Categorias
Política

PF descobriu elo de grupo de extermínio com tentativa de golpe de Bolsonaro

Execução de advogado, que está na origem do caso, foi acertada por bolsonarista radical com coronel colega de Bolsonaro, que comanda o grupo de caça aos comunistas, em ato de “patriotas” que acampavam em frente a quartel general do Exército.

A execução do Roberto Zampieri, de 57 anos, dentro do próprio carro com 10 tiros em uma emboscada armada em frente ao escritório em Cuiabá (MT) no dia 5 de dezembro de 2023 foi apenas a ponta do iceberg, agora investigado pela Polícia Federal, de um grande esquema de vendas de sentenças no Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJ-MT) e no Superior Tribunal de Justiça.

No entanto, além desse grande esquema de vendas de sentenças, a operação Sisamnes – referência ao juiz que aceitava subornos para proferir sentenças injustas na mitologia persa – em sua 7ª etapa, desencadeada nesta quarta-feira (28), descobriu o elo entre um grupo de extermínio que se autodenominava “Comando C4”, sigla para “Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos”, que tem ligação estreita com o bolsonarismo a tentativa de golpe conduzida por Jair Bolsonaro (PL), que culminou no 8 de Janeiro de 2023.

O grupo, cujo nome faz referência à organização paramilitar de extrema direita que atuava como braço direito da Ditadura, foi contratado, segundo a PF, pelo ruralista Aníbal Manoel Laurindo, um bolsonarista radical, para assassinar Roberto Zampieri que advogava para um adversário e venceu uma disputa judicial por duas fazendas em Paranatinga, a 411 km de Cuiabá, avaliadas em cerca de R$ 100 milhões.

O bolsonarista acreditava que o advogado fazia parte do esquema de sentenças. Na verdade, o esquema era comandado pelo empresário Andreson Gonçalves, o “lobista dos tribunais”, que foi preso na primeira fase da operação.

Na investigação sobre o assassinato, a polícia descobriu que Laurindo encomendou o crime ao coronel da reserva Etevaldo Luiz Caçadini, que segundo as investigações é o financiador e principal articulador do grupo de extermínio C4, formado por civis e militares que atuava como uma milícia paralela.

Em março de 2024, o fazendeiro foi preso, solto e posteriormente retornou à prisão nesta quarta-feira. De acordo com a Polícia Civil de Mato Grosso, ele e um coronel teriam se conhecido por meio da “Frente Ampla Patriota”, um grupo que acampava em frente aos quartéis do Exército após a vitória de Lula em 2022, demandando um golpe militar para manter Jair Bolsonaro no poder.

O delegado Nilson Farias, encarregado das investigações, afirmou que essa conexão entre o coronel e o fazendeiro se formou a partir das atividades do grupo, que clamava por uma ação mais firme do Exército em defesa do conservadorismo.O coronel Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, que é um dos financiadores e organizadores do grupo Caça-Comunistas, possui vínculos diretos com Bolsonaro, sendo da mesma turma de 1977 da Academia Militar das Agulhas Negras.

Em 2020, Caçadini uniu-se a outros ex-alunos para assinar uma carta de apoio ao ex-presidente. Ele foi aposentado em novembro de 2019 e trabalhou anteriormente no Ministério da Justiça, sob a gestão do ex-juiz e atual senador Sergio Moro.

Em janeiro de 2024, Caçadini foi preso acusado do assassinato de Zampieri. Nesse mesmo período, ele recorreu ao Superior Tribunal Militar (STM) em uma ação onde era acusado de envolvimento com os atos golpistas de 8 de janeiro, por incitar a “animosidade entre as Forças Armadas e os Poderes Constitucionais”.

Seu pedido foi negado pela Justiça Militar e ele foi incluído no inquérito relacionado aos eventos de 8 de janeiro, que está em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria de Alexandre de Moraes.Na acusação formal feita pela Procuradoria Militar, Caçadini foi acusado de incitar “desobediência e indisciplina militar”, ao disseminar informações que ofenderiam a dignidade das Forças Armadas e ao dirigir comentários desabonadores ao comandante do Exército.

A Procuradoria destacou que o coronel, insatisfeito com a postura das Forças Armadas – especialmente do Exército Brasileiro, que teria minimizado os eventos ocorridos no final de 2022 com a eleição de Lula – sugeriu que os manuais militares deveriam ser desconsiderados, argumentando que a hierarquia e a disciplina poderiam ser desrespeitadas em certas circunstâncias, incitando, assim, a indisciplina militar.

