Categorias
Mundo

Lula, lá na China, fazendo gol de placa e mídia vira-lata ignora destacando acordo entre Trump e Xi Jinping

Na China, Lula anuncia investimento bilionário em carros, semicondutores e muito mais.

Lula também participou de quatro audiências com executivos de empresas chinesas e discursou no Fórum Empresarial Brasil-China.

O governo também anunciou investimentos chineses no Brasil na casa dos R$ 27 bilhões.

Entre as áreas de aplicação do aporte, estão os setores de comércio, com redes de fast food e delivery, semicondutores, carros e saúde.

É natural o destaque que a mídia dá a uma trégua na guerra comercial entre EUA e  China, até porque dá um respiro para o sufocado dilema que os EUA enfrentam com a pirotecnia tarifária de Trump que só deu errado.

Mas a mídia brasileira, tradicionalmente antilulista, não dá qualquer pio sobre essa importante parceria do Brasil com a China que está cada vez mais consolidada e vantajosa para o Brasil

Categorias
Opinião

Qual o motivo da mídia não perguntar por que Trump faz tanta lambança contra o neoliberalismo globalizado

O que a seita neoliberal prega na mídia brasileira de frete, foi pras picas no clero capitalista.

O Estado, tão atacado pelos nossos professores do deus mercado, como Armínio Fraga virou âncora dessa meleca toda que não tem como dar ré.

Trump é maluco, mas não é doido.

Antes de Trump, muitoa presidentes noerte-americanos prometeram a volta dos “anos dourados” dos EUA, mas a coisa só piorou e a China só avançou com sua política fortemente estatal sobre o mercado global.

Agora o “anti-estatal” EUA, é o Estado em forma de economia, agindo de forma que nem a mais estatizada economia chegou a tanto.

E a tampa da latrina ainda nem foi aberta nas economias neoliberais do planeta.

Na hora em que a fatura chegar, a cobra vai fumar.

No Brasil, essa gente ainda coloca microfones e holofotes para os Armínios e congêneres sapecarem a velharia “teórica” da nova ordem de Reagan e Thatcher.

A mídia brasileira, em grande parte, não questiona profundamente as ações de Trump contra o neoliberalismo globalizado, porque está alinhada a interesses econômicos e ideológicos que favorecem a manutenção do status quo neoliberal.

Muitos veículos são financiados ou influenciados por grupos que lucram com a narrativa do “Deus mercado”, e evitam análises críticas que exponham contradições ou revelem o colapso dessa doutrina.

Além disso, há uma inércia intelectual: figuras como Armínio Fraga, ligadas ao consenso neoliberal, continuam sendo tratadas como oráculos, mesmo quando suas ideias não explicam a realidade atual.

Trump, apesar de sua retórica caótica, percebeu algo que outros líderes ignoraram: o neoliberalismo, com sua globalização desenfreada, desindustrializou os EUA, enfraqueceu a classe trabalhadora e pavimentou a ascensão da China, que combina controle estatal com integração ao mercado global.

Ele não é “maluco” no sentido de desconexão total: suas políticas protecionistas e intervencionistas (tarifas, subsídios, sanções) são respostas pragmáticas a uma crise que o establishment neoliberal não soube enfrentar.

Os EUA agem como uma economia altamente estatal, paradoxalmente, enquanto pregam o oposto.

A mídia brasileira não explora isso porque, confrontar o fracasso do neoliberalismo, implica questionar os dogmas que sustentam o poder local.

Reagan e Thatcher venderam a ideia de que o mercado resolveria tudo, mas o resultado foi desigualdade, desindustrialização e dependência de cadeias globais frágeis.

A China, com seu modelo híbrido, expôs essa falácia, e Trump, goste-se ou não, está tentando reverter o jogo com medidas que contrariam a ortodoxia liberal.

Quando essa gente acordar se acordar, as economias neoliberais enfrentarão crises severas, e a insistência em velhas receitas só agravará o problema.

No Brasil, enquanto a mídia der palco a “Armínios”, o debate ficará preso à receitas teóricas que não querem saber da doença do paciente que já não dá conta da realidade.

Então, de fato, a cobra vai fumar, sambar e gargalhar na cara dos teóricos do coisa nenhuma.

