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Réu no caso Marielle esteve 12 vezes no condomínio, mas somente no dia do crime ele teria se dirigido à casa de Bolsonaro

A reportagem é da Folha de S. Paulo.

O ex-policial Élcio Queiroz entrou 12 vezes no condomínio Vivendas da Barra e, em 11 das visitas, se dirigiu à casa de Ronnie Lessa – o outro suspeito de ter assassinado Marielle Franco. A única exceção é a entrada no dia do crime, 14 de março, quando a planilha manuscrita indica que a autorização de acesso na portaria foi dada por alguém da casa 58, onde vivia o atual presidente Jair Bolsonaro.

“O ex-policial militar Élcio Queiroz, acusado de participação no assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, entrou ao menos 12 vezes no condomínio Vivendas da Barra de janeiro a outubro do ano passado —a vereadora do PSOL foi morta em março. Apreendidas pela Polícia Civil e analisadas pela Folha, as planilhas de controle de acesso indicam que, em 11 dessas visitas, Élcio sempre teve como destino a casa 65, de Ronnie Lessa, policial militar aposentado também acusado e preso pelo crime”, aponta reportagem de ítalo Nogueira e Marina Lang, na Folha de S. Paulo.

“A única exceção é a entrada no dia do crime, 14 de março, quando a planilha manuscrita indica que a autorização de acesso na portaria foi dada por alguém da casa 58, onde vivia o atual presidente Jair Bolsonaro, então deputado federal. Essa menção ao imóvel do presidente passou a ser alvo de averiguação no mês passado, quando um dos porteiros declarou à polícia que o ex-PM Élcio entrou no condomínio naquele dia após autorização do “seu Jair”, da casa 58″, aponta o texto.

 

 

*Com informações do 247

 

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O estranho papel do GSI no condomínio de Bolsonaro

No caso Marielle o que mais intriga é a livre circulação de milicianos e traficantes de armas no condomínio do presidente da república sem o GSI desconfiar de nada. Justo a pasta comandada pelo General Heleno.

O castelo de cartas fica mais sombrio quando se lembra que Ronnie Lessa, o assassino de Marielle e vizinho de Bolsonaro, só foi preso em 12 de março de 2019, ou seja, um ano depois da morte de Marielle e Anderson.

Bolsonaro foi eleito em 28 de outubro de 2018 e não se tem notícia do GSI ter impedido o fluxo de milicianos no condomínio de residência do já Presidente da República Jair Bolsonaro.

Essa constatação fica ainda mais curiosa quando se lembra que o mesmo Bolsonaro havia sofrido em Juiz de Fora, segundo ele, um atentado, uma facada desferida por um suposto lobo solitário que mirou a faca em seu abdome por um motivo que até hoje ninguém sabe.

Ora, que essa horda de fanáticos que orbita o bolsonarismo fundamentalista não questione isso, é normal, mas convenhamos, esse capítulo da história que envolve a morte da Marielle, o condomínio de Bolsonaro e os milicianos é uma clássica fotografia de uma história sem pé nem cabeça. É daquelas histórias que faltam enormes pedaços e remendos e que os fatos por si só cobram uma explicação minimamente plausível que demonstre algo razoável para justificar a gigantesca lacuna que está aí se alimentando da falta de questionamentos.

Não me parece que o GSI deixe o Presidente da República ao relento de forma tão vulnerável a ponto de conviver, em seu próprio condomínio, com o entra e sai de milicianos assassinos frios e calculistas, traficante de armas pesadas, como também foi revelado pela Polícia Civil que apreendeu 117 fuzis e munições a balde de propriedade de Ronnie Lessa, vizinho de Bolsonaro.

Não é possível tanta negligência de um Gabinete de Segurança Institucional, comandado por um general que é o braço direito de Bolsonaro, o que cristaliza uma interrogação ainda maior. Ninguém pode se antecipar a fatos pitorescos como esse sem a conclusão de uma investigação. Um fato como esse não pode ficar perdido no mundo das lendas, refugiado numa cortina de fumaça.