Em uma declaração polêmica, um militar expressou suas convicções patrióticas, referindo-se a eventos como a “traição das FFAA” e marcando duas datas importantes para os brasileiros: a virada de ano de 2023 e o Dia 8 de Janeiro. Ele fez um apelo à mobilização popular, enfatizando que o povo é quem realmente detém o poder no país.

O texto foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) porque os crimes mencionados estariam relacionados aos eventos de 8 de janeiro de 2023, ocorridos após a eleição de 2022, apresentando uma clara conotação político-ideológica.A defesa de Caçadini, o militar em questão, entrou com um recurso para tentar transferir o processo de volta para a justiça militar.

Contudo, as novas informações surgidas no caso podem inviabilizar qualquer tentativa de contestar a decisão do ministro Alexandre de Moraes. Analisando o histórico de viagens e atividades do coronel, dados do Portal Transparência indicam que, entre março e setembro de 2019, Caçadini fez quatro deslocamentos a serviço do Ministério da Justiça.

Sua última viagem foi de Belo Horizonte a Vitória, onde treinou outros militares para garantir a segurança do Mundial Sub-17 da FIFA. Durante esse período, ele também atuou como Subsecretário de Integração de Segurança Pública em Minas Gerais, facilitando a comunicação entre os governos de Romeu Zema, estado de Minas Gerais, e Jair Bolsonaro, a nível federal.

Atualmente, Caçadini está entre os alvos de uma investigação lançada pela Polícia Federal, a qual foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin. Esta semana, Zanin prorrogou o prazo das investigações em mais 60 dias, um prazo que coincide com o julgamento do núcleo central sobre o golpe de Estado, que está sendo examinado pela primeira turma do STF, também presidida por Zanin.

Essa situação torna ainda mais difícil a posição de Bolsonaro, que enfrenta crescentes ameaças legais e se aproxima de possíveis consequências criminais.

Assim, o emaranhado de ações judiciais, as implicações das manifestações de Caçadini e a interligação entre os governos estadual e federal destacam a tensão política atual e as repercussões dos eventos de janeiro, bem como as investigações em curso que podem impactar significativamente o futuro de figuras proeminentes da política brasileira.

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg==


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

 

Categorias
Política

STF avalia prender preventivamente Bolsonaro e bloquear bens por financiar ataques de Eduardo nos EUA

Ministros do Supremo consideram ter que tomar medidas drásticas contra o ex-presidente réu por tentativa de golpe de Estado devido ao apoio à ofensiva anti-STF.

O ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta a possibilidade de ter seus bens e contas bloqueados devido ao financiamento de seu filho, Eduardo Bolsonaro, em ações contra o Supremo Tribunal Federal (STF) nos Estados Unidos.

Segundo a Folha de S. Paulo, ministros do STF afirmam que Bolsonaro estaria participando de crimes como coação no curso do processo, obstrução de investigação e tentativa de abolição violenta do Estado democrático, ao sustentar financeiramente Eduardo, que busca sanções contra o ministro Alexandre de Moraes junto ao governo de Donald Trump.

O ex-ministro Gilson Machado revelou que Bolsonaro gastou R$ 8 milhões de uma arrecadação de R$ 17 milhões via Pix, parte destinada a custear Eduardo nos EUA, onde ele atua para pressionar autoridades americanas.

Magistrados destacam que tais ações beneficiam diretamente Bolsonaro, réu em processos no STF.

O STF avalia medidas cautelares mais severas, incluindo a prisão preventiva de Bolsonaro, caso as investigações confirmem sua participação ativa.

“Entre as medidas cautelares que podem ser adotadas no futuro está inclusive a prisão preventiva do ex-presidente”, disse um magistrado à coluna de Mônica Bergamo.

Eduardo, por sua vez, alega sofrer perseguição, comparando a intimação de seu pai a práticas de regimes ditatoriais: “Está indo para cima dos familiares dos exilados, como ocorre quando o pessoal sai de Cuba, Venezuela e Coreia do Norte”, afirmou em entrevista ao influencer Paulo Figueiredo nos EUA.

A Procuradoria-Geral da República (PGR), sob Paulo Gonet, pediu que Bolsonaro seja ouvido, pois ele “é diretamente beneficiado pela conduta descrita e já declarou ser o responsável financeiro pela manutenção do sr. Eduardo Bolsonaro em território americano”.

A pressão de Eduardo Bolsonaro nos EUA ganhou força com articulações junto a aliados de Trump, incluindo o bilionário Elon Musk, dono do X, que já protagonizou embates com Moraes.

