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Política

Moro, um tolo, acreditou que um troféu da Globo lhe daria salvo conduto para destruir o Brasil

No dia em que Moro matou o juiz para se tornar político, ele tirou a cama que a fama lhe deu e passou a integrar o outro lado, o lado dos impuros, o lado que a mídia e a Lava Jato fizeram bastante força para denegrir.

Essa é a lembrança que se tem da Lava Jato que, ao lado da Globo, produziu uma série mundo cão, tendo a política como principal componente, e o PT, lógico, como olho do centro do alvo para cumprir duas missões, derrubar Dilma e, junto, mais de 54 milhões de votos, e prender Lula, que venceria a eleição em 2018 e devolveria o PT ao poder.

Tudo caminhava bem na cabeça miúda de um provinciano que não tinha a mínima noção da dimensão internacional de Lula.

Logo que Moro abriu mão de servir à justiça para servir à política, virando ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro, o ex-opulento juiz tropeçou na própria ambição que hoje o colocou na condição de matéria morta.

Poderia somente resumir a história aqui, mas a coisa é mais complexa e, sobretudo mais profunda e não envolve só Moro. Ontem, vimos Dória, uma espécie de último nobre da nostalgia quatrocentona, devolver a inscrição da candidatura à Presidência da República e cair em prantos.

Na verdade, Dória e Moro se uniram na “luta contra os homens maus” e, não muito jeitosos para esse papel de herói, deram-se mal, quebraram a cara, posaram para as fotos da mídia antes da hora, sem perceber que estava incubado nos dois rapapés do grande capital a própria história de ambos que se transformou em maldição.

O grandiosíssimo Moro traduzia o vernáculo da moral e da ética, ao lado do monumento salvador de brios, João Dória. Por si só, os dois já se colocavam como um a espécie de estátuas de bronze na guerra contra os esfarrapados, os sem recursos, aqueles que não têm o poder supremo de serem aplaudidos nos salões mais chiques da Faria Lima.

O problema é que os figurões acabaram apanhando da poeira que levantaram. Bastou um exame acurado da sociedade para que as sombras, que se escondiam por trás dos dois recebessem luz, e o resultado está aí.

Moro não foi salvo pelo troféu Faz Diferença, ao contrário, os disparates jurídicos dele foram tantos e tão podres, que ele não poderia continuar sendo um produto da justiça, e o judiciário deu logo um jeito de excretá-lo e toda a sua pilantragem.

Diante de fatos tão claros, indiscutíveis, de valor probatório inquestionável, exposto pelo Intercept, na série Vaza Jato, o leite com pera do playboy de Curitiba talhou no STF, desancando de vez o juiz que aceitou negociar a cabeça do primeiro colocado nas eleições de 2018, por uma super pasta no ministério da milícia.

É bom deixar bem claro que, Moro, como ministro, não entrou desavisado no buraco quente de Rio das Pedras, muito menos agiu passivamente para proteger a milícia em vários episódios, culminando no pior, deu uma prensa no porteiro do Vivendas da Barra, condomínio de Bolsonaro, para que ele mudasse a versão e dissesse que errou no depoimento anterior, quando afirmou que a ordem para liberar a entrada do cúmplice de Ronnie, Élcio de Queiroz, no dia do assassinato de Marielle, veio da casa do Seu Jair.

Naquele momento, Moro virou um ananás de si mesmo impossível de descascar e, de lá para cá, ele foi perdendo musculatura política na mídia , que nunca o atacou, mas parou de defendê-lo, sobretudo depois de ser considerado pelo STF, um juiz corrupto e ladrão e, em seguida, a ONU confirmar, dando o mesmo veredito e, agora, transformando-se em réu por um juiz federal que aceitou a acusação, feita pelo PT, de que a Lava Jato destruiu o país.

Arte em destaque: Mover

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Lula sobre Moro virar réu: Que ele tenha o direito de defesa que eu não tive

Lula, num ato de grandeza, diz: “O que eu quero é que ele tenha um julgamento decente, digno, respeitoso, que tenha direito à presunção de inocência”, afirmou o ex-presidente, que foi perseguido pela Lava Jato.