Outra coisa curiosa, é um general tão tagarela quanto o Augusto Heleno, não se pronunciar sobre qualquer coisa que se refira ao caso Marielle, aos milicianos e às acusações que pesam cada vez mais sobre os ombros de Bolsonaro no possível envolvimento no caso.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

 

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Chile fará referendo em abril para sepultar a Constituição de Pinochet

Classe política aposta numa votação para decidir se muda a carta fundamental de 1980 e, em caso afirmativo, com que fórmula.

A política chilena decidiu formalmente, na madrugada desta sexta-feira, enterrar a Constituição da ditadura de Augusto Pinochet. Foi um acordo histórico, após semanas da maior crise política e social das últimas décadas no país. Depois de uma jornada de extrema violência na noite de terça-feira, de um apelo do presidente Sebastián Piñera por um acordo de pacificação e de duas jornadas de intensas negociações, o presidente do Senado, Jaime Quintana, informou que em abril de 2020 o país andino realizará um plebiscito para decidir se os cidadãos querem mudar a carta fundamental de 1980.

Como parece evidente que se optará por substituí-la – 8 em cada 10 chilenos manifestam essa preferência, segundo as pesquisas –, será definido paralelamente o mecanismo para isso: uma “convenção constitucional” com membros completamente novos, que funcione com funções constituintes paralelamente ao Congresso, ou uma “convenção mista” composta por 50% de parlamentares e outros 50% de delegados.

“Somos responsáveis por muitas das injustiças, inequidades e abusos que os chilenos nos apontaram”, afirmou Quintana na sede do Congresso em Santiago, cercado por dezenas de representantes de todos os setores políticos, ao apresentar o acordo pela paz e a nova Constituição. “É uma saída pacífica e democrática para a crise, que busca um novo contrato social no Chile.” Em poucos minutos, o Governo já comemorava o acordo do Congresso: “Tivemos dias difíceis. Todos ouvimos, todos aprendemos. Obrigado a todos os que tornaram isso possível”, disse o ministro do Interior, Gonzalo Blumel, no palácio de La Moneda.

Trata-se de um momento de refundação. Será a primeira vez na história que o Chile terá uma Carta Magna nascida da discussão democrática, porque as anteriores – as de 1833, 1925 e 1980 – foram antecedidas de uma guerra civil, ruído de sabres e um golpe de estado. Com exceção do Partido Comunista, que não participou das negociações, os políticos de todo o espectro concordaram que os representantes sejam escolhidos em outubro de 2020, junto com as eleições municipais e regionais. Contarão com um prazo de 9 a 12 meses para redigir a nova Constituição, que será escrita do zero em vez de ter como base o texto de 1980, conforme propunha o partido direitista União Democrata Independente (UDI). Empurrados pela crise que já deixou 22 mortos, os parlamentares definiram em um amplo diálogo político – inédito no passado recente – que os artigos deverão contar com o voto de dois terços dos delegados. A próxima Constituição deverá ser ratificada em um novo plebiscito, com sufrágio universal e obrigatório, e depois pelo Congresso.

Não é evidente que uma nova Constituição possa apaziguar os protestos, que eclodiram em 18 de outubro como expressão de uma boa parte da população que sente se à margem do caminho de desenvolvimento do Chile nas últimas décadas. A classe política, entretanto, aposta em entregar um sinal sólido à população, que não confia em nenhuma das instituições democráticas.
Novas manifestações

As manifestações continuaram nesta quinta-feira em diferentes cidades do país onde houve mobilizações pelo primeiro aniversário do assassinato do indígena mapuche Camilo Catrillanca por policiais da região da Araucanía, no sul do Chile. Houve vandalismo no centro de Santiago, nos arredores do Congresso, no porto de Valparaíso e em cidades como Temuco e Concepción, onde os manifestantes derrubaram uma estátua do conquistador espanhol Pedro de Valdivia.