Dois aliados de Eduardo estão mapeando bens de ministros do STF em solo americano, visando embasar sanções sob a Lei Magnitsky.

Um comitê do Congresso americano aprovou um projeto que veta entrada de estrangeiros que violem a Primeira Emenda dos EUA, argumento usado por bolsonaristas.

“O sancionado fica impossibilitado de realizar uma transação internacional ou de abrir uma conta de banco”, disse Eduardo, chamando as sanções de “pena de morte financeira”.

O governo brasileiro intensificou o diálogo diplomático para evitar sanções contra Moraes, que poderiam ser vistas como afronta à soberania nacional.

A possibilidade de sanções americanas contra Moraes gerou reações no STF, com magistrados considerando a medida “inadmissível” e uma tentativa de interferência no Judiciário brasileiro.

Um ministro destacou que “o governo dos EUA faz o que quer ao redor do mundo e não tem condições de levantar a bandeira dos direitos humanos”, citando a deportação de brasileiros como contradição.

A ofensiva de Eduardo intensifica a crise entre bolsonaristas e o STF, com Bolsonaro enfrentando um julgamento na Primeira Turma do STF por tentativa de golpe, previsto para ocorrer ainda em 2025.

O caso reflete a polarização política e o uso de recursos internacionais para desafiar instituições brasileiras, enquanto o STF busca proteger a democracia. Com Urbs Magna.

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg==


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

 

Categorias
Política

Eduardo não manda em nada, só cumpre ordens de Bolsonaro

Eduardo Bolsonaro não dá um pio, um passo, sem ordem do pai que é o mentor do golpe e das denúncias no EUA contra o STF.

Bolsonaro, no Uol, disse que banca Eduardo nos EUA.

Mas quem conhece a hierarquia do clã, sabe que os filhos em 100% de suas ações apenas cumprem ordens do Bolsonaro

Todas as decisões de ações quem dá a direção e a última palavra é Bolsonaro, o líder do bando.

Foi assim com Flávio, que herdou Queiroz do pai e, junto, Adriano da Nóbrega que, além do esquema de peculato “rachadinha”, a mando do pai,  foi à cadeia colocar a medalha de Tiradentes, a maior honraria do estado do Rio, no pescoço do líder do escritório do crime.

Adriano, todos sabem, foi morto na Bahia em condições até hoje nebulosas. O que pouco ou nada se fala ou se cobra é a viagem de Eduardo pra Bahia justamente um dia antes de Adriano ser executado e voltar para o Rio um dia após o arquivo vivo se transformar em morto.

Ninguém sabe até hoje o que Eduardo foi fazer nesse fim de semana na Bahia.

Mas quem deu declarações sobre sua morte foi Bolsonaro, que já tinha feito discurso a favor do miliciano parceiro de Queiroz, inclusive em um crime de um flanelinha.

Na verdade, é até meio boboca o que escrevo aqui sobre o domínio absoluto que Bolsonaro tem sobre os filhos e, praticamente, toda a família, diante da trama que montou para deslegitimar as urnas eletrônicas, assim como no caso das vacinas em seu jogo no comando máximo da nação pela melhor propina por dose, conforme a CPI do genocídio denunciou que seria a Covaxin e melou a armação de Bolsonaro.

O intuito aqui é só afirmar, sem medo de errar, que Eduardo, nos EUA, agiu e age como sempre, como pau mandado do pai, assim  como os demais filhos, ex-esposas e parentes em seus esquemas de enriquecimento ilícito, sobretudo na compra de centenas de imóveis, muitas mansões, como a que Flávio mora em Brasília.

Na verdade, Bolsonaro está colocando o filho para pagar o pato, como age um grande covarde que sempre foi que nunca assumiu seus inúmeros crimes comuns e políticos. Seja como militar, seja como civil.

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg==


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

 

Categorias
Política

Ministério Público cobra explicações da prefeitura de São Paulo sobre afastamento de diretores de escolas; gestão Nunes é acusada de driblar rito legal

O órgão pede informações sobre os critérios dos afastamentos e o período em que os diretores ficarão afastados.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) deu um prazo de cinco dias para a Prefeitura de São Paulo explicar o afastamento de 25 professores na rede municipal de ensino. O órgão pede informações sobre os critérios que motivaram os afastamentos, o período em que os diretores ficarão afastados, como se dará a substituição dos servidores e se houve espaço para os funcionários se defenderem.

O pedido do Ministério Público se deu depois que o vereador Celso Giannazi, o deputado estadual Carlos Giannazi e a deputada federal Luciene Cavalcante, todos do Psol, entraram com uma ação contestando a medida da gestão de Ricardo Nunes (MDB).