Após o ex-juiz parcial Sergio Moro (União Brasil-SP) ter se tornado réu em ação que pede o ressarcimento aos cofres públicos dos prejuízos causados pela Lava Jato à economia brasileira, o ex-presidente Lula (PT), principal perseguido pela operação, afirmou esperar que Moro tenha seus direitos de defesa respeitados durante o processo, o que não aconteceu com ele anos atrás.

“Só espero que nessa acusação ele tenha o direito de defesa e a presunção de inocência que eu não tive. Se ele tiver que ser julgado, que ele tenha o direito de defesa, que possa se defender, que a imprensa possa ser honesta ao divulgar as coisas contra ou a favor dele, e não com a parcialidade que transmitiram coisas contra mim. Eu sou um democrata, mas é difícil você suportar nove horas de matérias contra mim, como eu suportei, nove meses de Jornal Nacional. É muito difícil você sobrevier com 59 capas de revistas te chamando de ‘ladrão’. É muito difícil você sobreviver com 680 primeiras páginas de jornais falando que você cometeu corrupção. Eu sobrevivi a tudo isso”.

“Estou com a minha consciência tranquila porque invadiram a minha casa, levantaram colchão, quebraram fogão, abriram televisão para tentar ver se tinha alguma coisa mas não encontraram dólar, não encontraram um grama de ouro. E quando não encontram não têm coragem de dizer. A Polícia Federal quando encontrava qualquer coisa na casa de alguém era um show de pirotecnia. Quando iam na minha casa e não encontravam nada, e nem na casa dos meus filhos, eles saíam de cabeça baixa e com o rabo no meio das pernas. Eles deveriam dizer: ‘fomos na casa do cara e não encontramos nada’. O que eu quero que aconteça com o Moro e com qualquer outra pessoa nesse país é que ele tenha um julgamento decente, digno, respeitoso, que ele tenha direito à presunção de inocência, que eles possam provar as coisas que fizeram a não fizeram”, completou.

Lula afirmou que acredita sim na culpa de Moro por corroer a economia do país. “Acho que o Moro cometeu um crime contra esse país. Os prejuízos que esse país teve com o carnaval que o Moro protocolou nesse país foram muito grandes. Foram praticamente R$ 170 bilhões que deixaram de ser investidos, 4,4 milhões de pessoas que perderam o emprego, foi a destruição da indústria de óleo e gás do Brasil, da indústria naval brasileira, da engenharia civil. Era desnecessário”.

*Com 247

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Política

Dia da caça, dia do caçador: Juiz transforma Moro em réu por prejuízos ao país

O ex-juiz Sergio Moro virou réu em uma ação popular em que deputados federais do PT pedem que ele seja condenado a ressarcir os cofres públicos por alegados prejuízos causados à Petrobras e à economia brasileira por sua atuação à frente da Operação Lava Jato, segundo Mônica Bergamo, na Folha.

A ação judicial foi apresentada no dia 27 e enviada à 2ª Vara Federal Cível de Brasília. Os petistas não estipularam o valor da indenização a ser pago em caso de condenação.

Na segunda (23), o juiz Charles Renaud Frazão de Morais recebeu a inicial, o que significa que dará curso à ação. E determinou: “Cite-se o réu”.

Na ação, assinada pelo advogado Marco Aurélio de Carvalho, que coordena o grupo Prerrogativas, os parlamentares afirmam que “o ex-juiz Sergio Moro manipulou a maior empresa brasileira, a Petrobras, como mero instrumento útil ao acobertamento dos seus interesses pessoais”.

“O distúrbio na Petrobras afetou toda a cadeia produtiva e mercantil brasileira, principalmente o setor de óleo e gás.”

A iniciativa da ação é dos deputados petistas Rui Falcão (SP), Erika Kokay (DF), Natália Bonavides (RN), José Guimarães (CE) e Paulo Pimenta (RS).

Moro afirmou na época, em nota, que “o governo do PT foi manchado pelos maiores escândalos de corrupção da história”.

“A gestão desastrosa do PT quase quebrou a Petrobras e o país. O que prejudicou a economia e eliminou empregos foi a corrupção, e não o combate a ela.”

Dizia ainda o comunicado que, com a ação popular, líderes do PT demonstram sua disposição em querer inverter os valores da sociedade e perseguir quem combateu a corrupção.