Categorias
Mundo Política

Lula criticou Zelensky e bolsonaristas atacaram Lula. Trump criticou o mesmo Zelenski e bolsonaristas atacaram o presidente da Ucrânia

A mudança apatetada de postura dos bolsonaristas reflete um alinhamento ideológico com Trump em detrimento de consistência que, na verdade, nunca tiveram.

Antes do debate Trump-Zelensky, o ucraniano foi útil para atacar Lula, a quem eles acusaram de ser pró-Rússia, por sua neutralidade e defesa de negociações de paz.

Após a crítica de Trump a Zelensky, os bolsonaristas, como o gado de sempre, seguiram o novo roteiro guiado por Bolsonaro, atacando o presidente ucraniano para manter a lealdade ao líder americano do mito dos tolos,

Postagens nas redes de maio de 2025 reforçam essa cômica atitude, descrevendo bolsonaristas como “ridículos” por passarem de defensores de Zelensky a críticos dele apenas por causa de Trump via Bolsonaro.

Lula, por sua vez, manteve uma postura coerente e consistente de crítica à guerra e defesa da diplomacia, condenando a invasão russa desde 2022, mas evitando o alinhamento automático com os EUA ou  com a OTAN.

Ele criticou tanto Putin quanto Zelensky, além da UE e dos EUA, por prolongar o conflito.

Após o bate-boca Trump-Zelensky, Lula defendeu a inclusão de Zelensky nas negociações, destacando que a paz exige a participação de ambos os lados, o que foi interpretado por bolsonaristas burros como uma defesa do presidente ucraniano.

Categorias
Mundo

Trump diz que não sabe se precisa defender a constituição dos EUA

O bufão laranja se recusa a apoiar o devido processo legal enquanto seus esforços para deportar imigrantes indocumentados são bloqueados pelos juízes

O apogeu financeiro do capitalismo em nosso tempo, motor da globalização neoliberal, foi para o saco.

Só sobrou o neofascismo de Trump.

Os “EUA grande outra vez”, com já bufava a Nova Ordem Mundial de Reagan e Thatcher deu merda.

Na mão inversa é usado como slogan de Trump foi de vez para as picas.

O nome certo para essa distopia atual, é aarata aoa no mercado global.

É cômico ver o Infomoney, da XP Investimentos, fazendo resenha de um jogo perdido por 7 x 0, tentando explicar o próprio caldo que o mercado está levando com o cavalo de pau trumpista.

Alguém precisa falar alguma coisa.

Se depender da gloriosa mídia americanófila, sobretudo do império Globo, os EUA não fazem mais parte do planeta.

Acionaram a “tecla mudo” e, literalmente não se fala mais nisso.

O troço tensionou de tal forma no ambiente do capitalismo extremo chamado de neoliberalismo, que hoje essa inversão de Trump só se “sustenta” pela anteposta ‘ordem’ fascistizante.

Está uma zona globalizada.

A verdade é que a desordem capitalista é um fato consumado. Desemprego, fome, desamparo, desesperança, colapso generalizado, são as paisagens dos EUA. O país está com os portos vazios pela forra que a China está dando nos ex-donos do planeta.

Há uma saturação sistêmica que evoca as milícias do racismo, da misoginia, da homofobia, da desinformação, do fanatismo e do obscurantismo para dissimular o paradoxal apogeu da riqueza e da iniquidade em nosso tempo.

Categorias
Política

Lula já venceu Trump

Por mais que se fale das atrocidades cometidas por Trump e suas trumpices, junto com aquela tropa que topa tudo que o chefe mandar, o nervo central, responsável por receber e transmitir informações para todo o organismo financeiro não é exposto.

Não se fala disso. No Brasil, há uma mácula neoliberal que impede que o debate avance, por motivos óbvios.

Há um não sei o quê de muito covarde, para não dizer canalha na cobertura do maior partido de direita no Brasil, aquele que está liberado para fazer campanha eleitoral 365 dias por ano sem ser incomodado pelos TSE. O Sistema Nervoso Central da direita é protegido pelo apelo da liberdade de imprensa.

Isso mesmo, estou falando da mídia oligárquica.

O fato é que nem parece que o planeta está de cabeça para baixo, não só com as tarifas de Trump, mas sobretudo pelo motivo de tal ação destrambelhada.