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que os diretores foram convocados para participar de um projeto que integra o Programa Juntos pela Aprendizagem. O objetivo declarado é oferecer formação para que servidores retornem para as suas unidades e promovam um trabalho pedagógico que resulte em melhorias.

A pasta também informou que a seleção dos diretores foi feita a partir do desempenho obtido no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e no Índice de Desenvolvimento da Educação Paulistana (Idep) de 2023.

Na prática, no entanto, a convocação representa um afastamento dos servidores sem o devido processo legal, já que o curso é de 1.770 horas, sendo nove horas diárias até o final do ano, o que inviabiliza a direção nas escolas.

A medida é classificada por parlamentares da oposição e membros da comunidade escolar como “ilegal e arbitrária”. Durante manifestação em protesto contra a medida, na última segunda-feira (26), na escola Espaço de Bitita, a deputada federal Luciene Cavalcante defendeu que a gestão de Ricardo Nunes está usando de uma convocação para afastar os diretores, o que só pode ser feito por meio de um processo administrativo com os devidos ritos legais.

“É muito violento e criminoso o que o Ricardo Nunes está fazendo com a educação pública aqui da cidade de São Paulo e o Espaço de Bitita. Não tem legalidade para se colocar o interventor aqui dentro. Ele [Ricardo Nunes] só pode afastar depois de um processo administrativo com amplo direito de defesa”, defende a deputada.

“Ele chama isso de convocação para o curso de formação que vai durar nove horas por dia até o final do ano. Ele usa esse dispositivo de convocação, que é para formação, mas é um afastamento”, pontua.

Cláudio Marques da Silva Neto, diretor do Espaço de Bitita, que também oferece Educação de Jovens e Adultos (EJA), no bairro Canindé, na zona norte de São Paulo, ressaltou que, sem o impedimento legal, não deixará a escola.

“Eu posso até comparecer ao curso, porque regimentalmente eu sou obrigado a acatar as convocações, mas eu não estou afastado da escola, porque eu não estou com impedimento legal. Eu não vou acatar nenhuma orientação verbal de não vir para escola e vou proibir que o interventor assine qualquer documento legal da escola, porque eu não estou impedido legalmente”, diz o servidor

A convocação foi feita por meio de um ofício assinado pelo secretário municipal de Educação, Fernando Padula Novaes, publicado no Diário Oficial no dia 23 de maio. “Faz-se necessário assegurar a formação dos gestores para que atuem de forma propositiva visando o alcance das metas de aprendizagem de cada unidade”, diz um trecho do ofício.

*BdF

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg==


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

 

Categorias
Política

Bolsonaro ligou para Mourão e fez pedido antes de senador depor ao Supremo Tribunal

O ex-presidente ligou para Hamilton Mourão a fim de acertar detalhes do depoimento do senador ao STF no âmbito do inquérito do golpe.

Jair Bolsonaro (PL) tem atuado pessoalmente para acertar os detalhes dos depoimentos de algumas testemunhas de defesa indicadas por ele no âmbito do inquérito do golpe no STF.

Na semana passada, Bolsonaro ligou para o senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) antes de o general da reserva ser ouvido em sessão conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes.

Mourão contou que Bolsonaro o procurou para pedir que o senador reforçasse, no depoimento, alguns pontos que o ex-presidente da República considera importantes para sua defesa.

Segundo Mourão, Bolsonaro pediu, por exemplo, que o senador reforçasse na oitiva, que ocorreu na sexta-feira (23/5), nunca ter ouvido qualquer menção do ex-presidente sobre algum tipo de ruptura institucional.

No depoimento, Mourão também negou ter sido monitorado por militares acusados de envolvimento em uma trama golpista para manter Bolsonaro no poder, como afirmou Mauro Cid em delação premiada.

Além de Bolsonaro, Mourão foi indicado como testemunha de defesa pelos generais Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Souza Braga Netto, todos também réus no inquérito do golpe.

*TVTNews

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg==


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

 

Categorias
Brasil

A sombra militar sobre a democracia brasileira

Por Gustavo Guerreiro*

A história tem o péssimo hábito de nos pregar peças. Quando acreditamos ter virado definitivamente certas páginas sombrias, eis que elas ressurgem — ora como farsa, ora como tragédia renovada.

Os eventos de 8 de janeiro de 2023, com suas cenas dantescas de vandalismo institucional, revelaram o que muitos preferiam ignorar: a tutela militar sobre a política brasileira não é relíquia do passado, mas fantasma permanentemente presente.

