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A PEC da compra de votos a três meses da eleição chama-se fraude eleitoral

Enquanto Bolsonaro tenta construir sua candidatura com a carteira alheia para comprar votos com criação de novos “auxílios sociais” e reajustes de outros, o Brasil real mostra uma grande debandada e 6 milhões de pedidos de demissão, fazendo o Brasil bater recorde de desligamentos de trabalho registrados no último ano.

Foi esse Brasil real que apontam dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) compilados pela LCA Consultores. Isso, em um cenário de desemprego extremamente alto em que uma enorme faixa da população tem dificuldade de voltar ao mercado.

Ou seja, com Bolsonaro, nada é tão trágico que não possa piorar. Há sempre um espaço extra para ele encaixar uma nova tragédia que acaba explodindo nas costas do próprio povo.

Essa construção artificial de Bolsonaro, que hoje se encontra no vale dos desesperados, é absolutamente artificial, sob qualquer ponto de vista, porque nem auxílio social isso é, pois termina logo após a eleições, além de uma confissão escancarada e despudorada de que isso não passa de uma fraude eleitoral, que deveria ser coibida pelo TSE que, até agora, não disse um A sobre essa manobra espúria que está sendo aplicada na tentativa de nutrir uma candidatura presidencial que está empacada.

Isso é um deboche  com a própria eleição que, independente de surtir o efeito desejado, é uma confissão de fraude constituída pelo próprio poder para tentar burlar o resultado das eleições que se encontram claramente desfavoráveis a Bolsonaro.

Não é possível que uma fraude de tamanho GG como essa, que contém todos os ingredientes de um crime eleitoral, passe incólume diante dos tribunais brasileiros. Ou se faz algo para suspender esse absurdo ou teremos uma eleição batizada, adulterada por um insano manjado que não vê limites na prática de crimes, justamente porque segue impune, utilizando as próprias instituições para se blindar e aos seus.

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Governo federal tem uma denúncia de assédio sexual por dia

Segundo dados da CGU, houve 214 casos no primeiro semestre de 2022. No ano passado, foram 251, alta de 65% em relação a 2020, segundo O Globo.

As denúncias de assédio sexual que levaram à queda do então presidente da Caixa, Pedro Guimarães, vão além do banco estatal e cresceram 65,1% no governo federal em 2021, atingindo um volume recorde com 251 denúncias, segundo dados da Controladoria-Geral da União (CGU) dos últimos sete anos. Somente em 2022 houve, em média, um caso por dia, o dobro do ano anterior.

Registradas nas ouvidorias federais da administração federal, as denúncias são compiladas por auditores da CGU em um sistema que monitora cada procedimento aberto. Os canais de contatos para as vítimas vão desde ministérios a órgãos subsidiários, como universidades federais.

Mas, não são computados informações de estatais como a Caixa ou a Petrobras. Para proteger as vítimas, os nomes envolvidos no caso são preservados sob sigilo.

Nos últimos três anos, as denúncias de assédio sexual registradas no governo federal deram um salto, passando de 155, em 2019, para 251, em 2021. Neste ano, somente no primeiro semestre, os casos somaram 214.

Procurados para explicar o aumento do número de denúncias de abuso sexual no governo, o Palácio do Planalto preferiu não se manifestar e disse que a resposta ficaria a cargo da CGU — que, por sua vez, não respondeu até o fechamento desta reportagem.

12,5% de casos arquivados

Do total de denúncias de assédio sexual registradas em ministérios, segundo a CGU, 31 foram feitas por funcionários da pasta da Justiça e Segurança Pública. O Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos vem em segundo lugar, com 23 denúncias, seguido pela Educação, com 18. A ouvidoria da Presidência da República também recebeu denúncias de assédio sexual: quatro no total.

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Opinião

Na hierarquia do clã Bolsonaro, Queiroz e Wassef têm patente de general e Braga Netto de recruta zero

Para começar a conversa, pergunta a ser feita sobre Braga Netto não é o que ele fala, mas quem se importa com o que ele fala.

Se ele vem com o já exaurido fetiche de golpe, se Bolsonaro não vencer as eleições, sejamos francos, não vale a pena gastar uma banana com ele.

Braga Netto não pode sequer ser chamado de general água e sal pela sustança jurídica que seu extrato apresenta. Ele não é alguém considerado o verde Olavo e, muito menos um Hércules medalhonado que tenha força voz de verdade nas quatro linhas do comando das Forças Armadas.