A verdade é que, dando certo ou não a maluquice de Trump, o neoliberalismo nunca mais será o mesmo.

A vaca sagrada foi desnudada por Trump e nunca mais será a mesma.
Pior, ninguém sabe para onde a economia mundial caminhará.

Mas aqui na terrinha dos últimos neoliberais, as múmias do atraso acham que se falar no fantasma, ele aparece.

Isso tudo tem um motivo.

Lula faz o oposto de Trump. Como vimos neste sábado (3), o antitrumpismo da esquerda na Austrália venceu a eleição.

O resto, todos nós sabemos, como toca a banda da oligarquia nas redações contra a camisa vermelha do Pau Brasil.

O cenário é ​​de um mundo em transformação, quando o neoliberalismo, apesar de ferido, ainda resiste no Brasil por meio da mídia e do poder financeiro.

Lula, ao se posicionar como antítese de Trump, representa uma aposta num modelo alternativo, mas enfrenta o desafio de desmontar narrativas enraizadas e combater o poder oligárquico.

A vitória da esquerda na Austrália pode ser um sinal de que o “antitrumpismo” ganha força, mas, no Brasil, a luta é mais complexa devido à força da mídia e do capital.

O futuro da economia global é certo, e o Brasil parece hesitar em encarar de frente o “fantasma” do neoliberalismo.

Categorias
Política

Mídia brasileira não dá pio dos 100 dias desastrosos de Trump porque isso fortalece a imagem de Lula

A mídia brasileira evitou cobrir os “100 dias desastrosos do governo de direita de Trump” para não fortalecer a imagem de Lula e da própria esquerda brasileira.

As evidências são sólidas e nada subjetivas.

A mídia brasileira, especialmente grandes veículos como Globo, Folha, Estadão e UOL, tem acompanhado cada vez mais de longe o governo Trump.

Isso seria fatal

Do primeiro ao centésimo dia de governo Trump, a coisa foi um desastre só.

Não há declarações claras na mídia criticando Trump na proporção de sua desastrosa gestão.

Notícias negativas sobre o presidente dos EUA, esquece. Isso beneficiária a imagem do governo Lula.

Na verdade, a cobertura crítica ao governo Trump é comum em todo o planeta, menos no Brasil.

Categorias
Economia Mundo

BRICS preparam resposta ao pacote tarifário de Trump

Chanceleres negociam declaração conjunta contra restrições unilaterais ao comércio mundial.

Os chanceleres do BRICS se reunirão no Rio de Janeiro nos dias 28 e 29 para discutir uma resposta conjunta ao pacote tarifário dos EUA, implementado durante o governo de Donald Trump. Além da crise comercial, as discussões incluirão o financiamento para ações contra as mudanças climáticas.

O pacote tarifário, que havia sido suspenso temporariamente, impõe tarifas sobre produtos de quase todos os países, visando proteger a indústria norte-americana, causando quedas nas bolsas e aumentando o risco de recessão. A China, como maior economia do bloco, continua sujeita a essas tarifas.

O embaixador brasileiro, Mauricio Carvalho Lyrio, destacou que o grupo pretende reafirmar seu apoio ao comércio multilateral e criticar as medidas unilaterais. Ele também mencionou a necessidade de fortalecer a Organização Mundial do Comércio (OMC), cujas funções de mediação estão comprometidas desde as ações de Trump em 2019, segundo o Congresso em Foco..

Essa reunião serve como preparação para a cúpula de chefes de Estado do BRICS, agendada para julho no Rio, onde o ministro Mauro Vieira liderará os debates. A reunião busca transformar-se em uma plataforma contra práticas protecionistas, também abordando financiamento climático, o papel do Sul Global no comércio e a reforma da governança internacional, além de apoiar o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF).

 

Categorias
Mundo

Trump perde apoio tanto quanto cabelo

A verdade é que a desordem capitalista berra seus nomes nas esquinas de todo o planeta. Trump é só o que grita mais alto.

Trump não é um despirocado. Sua política amalucada de tarifas que mais se parece com a dinâmica de um João Teimoso sendo esbofeteado, não é outra coisa senão a falência múltipla do finado neoliberalismo globalizado.

O que ele está fazendo é só malhar em ferro frio. Por isso a coisa só desanda pelas bandas yankees .