A recente denúncia da Procuradoria-Geral da República contra 37 pessoas — incluindo generais de quatro estrelas como Braga Netto e Augusto Heleno — expõe as vísceras de uma conspiração que há muito extrapolou os limites do delírio golpista de botequim.

Segundo a PF, estamos diante de uma trama complexa, com núcleos operacionais estruturados, que envolvia desde a disseminação sistemática de desinformação até planos concretos de assassinato de autoridades eleitas.

A “Operação Copa 2022” e o plano “Punhal Verde e Amarelo” não são ficções distópicas, mas projetos minuciosamente elaborados nos gabinetes fardados.

O que espanta — ou talvez não devesse espantar — é a naturalidade com que parcela significativa da oficialidade abraçou a aventura golpista.

O almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha; o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; o tenente-coronel Mauro Cid, o faz-tudo de Bolsonaro — todos eles, em diferentes graus hierárquicos, participaram do que só pode ser descrito como uma insurreição contra a ordem constitucional.

Os “kids pretos”, esse grupo de militares das forças especiais presos em novembro de 2024, chegaram ao requinte macabro de planejar execuções sumárias do presidente eleito, seu vice e do ministro Alexandre de Moraes.

Em toda essa trama existe ponto crucial: nada disso é novidade na tragicomédia republicana brasileira.

Como bem observou José Murilo de Carvalho, um dos nossos mais argutos historiadores das relações civis-militares, as Forças Armadas funcionam como “poder desestabilizador” desde os estertores do Império.

A cultura do “soldado-cidadão”, essa aberração conceitual que confunde quartel com comitê político, criou uma casta que se julga moralmente superior aos civis — esses seres venais e corruptos que precisam, vez por outra, ser salvos de si mesmos.

Para entender os acontecimentos de 8 de janeiro, é necessário retroceder na história. A República brasileira emergiu de um golpe militar e nunca superou por completo esse trauma inicial. De 1889 para cá, poucos foram os períodos em que as Forças Armadas aceitaram a subordinação hierárquica ao poder civil eleito democraticamente.

A história é marcada por diversos exemplos que ilustram essa tensão: a própria Proclamação da República (1889), as revoltas tenentistas da década de 1920, a Revolução de 1930, a instauração do Estado Novo (1937), as pressões que levaram à deposição e ao suicídio de Getúlio Vargas (1945 e 1954), a crise política de 1961 e, por fim, o golpe de 1964.

Cada um desses episódios não se deu ao acaso, mas revela um padrão de intervenção castrense na política. O intervencionismo autoritário militar persiste como uma doença da democracia brasileira.

Como destaca Carvalho, a influência das FFAA na política decorre de um padrão estruturado, não de desvios episódicos. As Forças Armadas brasileiras desenvolveram o que o sociólogo Erving Goffman chamaria de características de “instituição total” — um mundo fechado, autorreferente, com códigos próprios de conduta e uma visão messiânica de seu papel na sociedade.

O resultado disso é uma contraelite técnica formada nas academias militares e que nutre profundo desprezo pela política — essa atividade suja e corrupta — ao mesmo tempo em que anseia por exercê-la. É a quadratura do círculo: desprezam a política mas querem fazê-la; abominam os políticos mas sonham em substituí-los.

Durante o governo Vargas, essa simbiose perversa atingiu seu ápice. Os militares ocuparam interventorias, comandaram empresas estatais, formularam políticas públicas.

O general Góis Monteiro cunhou a fórmula perfeita: tratava-se de fazer a “política do Exército”, não mais “política no Exército”. As despesas militares chegaram a consumir 25% do orçamento federal em 1933, enquanto o certificado de serviço militar tornava-se pré-requisito para o exercício de qualquer cargo público.

Aqui chegamos ao cerne ideológico do problema. Os militares brasileiros desenvolveram o que um dos principais intelectuais sobre o assunto, o historiador e cientista político Manuel Domingos Neto, denominou “patriotismo castrense” — uma construção mental autorreferente e narcísica que justifica qualquer atropelo institucional em nome de uma concepção muito particular de “pátria”.

Esse patriotismo militar difere radicalmente do patriotismo cívico dos cidadãos comuns. É sacralizado (justifica matar e morrer), maniqueísta (divide o mundo entre patriotas e traidores), obcecado pela ordem (mesmo que autoritária) e alimentado por uma narrativa histórica própria, frequentemente delirante.

