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Vídeo: Militares israelenses disparam contra delegação de diplomatas

Representantes de mais de 20 países – incluindo Reino Unido, França e Portugal – visitavam Cisjordânia ocupada quando ouviram tiros ‘de advertência’.

Tropas israelenses dispararam tiros de advertência durante a visita de diplomatas estrangeiros à Cisjordânia nesta quarta-feira (21/05). O grupo estava em missão oficial organizada pela Autoridade Palestina (AP) para observar a situação humanitária no território ocupado por Israel.

Segundo relatos de pessoas envolvidas na missão, havia delegações de cerca de 20 países, incluindo Reino Unido, Portugal, França e Canadá, entre outros. O grupo estava perto da entrada do campo de refugiados da cidade de Jenin, que em janeiro já havia sido alvo de uma operação militar.

Vídeos mostram pessoas correndo e buscando se proteger em carros ao som tiros e sirenes. Ninguém ficou ferido.

O Ministério das Relações Exteriores palestino acusou Israel de ter “deliberadamente atacado com fogo real uma delegação diplomática credenciada”.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) alegaram que a missão “desviou-se da rota aprovada” e que soldados atiraram como advertência para afastá-los da área. A corporação pediu desculpas e informou que entrará em contato com todos os países envolvidos na visita. “As FDI lamentam o incômodo causado”, disseram as Forças de Israel, acrescentando que uma investigação será realizada.

A chefe de política externa da União Europeia, Kaja Kallas, pediu que Israel tome medidas contra os responsáveis pelos disparos.

Representantes de países como Itália, Bélgica e Espanha também condenaram individualmente os ataques e exigiram uma “explicação convincente” do governo israelense.

“Uma visita a Jenin, da qual um de nossos diplomatas estava participando, foi alvo de disparos de soldados israelenses. Isso é inaceitável”, disse o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, acrescentando que a França convocará o embaixador israelense “para se explicar”.

Já o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha condenou veementemente os “disparos não provocados” de Israel em um comunicado e disse que foi uma questão de sorte que “nada pior tenha acontecido”.

“Condenamos esse ato imprudente do exército israelense, especialmente no momento em que ele deu à delegação diplomática uma impressão da vida que o povo palestino está vivendo”, disse Ahmad al-Deek, conselheiro político do Ministério das Relações Exteriores palestino, que informou estar liderando a delegação.

Pressão internacional
O incidente aconteceu em meio à intensificação dos ataques de Israel ao outro território palestino, a Faixa de Gaza, e à pressão internacional crescente para um acordo que ponha fim à guerra. Israel retomou suas operações em todo o território palestino em 18 março, rompendo dois meses de cessar-fogo, e desde então impôs um bloqueio ao enclave, agravando a situação já crítica de milhões de palestinos.

Desde o fim do cessar-fogo, pelo menos 3.509 pessoas em Gaza foram mortas, elevando o número total de mortos na guerra para 53.655, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza.

*Opera Mundi

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Política

Isenção na conta de luz vai beneficiar 60 milhões de brasileiros

Famílias inscritas no CadÚnico terão conta de luz gratuita se gastarem até 80 kWh/mês com nova medida do governo Lula.

O presidente Lula assinou medida provisória que amplia isenção da conta de luz para os mais pobres nesta quarta-feira (21). A nova regra começa a valer imediatamente e deve impactar a conta de luz de mais de 60 milhões de brasileiros. Saiba mais na TVT News.

Como vai ser a isenção na conta de luz
A proposta cria uma Nova Tarifa Social de Energia Elétrica que prevê a gratuidade da conta de luz para famílias inscritas no CadÚnico com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa e que consomem até 80 kWh/mês. A estimativa é garantir gratuidade a 16 milhões de pessoas.

A proposta também contempla pessoas com deficiência ou idosos no Benefício de Prestação Continuada (BPC), famílias indígenas e quilombolas do CadÚnico, e famílias atendidas em sistemas isolados por módulo de geração offgrid.

Caso o consumo exceda os 80 kWh na conta de luz, será pago apenas o proporcional. A MP ainda prevê a isenção do pagamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para famílias do CadÚnico com renda mensal entre meio e um salário mínimo por pessoa que consomem até 120 kWh/mês.

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“Hoje é um dia muito importante para o desenvolvimento econômico e social do país, o dia em que o presidente Lula, com tanta dedicação, assinou esta proposta, na qual participou ativamente da construção, para buscar a redução do custo de energia que viesse a atender a todas as brasileiras e brasileiros, mas especialmente fazer justiça com a classe média do Brasil e com os nossos consumidores de baixa renda, além de corrigir distorções do setor elétrico”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Além dos benefícios sociais, a proposta também prevê mais liberdade para o consumidor na conta de luz. A medida estabelece, ainda, importantes diretrizes para a modernização e a reforma estrutural do setor elétrico nacional.