Foram as horas de maior complexidade desde o retorno à democracia, em 1990. O Governo se encontra debilitado – o presidente tem apenas 15% de popularidade, aproximadamente – e não consegue controlar a ordem pública, enquanto enfrenta acusações de violações dos direitos humanos. Mais de 2.000 pessoas ficaram feridas nestas quatro semanas de protestos, segundo o Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH). O Governo relata 1.797 policiais em militares lesionados e 16.290 indivíduos detidos, dos quais 834 permanecem em prisão preventiva. Cálculos preliminares indicam que os estragos na infraestrutura pública custarão 18,9 milhões de reais. Enquanto isso, o ministério da Fazenda calcula que até o final do ano haverá 300.000 novos desempregados no país por causa da redução da atividade econômica no último mês. O peso chileno, enquanto isso, se desvaloriza diariamente perante o dólar.
Um fato histórico

É nesse quadro que se dá o fato histórico de um acordo político para uma nova Constituição que substitua a de 1980, aprovada num plebiscito convocado por Pinochet um mês antes da votação – para a qual não havia cadastro eleitoral, e foi proibida qualquer campanha de oposição à nova Carta. Foi uma Constituição que começou a vigorar só quando teve início o primeiro Governo democrático, em 11 de março de 1990. Um dia antes da mudança de regime, a ditadura decretou uma dezena de leis orgânicas constitucionais que exigiram quórum de três quintos ou dois terços da Câmara, quando a maioria das iniciativas legais exigem quatro sétimos. Foram as chamadas leis de amarração, que impediram mudanças nos anos seguintes em aspectos essenciais nos âmbitos da educação, saúde e previdência, que atualmente os chilenos reclamam que voltem a ser bens básicos ao alcance de todos os cidadãos.

Só em 2005, no Governo do socialista Ricardo Lagos (2000-2006), foram eliminados alguns dos enclaves autoritários da carta fundamental, como a estabilidade dos comandantes das Forças Armadas e a existência dos senadores biônicos, que impediam a centro-esquerda de fazer valer no Congresso sua maioria nas urnas.

A necessidade de uma nova Constituição começou a se cristalizar nos protestos estudantis de 2011, quando ficaram expostas as dificuldades para alterar certas leis devido aos altos quóruns necessários – caso da Lei Orgânica Constitucional de Ensino (LOCE). No segundo mandato de Michelle Bachelet (2014-2018), 204.000 pessoas participaram de discussões para uma nova Constituição que foram recolhidas por um projeto apresentado ao Congresso poucos dias antes da mudança de Governo, em março de 2018. Foi sua Administração que, em março de 2017, propôs ao Parlamento uma convenção constitucional para redigir a nova carta magna.

 

 

*Do El País

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A autodeclarada assassina boliviana já matou quatro jovens

As cenas de repressão contra o povo, promovidas pelas Forças Armadas bolivianas, pagas pelo próprio povo, é uma atitude que causa repulsa e frisa a corrupção do alto comando.

Fala-se que os Estados Unidos patrocinam a carnificina que seguiu, depois do golpe arquitetado por Camacho, um falso cristão, assim como a própria Jeanine Áñez, a não ser que tenha na bíblia dessa gente, e não se saiba, algum capítulo em que Cristo aplaude os soldados romanos que massacraram seu povo ou a ele próprio.

Sim, porque o que não falta na Bolívia, assim como no Brasil, é essa gente que cheira à religião, mas acredita no deus mercado que está aplaudindo neste momento o massacre de quatro jovens pobres, massacre ordenado por uma golpista que teve, de imediato, apoio do governo Bolsonaro, assim como o reconhecimento de uma falsa presidente.

Enoja ver como os interesses financeiros da elite latino-americano, em parceria com Trump, trabalha nas sombras como se, em pleno século XXI, diante de uma revolução digital em que a informação corre o mundo em tempo real pelas redes sociais, ainda se vivesse na década de 1960, nas ditaduras que faziam o sangue das pessoas pobres jorrar para saciar a sede que a ganância produz nessa oligarquia medieval.

Trata-se de uma falsa ideologia que não é outra coisa, senão a pilhagem de um grupo reduzido de vigaristas que usa todo o expediente, do religioso ao moral, para emplacar uma agenda ultraconservadora que faz com que toda uma população se sacrifique para entregar sua mão de obra e as riquezas do país para um número ínfimo de pilantras que formam a milícia da ganância doentia, psicopata que não enxerga nada além de sua própria ambição.

Espera-se que o mundo veja essas cenas, repudie e promova uma pressão sobre os governos para que os golpistas da Bolívia sofram as consequências desses assassinatos, com boicote financeiro e comercial e a condenação por crime contra a humanidade.