Se hoje, Bolsonaro utiliza Braga Netto como agente químico para dar algum sentido à campanha, é a de neutralidade, ao melhor estilo “muito ajuda quem não atrapalha”.

Por isso, suas palavras a empresários na última sexta-feira têm valor politicamente nulo, para não dizer inútil e descartável.

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Opinião

Bolsonaro foi de “mito” a encosto. A desistência de Datena e a empacada campanha de Tarcísio, mostram isso

A candidatura de Tarcísio de Freitas ao governo de São Paulo está com os dois pés emperrados, para ser mais explícito, estacados. Para ser ainda mais claro, está bolsonarado. E, se continuar na disputa, sua candidatura nem conservará a pontuação que mostram as pesquisas, a tendência será de queda.

Na verdade, a não confessada desistência de Datena, por estar no partido de Bolsonaro, é um claro sinal de que o “mito” virou um encosto.

Na realidade, para ser justo com a história, no último pleito para prefeitos, todos os candidatos que Bolsonaro botou a mão na cabeça, desabaram de podre. Ele perdeu em todas as cidades em que se meteu a apoiar.

Sua própria candidatura à reeleição segue empacada, sem fazer qualquer movimento, mínimo que seja. Agora, tenta azeitar sua rejeição cometendo claro crime eleitoral de utilização de bilionária verba pública, na tentativa de comprar votos.

O fato é que, no seco, a população não engole Bolsonaro e acompanha atentamente o movimento dos preços do mercado, porque não tem outra forma de mensurar a tragédia desse governo que sente no próprio calo, justamente porque Bolsonaro não só ignorou os pobres, mas fez questão de massacrá-los para dar uma de Robin Hood às avessas, deixando os milionários ainda mais ricos nas costas da imensa maior parte da população.

Por isso, São Paulo, que hoje amarga o título de capital com o maior número de pessoas em situação de rua, devolve a Bolsonaro a expressão mais clara de um governo que fez de tudo para pisar no pescoço dos desvalidos e fazer degraus políticos no meio dos muito ricos, transformando-se num encosto eleitoral concentrado e ativo.

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Racismo

Empresário rompe contrato milionário após ser chamado de ‘negão’ em reunião; ‘Escapou inconscientemente’, diz autor da ofensa

Juliano Pereira dos Santos, diretor de tecnologia da Proz Educação, encerrou um contrato milionário com a Optat Consulting depois que o representante da empresa Matheus Mason Adorno o chamou de “negão” durante uma reunião por videoconferência.

Além do encerramento do contrato, Juliano entrou com um processo na 5ª Vara Cível da Comarca de Campinas (SP) contra Matheus, com um pedido de indenização por danos morais. A ação foi protocolada na última sexta-feira (24).

A reunião entre as empresas aconteceu em outubro do ano passado para tratar do desenvolvimento de um novo software para a Oracle, multinacional norte-americana de tecnologia, e reuniu representantes das duas companhias credenciadas, a Proz Educação e a Optat Consulting, que fariam a produção do dispositivo.

‘Pô, negão, aí você me f…’

Segundo relato de Juliano ao g1, a reunião era para debater uma série de desacordos e descumprimento de prazos no contrato com a Oracle por parte das duas empresas. Durante um momento da conversa, Matheus afirmou: “Pô, negão, aí você me f…”.

No mesmo momento, o diretor encerrou a videoconferência e decidiu romper o contrato, que teve o apoio dos outros sócios da Proz Educação.

“O sentimento foi de revolta. Isso não pode mais ser tolerado. A decisão foi imediata, durante a reunião, eu falei que o contrato estava rescindido, porque tenho autonomia para isso. Conversei com meus sócios, que entenderam, e isso foi imediatamente acordado. A gente não teve dúvida. Isso fala muito da cultura da empresa, a gente não vai permitir que isso aconteça nem uma, nem duas, nem mil vezes”, pontuou Juliano.

Ação por injúria racial

Juliano também processou a própria Oracle por suposta omissão. Segundo ele, a empresa manteve o contrato com a Optat, mesmo após o caso ter vindo à tona. À época, o diretor também registrou um boletim de ocorrência pela internet por injúria e difamação.

Um dos advogados de Juliano, Diogo de Lima dos Santos, afirmou que a reunião era formal e Juliano e Matheus não tinham intimidade para que o termo usado não fosse de maneira ofensiva. “Parece simples, mas não é fácil você ser negro no Brasil e, depois de já ter muita dificuldade para chegar a um cargo de diretor, ser chamado de ‘negão’ em uma reunião”, disse.