A iniciativa, coordenada pelo MME, busca aprimorar o ambiente regulatório, fortalecer a segurança energética e impulsionar a transição para uma matriz elétrica cada vez mais limpa, competitiva e eficiente.

Silveira ressaltou que a Reforma do Setor Elétrico apresenta uma nova política que se apoia em três pilares fundamentais: justiça tarifária, liberdade para o consumidor e equilíbrio para o setor.

“Queremos fazer justiça tarifária e abertura de mercado, beneficiando a classe média, acabando com o monopólio de apenas de uma fonte para poder fornecer energia para o mercado regulado. A medida permite que todo mundo possa escolher a fonte que quer comprar energia, criando naturalmente uma concorrência entre as várias fontes de geração”, explicou o ministro.

A medida é fruto de um amplo processo de diálogo com os principais agentes do setor, especialistas e representantes da sociedade civil, e responde aos desafios decorrentes das mudanças no perfil de consumo, da expansão das fontes renováveis e da necessidade de garantir tarifas mais justas para os consumidores.

Agora, o texto sobre isenção na conta de luz segue para o Congresso Nacional. O MME acompanhará toda a tramitação, prestando os esclarecimentos e tirando dúvidas dos demais órgãos do governo, autoridades reguladoras e parlamentares.

Em conjunto com executivo e legislativo, o MME garantirá que as mudanças sejam aplicadas de maneira gradual, de forma a respeitar os prazos de validade dos contratos e garantir a previsibilidade e segurança jurídica dos consumidores e empresas envolvidas.

*TVTNews

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Política

O que revelou o ex-comandante da FAB à PF derruba a defesa de Bolsonaro

O ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, prestou um depoimento decisivo na 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (21), durante o processo que julga a tentativa de golpe de Estado articulada por Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados entre o fim de 2022 e o começo de 2023.

Numa revelação bombástica durante seu testemunho, Baptista Júnior afirmou que o ex-presidente estava informado desde sempre, por meio do então ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, de que não havia evidências alguma de fraude no sistema eleitoral brasileiro.

Ou seja, todas as ações determinadas por Bolsonaro transcorreram com ele já sabendo que não havia irregularidade alguma com as urnas eletrônicas, e que, portanto, supostas fraudes já eram coisa superada. Toda a defesa do antigo ocupante do Palácio do Planalto foi construída em cima do argumento de que ele tinha indícios e provas de que ilegalidades haviam ocorrido nas eleições, o que o motivou a agir “dentro das quatro linhas”.

Além disso, o brigadeiro confirmou que o ex-presidente pressionou para adiar a divulgação de um relatório final oficial que atestava a integridade das urnas eletrônicas e que colocaria fim a qualquer suspeita levantada por ele. Se o relatório saísse, Bolsonaro não poderia continuar insistindo na tese amalucada para mais à frente tentar o golpe, segundo a Forum.

Ao ser questionado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, sobre o conhecimento de Bolsonaro acerca da lisura do processo eleitoral, o militar não titubeou.
“Sim, [Bolsonaro sabia disso] através do ministro da Defesa. Além de reuniões que eu falei, [era] o ministro da Defesa que despachava sobre esse assunto [com o então presidente].”

Na sequência, Gonet quis saber sobre a tentativa de interferência na publicação do relatório que demonstrava não existir problema algum com as urnas e com o pleito realizado. O questionamento foi sobre Bolsonaro ter ou não interferido diretamente.
“Sim. […] eu ouvi que sim [que ele pressionou pelo adiamento da divulgação], certamente outras testemunhas poderão dar isso com mais precisão”, respondeu o brigadeiro.

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Política

Prisão de Alexandre de Moraes foi confirmada pelo ex-comadante da FAB ao STF e que foi cogitada com Bolsonaro

Em depoimento prestado nesta terça-feira (21) ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, ex-comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), confirmou que a possibilidade de prender o ministro do STF Alexandre de Moraes, à época presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi aventada durante um “brainstorm” – termo em inglês que se refere a uma sessão de troca de ideias – realizado com os demais comandantes militares e Jair Bolsonaro (PL). As informações ão do UOL.

O ex-comandante, contudo, relatou que durante o encontro foi ponderado que uma eventual prisão de Moraes seria inócua, pois ele seria rapidamente libertado pelo próprio Supremo. “Amanhã o STF vai dar o habeas corpus para soltar ele e nós vamos fazer o quê? Vamos prender os outros?”, teria questionado um dos presentes, segundo Baptista Junior.

