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Política

Em ato do 1º de maio, Lula defende veto a projeto que desonera folha de pagamento

“No nosso país não haverá desoneração para favorecer os mais ricos”, disse o presidente.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou em ato das Centrais Sindicais pelo Dia do Trabalhador, nesta quarta-feira (1°), na Zona Leste de São Paulo. Em sua fala, Lula defendeu veto ao Projeto de Lei que desonera 17 setores da economia.

“No nosso país não haverá desoneração para favorecer os mais ricos”, disse Lula ao defender veto.

O evento, realizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras lideranças sindicais, ocorre desde as 10h no estacionamento oeste da Neo Química Arena, estádio do Corinthians.

O início do ato foi marcado por falas de representantes de movimentos populares e da sociedade civil organizada, além de parlamentares, lideranças partidárias, ministros e autoridades do governo federal.

Veja baixo um vídeo com a fala do presidente:

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Política

Dia do Trabalho: Lula sanciona reajuste da tabela do Imposto de Renda

“A partir de hoje, quem ganha R$ 2,8 mil paga zero de Imposto de Renda, e vamos chegar a R$ 5 mil”, disse Lula, em São Paulo.

São Paulo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quarta-feira (1º/5), a lei que altera a tabela progressiva mensal do Imposto de Renda, para isentar trabalhadores que ganham até dois salários mínimos.

Lula assinou também o Decreto de Promulgação da Convenção e Recomendação sobre o Trabalho Decente para as Trabalhadoras e os Trabalhadores Domésticos.

O evento na Arena Corinthians, na zona leste de São Paulo, foi organizado por centrais sindicais. Ao lado do presidente, estavam o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), seu candidato a prefeito de São Paulo, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e ministros, como Luiz Marinho (Trabalho), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Silvio Almeida (Direitos Humanos) e Paulo Pimenta (Comunicação Social).

Lula voltou a rechaçar, durante o evento, a desoneração da folha de empresas de 17 setores. O projeto havia sido aprovado pelo Congresso Nacional e vetado pelo governo. Em seguida, parlamentares derrubaram o veto de Lula.

“A gente faz desoneração quando o povo pobre ganha. Quando o trabalhador ganha. Mas fazer desoneração sem que eles sequer se comprometam a gerar o emprego, sem que eles sequer se comprometam a dar garantias a quem está trabalhando… Eu quero dizer: no nosso país, não haverá desoneração para favorecer os mais ricos e sim para favorecer aqueles que trabalham e vivem de salário”, disse Lula.

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Curiosidades

Zeca Pagodinho encontra com Temer, não o reconhece e dispara: ‘te conheço de algum lugar’

Nas redes sociais, a saia justa gerou piadas.

O cantor Zeca Pagodinho se deparou com Michel Temer (MDB) durante um evento empresarial na noite desta segunda-feira (29) em São Paulo no lobby do luxuoso hotel Tivoli e não reconheceu o ex-presidente que tramou um golpe de estado em 2016 para assumir o poder.

“Te conheço de algum lugar”, disparou Pagodinho.

Nas redes sociais, a saia justa gerou piadas: “o zeca com a palavra golpista na Ponta da língua, mas por educação não soltou”, disse um internauta.

“Pior que muitos brasileiros iriam falar a mesma coisa viu kkk”, disse outra internauta.

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Mundo

Manifestantes pró-Palestina e pró-Israel entram em confronto em universidade de Los Angeles; polícia intervém

“A violência que se desenrola esta noite na UCLA é absolutamente abominável e indesculpável”, disse a prefeita Karen Bass em publicação no X (antigo Twitter)

O Departamento de Polícia de Los Angeles “chegou ao campus” da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), informou a prefeita Karen Bass na manhã de quarta-feira (1º).

“A violência que se desenrola esta noite na UCLA é absolutamente abominável e indesculpável”, disse a prefeita em publicação no X (antigo Twitter).