Colocaram um bandida no poder que, em poucos dias, mostrou como tem sede de sangue do povo boliviano.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Aras pediu e Toffoli negou a revogação do acesso à informações fiscais de 600 mil pessoas

Presidente do STF, Dias Toffoli, negou existência de medida invasiva por parte do Supremo na decisão ao Banco Central para enviar relatórios de inteligência financeira produzidos nos últimos três anos pelo antigo Coaf.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, rejeitou nesta sexta-feira (15) o pedido feito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, para revogar a decisão do próprio Toffoli ao Banco Central para enviar os relatórios de inteligência financeira produzidos nos últimos três anos pelo antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

O ministro negou existência de medida invasiva por parte do Supremo. “Não se deve perder de vista que este processo, justamente por conter em seu bojo informações sensíveis, que gozam de proteção constitucional, tramita sob a cláusula do segredo de justiça”, afirmou o ministro, de acordo com o G1.

Toffoli afirmou na decisão que a Receita Federal já disponibilizou as informações pedidas “a todo o Sistema de Justiça brasileiro para adoção de medidas cabíveis, ou seja, à autoridade policial, ao Ministério Público e ao próprio Poder Judiciário”, demonstrando “transparência ao comunicar os destinatários das suas ações, o que, nem de longe, caracterizaria uma medida desproporcional e invasiva”.

Com a decisão, o presidente do Supremo pode ter acesso aos dados sigilosos de 600 mil pessoas e empresas (412.484 pessoas físicas e 186.173 pessoas jurídicas). Na resposta enviada ao ministro, a UIF informou que tinha disponibilizado o acesso aos relatórios e ressalvou que, nos documentos, havia informações de um “número considerável” de pessoas politicamente expostas e de pessoas com prerrogativa de foro por função.

Mais cedo, o jornalista Ricardo Kotscho, do Jornalistas pela Democracia, havia antecipado que o presidente do STF não iria ceder ao pedido do PGR. (leia mais no Brasil 247)

Leia também reportagem da agência Reuters sobre o assunto:

SÃO PAULO (Reuters) – O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu nesta sexta-feira que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, revogue a decisão que determinou o envio à corte de relatórios elaborados pelo antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), atual Unidade de Inteligência Financeira do Banco Central, informou a Procuradoria-Geral da República.

Toffoli determinou que o BC envie a corte todos os Relatórios de Inteligência Financeira (RIF) e das Representações Fiscais para Fins Penais (RFFP) realizados nos últimos três anos, medida considerada por Aras como “demasiadamente interventiva” que pode colocar em risco informações privadas de mais de 600 mil pessoas, de acordo com nota divulgada pela PGR.

“Ao reiterar que a medida é desproporcional, coloca em risco a integridade do sistema de inteligência financeira e pode afetar o livre exercício de direitos fundamentais, o PGR afirma que a providência é dispensável ao fim pretendido – o de conhecer a metodologia empregada pela Unidade de Inteligência Financeira”, disse a PGR em nota publicada em seu site.

No pedido, Aras também afirmou que a decisão de Toffoli não encontra previsão na legislação e contraria recomendação do Grupo de Ação Financeira Internacional (Gafi), em que afirma que as unidades de inteligência financeira devem ser independentes e autônomas.

 

 

*Com informações do 247

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Bolsonaro sai mal na foto dos BRICS

Tinha tudo para dar errado o encontro dos BRICS no Brasil, ciceroneado por Bolsonaro. O mesmo Bolsonaro que está por trás do golpe da Bolívia e na invasão da embaixada da Venezuela no dia da chegada dos chefes de Estado da Rússia, China, Índia e África do Sul.

O perfil da Embaixada da Rússia no Twitter postou foto dos presidentes com Michel Temer ao invés de Jair Bolsonaro, ao comentar encontro dos Brics.

Bolsonaro estava tão sem prestígio no encontro que a embaixada da Rússia usou um banner com a foto do golpista Temer no lugar do miliciano Bolsonaro. O que, de certa forma, não muda muita coisa. Os dois são literalmente farinha do mesmo saco em termos de caráter e ética.

Mas convenhamos, isso foi uma humilhação, a meu ver, proposital. Acredito mesmo que a Rússia quis dizer a Bolsonaro o quanto ele é insignificante, nulo na geopolítica global, confirmando o que disse o New York Times que classificou Bolsonaro como o mais medíocre chefe de Estado do mundo.