Cada uma das ações, contra Matheus e Oracle, tem valor de indenização de R$ 50 mil. “Se trata de um caso de injúria racial. Não podemos mostrar que o racismo no Brasil vale a pena, que as pessoas podem falar e não vai acontecer nada”, explicou o defensor.

‘Escapou inconscientemente’

Ao g1, Matheus Mason Adorno, que também é presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da região de Campinas (Abrasel), disse que a palavra “escapou inconscientemente” e que no mesmo momento ele pediu desculpa. Além disso, o empresário ressaltou que ficou surpreso com a demora entre a data da reunião e a entrada do processo na Justiça, e reforçou que o racismo no Brasil deve ser combatido.

“Naquele momento escapou inconscientemente ali a palavra, que foi inadequada sim, mas eu me retratei na hora, e acho que ele mesmo entendeu isso. Ele entendeu que não foi um crime, até porque se fosse um crime o processo deveria ser na esfera criminal e não cível. Eu não tenho interesse nenhum em brigar, mas eu me retratei. Foi uma figura de linguagem. Sou antirracista e acho que o Brasil tem sim um racismo estrutural que precisa ser combatido”, afirmou.

O que dizem as empresas

A Optat Consulting disse, em nota, que o contrato foi rescindido por justa causa após a quebra feita por parte da empresa de Juliano. Além disso, a companhia afirmou que suspendeu Matheus logo após o ocorrido, por meio do programa de compliance. No entanto, testemunhas afirmaram não ter havido o crime e provam que os fatos narrados no processo estão “distorcidos da realidade” e tentam encobrir o real motivo da rescisão de contrato. Veja na íntegra:

Com relação as alegações proferidas pelo Sr. Juliano temos a informar que o contrato foi rescindido pela Optat Consulting por justa causa por quebra de contrato por parte da empresa Proz.

Em relação ao suposto crime de injuria racial alegado pelo Sr. Juliano a Optat Consulting tomou conhecimento do ocorrido na reunião e tomou todas as medidas cabíveis para averiguação dos reais fatos suspendendo de imediato o Sr. Matheus Mason, tudo em conformidade com o programa de Complice da empresa.

Ocorre que, após a averiguação as testemunhas ouvidas disseram não ter havido o suposto crime, bem como provam que os fatos narrados pelo Sr. Juliano estão destorcidos da realidade e na verdade tentam encobrir o real motivo da rescisão do contrato.

A Optat Consulting responderá ao processo para o restabelecimento da verdade dos fatos e ingressará com as medidas judiciais cabíveis.

Lamentamos o ocorrido, vez que a Optat Consulting tem por compromisso promover o tratamento entre as pessoas sem preconceitos e discriminações de qualquer natureza, seja por raça, gênero, orientação sexual, religião, deficiência, classe social, idade ou aparência.

A Oracle informou, também em nota, que ofereceu apoio a Juliano e é contra qualquer tipo de discriminação. Confira:

A Oracle do Brasil Sistemas Ltda. reafirma seu compromisso inegociável com a Diversidade e a Inclusão e contra todas as formas de discriminação. A Oracle prontamente ofereceu apoio à pessoa diretamente atingida pelos fatos descritos e tem lhe oferecido o suporte necessário. Ademais, a Oracle se colocou à disposição para colaborar com as autoridades competentes em quaisquer investigações e, em março de 2022, informou à empresa envolvida nos fatos que descontinuaria a relação contratual.

A Proz Educação informou, em nota, que não tolera qualquer natureza de discriminação e que assim que soube do episódio, tomou a decisão de rescindir o contrato e adotar medidas cabíveis. Confira:

“A Proz não tolera qualquer natureza de discriminação e reitera seu compromisso com o pleno cumprimento da lei e adoção de práticas organizacionais éticas e honestas.

No referido caso, a Proz Educação, assim que recebeu o relato do episódio de preconceito, tomou a de decisão de rescisão do contrato com o prestador de serviço, notificando a organização e tomando as medidas cabíveis.

Apoiamos e apoiaremos sempre nossos colaboradores em qualquer situação de discriminação vivida no ambiente empresarial.”

*Com G1

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Empreiteira Líder sob Bolsonaro vence licitações com preços perto do dobro de concorrentes

Engefort obteve contratos com valores superiores aos de estados vizinhos; empreiteira e estatal dizem seguir lei.

A empreiteira Engefort, campeã de contratos com a estatal Codevasf sob o governo Jair Bolsonaro (PL), ganhou concorrências de pavimentação em 2021 com valores quase o dobro maiores que os de licitações em estados vizinhos vencidas por outras empresas, segundo levantamento feito pela reportagem.

A Folha encontrou discrepâncias de 87% no Tocantins, 71% na Bahia e 31% em Minas Gerais. ​​​​

Como a Folha revelou em abril, a Engefort tem conquistado a maioria das concorrências de pavimentação do governo Bolsonaro em diferentes licitações nas quais participou sozinha ou na companhia de uma empresa de fachada registrada em nome do irmão de seus sócios.

A Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) é a estatal federal entregue por Bolsonaro ao centrão em troca de apoio político.

Turbinada por bilhões de reais em emendas parlamentares no atual governo, a Codevasf mudou sua vocação histórica de promover projetos de irrigação no semiárido para se transformar em uma estatal entregadora de obras de pavimentação e máquinas até em regiões metropolitanas.

As grandes disparidades têm como ponto de partida os próprios preços mínimos das licitações fixados pela Codevasf. As diferenças de valores indicam que a estatal não buscou aproveitar preços de suas próprias concorrências em estados vizinhos ou não fez cotações locais para buscar pagar menos.

Procurada pela reportagem, a Codevasf alega que usou um índice oficial de preços de insumos elaborado pela Caixa Econômica Federal chamado Sinapi, que é adotado em larga escala pela administração federal e recomendado pelo TCU (Tribunal de Contas da União).

A estatal citou uma decisão do TCU de 2019 segundo a qual “o Sinapi deve ter primazia em relação às cotações efetuadas diretamente ao mercado”.

Porém, há outras decisões do próprio TCU que apontam a necessidade de priorizar a economia para os cofres públicos.

Em um caso da Codevasf de 2019, em que houve superfaturamento de 70% nos orçamentos nas obras com paralelepípedos em vias do Piauí, o TCU afirmou que o Sinapi deve ser afastado quando não estiver condizente com a realidade local.

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Testemunha conta que colegas se escondiam no banheiro e pulavam por cima de mesas para se esconder do assédio de Pedro Guimarães

Novas denúncias de assédio do agora ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães continuam aparecendo. Uma ex-funcionária do banco, deu rosto ao grupo de mulheres que passaram por abusos e constrangimentos em encontros com Guimarães.

Guimarães deixou a presidência da Caixa nesta quarta-feira (29), após se tornarem públicas denúncias de que ele cometeu assédio sexual contra funcionárias. O Ministério Público Federal investiga o caso. Nesta quinta-feira (30) áudios que mostram assédio moral dele com funcionários do banco foram divulgados pelo portal “Metrópoles”.

A denúncia é de uma ex-assessora de diretoria da Caixa que não trabalhava diretamente com Guimarães, mas que encontrou com ele no prédio do banco. Ela relatou que a intenção de gravar o vídeo é para “dar uma cara para essas mulheres”.

“Era comum a mulherada se esconder no banheiro quando ouvia a voz dele chegando no corredor, fazendo estardalhaço, aquela confusão toda. Ele saia catando o celular na mesa [das pessoas] para tirar fotos. E, para a gente não ser abraçada de novo e tirar foto de novo, a gente se escondia no banheiro”.

Ela conta que era comum o povo correr. “Uma colega contou que já pulou uma mesa para evitar um abraço”.

Ele ainda perguntava de onde a funcionária era e o motivo de ela ainda não ter foto com ele. “Falou que eu tinha cara de brava”. Ao tirar a foto, agarrava a gente e não soltava, passava a mão no lado do seio e pegava forte na cintura, o que causava desconforto, segundo a ex-funcionária. “Mas quem iria falar?”

Guimarães é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF), com base em denúncias feitas por funcionárias do banco. Ele é um dos nomes mais próximos do presidente Jair Bolsonaro, a quem costuma acompanhar em viagens e em “lives” na internet. Ele estava na presidência da Caixa desde o início do governo e deixou o cargo nesta quarta-feira (29).

Ex-funcionária da Caixa Econômica Federal, Carolina Lacerda denunciou em sua página no Instagram que também foi vítima do assédio sexual cometida pelo então presidente do banco estatal, Pedro Guimarães, que deixou o cargo nesta quarta-feira (29) após a divulgação de que o Ministério Público Federal (MPF) investiga uma série de denúncias de crimes que teriam sido cometidos por ele.

“Durante meus 13 anos de exercício na CAIXA, nunca tinha vivido nenhum tipo de assédio. Dei sorte de trabalhar com superiores éticos e profissionais. Um dia, esse grande filho de uma puta, me “abraçou” à força e não me soltava! Estavam presentes alguns colegas homens que viram meu sufoco, meu olhar pedindo socorro, mas não puderam/quiseram se manifestar… eles testemunharam meu desconforto… e em casa, chorei… graças a Deus, nunca precisei ficar sozinha ou trabalhar diretamente com essa criatura nojenta, que conseguiu destruir o clima organizacional da empresa”, escreveu.

Na rede, Carolina fez uma publicação se despedindo dos colegas do banco em novembro de 2021. Segundo ela, além do assédio, Guimarães e o comando da Caixa imposto por Jair Bolsonaro (PL) promovia as mulheres que se rendiam aos achaques.

“Grande dia para as empregadas CAIXA! Para aquelas que tiveram coragem de denunciar, meus sinceros cumprimentos e solidariedade… pras que têm um cursinho pixulé de Adm na “Uniskinas” e foram promovidas num piscar de olhos durante essa gestão podre, tenho pena e vergonha de você… sua marmitinha…”, relatou.

G1/Forum

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Contrariando a afirmação de Bolsonaro, Datena anuncia que não será candidato ao senado

Datena anunciou o engavetamento de sua candidatura ao Senado por São Paulo, o que, certamente, desencantou Bolsonaro, não só por sua expressiva exposição na mídia durante anos, o que poderia, nos cálculos de Bolsonaro, poderia impulsionar sua campanha em São Paulo, como essa retirada repentina de Datena pode ser um sinal claro de que a campanha de Bolsonaro está na emergência.

Sim, todos sabem que a mesma onda que faz um candidato somar forças quando sua campanha é virtuosa, na mão contrária, se essa campanha não decola, como é o caso de Bolsonaro, a tendência é ele ir perdendo musculatura eleitoral em seu entorno.

Esse é um sinal claro que a desistência de Datena revelou e o apresentador, então, preferiu pular de uma canoa furada ainda na beira do rio.

Na verdade, a tendência é que, se Bolsonaro, através de pesquisas sérias, não apresentar qualquer recuperação, sua campanha sofrerá dia após dia um processo de desintegração que lhe custará um resultado eleitoral bastante amargo.

Segundo fontes da campanha de Bolsonaro, ele, todos os dias faz tudo para perder a eleição.

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Pedro Guimarães também assediava homens

Toda forma de assédio faz mal à saúde e precisa ser denunciada. Os constrangimentos relatados por funcionárias da Caixa dão nojo maior em mulheres. Porque sentimos, como se fosse em nós, o bafo, o braço, a mão, o pênis. Mas há o assédio moral, que transcende gênero e vitima também os homens. Tem a ver com poder. Era o que acontecia com funcionários da Caixa, diz Ruth de Aquino, O Globo.

Gravações, obtidas com exclusividade por Rodrigo Rangel, do portal de notícias Metrópoles, revelam os acessos de fúria e os termos de baixo calão do agora ex-presidente Pedro Guimarães, em reuniões de diretoria ou com subordinados. “Porra, eu acho que quem está torcendo pro Lula tem que se foder. Tem que voltar a Caixa ser estuprada por aqueles ladrões e vocês se foderem”.

Ameaças a quem vazasse o conteúdo da reunião. “Quem for responsável vai deixar de ser. O (fulaninho) é pau mole. Quero o CPF de todo mundo”. Revoltado com uma decisão do banco não submetida a ele, grita. “Não é aceitável! E de novo: caguei para a opinião de vocês. Porque eu é que mando! Isso aqui não é uma democracia”. “Ah, mas o vice-presidente (aprovou)… Foda-se. Manda todo mundo tomar no c*”.