Antes do destacamento, manifestantes pró-palestinos e apoiadores de Israel entraram em confronto na UCLA, de acordo com vários relatos.

Vídeo da KABC, afiliada da CNN, mostra fogos de artifício e objetos sendo arremessados, além de demonstrações de violência física entre os manifestantes.

Polícia no campus de Columbia, em Nova York
Mais de 100 pessoas foram presas na Universidade de Columbia e no City College de Nova York na noite de terça-feira (30), de acordo com um oficial da lei, enquanto os protestos contra o bombardeio de Gaza por Israel se intensificavam nos campi universitários em todo o país.

A polícia com equipamento anti-motim entrou no Hamilton Hall da Universidade de Columbia e usou granadas de atordoamento ao invadir o prédio, onde manifestantes pró-palestinos haviam se barricado.

Menos de duas horas depois que os policiais entraram no campus da escola em Morningside Heights, a propriedade da Universidade de Columbia foi liberada.

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Política

Mídia hereditária larga 3ª Via e adota `bolsonarismo moderado´

Com o martelo das privatizações em uma mão e o fuzil da PM na outra, Tarcísio de Freitas é o candidato precoce impulsionado pelo barões da imprensa.

Nunca a mídia hereditária (também conhecida como imprensa tradicional ou hegemônica) adotou tão cedo um candidato à Presidência da República, como faz no momento com o militar (capitão do Exército) bolsonarista Tarcísio de Freitas.

Agora não tem mais essa de ficar à espera da Terceira Via, uma espécie de milagre de Fátima que não veio em 2018 e muito menos em 2022.

Essa é a grande novidade, o resto é meme.

O negócio é ir direto ao ponto, sem disfarce, e tentar vestir um modelito de “moderado” no carioca neo-bandeirante que comanda São Paulo com o martelo das privatizações em uma mão e um fuzil na outra — número de pessoas mortas por PMs em SP cresce 138% em um ano.

A missão é vender até a água do Estado (a Sabesp será rifada em breve ao mercado financeiro) e eliminar “os suspeitos de sempre” para exibir à sociedade como atrativo eleitoral. Sangue de pobre e preto dá voto no Brasil.

O “bolsonarismo moderado” é o oximoro da hora. É tendência, é moda & modinha outono-inverno na imprensa.

Oximoro, como se sabe, é a arte de juntar palavras de significados opostos, como morto-vivo, silêncio ensurdecedor, obscura claridade etc. Bolsonarismo moderado, portanto, é o cúmulo dos oximoros.

O uso e abuso da expressão pela mídia, na tentativa de emplacar Tarcísio (Republicanos) para 2026, lembra o esforço da revista “Veja” e da “Globo” em tornar Fernando Collor, então governador de Alagoas, o “caçador de marajás”.

O lançamento do bolsonarismo moderado na mídia coincidiu com o grito de “Volta Bolsonaro”, puxado pelo governador carioca dos paulistas (outro oximoro), na Agrishow, uma festa do Agro realizada em Ribeirão Preto (SP).

Esperto, Tarcísio está de olho no legado eleitoral do ex-presidente, inelegível até 2030. Por precaução, nega em público que irá concorrer ao Palácio do Planalto. Uma candidatura lançada de forma tão precoce pelos barões da imprensa pode sofrer desgastes e não segurar a onda até 2026.

Outro detalhe histórico: os governadores de São Paulo, mesmo com boa aprovação provinciana e torcida midiática, não conseguiram triunfar contra candidatos petistas em eleições presidenciais — casos de José Serra e Geraldo Alckmin, o atual vice de Lula.

Os tucanos não conseguiram ir além das fronteiras estaduais. Ficaram apenas como ilustres desconhecidos em outras regiões do país. Ilustres desconhecidos, aliás, mais um ótimo exemplo de oximoro para finalizar o texto da semana. Até a próxima.

*Xico Sá/ICL 

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Política

STF valida mais 48 acordos de réus dos atos criminosos do 8 de janeiro

No total, 172 réus por crimes considerados como de menor gravidade se beneficiaram dessa medida até o momento.

Mais 48 réus pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 tiveram acordos com a Procuradoria-Geral da República (PGR) validados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No total, segundo a Suprema Corte, 172 réus por crimes considerados como de menor gravidade se beneficiaram dessa medida até o momento.

O acordo celebrado entre o Ministério Público e o investigado, chamado de acordo de não persecução penal, só é negociado com aqueles que respondem a ações penais exclusivamente pelos delitos de incitação ao crime e associação criminosa.

Só foram celebrados acordos com pessoas que estavam em frente aos quartéis e contra as quais não há provas de participação nas invasões aos prédios públicos.

Como não respondem por tentativa de golpe de Estado, obstrução dos Poderes da República ou dano ao patrimônio público, esses réus têm o direito ao acordo que, após validado por um juiz, pode decretar o fim da possibilidade de punição.

Condições
Além de confessar os crimes, os réus se comprometeram a prestar serviços à comunidade ou a entidades públicas, a não cometer delitos semelhantes nem serem processados por outros crimes ou contravenções penais, além do pagamento de multa.

Eles também estão proibidos de participar de redes sociais abertas até o cumprimento total das condições estabelecidas no acordo. Além disso, terão que participar de um curso sobre Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado.

Com a validação dos termos, foram revogadas as medidas cautelares impostas anteriormente pelo ministro Alexandre de Moraes. A fiscalização do cumprimento das condições caberá ao Juízo das Execuções Criminais do domicílio dos réus.

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Brasil

Caso Marielle: PF quer ouvir depoimento de delegado preso, mas só após conclusão de relatório

Rivaldo Barbosa é acusado ajudar a planejar o assassinato e obstruir investigações sobre os mandantes.

Os investigadores responsáveis pela apuração sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, já têm uma estratégia para responder ao pedido que o delegado Rivaldo Barbosa fez para depor o quanto antes à Polícia Federal, informa a colunista Malu Gaspar, do jornal O GLOBO.

Em petição apresentada na segunda-feira (29) a Alexandre de Moraes, os advogados de Barbosa alegam que, embora o ministro do Supremo tenha determinado que os delegados ouvissem os investigados assim que as prisões fossem realizadas, isso não ocorreu.

Mas, para fontes da PF com quem a reportagem conversou, não interessa ouvir Rivaldo enquanto eles ainda estiverem analisando todo o material apreendido na operação realizada em 24 de março.

No cenário ideal dos investigadores, Rivaldo só falaria depois de concluído o relatório complementar que a PF tem que entregar para o ministro Alexandre de Moraes até o dia 24 de maio. É esse relatório que deve fundamentar a denúncia do Ministério Público Federal para o caso, que está baseado na delação do matador confesso de Marielle, Ronnie Lessa.

Além do delegado, foram presos em março o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão e seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusados de serem os “mentores” do crime.

De acordo com a PF, Rivaldo Barbosa teria orientado o planejamento do assassinato, inclusive proibindo que a execução de Marielle ocorresse nas imediações da Câmara de Vereadores do Rio.

Rivaldo teria ainda atuado para obstruir as investigações na chefia da Delegacia de Homicídios – ele tomou posse na véspera do crime. Em seu depoimento, Ronnie Lessa diz que os Brazão afirmavam que a “DH tá na mão” e que “O Rivaldo é nosso”.

Além deles, também foram alvos da “Operação Murder” outras pessoas que não foram presas, como o delegado Giniton Moraes Lage a mulher de Rivaldo, Érika Andrade de Almeida Araújo, que seria “testa de ferro” de Rivaldo e teria empresas de fachada que funcionaram na lavagem de dinheiro do esquema de Barbosa.

Nas análises que estão fazendo do material apreendido, os investigadores estão buscando mais indícios e evidências de como funcionou a ação para matar Marielle e Anderson.

Eleita vereadora do Rio de Janeiro pelo PSOL em 2016, com 46 mil votos (a quinta candidata mais bem votada do município), Marielle Franco teve o mandato interrompido por 13 tiros na noite de 14 de março de 2018, num atentado que vitimou também seu motorista Anderson Gomes

Eles dizem que abrir mais detalhes de suas descobertas para os investigados pode levar ao sumiço de pistas ou atrapalhar a estratégia da investigação.

Tudo isso será explicado ao ministro Alexandre de Moraes pela PF assim que o pedido dos advogados de Rivaldo for remetido aos investigadores, que ficam no Rio de Janeiro.

A menos que Moraes ordene expressamente que o depoimento ocorra logo, Rivaldo vai ter que esperar.

No documento, o delegado pede também que seja ouvida sua mulher, Érika Andrade de Almeida Araújo, e solicita a revogação das medidas cautelares imposta a advogada. Para a PF, ela teria em seu nome empresas de fachada que teriam auxiliado em suposta lavagem de dinheiro e atuado como “testa de ferro” de Barbosa.

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Mundo

Resistência se organiza e toma ruas pelo mundo em desafio à extrema direita

Diante das estratégias de desestabilização implementadas por movimentos de extrema direita pelo mundo, grupos de resistência e governos começam a reagir. Nesta segunda-feira (29), o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, se recusou a renunciar, depois que um tribunal aceitou uma denúncia contra sua mulher costurada pela extrema direita espanhola.

No discurso em que anunciou que permaneceria no poder, Sánchez apontou justamente para o fenômeno que toma a Europa, os EUA, a América Latina e a democracia pelo mundo: a desinformação como base de uma decisão política.

“Se permitirmos que farsas deliberadas conduzam o debate político, se forçarmos as vítimas dessas mentiras a terem que provar sua inocência contra o Estado de direito. Se permitirmos que o papel das mulheres seja relegado à esfera doméstica, tendo que sacrificar suas carreiras em benefício de seus maridos. Se, em resumo, permitirmos que a irracionalidade se torne rotina, a consequência será que teremos causado danos irreparáveis à nossa democracia”, alertou.

Sanchez ainda denunciou a tentativa de “confundir a liberdade de expressão com a liberdade de difamação”. “Trata-se de uma perversão democrática com consequências desastrosas”, disse.

Sua decisão de continuar ocorre, segundo ele, por representar uma resposta ao “movimento reacionário global que visa impor sua agenda regressiva por meio da difamação e da falsidade”. “Vamos mostrar ao mundo como se defende a democracia”, prometeu.

A denúncia que abriu a crise política havia sido apresentada pela entidade Manos Limpias, de extrema direita, contra Begoña Gómez, esposa de Sánchez. Ela era acusada de tráfico de influência e corrupção em um suposto caso envolvendo recursos de um resgate.

*Jamil Chade/Uol

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Mundo

Israel acumula fracassos estratégicos e militares em Gaza, afirma NYT

Jornal novaiorquino enfatiza que além de não libertar reféns nem ‘destruir o Hamas’, como prometido, Tel Aviv gerou discórdia com aliados ao planejar invadir Rafah.

“Israel não alcançou seus principais objetivos na guerra”, nos quais, segundo a nação, consistem na libertação de reféns e na “destruição total do Hamas”. É o que diz uma reportagem publicada pelo jornal The New York Times, em 22 de abril.

Segundo o veículo norte-americano, foram mais de seis meses de um conflito custoso no qual Tel Aviv ficou à mercê de seus aliados próximos, enquanto gerou tensões globais decorrentes do alto número de palestinos massacrados pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), da fome instalada em Gaza e dos assassinatos a funcionários humanitários que auxiliavam as vítimas da guerra na região.

Dados apontados pela matéria indicam que as baixas militares de Israel começaram a aumentar, com cerca de 260 mortos e mais de 1.500 feridos desde que a nação intensificou suas operações no território palestino, em 7 de outubro de 2023.