Mais irônico ainda é Temer, que já havia sido escanteado no encontro do BRICS do qual participou, ser agora o substituto de Bolsonaro numa engenhosa desqualificação que a embaixada russa aprontou para o miliciano.

Não me venham dizer que uma coisa tão visivelmente escandalosa tenha sido obra do acaso, de uma confusão qualquer. Isso foi um projeto de valor estético belíssimo, de uma concepção formosa de quem bolou a galhofa.

O fato é que o velho leão representado pelo filme postado por Carluxo foi reduzido a pó, a nada, pois sequer na foto da embaixada russa ele apareceu, além de ser substituído por ninguém menos que Temer.

Aí abre-se um parênteses a favor de Temer, porque até aqui não se tem notícias do seu envolvimento em crimes da milícia carioca. Então, fica a pergunta, qual dos dois tenores da picaretagem nacional se sentiu mais ofendido diante dessa nítida gozação que a Rússia aprontou no Brasil com Bolsonaro?

Seja como for, essa imagem reproduz bem a interpretação que Putin faz do próprio Bolsonaro. Quanto a isso, não há menor dúvida.

post, publicado nesta sexta-feira (15), a foto usada é de um encontro anterior. Nela aparecem todos os presidentes atuais dos países do grupo, exceto Bolsonaro, que assumiu em janeiro.

https://twitter.com/RussianEmbassy/status/1195353000610615296?s=20

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Autocríticos

No espectro mais sutil do antipetismo, aquele situado no que se convencionou chamar, malandramente, de centro-esquerda, reza-se uma monocórdia ladainha pela autocrítica do Partido dos Trabalhadores.

Esse é um daqueles temas que a direita ignora solenemente ou assiste de longe, entre curiosa e incrédula, apenas para ver no que vai dar.

Fazer uma autocrítica é, basicamente, reconhecer os erros que cometeu e seguir adiante. Em maior e menor grau, é um expediente social corriqueiro e de cunho pessoal, quase sempre uma escolha que fazemos para nos reconciliarmos com o passado, com pessoas queridas, com a gente mesmo.

Do PT, no entanto, querem que as lideranças fiquem de joelhos no milho, se possível, com link ao vivo no Jornal Nacional, e reneguem toda a sua história – de erros e acertos – para que meia dúzia de ex-aliados raivosos e novos agregados do cirismo possam largar o Lexotan, antes do próximo natal.

Gente que nunca refletiu nem sobre o próprio comportamento no cinema, mas que, a cada frustração eleitoral de seus grupos políticos, recorre a esse lengalenga.

Fico só pensando em Ciro Gomes e seu novo parceirinho de balada, ACM Neto, flanando em Paris e dando gargalhadas desses arautos da autocrítica petista.

 

*Leandro Fortes

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ABI vai ao STF contra Bolsonaro por envolvimento no caso Marielle

A Associação Brasileira de Imprensa apresentou uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal contra o presidente Jair Bolsonaro por suposta obstrução à Justiça nas investigações da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

A ação foi ajuizada depois que o presidente afirmou ter pego as gravações da portaria de seu condomínio no Rio de Janeiro para constatar que não autorizou a entrada de um dos suspeitos do crime.

A Associação Brasileira de Imprensa apresentou uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal contra o presidente Jair Bolsonaro por suposta obstrução à Justiça nas investigações da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

A ação foi ajuizada depois que o presidente afirmou ter pego as gravações da portaria de seu condomínio no Rio de Janeiro para constatar que não autorizou a entrada de um dos suspeitos do crime.

Isso porque, a TV Globo divulgou o depoimento de um porteiro do condomínio, onde mora Bolsonaro e Ronnie Lessa, acusado de atirar contra Marielle e Anderson. No dia do crime, segundo o porteiro, o segundo suspeito, Élcio Queiroz, foi ao condomínio e pediu para ir à casa 58, que pertence ao presidente.

O porteiro disse que interfonou e o “seu Jair” autorizou a entrada. Élcio Queiroz, porém, acabou indo à casa 66, onde morava Ronnie Lessa. No dia dos fatos, Bolsonaro estava em Brasília participando de uma sessão na Câmara dos Deputados.