O brigadeiro afirmou ainda que, ao longo das reuniões com Bolsonaro e os outros chefes militares, foram tratadas “hipóteses golpistas” e não apenas discussões sobre o uso das Forças Armadas para manter a ordem durante o período de transição presidencial. “Isso era no brainstorm das reuniões, isso aconteceu. Eu lembro que houve essa cogitação de prender o ministro Alexandre de Moraes”, reiterou. Durante o depoimento, ao ser questionado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, se houve menções à prisão de outros ministros do Supremo, Baptista Junior respondeu que sim e voltou a citar diretamente o nome de Moraes, de acordo com o STF.

O ex-comandante relatou ter participado de cinco encontros com Jair Bolsonaro em novembro de 2022, nos dias 2, 12, 14, 22 e 24, logo após o resultado do segundo turno das eleições presidenciais, em que Lula (PT) foi eleito. Nessas ocasiões, estiveram presentes os comandantes das três Forças, além do então ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira. Baptista Junior afirmou não se lembrar da presença do então ministro da Justiça, Anderson Torres, nas reuniões.

Inicialmente, conforme relatou ao STF, o objetivo das Forças Armadas seria conter possíveis distúrbios sociais, diante da ameaça de greves de caminhoneiros e do surgimento de acampamentos em frente a quartéis. A ideia seria aplicar operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). No entanto, a partir de 11 de novembro, o militar percebeu que a intenção do presidente era outra, de acordo com o 247.

“O presidente queria usar esses instrumentos com outros objetivos”, declarou. De acordo com o ex-comandante, a meta de Bolsonaro passou a ser evitar a posse de Lula, fosse por meio de GLO ou até da decretação de um estado de exceção — e não garantir a segurança institucional durante a transição.

Carlos Baptista Junior foi a última testemunha de acusação a prestar depoimento no âmbito do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado. No STF, ele reafirmou o conteúdo do depoimento anterior prestado à Polícia Federal, com a ressalva de que não se recordava da presença de Anderson Torres nos encontros com Bolsonaro.

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A Globo comeu o maior frango da história diante de uma Maracanã digital lotado.

A Globo tentou adicionar na gripe aviária o velho chavão reacionário “a culpa é do Lula” . Não colou porque os próprios produtores não embarcaram na sacanagem escancarada dos Marinho.

A fabricante das maiores farsas jurídicas da história, até hoje martelada pelos Marinho como “verdade histórica absoluta”, o tal mensalão e petrolão em que Joaquim Barbosa e Sergio Moro foram premiados pelo Grupo globo com aquele troféu de excrementos chamado “faz diferença”

Esse escambo é o carimbo na testa dos dois, que grita até hoje o quanto o judiciário foi instrumentalizado pela oligarquia café com pão, herdeira dos escravocratas que já usavam a justiça para legalizar a mão de obra escrava que jamais teve lei que o fizesse.

Aliás, o judiciário deve essa explicação ao Brasil.

A “lei e a verdade” são monopólios dessa gente podre que fez fortuna e impérios na base do racismo e do antipobrismo e que tem na Globo seu porto seguro e o panfleto da “história” como farsa.

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Presidente Lula: “Cultura é força coletiva de resistência a todo regime de exceção”

O presidente Lula entregou nesta terça-feira (20) a Ordem do Mérito Cultural (OMC), considerada a maior honraria do setor cultural brasileiro, em cerimônia que marcou a reinauguração do Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro (RJ).

Na oportunidade, somado a estes dois importantes atos – a entrega da condecoração e do Palácio, fechado há 10 anos – ainda foram celebrados os 40 anos do Ministério da Cultura (MinC).

“A cultura de um povo é uma força coletiva tão poderosa que estará sempre na linha de frente da resistência a todo e qualquer regime de exceção […] Durante o regime militar, artistas foram censurados, perseguidos, presos, torturados, asilados e mortos. Mas não se calaram. Lutaram com as armas que tinham, o talento, a alma e o coração”, afirmou o presidente.

Leia mais: MinC, 40 anos: “A cultura é igual a feijão com arroz. É necessidade básica”

A Ordem do Mérito Cultural não era entregue desde 2019 – interrompida pelo governo de Jair Bolsonaro – e agora foi retomada por Lula. Receberam a condecoração 112 personalidades, dentre elas a cantora e deputada Leci Brandão (PCdoB), e 14 instituições (confira aqui a lista completa).