Pedro Guimarães promovia acareações quando alguém divergia de suas ordens, segundo funcionários. Ameaçava demitir, rebaixar. Isso explicaria a alta rotatividade nas chefias. Uma subordinada disse ao Metrópoles: “A gente tem 37 cargos de dirigentes e mais de 100 pessoas passaram por esses cargos desde que ele (Guimarães) chegou”. Esse deveria ser um sinal amarelo para as empresas. Quando diretores não são demitidos por discordar, não aguentam a pressão, adoecem. Ou são perseguidos e asfixiados. “Você chega no nível máximo e de repente despenca. Vira um técnico bancário”, disse a funcionária ao portal de notícias.

Murros na mesa ou em aparelho de TV com som ruim. Irritação com problemas técnicos numa apresentação dele no YouTube. Ameaças de “mandar todo mundo embora”. Exortação aos chefes para “arregaçar”. Porque gostar do chefe depõe contra, significa que é péssimo gestor. Não basta ser respeitado, precisa inspirar medo.

Engana-se quem acha que esse comportamento é só de maluco ou do Pedro Guimarães. Não é só dele. Alguns chefes se tornam assediadores quando acumulam poder. Humilham entre quatro paredes e em público. Acham todos incompetentes. Costumam ser extremamente inseguros e por isso enxergam conspirações por todo lado.

Chefes, diretores, presidentes como Pedro Guimarães promovem ambiente tóxico. Uma competição pouco saudável. Quem quer se dar bem e ser promovido se alia ao comando, torna-se informante. Quem enfrenta e não suporta ver colegas humilhados vira alvo. Muitos decidem, portanto, silenciar e tornar-se invisíveis.

Quem é assediado sente vergonha. Por isso as vítimas, mulheres e homens, pedem para não ser identificadas. O nome é fictício, com asterisco, o depoimento se faz na sombra, com silhuetas e vozes distorcidas. A vergonha é o primeiro sentimento a combater.

O assédio sexual dá mais audiência, por ser picante. A reação é mais estridente. Normal. Com mulheres, é duplo e dói mais. O assédio moral é mais difícil de provar e, por isso, mais insidioso. Atinge a todos abaixo na hierarquia. É uma relação de poder que pode amputar a vida e a carreira de um profissional, se ele ou ela não tiver uma carreira prévia consolidada. Ou se não tiver voz, equilíbrio, autoestima e autoconfiança.

É preciso mudar a cultura empresarial, não só na teoria. Se não for em nome da ética, que seja em nome da reputação e da saúde da empresa. Se assédio sexual é crime, assédio moral também é. E os homens também são vítimas.

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Quase fui às lágrimas com a “história de vencedor” do banqueiro Luis Stuhlberger que prefere Bolsonaro a Lula

Segundo o agiota verde, Lula, que tirou 40 milhões da miséria e colocou o Brasil entre as 6 maiores economias do planeta, é incompetente.

Para ele, Bolsonaro que devolveu 33 milhões de brasileiros a miséria e a fome, nos chutando para a 14ª posição entre as economias globais, é competente.

Temos que respeitar o sujeito banqueiro. Sua história é de “superação”
O cara veio do nada, só tinha um pai banqueiro, que também era dono de uma grande construtora e uma petroquímica. A única coisa que o modesto disse que tinha era uma inteligência aguda.

Fico pensando aqui com meus botões de uma blusa de malha, que essa porra chamada elite brasileira, não mudou merda nenhuma um século depois que Mário de Andrade recitou na Semana de Arte Moderna de 1922 “Ode ao Burguês” do seu livro Pauliceia Desvairada.

“Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! o homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!
Eu insulto as aristocracias cautelosas!
Os barões lampiões! os condes Joões! os duques zurros!
que vivem dentro de muros sem pulos;
e gemem sangues de alguns mil-réis fracos
para dizerem que as filhas da senhora falam o francês
e tocam os “Printemps” com as unhas!
Eu insulto o burguês-funesto!
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!
Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!
Fará Sol? Choverá? Arlequinal!
Mas à chuva dos rosais
o èxtase fará sempre Sol!
Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais!
Morte ao burguês-mensal!
ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi!
Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano!
– Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
– Um colar… – Conto e quinhentos!!!
Mas nós morremos de fome!
Come! Come-te a ti mesmo, oh gelatina pasma!
Oh! purée de batatas morais!
Oh! cabelos nas ventas! oh! carecas!
Ódio aos temperamentos regulares!
Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia!
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados!
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,
sempiternamente as mesmices convencionais!
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!
Dois a dois! Primeira posição! Marcha!
Todos para a Central do meu rancor inebriante
Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!
Fora! Fu! Fora o bom burguês!…
Escrever para C Henrique Machado

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