Mais grave: é um patriotismo que define unilateralmente quem são os “inimigos internos” — categoria elástica que pode abranger desde comunistas imaginários até ministros do Supremo Tribunal Federal.

A condição de dependência tecnológica das Forças Armadas brasileiras, importadoras de equipamentos e principalmente de doutrinas, paradoxalmente alimenta esse narcisismo corporativo. Incapazes de projetar poder externo, voltam-se para dentro, transformando-se em árbitros autoproclamados da vida nacional.

É o complexo de vira-lata às avessas: impotentes no cenário internacional, compensam exercendo tutela sobre os civis desarmados.

Os acontecimentos recentes confirmam a permanência desses padrões históricos. Quando o general Hamilton Mourão, em 2015, celebrou publicamente o golpe de 1964 sem sofrer qualquer sanção, acendeu-se a luz amarela.

Daí em diante, a escalada foi vertiginosa: o general Villas Bôas pressionando o STF em 2018; militares da ativa manifestando-se abertamente sobre questões políticas; um capitão reformado (e moralmente deformado), nostálgico da ditadura, eleito presidente com apoio entusiástico dos quartéis.

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, fixando a competência do STF para julgar militares envolvidos no 8 de janeiro, provocou mal-estar na caserna. Há relatos de que o clima nos quartéis era de velório.

A reação é reveladora: acostumados à impunidade garantida pela Justiça Militar corporativista, os fardados descobrem, atônitos, que crimes contra a democracia não são “questões internas” a serem resolvidas entre camaradas.

A investigação aberta por Moraes sobre a participação de militares nos atos golpistas representa um marco. Pela primeira vez desde a redemocratização, abre-se a possibilidade real de responsabilização criminal de oficiais de alta patente por crimes contra a democracia.

Não se trata mais de aposentadorias compulsórias ou transferências para a reserva — pantomimas que historicamente serviram para acobertar crimes graves.

Os custos dessa eterna tutela militar são incalculáveis. Para além dos períodos explicitamente ditatoriais, com seus mortos, torturados e desaparecidos, há o dano permanente às instituições democráticas.

Um país que vive sob a ameaça latente de intervenção militar se sustenta sobre uma democracia capenga, sempre olhando por cima do ombro, moderando suas ambições reformistas para não “provocar” os quartéis.

O 8 de janeiro é apenas o sintoma mais recente dessa patologia crônica. Enquanto manifestantes quebravam vidraças e defecavam em tapetes persas, oficiais de alta patente articulavam nos bastidores.

A omissão deliberada do Exército, que segundo relatórios impediu forças de segurança do DF de desmontar acampamentos golpistas, revela cumplicidade institucional com a sedição.

A politização das Forças Armadas compromete até mesmo sua função precípua de defesa externa.

Enquanto generais conspiram e coronéis publicam nas redes sociais, nossas fronteiras permanecem esquecidas, nosso equipamento militar envelhece, nossa doutrina estratégica patina. É o pior dos mundos: militares incompetentes para a guerra e perigosos para a paz.

A questão que se impõe é cristalina: ou estabelecemos, de uma vez por todas, o controle civil democrático sobre as Forças Armadas, ou continuaremos reféns de seus humores golpistas. Não há meio-termo possível.

A Constituição de 1988, em momento de fraqueza, manteve o papel das Forças Armadas como garantidoras da “lei e da ordem”, eufemismo que tem servido historicamente para justificar toda sorte de aventuras autoritárias.

É urgente reformar o artigo 142 da Constituição, extirpando qualquer ambiguidade sobre a subordinação militar ao poder civil. É necessário reformular a formação dos oficiais, hoje impregnada de doutrinas anacrônicas e ressentimentos corporativos. É imprescindível responsabilizar criminalmente, sem anistias preventivas ou contemporizações pusilânimes, todos os envolvidos em tramas golpistas.

A sociedade civil, a imprensa, a academia e as instituições políticas precisam exercer vigilância permanente.

Parte da responsabilidade pela permanência do problema é dos próprios civis, que por comodidade, medo ou preconceito evitam enfrentar o espinhoso tema da interferência militar.

O julgamento dos militares envolvidos no 8 de janeiro será um teste crucial. Se houver contemporização, se a responsabilização for apenas simbólica, estaremos enviando o sinal de que a democracia brasileira continua refém de seus algozes fardados.

Se, ao contrário, a Justiça for implacável — como deve ser com todos os que atentam contra a ordem constitucional —, talvez possamos finalmente exorcizar o fantasma da tutela militar.