“É um prenúncio da perseguição que irão realizar caso ganhem as eleições, instaurando um regime autoritário e corrupto.”

Em vídeo nas redes, Moro criticou a ação dos deputados. “Tem horas que você não sabe se o PT é um partido político ou um grupo de comediantes”, diz.

O advogado Marco Aurélio de Carvalho sustenta que não há revanchismo e que “corrupção praticou Moro, ao violar regras do direito”.

“Nós, do Prerrogativas, defendemos que a ele sejam assegurados a presunção de inocência, o devido processo legal e o pleno exercício de defesa, princípios vilipendiados pela Lava Jato.”

Representados por advogados ligados ao grupo Prerrogativas, os cinco parlamentares do PT afirmam que, ao contrário do respeito aos limites legais e à obrigação de imparcialidade, Moro teve “condutas profundamente alheias aos ditames imponíveis à atividade judicial”.

Alegam que desvios de finalidade, excessos e abusos cometidos pela Lava Jato, sobretudo em virtude da “atuação viciada” do ex-juiz, “resultaram em perdas e danos muito superiores ao interesse público”, o que produziu “um cenário de desarranjo econômico de altíssimo custo social em nosso país”.

A peça acusatória diz que empreiteiras e grandes fornecedores de equipamentos para os setores da construção e óleo e gás foram alvejados de forma completamente atípica por Moro.

“A sanha persecutória do magistrado condutor da ‘Lava Jato’ atrofiou as cadeias produtivas dos setores de óleo e gás e construção civil, reduzindo-as a uma fração ínfima do que subsistia anteriormente”, afirmam os representantes do PT.

Para dar suporte às acusações, o grupo cita levantamentos realizados por diferentes entidades, entre eles um mencionado pelo ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), por ocasião do julgamento que anulou condenação imposta a Lula no caso tríplex de Guarujá, no ano passado.

O magistrado fez referência a um estudo da professora Rosa Maria Marques, da PUC de São Paulo, baseado em pesquisa do Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

“Esse estudo mostra também que se estima que a Lava Jato retirou cerca de R$ 142,6 bilhões da economia brasileira. A operação produziu, pelo menos, três vezes mais prejuízos econômicos do que aquele que ela avalia ter sido desviado com a corrupção. Isso fora os milhões de desempregos que esta operação causou”, afirmou Lewandowski no ano passado.

De acordo com informações disponibilizadas pelo Ministério Público Federal, o saldo de recuperação da Lava Jato no Paraná inclui R$ 4,3 bilhões em valores recuperados e devolvidos aos cofres públicos (União, Petrobras e outros) e R$ 14,8 bilhões em multas compensatórias decorrentes de delações premiadas e acordos de leniência

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Pesquisa

Pesquisa Ipec: Lula lidera com 46% das intenções de voto no Rio

Segundo o levantamento, o ex-presidente Lula tem uma diferença de 15 pontos percentuais para o segundo colocado, Jair Bolsonaro.

Agenda do Poder – Na sucessão presidencial, a pesquisa IPEC revela que Lula continua liderando no Rio, com 46% das intenções de voto, contra 31% de Jair Bolsonaro. Neste cenário, Ciro Gomes aparece com 4% e João Dória, que anunciou que sairá da disputa, com apenas 2%.

André Janones, Felipe D`Ávila e Simone Tebet aparecem com 1% cada. Os demais – Luciano Bi var, Leonardo Péricles e Paulo Marçal – não pontuaram.

Na espontânea, Lula tem 37%; Bolsonaro, 27%; Ciro Gomes, 2% e João Doria, 1%.

No Rio, a gestão de Jair Bolsonaro é avaliada como ruim e péssima por 49%; já os que a consideram ótima e boa chegam a 28%; regular, 21%. E 2% não sabem.

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Política

A cara do fracasso: Com a saída de Dória, a finada terceira via, criada pela mídia, será enterrada e esquecida

À luz de um critério político, a terceira via foi um erro da grande mídia. O máximo que conseguiu, como manipuladora que é, foi um buraco n’água, seja como tutora de Moro ou de Dória, dois débeis moldados em redações, que se transformaram em escultura grega.

