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Cotidiano

Moraes é o relator da notícia-crime contra Aras por crime de prevaricação

O ministro Alexandre de Moraes será o relator da notícia-crime apresentada ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra o procurador-geral da República, Augusto Aras, por suposto crime de prevaricação. O pedido de investigação é de autoria dos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Fabiano Contarato (Rede-ES), que sustentam que Aras é omisso diante do que chamam de ‘crimes e arbitrariedades’ do presidente Jair Bolsonaro.

A notícia-crime foi inicialmente dirigida ao gabinete da ministra Cármen Lúcia, mas depois reencaminhada pelo presidente da corte máxima, Luiz Fux, ao gabinete de Alexandre de Moraes, por prevenção. Tal redistribuição se dá quando há, sob a relatoria de determinado magistrado, um caso que tem relação com o processo em questão.

“Os fatos alegados na petição inicial relacionam-se com o objeto de diversos processos em trâmite perante o Supremo Tribunal Federal, o mais antigo deles sob relatoria do Ministro Alexandre de Moraes (Inquérito n. 4828). Com fulcro no artigo 75 do Código de Processo Penal, segundo o qual ‘a precedência da distribuição fixará a competência quando, na mesma circunscrição judiciária, houver mais de um juiz igualmente competente’, redistribuam-se os autos ao Ministro Alexandre de Moraes”, registrou o despacho de Fux, publicado nesta sexta-feira, 20.

Na notícia-crime apresentada ao STF, Vieira e Contarato sustentam que Aras ‘permaneceu inerte’ diante das acusações feitas, sem provas, por Bolsonaro sobre a segurança das urnas eletrônicas. “O comportamento desidioso do Procurador-Geral da República fica evidente não só pelas suas omissões, mas também pelas suas ações que contribuíram para o enfraquecimento do regime democrático brasileiro, do sistema eleitoral pátrio e para o agravamento dos impactos da covid-19 no Brasil”, diz a peça.

*Com informações do Uol

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Política

Governo Bolsonaro pagou cachê para ao menos 32 apresentadores e influenciadores

Ao menos 32 apresentadores e influenciadores receberam cachês para campanhas do governo de Jair Bolsonaro, mostram planilhas da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) entregues à CPI da Covid no Senado. A comissão apura ações e omissões da gestão federal no enfrentamento da pandemia.

Na televisão, as campanhas foram feitas por apresentadores bolsonaristas ou que trabalham em emissoras com uma linha mais próxima do governo, como a Record TV e a Rede TV!.

Elas falavam sobre “cuidado precoce”, agenda positiva, o lançamento da cédula de R$ 200, a violência contra a mulher e outras seis iniciativas.

Na Rede TV! quem faturou ao menos R$ 122 mil foi um dos próprios donos da emissora, o apresentador Marcelo de Carvalho. O pagamento de 11 cachês foi feito por meio das suas empresas New Mídia Serviços e TV Ômega Ltda.

Marcelo de Carvalho é apoiador de Bolsonaro. O apresentador levanta bandeira parecida com a presidente e se tornou uma das vozes mais estridentes contra as políticas de isolamento social, “essa bobagem de quarentena”, como disse no programa Mega Senha de julho do ano passado.

Um mês antes, a RedeTV News, principal telejornal do canal, foi o único entre os seus concorrentes a ignorar a tentativa do governo de maquiar a apresentação dos números da pandemia de coronavírus.

Como a Folha revelou, outros apresentadores da emissora também foram beneficiados por campanhas do governo, como Luciana Gimenez, Sikêra Júnior e Luís Ernesto Lacombe.

Entre os nomes listados também estão apresentadores da Record TV. Eles receberam por meio da empresa Rádio e Televisão Record.

Lidera a lista o apresentador Cesar Filho, do programa Hoje em Dia. Ele recebeu 11 cachês que somam R$ 525 mil. O apresentador chegou a manifestar apoio ao presidente durante campanha eleitoral.

Em seguida, está a apresentadora Ana Hickmann, com nove cachês, que somam R$ 411 mil. A apresentadora chegou a ser criticada nas redes sociais por postar uma foto ao lado de Bolsonaro em 2019. Na legenda, ela escreveu: “Hoje eu tive a honra de conhecer o meu presidente”.