O patriotismo castrense, com sua visão messiânica e seus delírios salvacionistas, é fundamentalmente incompatível com a democracia pluralista do século XXI.

Enquanto parcela significativa da oficialidade continuar acreditando que tem o direito divino de intervir na política, seja pelas armas, seja pela pressão institucional, viveremos sob ameaça constante de golpes.

A história nos ensina que democracias morrem não apenas por ataques frontais, mas também por erosão gradual de seus alicerces.

Cada general que se julga acima da lei, cada coronel que conspira nos quartéis, cada tenente que sonha com aventuras golpistas é um cupim roendo as vigas da República. É hora de dedetizar, antes que a casa caia.

*Gustavo Guerreiro, Doutor em políticas públicas e Pesquisador do Observatório das Nacionalidades. Viomundo.

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg==


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

 

Categorias
Mundo

Trump manda suspender concessão de visto a estudantes estrangeiros

Um comunicado interno foi enviado a todos os consulados dos EUA orientando que não sejam realizadas entrevistas com os candidatos.

O governo de Donald Trump ordenou a todos os consulados dos Estados Unidos no mundo que interrompam a concessão de vistos de estudantes. A informação foi publicada pela agência Reuters nesta terça-feira (27).

Segundo informações da “TV Globo”, os processos estão suspensos e a Embaixada dos EUA no Brasil já começou a orientar estudantes a procurarem os consulados. O governo dos Estados Unidos ainda não se pronunciou oficialmente sobre a decisão.

De acordo com o site “Politico”, uma fonte da diplomacia americana afirmou que Washington também está considerando passar a analisar as redes sociais de todos os solicitantes desse tipo de visto, necessário para quem pretende fazer qualquer curso nos Estados Unidos.

Como a nova diretriz ainda está em análise, o Departamento de Estado determinou a suspensão temporária do processo de emissão novos vistos. Um comunicado interno foi enviado a todos os consulados dos EUA orientando que não sejam realizadas entrevistas com os candidatos. As entrevistas são o segundo e último passo que os requerentes de vistos de estudos nos EUA têm de passar para conseguir o documento.

Trump e as universidades
Recentemente, o governo dos EUA proibiu a Universidade Harvard de ter alunos estrangeiros, na maior escalada entre Washington e a universidade, que vem se negando a adotar medidas exigidas pela gestão Trump. A proibição afetaria cerca de 7.000 estudantes estrangeiros.

A decisão foi derrubada pelo Tribunal Federal de Boston. Na ação judicial, Harvard afirmou que a medida do governo poderia provocar “efeitos devastadores” sobre a vida dos estudantes internacionais, que dependem do visto para permanecer legalmente no país.

A universidade também classificou a decisão como uma “violação flagrante” da Primeira Emenda da Constituição dos EUA, além de outras leis federais. Com ICL.

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg==


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

 

Categorias
Política

Moraes deve pedir bloqueio de contas de Bolsonaro

Moraes diz que Bolsonaro é “responsável financeiro” por Eduardo nos EUA e deve pedir bloqueio de contas.

Ao convocar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para prestar depoimento à Polícia Federal (PF), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes reiterou o argumento da Procuradoria-Geral da República (PGR) e alegou que ele é “responsável financeiro” pela manutenção do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. A declaração sinaliza que o magistrado deve determinar o bloqueio de contas do pai do parlamentar.

O depoimento, no âmbito da ação aberta para investigar a atuação do parlamentar contra o Judiciário brasileiro nos EUA, deve acontecer em até dez dias. Além de Bolsonaro, Moraes também determinou que se realizem oitivas com o próprio investigado e com o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), que protocolou representação criminal contra ele sobre o tema.

No caso de Eduardo, que se licenciou de seu mandato na Câmara dos Deputados em março e fugiu para os EUA, o ministro permitiu que os esclarecimentos sejam prestados por escrito.

Além da questão financeira, Moraes ainda apontou que Bolsonaro é “diretamente beneficiado pela conduta” que motiva a abertura do inquérito. O magistrado também pode determinar o bloqueio das contas bancárias de Bolsonaro, por entender que os recursos estão sendo utilizados para bancar atividades políticas no exterior.

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

 

Categorias
Política

Vídeo: Marina Silva abandona comissão do Senado após sofrer ataque misógino de líder do PSDB

A ministra de Meio Ambiente, Marina Silva, abandonou audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado, onde compareceu como convidada, após um novo ataque misógino do líder do PSDB, Plínio Valério (PSDB-AM).