Após a divulgação da reportagem, o presidente afirmou que teve acesso às gravações de ligações do interfone do condomínio e que ninguém na casa 58 autorizou a entrada de Élcio Queiroz. O filho dele, Carlos Bolsonaro, também publicou no Twitter a relação de áudios da portaria no dia da morte de Marielle e Anderson.

Por isso, a ABI acionou o STF contra Bolsonaro e Carlos, alegando que eles “acessaram, em data ainda imprecisa, por meios impróprios, elementos probatórios de uma investigação criminal sigilosa e em andamento, os quais poderiam elucidar o iter criminis percorrido pelos principais suspeitos do assassinato”.

A associação diz que a conduta do presidente e seu filho “carece de investigação”. Segundo a ABI, “é imperioso verificar quando e de que modo ocorreu o acesso” às gravações da portaria, e também se a Polícia Civil já havia realizado a coleta e perícia dos áudios, “o que até o momento segue sem razoáveis esclarecimentos”.

A ABI é representada pela advogada Luisa Capanema Vieira, do escritório Luis Guilherme Vieira Advogados Associados. A petição foi distribuída por prevenção ao ministro Alexandre de Moraes, que também é o relator de uma queixa apresentada por parlamentares do PT envolvendo os mesmos fatos.

Moraes também é o relator de uma terceira petição que pedia a inclusão do porteiro no programa de proteção a testemunhas. O pedido foi feito pelo Instituto Anjos da Liberdade depois que o ministro da Justiça Sérgio Moro solicitou que a Procuradoria-Geral da República investigasse o porteiro por ter envolvido o nome do presidente nas investigações do caso Marielle Franco.

“O pedido é manifestamente incabível. Nos termos do restrito rol do artigo 102, inciso I, da Constituição Federal, não há previsão fixando a competência desta Corte para conhecer de medida cautelar nos moldes pretendidos pelo peticionário. Em verdade, esse tipo de pedido pretende transformar este Supremo Tribunal Federal em instância revisora de atos praticados dentro da competência legal atribuída ao Ministério da Justiça e da Segurança Pública, nos termos do artigo 37 da Lei 13.844/2019”, disse o ministro.

Clique aqui para ler a petição da ABI

 

 

*Com informações do Conjur

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Auge da crueldade neoliberal de Bolsonaro e Guedes – tirar dinheiro do desempregado

Como a expectativa REAL é a criação de poucos empregos porque a economia não cresce, o programa vai GERAR RECEITA EXTRA tirada dos desempregados.

Quem achou que já tinha visto tudo em matéria de maldade neoliberal não podia imaginar que se podia ir além. A equipe do Ministério da Economia conseguiu se superar. Montou um programa de fantasia e, para financiá-lo, tira dinheiro de quem? Dos desempregados, que já estão no abismo da vida.

O programa para dar EMPREGO AOS JOVENS é uma fantasia porque ECONOMIA NÃO GERA EMPREGO DO NADA, é preciso um motor que puxe o crescimento. A previsão-chute do Ministério, criação de 3,5 milhões de empregos, é UM DELÍRIO, sem nenhuma base lógica. Qual o critério para esse número?

Baixar custo de mão de obra não gera emprego se a economia está em recessão, PODE HAVER TROCA DE EMPREGADO para gastar menos com mão de obra.

É algo tão elementar que uma criança de oito anos entende, MAS neoliberais são zumbis amestrados em fórmulas e bordões de cartilhas velhas, eles não aprendem com a experiência histórica, acham que o mercado resolve tudo, quando TODAS as crises do mercado só foram resolvidas pelo Estado.

O pacote EMPREGO PARA JOVENS teria uma despesa que DEPENDE de novos empregos criados para jovens, só após a existência do emprego é que haveria um gasto para o Governo pelo abatimento de contribuições, MAS A RECEITA É IMEDIATA pela taxação de 7,5% no seguro desemprego, a previsão do próprio Governo é que a pegadinha gere R$12 bilhões em cinco anos, valor arrancado exatamente de quem mais precisa de renda para sobrevivência.

e não for criado nenhum emprego novo para jovens a RECEITA de 7,5% sobre o seguro desemprego já gerou lucro para o Governo, como a expectativa REAL é a criação de poucos empregos porque a economia não cresce, o programa vai GERAR RECEITA EXTRA tirada dos desempregados.