*Raquel Lopes e Constança Rezende/Folha

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Política

Moraes proíbe Sérgio Reis e outros alvos da PF de se aproximarem da Praça dos Três Poderes

Ministro do Supremo bloqueia redes sociais dos investigados.

Ao autorizar o cumprimento de mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira em endereços do cantor Sérgio Reis e do deputado federal bolsonarista Otoni de Paula (PSC-RJ), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou que os investigados pretendem abusar “dos direitos de reunião, greve e liberdade de expressão, para atentar contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições”, “inclusive atuando com ameaça de agressões físicas”. Na decisão, Moraes determina que os investigados fiquem impedidos de circular até um quilômetro de distância da Praça dos Três Poderes, onde o grupo planejava realizar protestos contra o STF no dia 7 de setembro.

O ministro também instaurou inquérito contra 10 pessoas: além do deputado Otoni de Paula e do cantor Sérgio Reis, os também cantores Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como “Zé Trovão”, e Eduardo Araújo, Wellington Macedo de Souza, Antônio Galvan, Alexandre Urbano Raitz Petersen, Turíbio Torres, Juliano da Silva Martins e Bruno Henrique Semczeszm.

“Condutas criminosas decorrentes do abuso e desvio no exercício de direitos constitucionalmente previstos não podem ser impunemente praticadas para atentar, coagir, desrespeitar ou solapar a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições”, diz o ministro no despacho.

Segundo o ministro, as manifestações “criminosas e antidemocráticas” estão sendo programadas para a proximidade do feriado de 7 de Setembro, e os investigados estariam se valendo de publicações em redes sociais “para instigar os seus seguidores, e tentar coagir a população brasileira em geral, a atentar contra o Estado Democrático de Direito brasileiro e suas Instituições republicanas, inclusive com incentivo a atos expressos de ameaça e violência física”.

*Com informações de O Globo

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Bolsonaro entra na Justiça para proibir STF de abrir inquérito sem aval do MP

Advocacia-Geral da União argumenta que medida fere preceitos fundamentais da Constituição; artigo do regimento possibilita abertura de investigação sem passar pela PGR, como o inquérito das fake news.

O presidente Jair Bolsonaro entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira, para suspender um artigo do regimento interno da Corte que permite a abertura de investigações de ofício, ou seja, sem passar pela Procuradoria-Geral da República (PGR), como é o caso do inquérito das fake news. O processo foi apresentado em meio às ameaças de apresentação de pedidos de impeachment contra os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes

A medida pede que o artigo 43 do regimento do Supremo seja suspenso liminarmente até julgamento do tema pelo STF. A Advocacia-Geral da União argumenta que a maneira como o artigo tem sido usado pelos ministros fere ” preceitos fundamentais” da Constituição e ameaça “os direitos fundamentais dos acusados nos procedimentos inquisitórios dele derivados”.

A ação chegou ao STF às 18h43m desta quinta-feira. A ADPF foi discutida na mesma reunião em que foi tratado o pedido de impeachment, na tarde desta quinta-feira. Na reunião, auxiliares de Jair Bolsonaro voltaram a pedir que o presidente reconsiderasse o ato. A medida que contesta as decisões do STF foi apresentada como uma alternativa para Bolsonaro se convencer de adiar a medida contra os magistrados. O inquérito 4781, das fake news, é considerado o mais problemático para o Planalto.

A abertura de inquéritos de ofício no STF possibilitou, além da abertura do inquérito das fake news, onde Bolsonaro passou a ser investigado, o início de outros inquéritos abertos recentemente pelo ministro Alexandre de Moraes que têm como alvo o presidente.

*Com informações de O Globo

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Novo álbum do bolsonarista Sergio Reis não terá mais a participação de Maria Rita

Alguns artistas também reagiram mal, melhor dizendo, em oposição ao discurso terrorista de Sergio Reis e sustaram suas participações no CD do cantor.

A segunda pessoa a pular fora da canoa de Sergio Reis, depois que o sertanejo-Jovem Guarda aprontou o papelão de incitação de ódio no Brasil contra as instituições, foi Maria Rita que cantaria Romaria, que foi um sucesso na voz de sua mãe Elis Regina. Certamente, em homenagem respeitosa a ela, tirou seu nome da lista de convidados a participar do projeto musical de Sergio Reis.

O primeiro foi Guarabira e, a essa altura dos fatos, não se sabe mais quem pulará fora do barco ou mesmo se o projeto ainda será lançado.