A nova agressão, nesta terça-feira (27), aconteceu pouco mais de dois meses após Valério dizer que queria “enforcá-la” durante cerimônia da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio), em 14 de março. Com informações da Forum.

“Imagine o que é tolerar Marina 6 horas e dez minutos sem enforcá-la”, disse o senador tucano, sobre a participação de Marina na CPI das ONGs, no Senado.

Nesta terça, Valério voltou à tona e desferiu novo ataque misógino na comissão, comandada pelo bolsonarista Marcos Rogério (PL-RO). Em sua intervenção, em meio a ataques de bolsonaristas, o tucano disse que queria separar “a ministra da mulher”, porque “mulher merece respeito, a ministra não”.

Antes do ataque do tucano, Marina teve o microfone cortado diversas vezes por Rogério, que reclamou dizendo que gostaria que ela “fosse uma mulher submissa”. “E eu não sou”, rebateu a ministra.

“Me respeite, ministra, se ponha no teu lugar”, gritou Rogério, impedindo a ministra de falar e alegando que pediu que ela se colocasse em seu “lugar de ministra de Estado”.

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

 

Categorias
Mundo

Polícia em Israel monitora ativistas contrários ao genocídio em Gaza, segundo jornal

Segundo Haaretz, policiais foram até as casas de manifestantes horas depois de expirarem as penas de prisão domiciliar, obtidas após protestos antigovernamentais.

Três ativistas que se opõem ao massacre promovido pelo governo de Israel na Faixa de Gaza relataram terem sido surpreendidos por uma operação de policiais em suas respectivas residências, horas após o término de suas prisões domiciliares. Os relatos foram feitos ao jornal israelense Haaretz.

Os militantes pró-Palestina – incluindo Alon-Lee Green, líder do movimento de esquerda israelense Standing Together – foram presos dias antes durante um protesto perto da fronteira com Gaza. Apesar de os três terem sido liberados do regime de prisão domiciliar na quinta-feira (22/05) à meia-noite, os policiais compareceram em suas casas entre 3h e 3h30 da manhã de sexta-feira, questionando-os sobre participação em novos protestos.

De acordo com o veículo israelense, os ativistas foram questionados pela polícia se planejavam marcar presença em futuros protestos antiguerra. Segundo a defesa dos militantes, as visitas policiais têm como objetivo intimidar e dissuadir protestos antigovernamentais, embora a polícia negue ter interrogado os indivíduos.

Green descreveu ao Haaretz que os agentes bateram repetidamente em sua porta, exigindo identificação.

“Eu disse a eles que minha prisão domiciliar havia terminado à meia-noite e perguntei o que eles queriam. Eles disseram: ‘Somos nós que fazemos as perguntas’. Então eles perguntaram se eu estava planejando ir ao próximo protesto e o que eu já havia planejado. A coisa toda parecia agressiva e ameaçadora”, contou o ativista.

Hillel, outro manifestante, afirmou ter atendido a porta após receber uma chamada de um número bloqueado.

“Ela perguntou se eu estava em prisão domiciliar. Eu disse a ela que havia terminado há três horas. Então ela pediu minha identidade e depois foi embora”, relatou.

Prisões
Os manifestantes ouvidos pela reportagem do Haaretz fazem parte de um grupo de nove ativistas detidos na semana passada, durante uma marcha de Sderot até a fronteira com Gaza, onde tentaram bloquear uma estrada. Na ocasião, a polícia justificou as prisões por “agressão, interferência com um policial no exercício de suas funções, participação em uma reunião ilegal, conduta suscetível de perturbar a paz e bloqueio ou interferência em uma via pública”.

Seis dos manifestantes tiveram suas prisões prorrogadas até a quarta-feira (21/05), logo após um tribunal de Be’er Sheva liberá-los da prisão domiciliar.

Ao Haaretz, os advogados dos ativistas pró-Palestina, incluindo Gaby Lasky e Gonen Ben Yitzhak, acusaram a polícia de agir como “milícia privada” para suprimir dissidência.

“Qualquer maneira que eles tentem explicar isso não pode esconder o fato de que apenas uma força policial que se tornou uma milícia privada pode enviar policiais às 3 da manhã, sem motivo, para a casa de uma pessoa que se manifestou a favor de um acordo de reféns e contra a guerra. Isso é inaceitável e ilegal, constituindo uma tentativa de dissuadir e intimidar os civis de realizar seu direito de se manifestar contra o governo”, disse Lasky.

Por outro lado, a polícia classificou tais alegações como “falsas” e insistiu que “monitora o cumprimento de prisões domiciliares”.

*Opera Mundi

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente