foi derrotado pelo ex-prefeito e bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, Marcelo Crivella (Republicanos). Marielle, por sua vez, tinha sido eleita no 1º turno em 2 de outubro, quase um mês e meio antes das filiações dos milicianos do Escritório do Crime.

O PM reformado Ronnie Lessa, que está preso juntamente ao ex-PM Élcio de Queiroz na Penitenciária Federal de Porto Velho, são os réus pelo crime. Eles teriam sido o atirador e o motorista do Chevrolet Cobalt prata clonado que emboscou o carro da vereadora e de seu motorista. De acordo com os investigadores fluminenses, Lessa não seria um integrante direto do Escritório do Crime. “Mas todos nós sabemos que eles mantinham relações”, analisou o delegado-titular da DH.

Lessa manteve com a mulher, Elaine Lessa, uma academia de ginástica bastante rentável no miolo de Rio das Pedras, comunidade carioca da Zona Oeste que sediava uma miríade de atividades ilegais do Escritório do Crime, até meados de 2016, quando vendeu o empreendimento e saiu às pressas do local. Mais de 20 fontes ouvidas por VEJA ao longo dos últimos mil dias não souberam precisar o que houve e por que o PM reformado teve que se desfazer do negócio, mas a suspeita é que tenha havido algum tipo de desentendimento entre Lessa e capitão Adriano.

A visão das autoridades fluminenses sobre Lessa ser ou não do Escritório do Crime diverge do depoimento prestado por outro miliciano, Orlando de Araújo de Oliveira, o Orlando da Curicica, ao Ministério Público Federal. As revelações geraram o que se chamou de “investigação da investigação”, um inquérito sigiloso e paralelo que tramitou sob comando da ex-procuradora geral da República, Raquel Dodge, a partir de agosto de 2018. Curicica aponta Lessa como um dos membros da célula criminosa.
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Trecho do inquérito de federalização do caso Marielle; miliciano Orlando da Curicica revelou existência do Escritório do Crime
Trecho do inquérito de federalização do caso Marielle; miliciano Orlando da Curicica revelou existência do Escritório do Crime Procuradoria-Geral da República/Reprodução

As filiações vinham sendo mantidas em segredo na tentativa de não prejudicar as investigações, que correm sob sigilo de Justiça. VEJA apurou que a prioridade nº 1 da gestão do atual secretário da Polícia Civil, Allan Turnowski, é o desfecho completo do caso com a entrega dos mandantes do duplo homicídio. As investigações vêm sendo acompanhadas de perto pelos integrantes do governo fluminense.

Não significa, contudo, que o PSOL tenha algum tipo de descontrole de filiados – isso porque qualquer cidadão pode se filiar a qualquer partido – ou algum tipo de envolvimento com o crime. A filiação partidária, inclusive, foi um tema recorrente ao longo das investigações do caso Marielle. Réu no âmbito da Operação Guilhotina deflagrada em 2011 pela Polícia Federal para combater milícias, Élcio de Queiroz era filiado ao DEM na época em que foi preso – a legenda anunciou sua expulsão imediata no dia da sua captura, em 12 de março de 2019. Já Ronnie Lessa foi filiado ao MDB por vários anos, mas saiu das fileiras da legenda em 2010.

Quem são os milicianos que se filiaram ao PSOL

Réu em decorrência da Operação Intocáveis 1, Laerte Silva de Lima foi preso na ação que tornou capitão Adriano foragido, em 22 de janeiro de 2019 – líder da quadrilha, o ex-PM seria morto um ano depois na Bahia em circunstâncias ainda não esclarecidas. A Intocáveis 1, como o próprio nome diz, mexeu na superestrutura dos líderes do Escritório do Crime e prendeu outros comparsas famosos do núcleo duro de comando do consórcio criminoso, além de coletar centenas de documentos, celulares, dinheiro e cheques. Um dos endereços que foi alvo de busca e apreensão foi o edifício Moradas do Itanhangá, que desabaria cerca de três meses depois, matando 24 pessoas.