O fato é que Sergio Reis que, com certeza, não mediu consequências na hora de fazer declarações de ódio tão estapafúrdias contra a democracia, anda vendo a avó pela greta. E tudo indica, ele sairá dessa totalmente abandonado.

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Política

PSOL negocia aliança inédita com PT para apoiar Lula em 2022

O PSOL discute uma aliança inédita com o PT nas eleições presidenciais de 2022. Se for concretizada, será a primeira vez que a legenda não terá um candidato próprio e apoiará o PT logo no primeiro turno.

A estratégia é patrocinada pela cúpula do PSOL devido à “gravidade do momento político do Brasil”, mas enfrenta resistências internas, conforme o Estadão/Broadcast apurou.

O PSOL discute uma aliança inédita com o PT nas eleições presidenciais de 2022. Se for concretizada, será a primeira vez que a legenda não terá um candidato próprio e apoiará o PT logo no primeiro turno.

A estratégia é patrocinada pela cúpula do PSOL devido à “gravidade do momento político do Brasil”, mas enfrenta resistências internas, conforme o Estadão/Broadcast apurou.

O PSOL foi criado em 2004 após uma dissidência interna do PT no primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva.

Agora, a cúpula do partido negocia um apoio à candidatura de Lula no próximo ano na tentativa de derrotar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Guilherme Boulos, candidato da legenda ao Planalto em 2018, deve concorrer ao governo de São Paulo.

A tática eleitoral do PSOL será discutida no congresso da legenda, marcado para 25 e 26 de setembro. O atual presidente do partido, Juliano Medeiros, é um dos apoiadores da aliança com o PT e tentará um novo mandato na sigla.

Ele é filiado à Primavera Socialista, corrente majoritária do PSOL. Uma ala minoritária, formada pelo Movimento de Esquerda Socialista (MES), defende candidatura própria e quer lançar o deputado Glauber Braga (RJ) para o Planalto em 2022.

A aliança foi discutida recentemente em uma reunião entre Medeiros e o ex-presidente Lula, em São Paulo. Uma das condições colocadas pelo PSOL para apoiar o PT no primeiro turno é uma defesa enfática a uma proposta econômica mais voltada à esquerda, incluindo a revogação do teto de gastos, que limita o crescimento das despesas à inflação do ano anterior.

A derrubada do teto como proposta central não é um consenso no PT e por isso entrou nos debates.

O presidente do PSOL admitiu, em entrevista ao Broadcast Político, a negociação com o PT para apoio no primeiro turno. “É uma possibilidade considerando a gravidade do momento do Brasil e vai levar em conta aspectos programáticos, arco de aliança e possíveis acordos eleitorais nos estados que sejam de interesse do PSOL”, disse Juliano Medeiros.

*Com informações do Uol

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Política

CPI quebra sigilo de Barros, influenciadores bolsonaristas e advogado do presidente

Requerimentos foram aprovados antes de depoimento do dono da Precisa, que ficou em silêncio na maioria dos questionamentos.

A CPI da Covid aprovou a quebra de sigilo fiscal de Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, e também do advogado Frederick Wassef, que atua para o presidente Jair Bolsonaro e para um de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ).

Os requerimentos preveem que a Receita Federal repasse as movimentações de Barros e Wassef referentes aos últimos cinco anos.

O argumento usado pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), é que eles foram citados em depoimentos colhidos e em documentos. Os dados ajudariam a esclarecer as informações já levantadas.

“As pessoas acima relacionadas possuem registros de passagens de recursos ou relacionamentos comerciais com origem, ou destino na empresa Precisa Medicamentos, seus sócios, familiares destes e outros investigados por esta CPI”, aponta trecho da justificativa de Renan.

A comissão também quebrou o sigilo do Centro de Educação Profissional Técnico Maringá, entidade da qual Barros detém participação. Os senadores desconfiam que o deputado pode ter recebido repasses de empresa investigada pela CPI por meio dessa entidade.

Dos 187 requerimentos, 120 são pedidos de quebra de sigilo e solicitam relatórios de inteligência ao Coaf, órgão de inteligência financeira. Houve também a aprovação da quebra de sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático da Global Gestão em Saúde e o sigilo fiscal de Francisco Maximiano, sócio-administrador da Precisa, que intermediou a compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde.