A China tem investido pesadamente em infraestrutura, tecnologia e educação, o que permitiu que o país se tornasse uma potência industrial.

Os EUA, por outro lado, enfrentam desafios como a perda de empregos industriais e a dependência de importações. O pior dos mundos para os americanos

A dependência dos EUA em relação à China de equipamentos médicos durante a pandemia foi um tema de debate. Muitos argumentam que isso expôs a vulnerabilidade da cadeia de suprimentos dos EUA e a perda de capacidade industrial.

Não para aí.

A politica de deportação de Trump vai piorar e muito o quadro de esvaziamento industrial e agrícola nos EUA.

A deportação em massa de trabalhadores imigrantes já afeta pesadamente setores como a agricultura e a construção, que dependem fortemente de mão de obra estrangeira.

Isso está levando a uma escassez de trabalhadores e aumentando os custos para os empregadores.

Bancarrota no campo
Muitos produtores rurais, que apoiaram Trump, estão frustrados, para dizer o mínimo, e expressando preocupações sobre a falta de mão de obra e os impactos econômicos das políticas de imigração.

A agricultura nos EUA depende fortemente de trabalhadores imigrantes e a deportação em massa já afeta a produtividade e a rentabilidade dos negócios agrícolas.

Ou seja, quanto mais Trump mexe nesse excremento capitalista, mais fede.

Trump é conhecido por seu estilo populista e sua capacidade de mobilizar apoio emocional. Ao apelar para questões de costumes e religiosidade, ele tenta desviar a atenção das críticas à sua política econômica e suas consequências

Trump perde apoio tanto quanto cabelo.

A perda de apoio de Trump pode ser comparada à sua calvície, que é notória.

Alguns críticos argumentam que sua personalidade e estilo de governar podem ter funcionado inicialmente, mas com o tempo sua popularidade está caindo como jaca podre.

O apoio a Trump está se deteriorando rapidamente e de forma irreversível.

Categorias
Economia Mundo

Os efeitos negativos da crise entre Donald Trump e o Fed para a economia mundial

Ameaça do presidente americano de demitir o chefe do Federal Reserve, o BC de lá, sem ter poder para isso cria uma turbulência institucional em que todos perdem.

A ofensiva do presidente americano Donald Trump sobre o banco central de lá, o Fed (Federal Reserve), foi vista com preocupação por integrantes do governo brasileiro. A ameaça de demissão forçada de Jerome Powel, presidente da instituição independente e modelo para vários países, avaliam os técnicos, é algo ruim para o mundo. Segundo um interlocutor oficial, uma coisa é não gostar de uma política ou pessoa e criticar uma decisão, e outra é dizer que “se eu quiser, ele sairá de lá muito rápido” – até porque Trump não tem poder sobre uma instituição que tem que prestar contas, na verdade, ao Legislativo.

Desavenças entre líderes do Executivo e de bancos centrais independentes, cuja autonomia costuma garantida pelo Congresso, são vistas como algo normal. No Brasil, o próprio presidente Lula protagonizou, nos seus dois primeiros anos de mandato, uma briga declarada com o ex-presidente do BC Roberto Campos Neto, herdado da gestão de Jair Bolsonaro. “Mas nunca ameaçou arrancá-lo do cargo ou criar uma crise entre instituições sem precedentes”, ressalta a fonte oficial. O governante brasileiro foi ácido nas críticas à condução da política monetária de Campos Neto e até chegou a dizer que quando ele saísse do cargo, iria avaliar o que a independência do BC custou ao país.

Depois de períodos de turbulência no mercado financeiro, Campos Neto saiu – mas só ao final de seu mandato. No lugar dele, assumiu Gabriel Galípolo, que já era diretor de Política Monetária na equipe do BC, e condução seguiu a mesma, com Lula rasgando elogios ao novo presidente. O conflito Trump-Fed, porém, tem uma repercussão maior, acreditam especialistas.

Com a queda de braços com Powell, por essa avaliação, Trump está dando um passo a mais no modelo de poder que ele vem sinalizando ao mundo com várias atitudes desde que iniciou o mandato. “São os 100 dias de governo mais turbulentos da história”, diz um analista de investimento de uma grande instituição financeira internacional. “Trump quer alterar o sistema de crescimento da economia americana e não está respeitando a separação de poderes nem as instituições, a base da democracia americana, considerada um porto seguro até agora”.