As autoridades de Tel Aviv afirmam que cerca de 133 israelenses permanecem reféns em Gaza. No entanto, as negociações para garantir um acordo que possibilite o retorno de pelo menos alguns deles em troca do cessar-fogo e da libertação de prisioneiros palestinos, exigido pelo Hamas, seguem num impasse.

Em um contexto em que as forças israelenses relatam um aumento no número de baixas do grupo de resistência palestino, sem nenhum soldado de seu exército sendo morto desde 6 de abril, e as crescentes ameaças do premiê Benjamin Netanyahu para invadir Rafah, considerado o “último abrigo humanitário” dos palestinos, o The New York Times questiona: “quem governará Gaza e fornecerá sua segurança se os combates acabarem?”

Para a pergunta, autoridades norte-americanas e israelenses, membros do Hamas e palestinos no enclave foram ouvidos pela reportagem.

Douglas London, oficial aposentado da CIA que trabalhou 34 anos na agência, responde que “por mais danos que Israel possa ter infligido ao Hamas, o grupo ainda tem capacidade, resiliência, financiamento e uma longa fila de pessoas esperando para se integrar ao grupo”.

Tel Aviv crê que quatro batalhões do Hamas estão baseados na cidade de Rafah, e que milhares de outros combatentes se refugiaram na região, em meio a um milhão de civis palestinos. E para as IDF, esses batalhões devem ser desmantelados por meio de uma incursão terrestre.

A orientação israelense para que os palestinos se “desloquem a áreas mais seguras” entra em contradição, segundo Washington, uma vez que grande parte do enclave já está inabitável em decorrência dos seis meses de ataques.

“É um momento oportuno para Israel fazer a transição para uma nova fase [da guerra], focada em operações de contraterrorismo muito precisas, particularmente dada a situação de 1,2 a 1,3 milhão de palestinos, todos agrupados dentro de Rafah e seus arredores”, disse o tenente-general Mark C. Schwartz, comandante aposentado de Operações Especiais dos Estados Unidos, que coordenou a segurança norte-americana para Israel e para a Autoridade Palestina.

*Opera Mundi

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Política

Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF, diz a Moraes que, se está preso, Bolsonaro também deveria

Defesa alega que se a justificativa para manter a prisão é evitar interferências na produção de elementos probatórios, então o mesmo critério deveria ser aplicado ao ex-mandatário.

A defesa de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), apresentou um novo pedido de revogação de sua prisão ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Vasques está detido desde 9 de agosto do ano passado e já teve dois requerimentos de liberdade negados anteriormente.

Segundo a CNN Brasil, os advogados de Vasques questionam os motivos de sua prisão e estabelecem uma comparação com o caso de Jair Bolsonaro (PL). Eles argumentam que se a justificativa da Polícia Federal para manter Vasques preso é evitar interferências na produção de elementos probatórios, então o mesmo critério deveria ser aplicado ao ex-presidente. “Se o argumento fosse válido, a Polícia Federal teria pedido a prisão do ex-presidente da República pelo mesmo fundamento. Isso porque se o requerente poderia influenciar no ânimo de alguma testemunha, mesmo sendo pobre e um mero servidor público aposentado, com muito mais razão poderia o ex-presidente”, dizem os advogados na petição, de acordo com a reportagem.

Além disso, a defesa levanta a questão da aposentadoria de Vasques, citando o caso de coronéis da Polícia Militar do Distrito Federal que foram soltos com base em suas aposentadorias e na alegação de que não teriam influência sobre subordinados. Os advogados argumentam que, da mesma forma, Vasques não teria capacidade de influenciar o curso das investigações estando fora da prisão.

O pedido de revogação da prisão ainda aguarda resposta do ministro Alexandre de Moraes, sem prazo definido para decisão. Silvinei Vasques está detido há quase nove meses, sendo investigado no contexto das blitze realizadas pela PRF no dia do segundo turno das eleições presidenciais de 2022, especialmente no Nordeste, onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria vantagem sobre Jair Bolsonaro.