A pedido dos governistas, os senadores votaram em separado, mas também aprovaram as quebras de sigilo de blogueiros bolsonaristas, como Allan dos Santos e Leandro Ruschel, e de canais de apoio ao presidente. Foram quebrados os sigilos de veículos, como Brasil Paralelo e Senso Incomum.

Os requerimentos foram aprovados nesta quinta-feira (19) pouco antes do depoimento de Maximiano. Ele optou por ficar em silêncio na maioria dos questionamentos dos senadores.

Nas poucas perguntas a que respondeu, Maximiano fez questão de negar que tivesse articulado com Barros a elaboração de uma emenda que permitiu que vacinas aceitas pelas autoridades sanitárias indianas pudessem obter a mesma autorização no Brasil.

Já no início do depoimento, a defesa de Maximiano disse que o depoente não iria usar seus 15 minutos introdutórios e que iria deixar de responder às perguntas que avaliasse que poderiam produzir provas contra si.

Ele também não aceitou o compromisso de apenas dizer a verdade durante o seu depoimento. Maximiano obteve um habeas corpus do STF (Supremo Tribunal Federal) que garante o direito ao silêncio e mesmo mentir para não se incriminar.

Após o depoente ficar em silêncio na maioria dos questionamentos, os senadores começaram uma discussão sobre o seu habeas corpus. Membros da CPI sugeriram até sua prisão.

“Segue as perguntas e se algum senador entender que está criando obstáculo efetivo avisa e parte para aquilo que a gente já fez na CPI”, disse o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

Ao falar sobre Barros, Maximiano disse que conhece o deputado, mas negou que tivesse negociado com ele a elaboração e apresentação da emenda.

“Quando eu digo que era do interesse [da Precisa], porque, por óbvio, ela tornava a Covaxin elegível também, assim como outras de outras autoridades. Mas não houve absolutamente nenhum contato com o deputado Ricardo Barros, tampouco com outro pra se fazer essa inclusão”, afirmou.

Maximiano disse que as fraudes em documentos entregues ao Ministério da Saúde, na negociação envolvendo a Covaxin, foram cometidas pela Envixia, uma atravessadora dos Emirados Árabes.

Maximiano foi questionado pelo senador Humberto Costa (PT-PE) sobre o motivo de ter viajado à Índia logo após o surgimento de irregularidades.

O empresário disse que viajou para o país asiático para mostrar à farmacêutica Bharat Biotech, fabricante da Covaxin, os documentos que havia recebido da Envixia, para comprovar que a fraude veio daquela empresa.

Costa afirmou que tinha provas de que as manipulações ocorreram dentro do ministério. O advogado de Maximiano respondeu que o arquivo original encaminhado contém dados da Envixia, onde estariam as fraudes, e não em manipulações no ministério.

Em um outro momento, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) mostrou um ofício enviado pela CGU (Controladoria-Geral da União) para o Ministério da Saúde. O documento apontou que quatro memórias de reunião, nas quais foram tratados preços da Covaxin, foram omitidas do processo de compra da vacina.

“Nesse contexto, observou-se que parte significativa dos documentos enviados em resposta ao requerimento de informação, em especial as quatro memórias de reunião, foram omitidos do processo, em que pese tratar-se de informações críticas à aquisição relacionada, devendo, assim, estar formalizadas no processo de aquisição autuado pelo gestor para essa finalidade”, afirma o ofício, datado de 5 de julho e assinado pelo diretor de auditoria em políticas sociais da CGU, José Paulo Julieti Barbiere.

Dois senadores chegaram a apontar mentiras no depoimento de Maximiano.

Renan questionou-o sobre reunião com o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, que teria sido intermediada pelo senador Flávio Bolsonaro. Maximiano respondeu que se tratava de um projeto de internet para o Brasil, da empresa Xis Internet Fibra. Renan indagou se a Xis transferiu recursos para a Precisa, e o depoente respondeu que não.

Após algumas horas, Renan retomou o assunto e apontou um documento fiscal que mostra repasse da empresa para a Precisa. O relator, no entanto, não pediu providências, como solicitar a prisão do depoente.

“Queria dizer que encontra-se em poder desta CPI o registro de uma transferência de R$ 640.444,52 entre 8 de novembro de 2021 e 16 de abril de 2021 feito da Xis exatamente para a Precisa, diferente do que respondeu o depoente ao interrogatório”, disse Renan.