“O Ministério da Cultura nasceu junto com a concepção do projeto de nação democrática e plural. Sobreviveu a tentativa de esvaziamento e cortes orçamentários. Sofreu um duro golpe durante quatro anos em que a arte e a cultura foram demonizadas e os artistas tratados como inimigos do povo, quando são, na verdade, a mais completa tradução da alma do nosso povo. Por isso, a celebração de hoje é também um desagravo à cultura e à democracia. Os saudosos do autoritarismo tentaram matar o MinC, porque queriam matar a cultura, mas o MinC está de volta. A cultura hoje conta com recursos que jamais se imaginou que pudesse contar, graças à aprovação da Lei Paulo Gustavo e Aldir Blanc”, disse Lula, ao agradecer nominalmente as deputadas Jandira Feghali (PCdoB) e Benedita da Silva (PT), presentes no ato, pela contribuição com as propostas.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, comemorou o fortalecimento da cultura nacional: “A entrega da Ordem do Mérito Cultural nesse espaço é simbólica e profundamente significativa. Reafirmamos com essa cerimônia que a cultura e a democracia caminham juntas. Esse tem sido o espírito do terceiro mandato do presidente Lula, que recriou o Ministério da Cultura, convocou a quarta Conferência Nacional de Cultura e consolidou políticas culturais transformadoras em todo o nosso território nacional.”

Durante as homenagens foram lançados dois selos postais pelos Correios, um em referência aos 40 anos do Ministério da Cultura e outro institucional em memória de Eunice Paiva – símbolo de luta contra a ditadura militar.

Leia mais: Ordem do Mérito Cultural é concedida a 112 pessoas e 14 instituições

A atriz Fernanda Torres, o diretor Walter Salles e Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice e quem escreveu o livro de mesmo nome que deu origem ao filme vencedor do Oscar “Ainda Estou Aqui”, estiveram presentes e foram agraciados com a medalha da grã-cruz.

Ainda compareceram à cerimônia, além das personalidades que foram receber pessoalmente a condecoração, o ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e a ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco.

Reforma do Palácio

O Palácio Capanema foi construído entre 1937 e 1945 para ser sede do Ministério da Educação e Saúde Pública. O edifício é considerado um marco da arquitetura moderna mundial e do patrimônio cultural brasileiro. Assina o projeto Lúcio Costa, idealizador do Plano Piloto de Brasília, com participação de Oscar Niemeyer, dentre outros arquitetos, além de consultoria de Le Corbusier. O local ainda contou com o paisagismo dos jardins feito originalmente por Roberto Burle Marx.

O prédio estava fechado há 10 anos e desde 2019 a obra de restauro da estrutura acontece sob coordenação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A partir de 2023, com R$ 84,3 milhões em recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), a obra ganhou novo ritmo para agora ser finalizada e entregue com modernização de instalações e restauração de móveis, pisos e outras estruturas.

*Com Vermelho

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Governo federal apresenta plano para regular remédios à base de cannabis

Plano foi entregue ao STJ e deve garantir produção e acesso a tratamentos até setembro; cerca de 670 mil brasileiros já usam os fármacos.

O governo federal entregou à Justiça nesta segunda-feira (20) o plano de ação para regulamentar o uso medicinal e científico de fármacos à base de cannabis no Brasil. O documento foi protocolado pela Advocacia-Geral da União (AGU) em cumprimento a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que, em novembro de 2024, autorizou a produção nacional desses medicamentos e estabeleceu prazo para sua normatização.

A proposta prevê a publicação da regulamentação até setembro de 2025. O plano detalha medidas para disciplinar desde o cultivo até o uso terapêutico e envolve os ministérios da Saúde, Justiça, Agricultura, Desenvolvimento Agrário e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Atualmente, o acesso a esses tratamentos depende de importações ou de autorizações judiciais, o que torna o processo demorado e custoso para os pacientes.

Impacto na saúde pública e no sistema judicial

Estima-se que mais de 670 mil brasileiros utilizem medicamentos à base de cannabis, especialmente no tratamento de epilepsia refratária, esclerose múltipla e dor crônica. Estudos apontam benefícios significativos na qualidade de vida de pacientes com doenças resistentes a tratamentos tradicionais.

A maioria dos acessos ocorre por decisões judiciais: só o Ministério da Saúde já atendeu mais de 800 demandas desse tipo desde 2022. Com a regulamentação, espera-se reduzir a judicialização, ampliar o acesso e estimular a produção nacional, diminuindo custos e facilitando o controle sanitário, de acordo com o Congresso em Foco.