Reprodução da Certidão de Filiação Partidária de Laércio

Já sua mulher, Erileide Barbosa da Rocha, a Lila, foi presa no desdobramento da mesma operação: a Intocáveis 2, que indiciou 45 milicianos em 30 de janeiro deste ano. Por ter uma filha de sete anos e pelo fato de sua posição na estrutura hierárquica do Escritório do Crime não envolver ameaças, porte ilegal de arma ou assassinatos, a juíza Juliana Benevides de Barros Araújo concedeu prisão domiciliar à ré em fevereiro.

Fac-simile da Certidão de Filiação Partidária de Erileide, presa em decorrência da Operação Intocáveis 2

O casal de milicianos que se filiou ao PSOL em novembro de 2016 operava o braço financeiro dos paramilitares que dominam Rio das Pedras, Muzema e adjacências. Não há indícios de que eles sejam pistoleiros de aluguel que matam sob encomenda – o que revela o complexo modus operandi do Escritório do Crime, onde as tarefas são milimetricamente subdivididas, hierarquizadas e organizadas.

Laerte, no entanto, é tido como membro da cúpula do Escritório do Crime: era homem de absoluta e estrita confiança de capitão Adriano. De acordo com a denúncia da Operação Intocáveis 1 do Gaeco, eles “não só atuam no ramo da agiotagem, mas detêm o monopólio da venda de gás, bem como extorquem moradores e comerciantes, coagindo-os ao pagamento de taxas por ‘serviços’”.

Já Erileide fazia a gestão de cheques, notas promissórias e recibos do grupo criminoso – uma espécie de contabilidade informal do Escritório do Crime. Em chats obtidos por VEJA, Laerte chega a reclamar com a companheira sobre o suposto fato de que ela estaria escondendo coisas sobre taxas que não foram pagas por moradores.

Chats da investigação do Gaeco mostram Laércio cobrando Erileide sobre taxas; ela lhe envia foto com notas promissórias

 

*Com informações da Veja

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Política

Se a justiça tratasse todo bandido como trata Flávio Bolsonaro, as cadeias do Brasil estariam vazias

Impressiona como todos os dias surgem provas de crimes envolvendo Flávio Bolsonaro. O rapaz é um portento em matéria de organização criminosa. E Moro, lógico, nunca soube de nada. Trabalhou até como segurança de luxo para o clã com o pomposo apelido de ministro da Justiça e Segurança Pública.

Mas, como vemos, a coisa não se limita ao ex-capanga da milícia, que hoje sonha ser presidente.

O MP do Rio a toda hora mostra as vísceras do Clã Bolsonaro em que Flavio, o 01 de Bolsonaro, tem uma vasta folha corrida, mas parece que isso entra na corrente sanguínea do sistema de justiça e, de lá não sai. Para, não caminha, trava. E a coisa fica no elas por elas, e não se fala mais no assunto até surgirem novas provas de outros crimes.

São crimes que, diariamente, chocam a sociedade, mas por motivo misterioso ele segue absolutamente impune.

O clã Bolsonaro é palco de muitos crimes ao longo da história que, agora, vêm à tona. São crimes cometidos há décadas e todos continuam impunes.

E nem estamos falando aqui do assassinato misterioso de Marielle, morta pelo miliciano vizinho de Bolsonaro, Ronnie Lessa, que morava a 50 passos da casa 58 do Seu Jair, do Vivendas da Barra.

Hoje mesmo surgiram três novas acusações do MP contra Flávio e nada acontece com ele. O clã Bolsonaro é uma espécie de máfia constituída por vários laranjas, fantasmas e milicianos. E não se trata de especulações, são provas cabais que surgem, mas parece que existe uma unidade especial formada dentro do corpo do Estado que não permite que nada contra o clã avance.

As cadeias brasileiras estão superlotadas, com mais de 40% de presos que não tiveram nem julgamentos ou que praticaram pequenos delitos. Não dá para entender quais são os critérios que a justiça utiliza,  já que as acusações contra Flavio Bolsonaro permanecem paradas e ele exercendo seu mandato de Senador sem ser importunado.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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