Mais tarde, Maximiano se retratou de uma informação apontada como mentirosa por Vieira, que chegou a pedir a prisão do depoente por falso testemunho.

O senador apontou que Maximiano disse ser apenas o “fiador” de um contrato de locação de imóvel que seria usado por Marcus Tolentino, apontado pela CPI como sócio oculto do Fib Bank, banco que deu a garantia para a compra da Covaxin.

O depoente depois da intervenção e do pedido de prisão se retratou e assumiu ser o locatário.

“O senador Alessandro, com toda a formação jurídica que tem, sabe que investigado não comete falso testemunho, ainda que falte com a verdade. Dois: ainda que não fosse na condição de investigado, e sim de testemunha, ele teria até o relatório final para se retratar. Três: ele já estava pronto para fazer isso”, afirmou o advogado de Maximiano.

“Eu formalmente me retrato e peço desculpas porque realmente consto como locatário”, disse o empresário.

No início da sessão desta quinta, Renan disse que o relatório final pretende responsabilizar por crime comum todos os membros do gabinete paralelo, que assessorava Bolsonaro em temas relativos à pandemia. Como a Folha mostrou, o grupo participou de ao menos 24 reuniões no Palácio do Planalto e no Palácio da Alvorada.

“Pretendo como relator é responsabilizar por crime comum todos os membros do gabinete paralelo pela maldade que fizeram contra o Brasil, por prescrever remédios ineficazes.”

A declaração foi dada após ser questionado sobre o vazamento do documento. Renan alegou que o relatório ainda não está pronto e negou que os membros do gabinete serão responsabilizados pela demissão de ministros.

“Não há nada, inclusive, com relação ao dado citado que nós iremos atribuir aos membros do gabinete paralelo a responsabilidade pela demissão dos ministros. Eu jamais vou atribuir isso.”

*Raquel Lopes e Renato Machado/Folha

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Movimento Fora Bolsonaro quer a av. Paulista no 7 de setembro; Secretaria de Segurança liberou para bolsonaristas

O coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, rebateu a decisão da Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo, que liberou a Avenida Paulista para os pró-bolsonaristas se manifestarem no feriado de 7 de setembro.

Tanto os organizadores da manifestação pelo Fora Bolsonaro e em defesa do chefe do Executivo acionaram a Justiça pelo direito de se manifestarem na Paulista. No entanto, a Justiça favoreceu os extremistas que reivindicam o fechamento do STF e defendem o voto impresso.

Bomfim declarou que irá recorrer em todas as instâncias da decisão da secretaria de segurança.

Ele também ressaltou “que o movimento irá questionar Doria diretamente sobre o assunto, se ele irá entregar a Paulista para Bolsonaro ou para as forças democráticas”.

O ativista informou que a direção do Fora Bolsonaro começará a convocar nesta quinta-feira (18) a manifestação do Fora Bolsonaro na Paulista.

*Com informações do 247

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Zeca Pagodinho recebe alta e recomenda, vacinem-se!

Depois de seis dias internado para tratar sintomas da Covid-19, Zeca Pagodinho, de 62 anos, recebeu alta nesta quinta-feira, dia 19, no Rio de Janeiro.

Na saída do hospital, Zeca posou com a equipe médica, carregando cartazes: “Eu venci a Covid-19”.Fontes ligadas ao EXTRA explicam que o sambista saiu acompanhado do motorista e foi logo para Xerém, sua terra natal.

“Estou indo embora, terminar o tratamento em casa. Se cuidem, vacinem-se”, disse o sambista.

O artista, que foi vacinado com as duas doses contra a doença, teve sintomas leves e reagiu bem ao tratamento. Tanto é que apareceu cantando para a equipe médica em um dos vídeos divulgados.

Assista:

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MPF investiga cooperativa que Sérgio Reis ajudou a criar para garimpo em terra indígena no Pará

Cantor diz que hoje não tem ligação com a entidade e defendeu exploração mineral em área Kaiapó porque indígenas “eram muito pobres”.

O Ministério Público Federal (MPF) no Pará investiga uma cooperativa criada em 2019 com a ajuda do ex-deputado federal e cantor Sérgio Reis e que tem entre os seus principais objetivos viabilizar a exploração mineral na Terra Indígena Kaiapó, no Pará. A apuração tramita em sigilo. Em março deste ano, indígenas divulgaram um manifesto contra a atuação da cooperativa na região alegando que ela não se encaixa no “contexto do modo como a comunidade sobrevive”. Ao GLOBO, Sérgio Reis admitiu ter ajudado a criar a entidade, mas nega ter vínculo com ela atualmente.