Não há nenhum projeto, ideia, portaria, resolução para taxar nem que seja em 0,1% os dividendos pagos a acionistas, as famílias do Itaú recebem a cada semestre R$ 5 bilhões de dividendos sem pagar um centavo de imposto de renda, assim como os executivos do mercado financeiro recebem BÔNUS de milhões de Reais pagando quase nada de imposto e alguns contestando até o pouco taxado, também estão isentos de IPVA jatinhos, lanchões, esquis aquáticos, helicópteros atapetados MAS para gerar receita extra o Governo se lembrou dos desempregados, vai tirar deles. Viva o neoliberalismo!

 

 

 

*André Motta Araujo/GGN

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Vídeos: “Volta, Evo Morales”, grita multidão em La Paz

Desafiando uma chuva fina e a polícia, milhares de partidários de Evo Morales caminharam nesta quinta-feira pelas ruas de La Paz para exigir a renúncia da presidente interina boliviana, Jeanine Áñez, e o retorno do líder indígena, asilado no México.

“Estamos bem enfurecidos com esta senhora que se nomeou sozinha” presidente, “queremos que Evo retorne”, disse à AFP Nery, 28 anos, vestida com o tradicional traje aimara, enquanto mascava folhas de coca, um costume ancestral andino.

Mãe de uma menina de seis anos, Nery veio da vizinha cidade de El Alto, bastião de Morales, junto a milhares de trabalhadores e camponeses, boa parte indígenas, que carregavam a bandeira ‘wiphala’ dos povos aborígenes bolivianos, convertida em símbolo do Estado pelo ex-presidente.

A passeata entrou pacificamente em La Paz no início da tarde, e tentou se aproximar o máximo possível do Palácio Quemado, a sede do governo, que está cercado pela polícia.

De imediato, quase todas as lojas do centro fecharam as portas e o trânsito foi interrompido pela passagem dos manifestantes, muitos com “ponchos vermelhos” de uma organização camponesa andina pró-Morales, que gritavam: “Añez golpista, fora do palácio!”, “Agora sim, guerra civil!” e “Volta Evo!”.

“Estamos exigindo a renúncia da presidente, esta presidente racista, golpista”, disse à AFP Juan Gutiérrez, um dos “ponchos vermelhos”.

“Esperamos a renúncia”

Morales, primeiro presidente indígena da Bolívia e que chegou ao poder em 2006, renunciou no domingo, após três semanas de protestos diante de irregularidades nas eleições de 20 de outubro, que o reelegeram para um quarto mandato consecutivo.

“Estes senhores golpistas têm que partir. Carlos Mesa (ex-presdidente e candidato à presidência) tem que partir. Áñez, (Waldo) Albarracín, (Luis Fernando) Camacho têm que partir da Bolívia”, disse à AFP Gregorio Jucamari, da central agrária Puerto a Costa, sobre os líderes dos protestos contra Morales.

“Esperamos a renúncia imediata de Áñez”, declarou Narciso González, operário da construção de 48 anos, que exigiu o respeito ao “estado ‘plurinacional'”, que reconhece oficialmente a existência dos povos indígenas, 36 na Bolívia.

No início da noite, foram acionados cerca de 50 militares com equipamento de choque para proteger a avenida El Prado, a principal de La Paz, mas o grupo não tentou dispersar os manifestantes, observou o jornalista da AFP.

Muita gente em La Paz treme quando descem as passeatas de El Alto. Até o final da década de 1970, os indígenas necessitavam de um passe para entrar na cidade.

Germán Flores, funcionário público de 62 anos, disse à AFP que “o povo de El Alto vai fechar as estradas e impedir que os alimentos cheguem a La Paz. Isto vai afetar os que têm mais (dinheiro), que comem três ou quatro vezes por dia, e não este povo (de El Alto), que come só uma vez”.

“O que eu lamento é que o povo não reagiu na hora certa para apoiar Evo antes de ele renunciar”, declarou Flores, que disse ser filho de um ativista assassinado pelos militares durante a ditadura do general Hugo Bánzer (1971-1978).

https://twitter.com/rubalef/status/1194679915368603650?s=20

 

*Com informações do Uol/A Postagem