Esse é o problema tanto de Dória quanto de Moro, que também desistiu da candidatura à presidência da República. Os dois estavam envenenados pelos holofotes que eram uma espécie de salada de coisas incapazes de uma visão de país. Eles se viciaram na pintura que a mídia fez dos dois, só que a batalha de uma eleição é algo muito mais profundo e, sobretudo mais complexo.

Talvez aí esteja a dificuldade da mídia e, lidar com Lula, o presidente mais popular da história desse país, simplesmente porque foi o melhor presidente da nossa história. Mas a mídia acredita que, do nada, ela pode criar tipos como Dória e Moro que, aliás, são tipos que se completam, tanto que estiveram, de alguma forma, ladeados com Bolsonaro.

Dória fazendo a famosa dobradinha BolsoDória e Moro fez igual, mesmo antes do término da eleição de 2018, numa aliança nefasta que decidiu o pleito, prendendo Lula, que estava e primeiro lugar nas pesquisas, em troca de um ministério no governo que ele orquestrou a vitória. Ambos são da mesma estirpe de Bolsonaro pelos motivos aqui apresentados.

Aí entra a hipocrisia da mídia por jamais criticar Moro por ter trocado a cabeça de Lula por um ministério, afinal, no caso de Moro, é uma dupla criação da mídia, primeiro, o juiz herói e, depois, o candidato ex-juiz herói.

Dória, com aquela soberba, não imaginava sofrer a humilhação de ter apenas, se muito, 3% nas pesquisas, o que o fez uma presa fácil para os caciques do PSDB, principalmente Aécio, que agora quer um candidato do partido carimbado por ele, que certamente a mídia apoiará e, com certeza, vai quebrar a cara, como quebrou com Dória e Moro, porque a terceira via só cabia nas cabeças de bretão.

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Projeto de militares prevê manter poder até 2035 e fim da gratuidade no SUS em 2025

Caro leitor,

Houve um tempo em que os militares mandavam no País e celebravam seus feitos com a música Eu Te Amo Meu Brasil. O velho hit dos Incríveis soou novamente em uma solenidade em Brasília, executado pela fanfarra do Regimento de Cavalaria de Guardas. Era dia 19 de maio. Os Institutos Villas Bôas, Sagres e Federalista apresentaram o seu Projeto de Nação, O Brasil em 2035 em evento que contou com a presença do vice-presidente Hamilton Mourão.

Sob a ideia de “entregar um Brasil melhor aos nossos filhos e netos”, os militares e civis envolvidos no trabalho desenvolveram um documento com 93 páginas. O projeto foi coordenado pelo general Luiz Eduardo Rocha Paiva, ex-presidente do grupo Terrorismo Nunca Mais (Ternuma), a ONG do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Rocha Paiva disse que o estudo é “apartidário, aberto e flexível”. Ele traça um cenário no qual se projeta o domínio do bolsonarismo no Brasil até 2035.

O general diz que o estudo está à disposição de todos – Mourão e um representante do governo estiveram na solenidade e receberam um exemplar. “Mesmo que haja mudança de governo. Claro que se for de direita para esquerda, vai jogar fora.” O documento aborda 37 temas estratégicos. Trata de geopolítica, governança nacional, desenvolvimento, ciência, tecnologia, educação, saúde, defesa nacional e segurança. A Amazônia é citada dentro do tema Defesa Nacional, no capítulo Integração da Amazônia no Brasil.

O projeto diz que a Nação está ameaçada pelo “globalismo”. Diz o documento: “O chamado globalismo, movimento internacionalista cujo objetivo é determinar, dirigir e controlar as relações entre as nações e entre os próprios cidadãos, por meio de posições, atitudes, intervenções e imposições de caráter autoritário, porém disfarçados como socialmente corretos e necessários. No centro desse movimento está a elite financeira mundial, ator não estatal constituído por megainvestidores, bancos, conglomerados transnacionais e outros representantes do ultracapitalismo, com extraordinários recursos financeiros e econômicos”.

Para Eduardo Villas Bôas, Mourão, Rocha Paiva e associados, o globalismo tem aliados poderosos no Brasil. Afirma o documento: “O globalismo tem outra face, mais sofisticada, que pode ser caracterizada como ‘o ativismo judicial político-partidário’, onde parcela do Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública atuam sob um prisma exclusivamente ideológico, reinterpretando e agredindo o arcabouço legal vigente, a começar pela Constituição brasileira.” A ideologia da extrema direita está em outros trechos do projeto.

O presidente Jair Bolsonaro conversa com o ex-comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, no dia do Exército (19 de abril), em Brasília.

O documento prevê que a classe média deve pagar mensalidades nas universidades públicas e pelo atendimento no SUS. A cobrança deve começar em 2025. “Além disso, a partir de 2025, o Poder Público passa a cobrar indenizações pelos serviços prestados, exclusivamente das pessoas cuja renda familiar fosse maior do que três salários mínimos.” Mourão e os seus amigos para sempre – outra música da cerimônia – pretendem acabar com a Saúde gratuita e universal num segundo mandato de Bolsonaro.

Na Educação, o grupo demonstra ainda o desejo de limitar o debate acadêmico e a liberdade de cátedra, garantidos pela Constituição, impondo sua visão de mundo a estudantes e professores. O projeto traça o seguinte cenário para 2035: “Os currículos foram ‘desideologizados’ e hoje são constituídos por avançados conteúdos teóricos e práticos, inclusive no campo social, reforçando valores morais, éticos e cívicos e contribuindo para o progressivo surgimento de lideranças positivas e transformadoras”.

Aos militares cabe nos contar o que é “desideologização”. O dono da melhor explicação ganhará um cargo vitalício no futuro Ministério da Verdade. O documento prossegue. Os generais acreditam que as salas de aula estão dominadas por esquerdistas. “Há tempos uma parcela de nossas crianças e adolescentes sofria com a ideologização do sistema educacional, com a doutrinação facciosa efetuada por professores militantes de correntes ideológicas utópicas e radicais, com prejuízo da qualidade do ensino”.

Ou se desconhece o que se passa nas escolas do Brasil ou o que se quer é impor a própria ideologia, controlar a história e a memória nacionais como normalmente fazem os regimes totalitários de direita ou de esquerda. O documento faz esse diagnóstico sobre o ensino superior: “Quanto à Educação Superior, o quadro não era muito diferente. Amplos setores das Instituições de Ensino Superior (IES) — principalmente as públicas — transformaram-se em centros de luta ideológica e de doutrinação político-partidária”.

Ele continua afirmando: “Em sala de aula, pouco era feito no sentido de transmitir os conteúdos, ensinar o aluno a pensar, orientar as pesquisas sobre as diversas correntes de pensamento e elucidar sobre como realizar as melhores análises, buscando as opções de vida mais favoráveis, segundo as crenças e convicções de cada aluno. Tudo era feito para que o aluno fosse obrigado a pensar exatamente como pensava o professor, caso contrário não conseguiria se formar e tampouco seria aceito pelo grupo”.

O general Luiz Eduardo Rocha Paiva, coordenador do Projeto de Naçãogeneral Luiz Eduardo Rocha Paiva

Projeto de militares prevê manter poder até 2035 e fim da gratuidade no SUS em 2025

Documento do Instituto Villas Bôas teve apoio de Hamilton Mourão; ele prega combate ao ‘globalismo’ identificado com as finanças internacionais, cobrança de mensalidades nas universidades federais e ‘neutralização’ de ideologias no ensino.

O documento prevê que a classe média deve pagar mensalidades nas universidades públicas e pelo atendimento no SUS. A cobrança deve começar em 2025. “Além disso, a partir de 2025, o Poder Público passa a cobrar indenizações pelos serviços prestados, exclusivamente das pessoas cuja renda familiar fosse maior do que três salários mínimos.” Mourão e os seus amigos para sempre – outra música da cerimônia – pretendem acabar com a Saúde gratuita e universal num segundo mandato de Bolsonaro.

Na Educação, o grupo demonstra ainda o desejo de limitar o debate acadêmico e a liberdade de cátedra, garantidos pela Constituição, impondo sua visão de mundo a estudantes e professores. O projeto traça o seguinte cenário para 2035: “Os currículos foram ‘desideologizados’ e hoje são constituídos por avançados conteúdos teóricos e práticos, inclusive no campo social, reforçando valores morais, éticos e cívicos e contribuindo para o progressivo surgimento de lideranças positivas e transformadoras”.

Aos militares cabe nos contar o que é “desideologização”. O dono da melhor explicação ganhará um cargo vitalício no futuro Ministério da Verdade. O documento prossegue. Os generais acreditam que as salas de aula estão dominadas por esquerdistas. “Há tempos uma parcela de nossas crianças e adolescentes sofria com a ideologização do sistema educacional, com a doutrinação facciosa efetuada por professores militantes de correntes ideológicas utópicas e radicais, com prejuízo da qualidade do ensino

Luiz Eduardo Rocha Paiva, coordenador do Projeto de Nação
O general Luiz Eduardo Rocha Paiva, coordenador do Projeto de Nação

Para Mourão e Villas Bôas, tudo estará mudado em 2035. Diz o documento: “No ensino universitário, inclusive no Superior Tecnológico, os debates políticos e ideológicos se tornaram equilibrados, com abertura para diferentes correntes de pensamento”. Como fazer isso sem violar a autonomia universitária, a liberdade de cátedra e a liberdade de pensamento é o que mais uma vez não se esclarece. E quem pedir explicações corre o risco de ser acusado de comunista ou de ofender as Forças Armadas.

Toda vez que confrontados com seus atos, os militares que embarcaram no governo de Jair Bolsonaro reagem se escondendo atrás do biombo das Forças Armadas. Tentam fazer com que o suposto agravo individual se torne ofensa coletiva. E, assim, deixam de prestar contas pelo que fazem como se agissem em nome de seus pares. Sem serem julgados, fazem avançar uma amnésia moral. Hannah Arendt tratou dessa falácia em Responsabilidade e Julgamento com a fórmula hoje clássica: “Quando todos são culpados, ninguém o é”.

É que a culpa é estritamente pessoal ao passo que a responsabilidade não. A primeira refere-se a um ato e não a intenções e potencialidades. Quem diz “somos todos culpados” declara solidariedade aos malfeitores ou pretende ser protegido, apesar de sua falha, por quem se sente responsável pelos atos de seu grupo, família ou Nação. Enfim, quem usa o biombo da instituição ou do governo quer mobilizar a responsabilidade coletiva, que só é afastada quando individualmente deixamos um grupo.

Mas em uma República são as pessoas que são julgadas e respondem por seus atos. Assim, o governo Bolsonaro é também responsável pelo projeto de Villas Bôas e de Rocha Paiva, mas só os seus autores podem ser culpados pelo barulho que o documento causar na campanha eleitoral do presidente. Afinal, será difícil explicar à classe média empobrecida pela inflação que ela terá de arcar com os custos do SUS e da universidade pública quando conseguir ser atendida por um médico ou seu filho obtiver uma vaga após muito estudar.

Hannah Arendt em seu apartamento, em Nova York, em 1972.

Hannah Arendt em seu apartamento, em Nova York, em 1972.

Será Mourão que terá de dizer ao mercado financeiro internacional o que significa tomá-lo como inimigo. Ou como pacificar a Nação quando o retrato do Brasil que se pretende criar é o de uma democracia sem alternância de poder, impondo um modelo de desenvolvimento à Amazônia que a trata segundo o conceito de ocupar e integrar, dos anos 1970 – o documento diz que se deve acabar com “restrições da legislação indígena e ambiental, que se conclua serem radicais nas áreas atrativas do agronegócio e da mineração”.

Rocha Paiva pensa que “vontade é poder”. Precisava ler Arendt para saber o quanto a liberdade depende da ação coletiva e não da vontade. Normalmente, só políticos autoritários acreditam na força da vontade. Falar em neutralizar – uma linguagem militar – ideologias para impor a própria, nomeada como “conservadora evolucionista”, faz lembrar a pergunta que o jornalista Rolf Kuntz lançou no Estadão sobre o governo: “Haverá alguma diferença entre seu suposto liberalismo econômico e um efetivo darwinismo social?”

Michel Temer teve o Ponte para o Futuro, o plano que o guiou no governo. Bolsonaro e seus militares têm agora – palavras do antropólogo Piero Leirner – o seu “Ponte para o Passado”. Tudo ao som de Eu Te Amo Meu Brasil.