A Cooperativa Kaiapó foi criada em fevereiro de 2019 no município de Tucumã, no Sul do Pará. De acordo com a Confederação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), os responsáveis pela cooperativa são os empresários João Gesse e Sérgio Reis. Segundo O GLOBO apurou, ainda não há informações sobre a participação de Sérgio Reis no inquérito do MPF.

Em uma carta assinada por lideranças da região, caciques rechaçaram a atuação da cooperativa. “Cada aldeia já tem sua própria instituição ou associação e não precisamos que brancos falem por nós”, diz um trecho da carta. Segundo dados da Receita Federal, além da mineração em terras indígenas, a cooperativa tem entre seus objetos a exploração de recursos florestais, hídricos e comercialização de créditos de carbono. Ainda de acordo com a Receita, o atual presidente e o diretor da entidade são indígenas.

Por telefone, Sérgio Reis admitiu ter participado da criação da entidade.

— O (João) Gesse (empresário do ramo madeireiro) me contou que eles (indígenas) sofriam muito porque não tinham dinheiro, eram muito pobres. Aí eu comecei a ir lá, a visitar. Levei até minha esposa, que ficou uma semana na tribo. Ela ficou assustada e ficou com dó. Foi aí que resolvemos criar essa cooperativa — disse Sérgio Reis ao GLOBO por telefone.

A investigação do MPF sobre a entidade está tramitando desde 2019 na esfera cível. Os procuradores que cuidam do caso querem saber quais são os produtos atualmente explorados pela entidade, se há indígenas no conselho de administração dela, se a Fundação Nacional do Índio (Funai) ou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) participaram da sua fundação e se houve consulta prévia aos indígenas sobre a sua criação conforme prevê a convenção nº 163 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário.

A criação da cooperativa aconteceu em meio ao avanço dos garimpos ilegais em terras indígenas em estados como o Pará e Roraima. Garimpeiros e uma pequena parcela dos índios defendem a regulamentação da atividade em terras indígenas. A bandeira é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, que enviou um projeto de lei sobre o assunto ao Congresso Nacional. O projeto, porém, ainda não foi votado.

Sérgio Reis disse que participou de uma reunião com indígenas e o presidente com o objetivo de oficializar a mineração nessas áreas.

— Eu fiz a reunião com eles (indígenas). Fui pra Brasília com os caciques para que o Bolsonaro oficialize o garimpo. O governo não vê um tostão do ouro que sai de lá. Sai toneladas. Então, com a cooperativa, o índio tira, pode ser garimpeiro, faz o que tem que fazer, ganha seu dinheiro e o governo recebe a sua parte. É uma coisa bem legal. E os índios aceitaram. […] E nessa semana eu fui a Brasília e o Bolsonaro recebeu todos eles lá — afirmou o cantor.

Sérgio Reis disse que a criação da cooperativa teria sido elogiada pelo presidente.

— Ele falou: “Excelente trabalho. Vamos cuidar disso com carinho. O índio não merece viver assim. Eles vivem em cima de milhões” — disse Sérgio Reis.

Apesar de ter admitido sua participação na criação da cooperativa, Sérgio Reis afirma que não tem vinculação com ela atualmente e que não se beneficiará de qualquer atividade exercida por ela.

— (A cooperativa) é dos índios. Eu não tenho nada. Não ganho nada. Não quero nada […] Não tenho terra nenhuma (nas imediações). Não mexo mais com agricultura. Eu só canto e olhe lá, porque de vez em quando eu desafino — afirmou.

Sérgio Reis disse não ter conhecimento da investigação do MPF sobre a cooperativa.

— Eu não tenho conexão lá. Eu não sei como está. Nós só demos a ideia. O que eles vão fazer lá é problema deles, não é meu.

A reportagem do GLOBO procurou o empresário João Gesse, apontado pelos indígenas como um dos responsáveis pela cooperativa. Por telefone, ele admitiu que ajudou a criar a entidade, mas diz que ela é controlada pelos indígenas da região e diz não ter ligação com ela.

— Os índios criaram o estatuto. Eu não tenho ligação com a cooperativa. Ela é 100% indígena. Nós apenas ajudamos a criar — disse.

*Com informações de O Globo

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