O saldo dessas novas ameaças do governante dos Estados Unidos foi um início de semana agitado no mercado financeiro. A moeda americana abriu o dia em queda frente às moedas mais fortes do mundo, como euro, iene, franco suíço e libra esterlina. Num primeiro momento, a análise é que os investidores em ações estão se desfazendo das participações na bolsa de valores dos Estados Unidos diante da expectativa de queda nos retornos esperados, fruto, principalmente, do risco de recessão econômica e de alta da inflação, que impacta o consumo.

A crise já escalou para o financiamento da dívida. O governo americano está gastando mais para se financiar porque os juros nos títulos com vencimento em dez anos estão subindo. “O mundo está perdendo as referências de segurança”, diz o analista. “Ninguém ganha com essa loucura toda. Enfraquecer o Fed é dar um tiro no pé porque um sucessor não terá credibilidade diante dessa aventura trumpista”, prossegue.

*PlatôBR

Categorias
Mundo

Trump deporta imigrante por engano; Justiça cobra grave erro

Um tribunal federal de apelações dos Estados Unidos criticou severamente o governo do presidente Donald Trump por sua inércia no caso do imigrante Kilmar Abrego Garcia, deportado por engano para El Salvador. Em decisão unânime, os juízes do 4º Circuito classificaram como “chocante” a alegação de que não há mais nada a ser feito para trazê-lo de volta ao país e exigiram que o Executivo tome medidas imediatas.

A Corte rejeitou o pedido do governo para suspender a ordem da juíza federal Paula Xinis, de Maryland, que determinou o depoimento, sob juramento, de ao menos quatro autoridades dos departamentos de Imigração, Segurança Interna e Estado. A exigência visa esclarecer o que foi feito — ou negligenciado — para reverter a deportação indevida.

Os juízes afirmaram que o governo Trump estaria “reivindicando o direito de esconder residentes deste país em prisões estrangeiras, sem qualquer aparência de devido processo legal”. Para o tribunal, a justificativa de que Garcia já foi deportado e, por isso, nada mais pode ser feito, é inaceitável.

“Isso deveria chocar não apenas juízes, mas qualquer cidadão que valorize a liberdade”, destacou a decisão.

A corte também advertiu para um risco institucional maior: o agravamento da tensão entre os poderes. “Estamos perigosamente próximos de um atrito irreversível que ameaça enfraquecer tanto o Executivo quanto o Judiciário”, afirmaram os magistrados.

Crise diplomática e resistência do governo
Garcia foi deportado em 15 de março, e desde então, a juíza Xinis tem cobrado do governo documentos e explicações sobre as tentativas de corrigir o erro. Em 4 de abril, ela ordenou que o Executivo “facilitasse e efetivasse” o retorno do imigrante, atualmente preso no CECOT, presídio de segurança máxima em El Salvador.

Apesar de a Suprema Corte dos EUA ter mantido a decisão, apontou que o termo “efetivar” poderia ser ambíguo e exceder a autoridade do tribunal. Diante disso, Xinis exigiu um cronograma claro para a repatriação de Garcia. Como a ordem foi ignorada, ela passou a cobrar relatórios diários sobre as medidas adotadas.

Em resposta, no último domingo (13), o governo afirmou que “facilitar” significava apenas remover obstáculos domésticos, sem envolver negociações diplomáticas com El Salvador. Trump, por sua vez, disse que só agiria mediante ordem direta da Suprema Corte.

Reações na Casa Branca e em El Salvador
Na segunda-feira (14), Trump se reuniu com o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, na Casa Branca. Durante o encontro, o ex-presidente chamou de “gente doente” os jornalistas que o questionaram sobre o retorno de Garcia. Bukele negou envolvimento e afirmou que não tem poder para devolver o imigrante aos EUA.

“Essa pergunta é absurda. Como eu poderia contrabandear um terrorista para os Estados Unidos?”, disse o presidente salvadorenho.

Pressão do Congresso
O senador democrata Chris Van Hollen, de Maryland, manifestou indignação com a postura do governo. Em nota, afirmou que, caso Garcia não esteja de volta até o meio da semana, ele próprio viajará a El Salvador para negociar sua libertação.