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Chefia da Abin esvaziou área que monitorava extremismo de direita, afirmam servidores

Servidores da Abin foram afastados de suas funções, especialmente aqueles envolvidos na análise de ameaças relacionadas aos eventos de 12 de dezembro e 8 de janeiro, apesar dos alertas sobre o envolvimento dos boinas vermelhas.

A direção-geral teria ordenado, por meio de chefes de gabinete, que esses profissionais fossem remanejados para setores não relacionados ou ficassem sem tarefas efetivas.

Ao tentar monitorar grupos extremistas durante o período eleitoral, encontraram obstáculos internos e foram instruídos a não insistir em temas potencialmente conflituosos com a cúpula da agência. A Abin também implementou uma rede de alertas via WhatsApp, que não seguia protocolos formais e era usada para comunicação interna e externa, incluindo com secretarias de segurança.

Documentos internos revelam uma queda significativa na produção de análises sobre ameaças internas entre 2021 e 2022, enquanto outras áreas, como segurança institucional e operações externas, foram reforçadas, segundo Cleber Lourenço, ICL.

Relatórios sobre reservistas armados foram desconsiderados, mesmo com evidências de organização paramilitar. A permanência de quadros da gestão anterior é vista como um obstáculo para a recuperação da credibilidade da Abin, dificultando a resposta a ameaças internas.

As mudanças estruturais urgem para a restauração da capacidade de atuação da inteligência no país.

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General Freire Gomes: “Fiz que fui, não fui, e acabei fondo

O general Freire Gomes, de bobeira, tomou uma carraspana de Moraes na tentativa de salvar a pele de Bolsonaro.

Deu ruim!

Moraes deu-lhe uma sugestão de bate-pronto avisando ao desavisado. que aquilo não era um comentário de boteco, mas um depoimento formal à justiça e não poderia contradizer o que o próprio Freire Gomes havia relatado à Polícia Federal, em depoimento oficial.

Moraes avisou que aquilo não era pelada com saída de bola a Bangu.

O que o general poderia fazer era adicionar mais fatos que sublinhasse o que ele falou para a PF e não desdizer o que disse.

Carregou na vaselina soprada no ouvido pelo ex-patrão, tomou um bote de Moraes e ficou sem ver a cor da bola.

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Política

Fogo amigo: PL demite Wajngarten, ex-braço direito de Bolsonaro, após confusão com Michelle

Presidente do PL, Valdemar Costa Neto, demitiu Fabio Wajngarten da assessoria de Bolsonaro a pedido da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O PL demitiu nesta terça-feira (20) o ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social de seu governo, Fabio Wajngarten, após serem divulgadas mensagens dele com críticas a uma possível candidatura de Michelle Bolsonaro à Presidência no lugar de Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível.

Wajngarten era um dos principais auxiliares de Bolsonaro e atuava como seu assessor direto para assuntos com a imprensa. Ele não comentou a demissão, que ocorre em um momento de fortalecimento da ex-primeira-dama como sucessora do marido.

A demissão foi feita após o UOL divulgar na sexta-feira (16) mensagens de celular entre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e Wajngarten em janeiro de 2023, em que ambos fazem críticas à possibilidade de que a ex-primeira-dama seja a candidata, segundo Raphael Di Cunto, ICL.

Os arquivos constam da perícia no celular do ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

Fabio Wajngarten, alter ego de Jair Bolsonaro, contra as privatizações de Tarcísio de Freitas.

No dia 27 de janeiro de 2023, Wajngarten encaminha a Cid uma notícia de que Michelle era cotada pelo presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, para concorrer à Presidência. Cid responde: “Prefiro o Lula”, com uma gargalhada. Wajngarten concorda e pergunta “em que mundo o Valdemar está vivendo?”.

Cid então envia um áudio em que faz críticas à ex-primeira-dama. “Cara, se a dona Michelle tentar entrar pra política num cargo alto, ela vai ser destruída, porque eu acho que ela tem muita coisa suja… não suja, mas ela né, a personalidade dela, eles vão usar tudo contra pra acabar com ela”.

Como mostrou a Folha no sábado, Bolsonaro tem demonstrado a aliados resistência em indicar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como sucessor ao Palácio do Planalto em 2026.

Bolsonaro se queixou a aliados de que seu ex-ministro não estaria demonstrando solidariedade o suficiente, segundo esses relatos. Também apontam que as pontes que o governador tem com o STF (Supremo Tribunal Federal) não se traduzem em alívio para o seu grupo político.

Nesse cenário, Bolsonaro tem sinalizado preferência por indicar alguém do seu clã, como Michelle ou seu filho Eduardo (PL), que promoveu um auto exílio nos Estados Unidos e se licenciou do mandato de deputado federal.