Da coluna Marcelo Godoy/Estadão

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Cotidiano

Autofagia bolsonarista: Vídeo mostra briga generalizada em show de Gusttavo Lima

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma briga generalizada durante o show do cantor Gusttavo Lima, no sábado (21/5), no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Não há informações sobre quem estava envolvido na briga. Nas imagens, é possível ver uma mulher caída no chão sendo agredida. A briga envolve várias pessoas.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma briga generalizada durante o show do cantor Gusttavo Lima, no sábado (21/5), no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Não há informações sobre quem estava envolvido na briga. Nas imagens, é possível ver uma mulher caída no chão sendo agredida. A briga envolve várias pessoas.

Em nota, a produção do evento disse que repudia qualquer ato de violência e que, durante o show, os seguranças intervieram para encerrar a confusão.
Veja a nota

“A produção do Buteco Bhoemia, que aconteceu em Brasília no último sábado (21), informa que repudia qualquer ato de violência.

A equipe afirma ainda que no evento havia um grande grupo de seguranças e brigadistas que foram preparados para atender as ocorrências, de acordo com cada necessidade.

Nos registros de brigas durante o show, a equipe interveio para evitar demais gravidades.”

*Com Correio Braziliense

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Política

Pondé, um dos criadores do bolsonarismo, plagia Vera Magalhães e requenta a “escolha difícil”

Taí o que Dilma quis dizer sobre crise cultural no Brasil. Pondé ser chamado de intelectual, mesmo de forma irônica, é um insulto. Sua métrica não engana. Cada frase ensaiada, ritmada e rasa é sua marca. Pondé sempre foi um santeiro vulgar que substitui o pensamento por balelas sociais. É a vocação desse “intelectual” de plástico, a cara dos tucanos que, hoje, na figura de Dória, deram uma aula de tara mortal pelo poder a qualquer custo.

Essa criatura, que ocupa a cadeira da presidência da república, é uma obra criada por figuras como Pondé. O cabotinismo funesto do moço é parte desse molde.

No artigo em que carrega a mão contra Lula e Bolsonaro, só tem um motivo, fazer campanha para Bolsonaro, como fez Vera Magalhães em 2018, com seu artigo “Uma escolha difícil”.

Pondé mostrou que é incapaz de uma atitude própria e apenas “ressignificou” o solapão da colega.

Seja como for, esse artigo decalcado do Estadão, só mostra a que vem a Folha e quem ela vai apoiar fingindo paridade de armas.

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Política

Dória abre o bico, entrega a rapadura, renuncia e chora

Mais um personagem que representa a falsificação da democracia, cai de podre e, junto, uma tropa do PSDB que foi a pique, com uma espécie de maldição por não aceitar o resultado das eleições de 2014 que culminou no golpe em Dilma, mas que custou a própria vida do PSDB.

O PSDB sempre foi uma mentira, mas ainda existia uma certa poesia com ares de emoção, misturada com razão. No entanto, o que sobrou foi deselegância de Aécio, de Dória e de outros Napoleões tucanos que exageraram nas conveniências e nas lendas para sustentar um partido que não tinha base e, muito menos alguém que simbolizasse a luta pela democratização.

Temos também que lembrar que, toda essa nudez do PSDB hoje, foi herdada de FHC, com um governo que foi adornado pela mídia, mas rechaçado pela população e, com certeza, deixou escrito nas urnas, desde a saída do papa tucano do governo. Essa mesma população mostrou seu repúdio pela guerra que os tucanos promoveram contra o país, privatizando, de maneira indiscriminada e destruindo o patrimônio dos brasileiros.

Dória, que se auto venera em nome do nada, não consegue convencer nem que seu choro é de verdade. Quem o conhece bem, sabe que seu orgulho e vingança fazem parte do seu paladar. Ele apostou pesadamente numa campanha antecipada para a presidência da República, inclusive utilizando as vacinas do Butantã, perdeu o ponto do bolo e o troço virou uma geleia a partir da cúpula do partido.

Dória só tinha apoio de pacatos funcionários do PSDB. Criou um laboratório para deturpar o já era deturpado ninho tucano, com aquele seu helenismo clássico. Bastou aparecer na lanterna da disputa pela presidência para que fosse executado em praça pública pelos próprios cardeais do partido. Ou seja, Dória morreu na areia.

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